Boa tarde! Pensaram que não ia ter resenha nessa semana? Pois cá estou eu com uma sugestão ótima de leitura, especialmente se você é dos meus. Vamos conhecer a Laureth, o Benjamin e o Stan? Aperte os cintos e prepare-se!
![]() |
Capa do livro Ela não é invisível, de Marcus Sedgwick (Reprodução/Editora Galera Record) |
Título: Ela não é invisível
Autor: Marcus Sedgwick
Editora: Galera Record
Ano de publicação: 2015
Total de páginas: 256
Ela não é invisível, de Marcus Sedgwick, é o título escolhido de hoje. A história é narrada pela Laureth Peak, uma garota londrina de dezesseis anos que nasceu com deficiência visual. Preocupada com o desaparecimento do pai, que é um escritor muito famoso, ela responde a um e-mail de uma pessoa que encontrou o caderno de anotações do Jack Peak. No entanto, há um pequeno desencontro nessa trama: Jack Peak havia viajado para a Áustria, então de que modo o seu caderno estava em Nova York? É esse mistério que a Laureth quer desvendar, então faz o seu irmão de sete anos, o pequeno Benjamin, acompanhá-la.
Eles embarcam no aeroporto de Londres com destino a Nova York, vivendo várias aventuras que por vezes podem ser consideradas perigosas, sobretudo em se tratando de dois menores de idade desacompanhados. Jane, a mãe das crianças e esposa do Jack, foi visitar uma tia de quem a Laureth não gosta muito, pois sofre preconceito por parte dos primos.
Jack Peak se consagrou como escritor publicando vários livros engraçados que o renderam prestígio e reconhecimento dos leitores, porém havia algum tempo que seus livros não estavam sendo muito bem aceitos. Verdadeiramente obcecado pelas coincidências (ou sincronicidade, nas palavras de Carl Jung), Jack queria escrever um livro sobre elas, sem o concluir, um trabalho que porventura já vinha se arrastando por anos.
O autor do livro, o Marcus Sedgwick, foi muito cuidadoso nesse sentido por pesquisar a fundo o que se propunha a abordar (até porque se vocês perceberem na diagramação, o número 354 separa alguns trechos do livro de outros), tanto na maneira de se expressar da Laureth Peak que propôs a nós leitores que nos colocássemos no lugar de uma pessoa cega, em como o mundo se mostra para ela.
Laureth e Benjamin se encontram com o Sr. Michael Walker (que na verdade é um garoto de 12 anos) que lhes devolve o caderno de anotações do Jack Peak. A partir daí, o livro conta com as anotações do escritor. Há muitas ilustrações também e elas têm profunda conexão com a ambientação do capítulo. O pequeno Benjamin, apesar dos seus sete anos, lê avidamente porque tem um probleminha: todos os aparelhos que ele toca estragam, o que todos chamam de “efeito Benjamin”, lembrando o físico Wolfgang Pauli, mencionado várias vezes pelo Jack Peak. Com isso, o menininho não tem aparelhos eletrônicos como todas as outras crianças comuns e devora gibis, livros, mas não tem amigos da idade, sendo o corvo de pelúcia, Stan, o seu companheiro de aventuras.
A história inteira praticamente se passa em um único dia, mais precisamente nesse sábado movimentado na vida das duas crianças. Por se tratar do primeiro livro que leio em que a protagonista não enxerga (e também não será o tipo da cega que por um milagre recupera a visão), foi uma experiência bastante enriquecedora embarcar nas aventuras da Laureth e do Benjamin (não posso me esquecer do corvo de pelúcia, o Stan). A história é uma sugestão para você que gosta de enredos que fujam do senso comum e tenham ação até o último capítulo. A narração te faz querer virar as páginas, você sente vontade de ler mais e mais. Livros assim merecem ser conhecidos por mais pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigada pela visita ao OCDM, espero que você tenha gostado do conteúdo e ele tenha sido útil, agradável, edificante, inspirador. Obrigada por compartilhar comigo o que de mais precioso você poderia me oferecer: seu tempo. Um forte abraço. Volte sempre, pois as páginas deste caderno estão abertas para te receber. ♥