📜 DEU A LOUCA NA COPA | PROFECIAS FUTEBOLÍSTICAS DOS VIDENTES L & L PARA A COPA DE 2026
Arquivo Malacubaca | Noviça e o ET de Varginha (1996)
BOLETIM EXTRAORDINÁRIO | ROUBO AO MUSEU DO LOUVRE
Arquivo Malacubaca | Guarda essa tralha (2019)
Apesar de 2019 estar sendo marcado por grandes tragédias, a Malacubaca acertou precisamente ao estrear Os Versos Calados de Soraya logo após os festejos de Carnaval. A novela está repercutindo intensamente na web e na audiência, colocando o nome de Luciana Andrade no centro das atenções. E era exatamente isso que ela queria: ser o foco de todos os holofotes.
Não é que Soraya não esteja conquistando o público, mas a vilã Isaura, interpretada por Luciana, é a prova viva de que a atriz ainda tem muito fôlego para surpreender e encantar.
Hoje, um dos vídeos mais assistidos no canal da Lulu é o icônico protesto de 2017 contra o ex-presidente Michel Temer. Fazia tempo que ela não atualizava seu canal no YouTube, principalmente devido aos inúmeros compromissos e à polêmica participação no reality show Puxadinho do Rubão.
Luciana, trajando um biquíni fio dental verde e amarelo que reluzia sob a luz da manhã fria, ajustava a bandeira do Brasil sobre os ombros como se fosse uma capa de heroína. Ela estava determinada a transformar a rua de seu bairro em um cenário épico para sua live ao vivo no YouTube. A bandeira tremulava com o vento gelado, enquanto os gritos dela ecoavam pelas casas vizinhas, que estavam adornadas com roupas secando nos varais e cachorros espiando curiosamente pelos portões de ferro. Era um cenário típico de subúrbio, mas, para Lulu, parecia o palco de sua revolução.
— FORA TEMEEEEEEEERRRRRRRR! — berrou Luciana, erguendo os braços e girando dramaticamente, como se estivesse discursando para uma multidão imaginária. Atrás dela, o namorado Epaminondas — ou somente Papá, como ela o chamava com afeto — assistia à cena com um olhar dividido entre resignação e incredulidade. Ele usava um moletom cinza e pantufas, simbolizando perfeitamente sua vibe caseira e tranquila.
Ao fundo, a porta da casa estava entreaberta, revelando um corredor decorado com pôsteres vintages de novelas antigas e uma cômoda entulhada de miniaturas de prêmios que Lulu dizia merecer.
— Lulu, minha querida… — começou Papá, cruzando os braços e encostando-se à porta. — Você precisa mesmo fazer isso agora? Está frio e você nem terminou o café da manhã…
Luciana virou-se para encará-lo, com as mãos na cintura e o semblante inflamado de indignação teatral.
— Meu amor, o Brasil precisa de mim! Sou a Joana D'Arc dos caminhoneiros, a voz da resistência! Como você pode querer que eu fique quieta diante de tanta injustiça?
Papá coçou a cabeça e olhou para os vizinhos, claramente se divertindo com a atuação dela. Uma senhora de casaco grosso e bobs no cabelo observava tudo da calçada, segurando um cachorro no colo, enquanto tentava conter uma risada.
— Lulu, você não acha que está exagerando um pouquinho? — insistiu Papá, ainda tentando manter a paciência.
— Exagerando? — Ela colocou a mão no peito, ofendida. — Sou uma atriz engajada, estou cumprindo minha missão de fazer a diferença no mundo! E hoje é um dia histórico, Mozão, a prisão do Temer é um marco!
Papá suspirou, percebendo que qualquer tentativa de argumentar seria inútil. Ele apontou para a câmera equilibrada em um tripé instável, cercada por sacolas plásticas dançando ao vento.
— Pelo menos termina logo a sua live… e coloca um casaco, pelo amor de Deus.
— Eu não preciso de casaco! — retrucou Luciana, jogando os cabelos para trás. — O calor da revolução me aquece!
Luciana, com a bandeira ainda firme nas costas e o cabelo impecavelmente preso em um coque alto, posicionou-se no centro da rua, criando seu palco particular. O vento frio balançava as sacolas que rodeavam o tripé da câmera, enquanto ela se preparava para apresentar sua obra-prima musical: Pagodão do Sarcófago.
Segurando uma colher de pau como microfone, Lulu começou a cantar, intercalando passos desajeitados de samba com movimentos de pura expressão dramática.
— A polícia invadiu o sarcófago
O Drácula saiu da tumba
E recebeu voz de prisão
Despenteado e sem capa
Foi parar no camburão!
O ritmo pegava, e Lulu dava o seu melhor nos passos. Papá, agora usando uma manta para se proteger do frio, observava de longe, com as mãos nos bolsos e um sorriso quase resignado.
— Esperei o hexa,
ele não chegou
Mas hoje meus fogos vou soltar
Laiá laiá
Animação por aqui não vai faltar
Laiá laiá
A cada “laiá laiá”, Lulu gesticulava com fervor, apontando para os vizinhos que ainda observavam atônitos e divertidos. Os comentários no seu canal explodiam com emojis e frases como “Lulu 2026 é realidade!” e “Rainha do pagode e da revolução!”
— O GIGANTE ACORDOU, O GIGANTE ACORDOU! — gritava Lulu entre os versos, batendo palmas com intensidade teatral. Ela gesticulava como se estivesse convocando a audiência digital para uma marcha patriótica ao som do pagode.
Papá, finalmente se aproximando, tentou intervir: — Lulu, por favor… você já marcou sua presença, mas está muito frio… vamos para dentro, meu bem.
— Eu não posso parar agora, Mozão! — retrucou ela, com olhos brilhando de emoção. — O Brasil precisa de mim, e o meu público está esperando o gran finale!
Papá, agora visivelmente incomodado com os gritos e gestos dramáticos de Lulu, cruzou os braços e tentou mais uma vez chamar sua atenção:
— Lulu, meu bem, não faz sentido continuar… Está frio e você já está ao vivo há horas!
Luciana girou em direção ao namorado, com uma expressão exageradamente ferida, como se ele tivesse acabado de insultar todo o seu legado artístico.
— Não faz sentido? Você está dizendo que a minha luta patriótica não faz sentido? Papá, eu não posso acreditar nisso!
— Eu só estou tentando dizer que… — Papá começou, mas foi interrompido por Luciana, que jogou os braços ao céu em puro drama.
— Sabe de uma coisa? Você não me apoia! Você devia ser meu maior fã, mas nem isso você consegue fazer direito!
A bandeira tremulou atrás dela enquanto Lulu entrava na casa a passos largos, suas sandálias batendo ruidosamente no chão de madeira. Papá, exasperado, seguiu atrás, tentando acalmar a situação:
— Lulu, não é isso! Você sabe que eu te amo e que quero o melhor para você, mas…
— Ah, então agora quer me dar lição de moral? — disse ela, parando na porta do closet e se virando dramaticamente para encará-lo. — Muito obrigada, mas eu não preciso disso!
E assim começou o clássico “vai e vem” do casal, onde Lulu disparava declarações inflamadas e Papá tentava manter a calma, claramente sem conseguir acompanhar o ritmo da estrela em ascensão. No final, ela trancou a porta do closet e gritou:
— Vou dormir aqui hoje! E pode esquecer de pedir desculpas, porque eu não quero ouvir!
Dentro do closet, Lulu montava sua “fortaleza de revolução”. As roupas penduradas viraram cortinas simbólicas, enquanto uma pilha de almofadas e um tapete fofo se tornavam seu “trono”. Com a câmera do celular estrategicamente posicionada sobre uma pilha de caixas de sapato, ela iniciou outro discurso fervoroso para sua audiência:
— Pessoal, eu estou aqui, no meu bunker patriótico, porque as pessoas às vezes não entendem o meu propósito! Mas eu não desisto! Vou seguir lutando pelo Brasil, mesmo que incompreendida até em minha própria casa.
Do lado de fora, Papá estava encostado na parede do corredor, massageando as têmporas enquanto conversava com a empregada que segurava o celular e fazia comentários baixinho:
— O senhor é muito paciente, viu, seu Papá? Parece até santo…
— Isso porque você não viu como ela estava ontem. — Papá balançou a cabeça com um meio sorriso.
Finalmente, ele decidiu intervir.
— Lulu… Vamos resolver isso como adultos? Abre a porta, por favor.
— Papá! — ecoou de dentro, abafado pelas roupas. — Não adianta bater! Aqui só entra quem acredita na revolução!
Papá suspirou e se abaixou para falar com mais clareza:
— Lulu, minha revolução é te convencer de que esse closet não é um palácio presidencial, e que sua saúde é mais importante. Vamos tomar um chá e conversar.
A porta rangeu lentamente, revelando Lulu com uma tiara de brilhantes que pegara de uma de suas caixas.
— Chá? — Ela fez uma pausa, refletindo com drama. — Só se for com torradas e geleia.
Papá sorriu, percebendo haver vencido dessa vez. Ele estendeu a mão, ajudando Lulu a sair de sua “fortaleza”.
— Torradas e geleia, com certeza. E uma pausa para você respirar, minha Joana D'Arc do closet.
🌙 Madrugada Animada na Malacubaca AM 🌙 | Conto das Tâmaras: O Lado Doce da Vingança (1985)
🌙 Madrugada Animada 🌙 Edição de 1985 — Conto das Tâmaras: O Lado Doce da Vingança
NOVIÇA: Boa madrugada, meus ouvintes corajosos! Se você está aqui comigo agora, já posso garantir que está prestes a embarcar em uma das histórias mais surreais que já contei neste programa. Então segurem suas canecas de café (ou aquele velho chá que vocês insistem em chamar de calmante) e fiquem bem atentos, porque hoje vamos falar sobre vingança, tâmaras e um casamento que não era exatamente o que parecia ser. A história de hoje é para os fortes. Aviso desde já: nada aqui é suave. Vamos lá?
A história começa em uma rua tranquila de um bairro sem graça, onde a Bonitona vivia. Mas não se deixe enganar pelo nome! Bonitona era muito mais do que um rostinho encantador — ela escondia um lado sombrio que os vizinhos jamais poderiam imaginar. Casada com o ‘brutamontes do quarteirão’, o Velho Chico, sua vida parecia saída de um manual de pesadelos: gritos ecoando pela casa, hematomas escondidos debaixo de vestidos de manga comprida e um marido com um bafo capaz de derrubar um boi. Mas como tudo nesta vida tem limite, Bonitona estava prestes a quebrar o ciclo de opressão da maneira mais… incomum possível.
Tudo começou com as tâmaras. Ah, as benditas tâmaras. Quem diria que frutas tão pequenas poderiam carregar segredos tão letais? Bonitona descobriu, em um daqueles programas de rádio de receitas (claro, não o meu), que as sementes da fruta, se preparadas da maneira “correta”, poderiam se transformar em pequenas bombas de cianureto. Não sabemos se essa informação era confiável, mas como a própria Bonitona dizia: 'não custa tentar.'
(Ao fundo, trilha sonora macabra com violinos tensos e um leve chiado, porque estamos nos anos 80, afinal.)
Noviça: “E foi assim que, certa tarde, depois de mais uma surra de cinto, Bonitona decidiu que seria a última. Ela arregaçou as mangas (literalmente) e passou a madrugada inteira triturando as sementes em um pequeno pilão emprestado de uma vizinha que achava que ela só estava tentando fazer um tempero novo. Mal sabia a vizinha que Bonitona estava cozinhando algo muito mais mortal do que um ensopado.
A vítima? Velho Chico, claro. E a arma escolhida? A sopa de fubá. Ah, essa sopa era a favorita dele, um verdadeiro ritual noturno. Enquanto ele assistia à novela com o bafo de pinga habitual, Bonitona mexia a panela com uma concentração de dar inveja a qualquer chef. No dia seguinte, o Velho Chico nem teve tempo de reclamar do tempero.
(Trilha sonora interrompida por uma risada maléfica da própria Noviça ao microfone)
NOVIÇA: Mas vocês acham que a história acaba aqui? Não, meus queridos ouvintes! A Bonitona não parou por aí. Ah, o gosto da liberdade, misturado com o sucesso do plano, era doce demais para que ela resistisse. Um amante ciumento, um vizinho fofoqueiro, até mesmo a mulher do mercado que insistia em dar fiado… ninguém estava a salvo. A Bonitona tornou-se, em poucos meses, uma figura temida. Seu sorriso doce escondia uma mente fria e calculista, e as tâmaras nunca estiveram tão populares no mercado local.
Certa noite, enquanto dançava em um bailão com um bonitão que acabara de conhecer, Bonitona pensou estar finalmente pronta para viver um novo capítulo. Mas o destino tinha outros planos. Uma garrafa quebrada, uma briga de bar digna de filme e, claro, outra sopa suspeita selaram o que muitos chamam de A Tragédia do Bailão das Tâmaras. Querem saber o resto? Ah, meus queridos, isso eu conto… no próximo bloco!”
(Música dramática de encerramento ao som de Wando — porque é anos 80, e Wando domina!)
Bloco 2
(Após o intervalo, a trilha sonora volta ao ar, com um toque ainda mais tenso. O som de passos ao fundo e um trovão ecoam, porque drama nunca é demais.)
NOVIÇA: Pois muito bem, meus queridos ouvintes, se vocês acharam que tinham visto tudo, preparem-se, porque o desfecho dessa história é tão inacreditável quanto… bem, quanto qualquer coisa que eu já contei aqui!
Bonitona estava saboreando sua liberdade, certa de que todos os seus problemas haviam ficado para trás. O Velho Chico já tinha ido desta para melhor, e o bailão agora era seu novo lar: um lugar de olhares furtivos, danças apaixonadas e, claro, novos alvos. Contudo, como todo mundo sabe, o destino adora pregar peças naqueles que brincam com fogo.
Uma noite, enquanto Bonitona ria alto e dançava como se estivesse na Broadway (afinal, ela era a rainha do salão), um novo problema surgiu. Lembram-se das tâmaras? Pois bem… uma das sementes, por descuido, acabou caindo do bolso do vestido dela e foi parar nos olhos atentos de uma vizinha fuxiqueira. Essa mulher, conhecida apenas como 'Dona Esmeralda', era famosa por suas investigações de sofá, sempre atenta a cada movimento suspeito. Dizem que ela era um tipo de detetive amador, que vivia com um caderninho anotando fofocas e teorias mirabolantes.
Quando Dona Esmeralda juntou as peças — tâmaras, mortes misteriosas e o tempero especial da Bonitona —, ela soube que precisava agir. Armou um plano elaborado, envolvendo bilhetes anônimos, reuniões secretas com os vizinhos e até um teatrinho no mercado. Finalmente, uma noite, Bonitona foi confrontada no salão de baile, bem no meio da pista de dança, enquanto Wando cantava ao fundo: 'Você é luz… É raio, estrela e luar…'
Ao som da música, a confusão se instalou. Gritos, acusações e... bem, outra garrafa quebrada, porque um bom conto trash precisa de muitos vidros estilhaçados. Bonitona tentou se defender, mas Dona Esmeralda trouxe um cacho de tâmaras como evidência. Não se sabe exatamente como a cena se desenrolou, mas dizem que a frase final de Bonitona foi algo como: ‘Se vou cair, que seja dançando!’
E assim, meus queridos, Bonitona foi levada pelas autoridades locais direto da pista de dança. O salão nunca mais foi o mesmo, e dizem que Dona Esmeralda escreveu um livro chamado As Tâmaras da Justiça. Moral da história? Bom, nunca subestimem as vizinhas investigativas ou o poder de um cacho de tâmaras. Essa foi a maior lição desta madrugada.
(A trilha termina com aplausos fictícios e risadas dos faxineiros no fundo do estúdio.)
NOVIÇA: Agora, meus queridos ouvintes, vamos encerrar essa madrugada com chave de ouro. Segurem suas xícaras de café, fiquem longe das tâmaras e lembrem-se: na vida, sempre há espaço para uma boa história — desde que vocês nunca mexam com uma Bonitona vingativa. Boa noite, e até a próxima madrugada!
PÔ PAI | O PRIMEIRO PEDAÇO É TEU/COM MEU MENINO NINGUÉM MEXE/DETONANDO NO PARQUINHO
Não dava pra dizer ao certo que dia era, tampouco o mês, mas uma coisa era certa: a data mais temida por Augusto havia chegado. Era aniversário de Beto. Como sempre, listinhas de presentes pregadas pela geladeira e indiretas espalhadas pela casa, disparadas na mesma velocidade com que Beto abria a boca.
— Como esse ano tá passando rápido, meu bem... — dizia Marcela, suspirando. — Daqui a pouco já é aniversário do Betinho de novo. Fico tão emocionada em pensar que meu bebezinho tá crescendo...
— Roberto já cresceu faz tempo. Só você não percebeu — retrucou Augusto, no seu tom irônico habitual.
— Lá vem você com isso de novo, Augusto. Sempre ranzinza e mal-humorado. Ainda bem que Beto não herdou esse seu gene rabugento.
— Se tivesse herdado, pelo menos seria útil à sociedade.
— Um dia você vai se arrepender de ser tão duro com nosso garoto...
Augusto bufou e lançou um olhar impaciente.
— Espero que ele não venha com exigência nenhuma. Não tenho um pingo de paciência pra comemorar aniversário de parasita. O que é que o Roberto faz pra merecer comida na mesa, hein, Marcela? E esse monte de listas? Até quando vou carregar essa cruz? Onde foi que eu errei?
— Quanta frieza, Augusto... Betinho é um vencedor... — Marcela tentou argumentar.
Augusto a encarou com um canto do olho.
— É tão difícil decidir o futuro na adolescência... Você acha mesmo justo depositar todas as esperanças num vestibular e, quando o nome não aparece no edital, aguentar piadinha de parente, a pressão do pai e tudo mais? Ele comemora porque sobreviveu a mais um ano turbulento...
— TURBULENTO? — Augusto explodiu. — Isso é uma pouca vergonha! Desde quando acordar ao meio-dia pra ver desenho e passar a tarde brisando no computador virou batalha?
📺 Pô, Pai | Episódio piloto não-oficial (2012)
É uma manhã qualquer na casa dos Prado Mendes.
O sol ainda nem esquentou direito e a cozinha já cheira a achocolatado. Não porque o leite ferveu, mas porque Marcela Prado Mendes, fiel ao hábito, despejou três colheres generosas de pó no copo e esqueceu do leite. Para ela, a mistura perfeita era mais chocolate do que qualquer outra coisa. Aliás, leite era só um detalhe.
Na mesa, entre o pote de margarina aberto e a bolacha recheada meio úmida, repousava o notebook dela. Um guerreiro cansado, que tremia só de ser ligado. Com o som das ventoinhas zunindo e o MSN há muito esquecido, era pelo Facebook que Marcela se expressava em grupos que se multiplicavam feito praga de primavera.
Arquivo Malacubaca | PÔ PAI - CASOS DE FAMÍLIA: EU SÓ POSSO TER FUNDADO A TERRA DO NUNCA (2012)
(um oferecimento do Arquivo Malacubaca)
Beto colocava o despertador para tocar pouco antes de começar Bob Esponja na TV. Era sagrado. Mas mal pisava fora do quarto, dava de cara com o pai, Augusto, que não escondia a decepção ao vê-lo em casa em plena manhã de dia útil.
— O senhor não devia estar na aula, Roberto? — perguntou o médico, com a sobrancelha arqueada.
— Pô, pai... Que é isso? Hoje eu não tive as duas últimas aulas...
— Ontem você também não teve.
— Cheguei atrasado porque choveu forte.
— Se não fosse eu te cutucar, você nem saía daquela cama.
— Pô, pai. Eu não ia à aula com chuva.
— Hoje não está chovendo. Por que não está na aula?
— Porque eu já disse... O ‘fessor’ de Física faltou.
Augusto cruzou os braços, desconfiado.
— Que raio de cursinho é esse em que os professores vivem faltando? O que dirá dos alunos? Se não é professor que falta, é porque a matéria não cai no vestibular, ou é semana do saco cheio... Uma beleza. E assim nosso país vai pra frente.
Nas Lentes da Malacubaca Especial | Missão Mengão – Perdido em Orlando
Mary Recomenda | A Pindonga Azarada
Os Desencontros do Cupido | 13º Capítulo
13
Edu Meirelles estava aproveitando ao máximo seu último dia em Buenos Aires. Suas malas, cuidadosamente arrumadas, repousavam próximas à porta da suíte presidencial, prontas para a viagem de volta ao Brasil. Mas o jornalista fanfarrão tinha planos de despedir-se em grande estilo. Com seu roupão azul-marinho atoalhado e chinelos de pano, ele preparava-se para o evento do ano — um pagode improvisado.
Chamando seus amigos argentinos e algumas hermanas que conheceu ao longo da estadia, Edu transformou a suíte em um verdadeiro sambódromo. Taças de champanhe tilintavam enquanto os convidados — vestidos casualmente e com um toque de descontração — ocupavam cada canto do amplo espaço. Empanadas, queijos, charcutarias e até um churrasco portátil traziam o sabor da festa, enquanto o pagode tocava ao fundo, contagiando todos com sua alegria.
Edu liderava o samba com sua energia inconfundível, enquanto tentava ensinar os amigos argentinos passos básicos, com direito a risadas e tombos.
— Qué tú haces en Brazil? — quis saber uma modelo de cabelos castanhos presos em um coque, vestindo um maiô sensual magenta que contrastava com sua pele bronzeada.
💘💘💘
Luciana Andrade já havia desembarcado em Buenos Aires, determinada a confrontar Edu. Vestida em um impressionante conjunto vermelho justo, que exibia suas curvas com elegância feroz, ela seguiu diretamente para o hotel onde ele estava hospedado. Luciana não era o tipo de mulher que recuava, e o espetáculo que ela estava prestes a causar prometia ser memorável.
💘💘💘
Enquanto o pagode na suíte presidencial rolava solto, com vozes alegres e risadas ecoando pelos corredores, um som repentino interrompeu a melodia: tum-tum-tum, pausa, tum-tum-tum-tum-tum. Era uma batida ritmada, firme e insistente, tão forte que parecia atravessar a porta. Alguns convidados congelaram no lugar, enquanto Edu levantou a cabeça, os olhos semicerrados de apreensão.
— Sujou. Deve ser o gerente! — disparou ele, gesticulando para os amigos se esconderem.
Edu Meirelles não esperava por ninguém, no entanto, caminhou calmamente até a porta e solicitou para os convidados se esconderem no banheiro até a segunda ordem.
Os Desencontros do Cupido | 12º Capítulo
Os Desencontros do Cupido | 11º Capítulo
11
Noviça pretendia ser a primeira a acordar, porém, Luciana, que entrou de penetra na reunião das amigas sem namorados, resolveu de veneta pernoitar sem nem ter sido convidada e ainda se comportar como se fosse hóspede em um hotel de luxo, exigindo café na cama e outras regalias mais.
Ao amanhecer, em casa tronco havia um desenho. O primeiro se aproximava muito da letra J, o segundo tinha a inicial E, já a terceira ficou um pouco indefinida. Noviça, ao reconhecer a letra E, comemorou alto demais.
— Eu sabia, eu sabia!
Os Desencontros do Cupido | 10⁰ Capítulo
Luciana, apavorada, jogou-se no gramado.
Lilly deu uma olhada para o interior da sala e viu os cacos do abajur.
Noviça, encabulada, acenou discretamente.
Luciana respirou fundo algumas vezes. Um escândalo àquelas alturas arranhava seriamente a reputação da novela. Havia deixado de pagar os últimos trabalhos encomendados e, para evitar maiores contratempos, modificou totalmente a postura. Noviça não era a pessoa mais indicada para se ter atritos.
Os Desencontros do Cupido | 9⁰ Capítulo
9
Dia dos Namorados Malacubaca (2004) | Dramas, sósias e bigodes (INÉDITO)
Os Desencontros do Cupido | 8⁰ Capitulo
Os Desencontros do Cupido | 7⁰ Capitulo
Jaqueline surrupiou discretamente um cartão da mãe, observando atentamente para garantir que ninguém a visse. Ao chegar ao colégio, encaminhou-se rapidamente até a classe de Mike, sentindo o coração bater mais rápido. Com cuidado, deixou o cartão em cima da carteira dele e retirou-se antes de ser vista por alguém.
Mais tarde, Bruno, o melhor amigo de Mike, entrou na sala sozinho, pois o outro garoto havia faltado. Curioso, o jovem notou o cartão em cima da carteira e deu uma olhadela. Não estava assinado. Ele supôs que a admiradora secreta ou era muito tímida para se identificar ou era alguma espécie de travessura.
Tão logo o sinal para o intervalo tocou, Jaqueline e Letícia desciam as escadarias do bloco onde estudavam quando encontraram Bruno as aguardando com as mãos para trás e um olhar suspeito.
Bruno ficou de frente para Letícia, que corou e sorriu timidamente.
Os Desencontros do Cupido | 6⁰ Capítulo
6
Sei de pouco, mas o que sei me basta: com você meu coração se sente em paz.— Excerto de “Não sei”, escrito em agosto de 2013.
Após dias em silêncio, sem notícias de Edu ou Luís Carlos, Christiane dos Anjos encarava o Dia dos Namorados como mais um lembrete de sua incerteza sobre o amor. Mesmo carregando essa inquietude no coração, a meteorologista seguia a rotina como se buscasse conforto na familiaridade dos dias. Recolhia-se cedo e despertava antes de o sol nascer.
Naquele período em que tudo à sua volta era silêncio, fazia a higiene matinal e cuidava do café-da-manhã antes mesmo de ler os jornais. Costumava sentar-se em uma cadeirinha de vime que ficava na área de serviço e beber uma xícara fumegante de chá.
Duas buzinadas em frente à casa significavam que o jornaleiro acabara de passar. Ainda vestindo um robe de pelúcia xadrez e calçando chinelos de tiras laterais, caminhou pelo jardim até chegar ao portão, encontrando não somente os principais jornais, como uma caixa de papelão misteriosa também.
Os Desencontros do Cupido | 5º Capítulo
5
Malacubaca | Noviça se pronuncia sobre sua fama de pé-frio na copa
Por Noviça (A Inteligência Artificial precisará comer muito feijão com arroz para alcançar o mindinho do meu lindo pé direito. Aí, sim, a ...
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Os ventos que atuam no Brasil variam conforme a região, a estação do ano e a circulação geral da atmosfera. Alguns são constantes, outros ...
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O Hospital Erasto Gaertner, referência no tratamento oncológico no Paraná, está com os estoques de sangue O- e A- em níveis crít...




