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No inferno toca sertanejo universitário



Prólogo
Assinado por Nina

Não me pergunte de onde vim, porque a resposta é mais feia do que você suportaria ouvir. Sou o resultado de todos os silêncios engolidos, dos “deixa para lá”, dos “pelo menos você tem um emprego”, das lágrimas que secaram antes de cair porque o tempo não me permitia chorar. Sou filha bastarda do cansaço com a indignação, irmã mais velha da raiva contida e amante fiel da ironia. Nasci do grito que nunca ecoou, das vontades que mofaram no fundo do peito e das humilhações que fincaram raízes no estômago.

Disseram que trabalhar dignifica, mas esqueceram de avisar que, para alguns, trabalhar é ser espancada em parcelas, todo fim de semana, com sorrisos falsos e coletes ridículos. Sou atendente. Uma atendente invisível. Uma peça de reposição em eventos que fingem ser alegria, mas fedem a opressão com cheiro de fritura velha. Sou aquela que não tem nome, só um número no colete, como uma presidiária. Aquela que precisa sorrir enquanto é empurrada, xingada, ignorada, usada. Aquela que “está ali para isso”. Aquela que, se responde, é insolente. Se cala, é fraca.

Para sobreviver, escrevo. E escrevendo, sangro. E sangrando, sigo um dia de cada vez. E ainda bem que é um de cada vez.

Cada palavra minha é uma lasca do que me restou depois de mais uma noite de festival onde o povo pagou um salário mínimo para ostentar. Com os tickets de bebidas caras brandindo entre as unhas de gel que não lavam um copo sequer, o olhar de desprezo pelos subalternos. Enquanto isso, a estrela do palco canta com a bunda, os versos desafinados com autotune, e a plateia aplaude como se fosse arte. Arte é sobreviver sem quebrar tudo ao redor, é segurar o grito quando tudo que você quer é sumir. Não tenho palco, mas tenho dor — e é ela que me traz aqui.

Bem-vindos ao inferno. Lá, a trilha sonora é sertanejo universitário.

😤😤😤

Eu já estava cansada antes mesmo de chegar. O calor escaldante e a multidão já me desgastavam antes de eu sequer ter chance de dar o primeiro passo. Acordei cedo, como de costume, porque meu corpo não consegue mais entender o conceito de descanso. Mais um dia, mais uma obrigação que não posso evitar. Ao me olhar no espelho, vi o reflexo de uma mulher que já não sabia mais como sorrir de verdade. Tudo o que eu queria era fechar os olhos e ignorar o mundo ao meu redor, mas o festival me chamava.

O calor era abafado, misturado com os sons da festa ao longe. O grito das pessoas já me dava calafrios. Acostumei-me a esperar pouco. Parei de brigar com o mundo, aprendi a apanhar sem gritar. A vida me ensinou que as coisas boas são só fachada e minha dor nunca será reconhecida, só ignorada. Quando fui escalada para trabalhar no festival, sabia exatamente o que ia encontrar: mais uma multidão de sorrisos forçados, mais uma fila de olhares que não me enxergam, outro extenso turno em sou apenas aqueles números inscritos no canto direito superior do colete. O festival não era uma exceção, era só mais um dia.

Enquanto vestia o uniforme e tentava comer apressadamente porque o urubu da camiseta azul berrava como se eu fosse um porco virando o cocho, o peso de tudo me caiu sobre os ombros como um bloco de concreto. Já não sabia mais o que era sentir-me em casa em qualquer lugar, mesmo quando os lugares eram familiares. O festival era mais uma extensão de um ciclo vicioso. Como sempre, eu era invisível. Eles me viam como a função que eu tinha, e nada além disso. Tudo o que eu queria era encontrar algum significado, mas, como sempre, o significado me escapa. Eu sou só a atendente que aparece e desaparece, como um fantasma que é útil para os outros e, de algum modo, sempre ignorado.

E ali, no meio daquela confusão, entre risos e conversas que pareciam em outra língua, eu entendi. Não era só o festival, não era só aquele dia. Era tudo. Estava cansada de ser tratada como se minha presença fosse apenas um número em uma fila interminável. Mais um evento, mais uma humilhação que minha alma já conhecia bem. Mas o que me restava? Nenhuma outra escolha além de seguir em frente e aguentar, como sempre fiz. Eu estava enclausurada no cativeiro com pulseira no braço e embrulho no estômago.

Naquele momento, éramos apenas mais um número, um grupo a ser espremer naquelas condições desumanas, sem qualquer espaço para respiração. O barulho das vozes e os gritos dos que estavam ao redor me sufocavam, mas o pior não era isso. O pior era saber que não havia escapatória. As outras mulheres conversavam e riam, lamentavam não estar perto do palco e eu me sentia como uma estranha dentro de um pesadelo que, de tão real, beirava à loucura. A pária.

As horas iam passando, mas o tempo parecia dilatar-se ao meu redor, como se o relógio tivesse sido feito para zombar da minha ansiedade. O cheiro de óleo, fritura e suor tomava conta do lugar. Tudo era imundo, a bancada, as cadeiras, as paredes, e eu me perguntava o que estávamos fazendo ali, como havíamos chegado àquele ponto. O que me incomodava mais não era a sujeira ou a pressão da jornada. Era a música estourando nos alto-falantes, invadindo os ouvidos, insuportável, repetitiva. Uma sucessão de vozes agudas cantando sobre amores perdidos e bebidas baratas, como se tudo aquilo fosse uma espécie de consolo, uma máscara para nossas realidades de cansaço e frustração.

Eu odiava aquela música, odiava o jeito como se infiltrava na minha mente, me fazendo sentir ainda mais aprisionada, ainda mais distante do que poderia ser um escape. As outras mulheres pareciam não ligar. Para elas, o apogeu. felizes por estarem respirando o mesmo ar dos seus ídolos de rima pobre. Alienadas. Dançando ao som de letras que rimam "ama" com "cama", como se fossem poesia. Como se trair, beber, esculachar, fosse liberdade. Como se ser corna fosse arte. Como se só existisse um tipo de Brasil.

Para mim, era um reflexo de algo maior, um sistema que nos empurrava para esse tipo de realidade, sem sequer nos perguntar se estávamos dispostas a aceitar esse papel. E, no fundo, eu sabia que nenhuma de nós tinha escolha.

E enquanto isso, as crianças dançavam. Crianças. Com faixas na cabeça e glitter na cara, rebolando ao som de ‘sentar’ e ‘macetar’. E os pais filmavam. Riam. Aplaudiam. Era arte, né? Era família. Era tradição. Ah, se surgisse um personagem LGBT numa novela ou série, ah, aí era escândalo, perigo para a moral e bons costumes. 'Isso pode tirar a inocência das criancinhas!', diziam os hipócritas. Tudo bem se fosse vulgaridade hétero e camuflada de ‘brasilidade’. Tudo bem se a boiadeira usasse o nome de Deus para dizer que queria transar com os anjos. E as caras nem ardiam nessas horas.

Hipocrisia não cantava, fazia backing vocal nesse festival.

A tal da Cinderela Sertaneja, uma colega com dentes grandes e autoestima inflada, estava ali com sua síndrome de supervisora. Estava puta da vida porque não ficou no campo para curtir o show de perto, então resolveu se pagar de supervisora, doida para mostrar serviço e ser notada por algum agroboy. Tudo para ela parecia diversão. Para mim, não. Puxava saco de todo mundo, tentava se exibir para os agroboy que se achavam riquinhos, com aquele olhar que mandava e desmandava. Tudo era farra para ela, tudo era festa — menos para quem servia.

Porque a gente não é gente. A gente é mão. A gente é bandeja. A gente é colete.

Olhavam-me como se eu tivesse lepra. Como se estar ali, uniformizada, suada e exausta, fosse a assinatura do meu fracasso. E talvez seja mesmo. Talvez fracassar seja isso: sorrir para quem te despreza, trabalhar com dor de cabeça, medo e exaustão, e ainda ter que agradecer. Afinal, "é dinheiro entrando", "melhor essa taxa do que nada" e "ingratidão atrai mais limitação" — mantras de coachs de palco e ex-empresários de pirâmides reciclados em influenciadores. Segundo um desses boçais, bastaria chamar o dinheiro 108 vezes e pensar positivo. Se falhou, é porque você não recitou com fé, não acreditou o suficiente, não fez sua parte.

Enquanto isso, o festival se desenrolava como uma pornografia disfarçada de festa. Não sou puritana, no entanto, senti profundo desconforto mesclado com vergonha alheia por ter de assistir casais quase transando em pé, na frente da lanchonete, como se estivessem num quarto de motel, não num evento público. Vi outro casal se xingando, se ameaçando, se reconciliando — e quase transmitindo o ato final em uma live no Instagram, com filtro de ursinho. 

Algumas atendentes beberam escondido, burlaram as regras, pegaram uns boy e ganharam gorjetas generosas. Outras se tornaram parte do cenário do show, dançando no camarote, cantando junto — como se ali fosse o ápice da liberdade.

Mas eu fui a sorteada. Ou a azarada.

Quando fui atender um dos clientes bêbados de pulseira preta e ego inflado, ele não me entregou o ticket da vodca com energético — que, aliás, custava quase 20% do que eu ganharia na noite. Em vez disso, me puxou pelo braço. Forte. Tão forte que me desequilibrei. Tentou me beijar. Eu congelei.

Se não fosse o amigo dele intervir, sabe-se lá o que teria acontecido. E o pior? Virou piada. Piada. Gargalhada coletiva. Virei a "difícil", a "que se faz", a "sem graça". Não danço, não ouço, não bato palma para macho nojento que ostenta o SUV para compensar o tamanho do pau. Não me deslumbro com cara harmonizada (só que não) e não sorrio para quem me trata como descartável. 

Sou a esquisita. A amarga. A "antipática". A que "não sabe se divertir".

Ora, se divertir para vocês é isso? Se vender por uma taxa irrisória, tolerar assédio como se fosse elogio e ser maltratada por quem se julga superior só por estar do outro lado do balcão? Então eu passo. E faço questão de ser a antipática. A diferentona. Aquela que não se mistura.

Fui tratada como se tivesse um preço. Como se estar ali significasse que meu corpo estava em liquidação, com o combo de batata-frita e refrigerante. A paralisia do medo rouba o tempo, a lucidez e o juízo. A hora não passa. O som ensurdece. E o cheiro de suor e bebida invade tudo. Tudo.

No fundo, esse festival foi um culto ao absurdo. Uma festa para poucos, sustentada por muitos. Um teatro onde as estrelas são feitas de plástico e as palmas abafam os gritos de quem só queria ir embora sem sentir que deixou um pedaço da dignidade para trás.

Vi também o pessoal bêbado, querendo partir para cima dos seguranças, mijando nas calças, enquanto os banheiros se transformavam em dark rooms imundos, onde o respeito e a dignidade eram apenas memórias que evaporavam no ar pesado de álcool e desespero. Ao final, as pernas travaram, caminhar tornou-se penoso, não havia um pedacinho da minha alma que não estivesse destroçado.

E então veio a fila para receber o pagamento em dinheiro. O que deveria ser apenas uma formalidade virou um pandemônio. Um casal, sem a menor cerimônia, furou a fila, avançando com a audácia de quem já sabe que as regras não se aplicam a eles. As pessoas começaram a gritar, e quase rolou pisoteamento. O caos foi absoluto, mas ninguém se importava. Era só mais uma noite.

Eu, ali, parada no meio disso tudo, com as mãos tremendo, me perguntei em que momento aquela adolescente cheia de sonhos grandes e olhos brilhando se perdeu. Em que momento ela aceitou se humilhar por migalhas, trocando o brilho pelo cansaço, a esperança pela exaustão. Onde ela se perdeu? Quando a luta pela sobrevivência se transformou no preço da perda de si mesma? Eu ainda busco a resposta.

Não tem remuneração capaz de ressarcir os danos de uma maratona de abusos, nenhum dinheiro compra a paz de espírito. Pode parecer dramalhão, contudo, continuo tentando juntar os cacos de mim — cacos que ficaram naquela lanchonete minúscula, sob a luz fria de uma festa que nunca fora minha.

Meu braço ficou roxo por dias. Minha alma, por mais tempo ainda.

Dizem que foi um sucesso. Claro, foi. Um espetáculo para a sertaneja esquelética, que cantou sobre estar 'feliz, mas solteira', enquanto o cachê gordinho vai direto para o tratamento com a caneta mágica da moda. Um estouro para a boiadeira, que talvez tenha se formado em marketing, mas em conhecimento geral ainda está a um passo de aprender a ler — tudo isso com fãs que parecem ainda mais desinformados do que as letras repetitivas que celebram. Uma noite encantada para as riquinhas com chapéu de feltro e franja grudada na testa, que garantiram seu lugar no camarote e saíram de carros importados, com sorrisos de selfie e o cheiro inconfundível de um perfume de 700 reais.

Porque nem todo mundo que foi ao festival voltou inteiro. E nem todo mundo que voltou quis lembrar que esteve lá.

O que faz a diferença é a VONTADE

Tita é muito mais do que um amor romântico. Ela é uma celebração da independência, das descobertas e do crescimento.


Hoje, meu coração está carregado de sentimentos que preciso compartilhar. Escrever é algo que amo profundamente e me dedico com todo o meu ser. Porém, há momentos em que sinto o peso do descaso e da falta de reconhecimento pelo trabalho que faço com tanto amor e cuidado. “Simplesmente Tita” é mais do que uma história; é uma parte de mim, e saber que muitos que acompanham não se conectam como eu esperava acaba deixando marcas.

Entendo que nem todos têm o mesmo gosto ou disponibilidade, respeito isso. No entanto, não posso evitar a tristeza ao perceber que algumas pessoas têm tempo para outras histórias e ainda assim dizem que não ter para a minha. Isso não é uma acusação, mas uma reflexão sincera de como esse descaso afeta quem escreve com o coração, dia após dia.

Com a saga da Tita, quis abordar temas que vão além de entretenimento: amor-próprio, coragem, aceitação. É uma história que reflete valores reais, mostrando que amar não é sobre idealizações ou convenções. A própria Tita, ao longo da sua jornada, aprendeu que se valorizar e viver suas escolhas com força e determinação é o que realmente importa. Ela nos ensina que o verdadeiro amor pode ser encontrado em amizades sinceras, nos laços de família e na capacidade de amar a nós mesmos.

E, claro, como parte da narrativa, existem personagens e momentos que não agradam a todos. Entendo que muitas vezes o público prefere certos aspectos ou relacionamentos, mas quero deixar claro: a Tita é muito mais do que um amor romântico. Ela é uma celebração da independência, das descobertas e do crescimento.

Quero também agradecer profundamente aqueles que realmente se dedicam, que leem cada capítulo com cuidado e deixam palavras que fazem a diferença para mim como pessoa, acima de tudo. Vocês são luz em meio à escuridão, e a conexão que criamos é o que me dá força para continuar. O esforço e a dedicação de leitores como o Márcio Gabriel mostram que quem se importa faz toda a diferença, e isso nunca passa despercebido.

A quem acompanha a Tita, quero dizer que acolho cada leitor com carinho. Não importa quando ou como começaram a ler — o que importa é o desejo genuíno de se conectar com a história e os valores que ela representa. Essa jornada não é sobre perfeição ou popularidade, mas sobre autenticidade e amor verdadeiro.

Deixo aqui minhas reflexões como alguém que continua colocando o coração em cada palavra, esperando que “Simplesmente Tita” toque o coração daqueles que se permitem realmente conhecer sua essência. E para aqueles que preferem se afastar, sinceramente, não há nada a ser feito a não ser agradecer pelo momento em que nos conectamos e seguir em frente. 



Com o coração partido,
Mary

Editorial WNBM | Nas mãos de Deus: a verdade sempre triunfará

 

A escrita fazia com que eu me sentisse especial, única. Era o meu coelhinho na cartola, o que me mantinha viva e forte. Ver qualquer imbecil que mal sabe pontuar uma frase dizendo que é escritor me deixa com tanto asco que não sei nem como lidar com tanto desprezo. Me fazer acreditar que meus textos só são lidos quando postados no Webnode me destruiu completamente, porque toda vez que lembro, vem aquele flashback de toda dor que passei em 2012 e neste ano. Vai levar algum tempo até eu digerir essa mágoa e me superar.

É tão estranho ter de abdicar do que eu mais gosto só porque tem gente mal-amada nesse mundo que vive de invejar e imitar os outros. Que deprimente! Por causa disso, tenho que temer a felicidade, porque, se aparecer linda e bem-sucedida, tem gente que vai querer acabar com a minha alegria para poder se sentir bem.

Eu só peço a Deus que se encarregue de fazer justiça, porque Ele sabe muito bem o que cada pessoa tem no coração e sabe como ninguém quem me derrubou. Não vou sujar minhas mãos me vingando de lixos humanos, de garotos mal-fodidos que queriam ser mulheres e não são. Por isso se enraivecem porque, ao contrário deles, não gosto de copiar, só de criar. Inspirar-se nos grandes autores é importante, todavia, copiar as ideias e trocar o nome dos personagens não é talento, tem outro nome. Minha escrita busca ser autêntica, enaltecer a região onde vivo, com personagens humanos, com virtudes e defeitos, sem essa arrogância de transformar uma porcaria cheia de erros de concordância numa superprodução.

A Dor do Plágio

Lógico que meu blog, em vista do complô machista, é super pequeno. Meus fãs quase não comentam, mas sei que, por mais que eles tentem exibir Confissões de Laly, nunca vai ser como foi no Facebook, nunca vai ser nem 5% do que foi. Uma coisa é contabilizar as visitas e transformar a novela numa arma, e outra bem diferente é degustar lentamente cada palavra, cada cena, e crescer com os personagens, ficar ansioso pelo capítulo seguinte. Por essa razão, sou favorável a postar um capítulo por dia e não todos os capítulos da semana de uma só vez. Perde o encanto.

Por enquanto, nem sei se continuarei com as web novelas. Não sei de nada. Só sei que tenho nojo desse “mundinho” e mais ainda desses vermes sem face que aproveitam o fato de a internet ser o palco da impunidade para aprontarem e destruírem os outros. Pode ser que a justiça dos homens finja não ver, diga que sou culpada, que estou me expondo e tantos outros absurdos que já li. O que é de vocês está bem guardado. Fiquem tranquilos.

Obrigada por me fazerem dormir à base de sedativos, por não saber nem mais quem sou, por não acreditar quando alguém diz que sou linda, talentosa e legal. Obrigada por destruírem dois anos da minha vida com plágios, picuinhas, fofocas, por me fazerem ter medo de pessoas. Por me isolarem até dos parentes, conhecidos, achar que todo mundo vai me humilhar, me ofender, me caluniar. Obrigada por terem me usado quando precisavam de algum favor, por distorcerem minhas palavras.

Deus anotou tudo isso na lista Dele, porque Ele me deu a conclusão de Confissões de Laly de presente quando, em 2011, eu pedi de joelhos a Jesus Cristo que desse algum sentido à minha vida. Em menos de um ano, menos de seis meses, fui atendida. Ele sabe que a Leoa é meu anjo da guarda. Não é uma imitação de vilã da novela das 9, nem uma mocinha sem sal, inspiração de alguma mexicana.

A inspiração me abraçou, me fez constatar que a anorexia não ia destruir a minha vida, que eu era mais forte que aqueles pensamentos destrutivos. Que meu valor não estava impresso numa digital de balança. Tudo bem quanto a ser magra, nada contra, mas uma magra saudável, que come o que tem vontade sem exageros. Alguém que veste roupas que gosta, independente da moda. Alguém que sente prazer nas coisas simples como estar com os amigos, a pessoa amada. Compreendi que ainda era (sou) jovem com muito chão pela frente.

Confissões de Laly: a revolução da Leoa

Aquele projeto que comecei a idealizar aos 13 aninhos, ainda brincando com as bonecas, escrevendo em segredo, ouvindo as músicas que fizeram parte da trilha sonora, imaginando as cenas, sempre mentalizando que seria uma novela diferente e realista. Eu já visualizei alguns personagens e sempre senti a Lalinha por perto. Ela cresceu comigo. Nos separamos quando quis dar atenção a outros projetos, mas, em 2011, ela e suas amigas voltaram a povoar meus pensamentos.

Enquanto minhas amigas viviam para os namorados e faziam com que eu me sentisse culpada por ser solteira, me excluindo de tudo, a Lalinha me dizia o contrário: que eu não precisava de um homem para ser completa. Que ter olhos e cabelos castanhos era lindo, não era errado nem imoral.

A Fer Gallardo me deixou passar uma temporada na casa dela com o Gilberto e seus conselhos, a pequena Lílian, tendo o carinho da May, da D. Emília, do Pepo, brincar de correr com a Bru e a Yasmin, chupar geladinho, comer bombom caseiro de morango. Voltar para um ano maravilhoso como 2002, onde não tinha rede social para enferrujar nossos sorrisos nem antas plagiadoras se escondendo atrás de perfil falso para humilhar.

Os namoros das minhas amigas acabaram. E eu, finalmente, era feliz. Pela primeira vez na vida. Comecei a gostar de ser solteira, de ter os fins de semana inteirinhos para me dedicar ao que mais amava (e ainda amo!). Quebrei tabus sobre o meu corpo, declarei guerra ao machismo, ao conformismo.

Em 20 de julho foi selada a reviravolta da minha vida. Foi quando o Fanfics Brasil não ganhou uma rival para os traumas, e sim uma nova opção para os leitores. Para quem quisesse aceitar a Lalinha. Eu não postei Confissões de Laly para destruir ninguém, nem com pretensão de ranking. Tudo vinha da alma, do coração. Eu não forcei as cenas; elas me procuravam, fosse de manhã ou de madrugada.

Nunca pensei que aquela história faria tanto barulho, que todo mundo queria ler, saber o que ia acontecer. O ranking não representou nem metade do que essa novela foi. Porque ela revolucionou as pessoas interiormente. Uniu. Eu respondia aos leitores porque sempre gostei de dar atenção, porque está na minha personalidade tratar os outros com dignidade.

Privação e opressão

Não é vitimização, mas aquela metade de 2012 foi uma época de muita privação, opressão, um sofrimento que ia contra a natureza, uma coisa doentia, que me fazia mal. Levei um ano para conseguir suportar tudo aquilo. Viver refém do medo, manipulada a acreditar que eu não era nada, a achar que uma pessoa queria me matar e me induziu ao suicídio. Um dia essas feridas vão se fechar. Um dia esse verme vai pagar pelo que me fez, mas na justiça divina, porque essa é infalível. Por enquanto, sem noção nenhuma do futuro, vou vivendo, preenchendo as horas por preencher, sem saber, de fato, como consumir o tédio, o vazio que essa tristeza deixou; sem saber se devo perseguir esse ideal, manter esse blog, minha conta no Facebook.

Uma "original" cheia de baixaria até conseguiu ficar entre as 100 primeiras no RG, mas porque era pura putaria, não valia nada, não ensinou nada que os leitores levassem adiante. Se usar o avatar de cantora ajuda nas visitas, quem sabe eu tivesse usado o avatar da Toni Braxton para Confissões, mas aí eu estaria usando minha cantora favorita para ganhar likes e comentários. Não valeria a pena. A ideia em CL é que os leitores sintam-se livres para imaginar os personagens, a casa dos Gallardo, o salão da D. Emília, o cenário do Toda Poderosa News.

Consequências amargas da projeção

A inveja incomodou a quem não tinha talento, a quem duvidava daquele prólogo "bobinho". Tenho que reconhecer que, do mesmo jeito que a fama me trouxe amigos e deu uma levantada na autoestima, fazendo com que eu começasse a me sentir bonita e vivesse a fase mais feliz da minha vida, também me trouxe muita dor de cabeça, amigos falsos, gente mal-intencionada.

Não sei o que 2014 me reserva, mas queria muito conseguir ficar bem, me livrar desse povo nojento, invejoso, que não deixa ninguém brilhar nem ser feliz. Não sei se vou escrever alguma história novamente. Darei continuidade a Simplesmente Tita porque assumi esse compromisso e honrarei com ele até o fim. E, se eu souber que tem algum fdp tentando copiar, essa pessoa vai conhecer o meu pior.

Enfiem as críticas no...

Vocês conseguiram me desestimular, me fazer carregar essa pedra pesada da humilhação, do extremo cansaço. Vocês estão bem. Sou eu que vou ter que deixar de fazer o que mais amo na vida por causa de pessoas. Espero que algum dia, nem que eu esteja bem velhinha, possa ver vocês pagando pelas maldades que fizeram; desde o fake que se fez de "Paty Araújo" para me derrubar, o plagiador que se passou pela prima para eu ler a sinopse dele, o idiota que tratou Confissões de Laly como lixo (bem feito que o Paraquedas fechou), o falso fã que queria ganhar prestígio postando as minhas novelas, o escroto que me chamou de feia e gorda quando eu não aprovei a novelinha besta dele e todos os outros que falaram que eu me expus quando desabafei minha dor. Vocês vão pagar.

Pode ser que os autores de novelas deem finais felizes aos maus, mas Deus não. Vocês se sentem melhores que eu porque me venceram agora, porque eu sou só uma contra muitos. No entanto, eu saio de cena agora. O meu momento de glória não é agora, não é constituído pelas lágrimas alheias. Então eu sei que, por mais que eu esteja sofrendo agora, que minha carreira tenha sofrido esse abalo, algo muito bom vai vir, seja em 2014 ou 2018. A verdade vai aparecer. Quem foi humilhado vai ser feliz e quem humilhou vai sentir na pele tudo que eu senti.

Critiquem, mandem as indiretas e enfiem no c*. O Twitter da Noviça é único, não é uma bosta feita por um mal-amado que usa um pseudônimo polêmico para esconder o rosto e machucar os outros. Todo mundo sabe que a Noviça de Puppy Love é uma personagem naturalmente engraçada do jeito que é. Até isso tentam copiar, mas tem uma diferença grande entre ser divertido e ser ridículo. Muitos ultrapassam esse limite e nem percebem.

Já perdi dois anos chorando por causa de idiotas. Agora chega! Não quero ninguém nesse blog que fique fazendo leva-e-traz, distorcendo meu desabafo. Não gosta de mim? Vai embora! Não veja o blog. Vá viver sua vida. Agora, ficar me prejudicando por prazer é doença, cara. Vá se tratar!

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