Para quem vive amores platônicos

 

Para quem vive amores platônicos

Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol 


Viver um amor platônico é carregar uma chama que queima silenciosamente no coração, uma mistura de emoção intensa e saudade por algo que nunca se concretizou. É um amor que parece maior do que a realidade, porque vive no território dos sonhos, dos desejos e das idealizações.

Talvez seja o sorriso de alguém que você admira à distância, um olhar que nunca se transformou em palavras, ou uma conexão que você sente intensamente, mas que a outra pessoa nunca percebeu. Esses amores têm uma beleza peculiar, porque mostram a profundidade de sua capacidade de sentir, mesmo quando o sentimento não é correspondido.

Mas também podem ser dolorosos, porque criam um espaço de ausência, um vazio onde habita o “e se”. E se eu tivesse dito algo? E se fosse diferente? Essas perguntas ecoam, alimentando um misto de esperança e resignação.

Ser capaz de sentir é um sinal de vida, mesmo que esse sentimento pareça inalcançável.

Amores platônicos nos ensinam muito sobre nós mesmos, sobre o que valorizamos e sobre as formas como queremos nos conectar com o outro. Eles também podem nos mostrar o poder de transformar esses sentimentos em algo criativo, como escrever, pintar ou simplesmente contemplar.

Embora às vezes o coração peça que esse amor seja correspondido, é importante lembrar que você não é menos valioso porque ele não foi. Isso não diminui sua capacidade de amar ou ser amado. O amor platônico, por mais unilateral que seja, ainda é uma expressão de sua generosidade, de sua capacidade de enxergar beleza e de sonhar.

Deixe que esses sentimentos existam, mas também lembre-se de cuidar de si mesmo. Permita-se reconhecer suas emoções, sem deixar que elas te consumam. E, acima de tudo, saiba que o coração tem espaço para muitas formas de amor — e quem sabe o que o futuro reserva?

Seu sentimento é válido, sua jornada é única e, mesmo que esse amor nunca se concretize, ele pode ser um lembrete da profundidade do seu próprio coração.

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