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21 de junho | Dia do Profissional de Mídia

No Brasil, o Dia do Profissional de Mídia é celebrado em 21 de junho, como forma de reconhecer a atuação de quem trabalha nos bastidores da publicidade e da comunicação estratégica.

Esse profissional atua na articulação entre veículos de comunicação e anunciantes, planejando quais meios serão utilizados, quanto será investido em cada canal e de que forma a mensagem alcançará o público-alvo.

🗞️ Quem é o profissional de mídia?

É quem:

Pesquisa dados de audiência, perfil de público e performance de veículos;
Planeja campanhas com foco em alcance, frequência e segmentação;
Negocia espaços em rádio, TV, revistas, jornais, portais e redes sociais
Atua lado a lado com publicitários, redatores, diretores de arte e clientes.

Embora muitas vezes invisível ao grande público, o trabalho do mídia é essencial para que uma campanha tenha resultados reais, otimizando recursos e garantindo que a mensagem certa chegue às pessoas certas.

💼 Principais áreas de atuação

Agências de publicidade e marketing;
Veículos de comunicação (rádios, TVs, portais);
Departamentos de marketing corporativo;
Plataformas de mídia programática e performance digital.

O profissional de mídia atua tanto na esfera offline (TV, rádio, impresso) quanto na digital (Google Ads, redes sociais, streaming, etc.).

📍 Desafios da profissão

Necessidade de atualização constante sobre métricas, ferramentas e tendências;
Pressão por resultados mensuráveis em curto prazo;
Conciliação entre criatividade, dados técnicos e limites orçamentários.

A área exige capacidade analítica, organização, domínio de planilhas, negociação e leitura crítica de mercado.

📎 Este conteúdo integra a editoria de Datas Profissionais dos Cadernos de Marisol, destacando os bastidores da comunicação e os papéis fundamentais na construção de narrativas públicas.

Mary Recomenda | Rede Manchete: aconteceu, virou história - Elmo Francfort 📺



Se você nasceu na década de 1980 e foi criança nos anos 1990, assim como eu, deve lembrar-se da extinta Rede Manchete, que até hoje ocupa um espacinho no coração de muitos admiradores e fãs. Mesmo quem nasceu após o fechamento da emissora se rende pelo encanto, mostrando o impacto que a Manchete deixou na história da televisão brasileira.

Nas Lentes da Malacubaca 🎥 | Crise econômica de 2001

 

Argentina 2001: o ano em que o povo disse basta

Por Mary Luz

“O que faz um povo bater panelas até derrubar um presidente?”
“Como uma economia que prometia estabilidade virou sinônimo de desespero?”

Nesta edição, Nas Lentes da Malacubaca mergulha em um dos episódios mais marcantes da história recente da América do Sul: a crise argentina de 2001.

Imagens de saques, protestos e cacerolazos tomaram conta do mundo. Mas o que levou um país inteiro ao colapso?

Jedicon: meu passeio por uma galáxia que eu mal conheço (mas já considero pacas) 🌌⭐

 



⭐ Jedicon: meu passeio por uma galáxia que eu mal conheço (mas já considero pacas)

🗡️ Por Mary Luz — infiltrada no Império, mas só nas pausas do trabalho


No último sábado (31), a Jedicon aterrissou por aqui — um evento voltado a fãs de Star Wars, cultura geek, cosplay e mundos fantásticos. Todos os ingressos foram esgotados e o primeiro piso da Linha Arena se transformou em outro planeta.

1º de junho | Dia da Imprensa


 Uma data para refletir sobre o papel da imprensa na sociedade brasileira

✍🏻 Por Mary Luz

O Dia da Imprensa é celebrado no Brasil em 1º de junho e marca um momento importante para reconhecer o valor do jornalismo, da liberdade de expressão e do direito à informação. A data remete à circulação da primeira edição do periódico Gazeta do Rio de Janeiro, em 1º de junho de 1808, durante o período da chegada da Corte Portuguesa ao Brasil.

27 de maio | Dia Mundial dos Meios de Comunicação

 


Meios de comunicação: informar é um ato de amor e de coragem
📌 Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol

🗞️ A notícia também é afeto

Quem viveu a infância esperando o plantão da TV para saber o que aconteceu no mundo entende: os meios de comunicação não apenas informam — eles moldam o imaginário, registram a história e despertam emoções.

O Dia Mundial dos Meios de Comunicação, celebrado em 27 de maio, é uma oportunidade para refletirmos sobre o papel essencial que a imprensa, o rádio, a televisão, os portais e os blogs (sim, os blogs!) exercem na construção de uma sociedade mais consciente.


📡 Da informação ao poder: o impacto invisível

Meios de comunicação são pontes — entre o saber e o público, entre o acontecimento e a memória coletiva.

Mas também podem ser trincheiras, quando manipulados por interesses escusos.

Por isso, defender a liberdade de imprensa, o jornalismo ético e o acesso universal à informação é defender o direito de cada pessoa a compreender o mundo onde vive.


💻 Na era digital, quem comunica também educa

Hoje, todos somos, em alguma medida, comunicadores.
Desde grandes jornalistas investigativos até criadores de conteúdo independentes que produzem com verdade, afeto e compromisso.

Um blog como este, por exemplo, é mais do que um diário digital: é um meio de comunicação que respeita o leitor.

Porque comunicar também é cuidar do outro com palavras, e isso é, sim, uma forma de amor.


💬 Frases para destacar:

“A comunicação de verdade não manipula. Ela aproxima.”

“Meio de comunicação é meio de afeto. Quando bem usado, vira ponte entre mundos.”

“A notícia não é só o que aconteceu. É o que será lembrado.”


📚 Referências (formato ABNT):

  • UNESCO. Journée mondiale des communications sociales. Paris: UNESCO, 2024. Disponível em: https://www.unesco.org. Acesso em: 25 maio 2025.

  • PATERSON, Thomas. Mídia e Democracia: Liberdade de Imprensa e Responsabilidade Social. São Paulo: Paulus, 2021.

  • GOBBI, Marisa. Imprensa e Afeto: o elo invisível entre comunicação e sensibilidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2023.


Chuva forte provoca estragos em Curitiba e região: o que aconteceu e como se proteger

 

Chuva forte provoca estragos em Curitiba e região: o que aconteceu e como se proteger

Por Mary Luz


A noite de quarta-feira (21) foi marcada por chuvas intensas, ventania e granizo em Curitiba e região metropolitana. As consequências foram imediatas: alagamentos, quedas de árvores, risco de desabamento e prejuízos em várias partes da cidade.

Editorial OCDM | O crime de envelhecer sendo mulher e boa escritora

 


“A juventude é um aplauso fácil. A maturidade, um silêncio cheio de medo.”
– fragmento retirado de um diário anônimo (ou quase)

📺 Editorial — O crime de envelhecer sendo mulher e boa escritora

Ser mulher já é, por si só, uma sentença de vigilância.

Vivemos numa sociedade que, ainda hoje, privilegia os homens — nas oportunidades, na visibilidade, no respeito automático. Dizer isso não é vitimismo: é constatação. E este manifesto não pretende alimentar ódio nem criar inimigos imaginários, mas lançar luz sobre um padrão real e persistente: o silenciamento sistemático de mulheres que não se encaixam no papel que esperam delas.

Mulheres que se recusam a ser submissas, que questionam, que ousam destoar do ideal domesticado, são rotuladas. São acusadas de loucura, de histeria, de querer chamar atenção. E, sobretudo, são excluídas do círculo onde a criação é respeitada e a voz é ouvida.

3 de maio | Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

 

🗞️ 3 de Maio – Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Quando calar é perigoso demais.

🧭 Por que esse dia existe?

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi proclamado pela ONU em 1993, a partir de uma recomendação da UNESCO, com base na Declaração de Windhoek (Namíbia, 1991). A data tem o objetivo de:

  • Relembrar os princípios fundamentais da liberdade de imprensa;

  • Defender os jornalistas contra ataques à sua independência;

  • Homenagear profissionais que perderam a vida no exercício da profissão;

  • Avaliar o estado da liberdade de imprensa no mundo.

“Uma imprensa livre pode ser boa ou má, mas sem liberdade, a imprensa nunca será outra coisa senão má.” – Albert Camus


🌍 Liberdade de imprensa no mundo: um direito ameaçado

Mesmo sendo um direito humano fundamental, a liberdade de imprensa sofre ataques constantes. Em muitos países, jornalistas são perseguidos, presos ou mortos simplesmente por exercerem seu trabalho.

Dados de 2024 mostram que:

  • Mais de 400 jornalistas estão presos por seu trabalho;

  • Censuras e perseguições digitais aumentaram;

  • Regimes autoritários usam fake news como desculpa para silenciar vozes críticas.

O Brasil, por exemplo, oscila perigosamente nos rankings de liberdade de imprensa, especialmente em tempos de polarização política, ataques a jornalistas e campanhas de desinformação.


🕯️ Em memória dos que foram silenciados

  • Tim Lopes, assassinado em 2002 enquanto investigava denúncias em favelas cariocas.

  • Sandra Navarro, morta no México após denunciar narcotráfico.

  • Jamal Khashoggi, jornalista saudita assassinado dentro de um consulado.

O jornalismo não é apenas uma profissão. É um ato de resistência. É escrever, gravar, publicar e denunciar mesmo sabendo o risco que isso pode representar.


💬 Liberdade de imprensa também é sobre você

Quando a imprensa é silenciada, a sociedade inteira perde. Perde o direito de saber, de questionar, de formar opinião. Em tempos de desinformação, valorizar fontes confiáveis e profissionais sérios é um ato político.

Se você pode ler esse post, é porque alguém lutou para que a informação chegasse até você.


📢 Curiosidades

  • O primeiro jornal brasileiro foi Correio Braziliense, lançado por Hipólito da Costa… em Londres, em 1808, por conta da censura no Brasil.

  • A imprensa já foi considerada “quarto poder” por sua capacidade de vigiar os outros três (Executivo, Legislativo e Judiciário).

  • Jornalistas como José Hamilton Ribeiro, que pisou em uma mina durante a Guerra do Vietnã, marcaram a história brasileira pela coragem.


📌 Reflexão final (por Marisol)

Liberdade de imprensa não é um capricho de jornalistas. É a chance que temos de não viver no escuro. É o grito de quem ainda resiste. E, no fundo, é sobre nós — sobre o que nos contam, sobre o que escondem da gente. Que cada palavra escrita com verdade seja uma vela acesa contra os apagões da mentira.

 

Arquivo Malacubaca | Repercussão das propostas de governo de Lulu

 



Mais tarde, neste mesmo dia

As redes sociais entraram em ebulição assim que as propostas de Lulu foram ao ar. Hashtags como #LuluSemNoção#TiremAInternetdaLulu e #100AnosEm10 dominaram os trending topics, enquanto os internautas se dividiam entre gargalhadas e indignação. Os memes surgiram em questão de minutos: uma montagem de Lulu segurando uma impressora estampava a frase “Imprimindo dinheiro para salvar o Brasil, porque matemática básica é tudo!”, enquanto vídeos curtos destacavam o momento em que ela prometia o dólar a 1 real, acompanhados de edições dramáticas e trilhas sonoras épicas que tornavam tudo ainda mais surreal.

Nos meios de comunicação, a repercussão não foi menos intensa. Jornais e portais de notícias dedicaram análises detalhadas — e, em alguns casos, recheadas de sarcasmo — às propostas da candidata. Manchetes como “Lulu promete 100 anos em 10: utopia ou delírio?” estampavam as capas, enquanto colunistas opinavam sobre a viabilidade (ou a falta dela) das ideias apresentadas. Economistas foram convocados para explicar, em termos simples, por que imprimir dinheiro seria um desastre econômico, comparando a proposta a “jogar gasolina no fogo” de uma crise já existente.

Enquanto isso, Lulu seguia confiante, reafirmando que “os haters só provam que estou no caminho certo!”, alimentando ainda mais o frenesi online e garantindo que sua campanha continuasse no centro das atenções.

Arquivo Malacubaca | A Revolta das Tarântulas 🎥🕷️📺



Relembrar é viver!  Por isso, o Arquivo Malacubaca de hoje revive uma cena que marcou os bastidores da Malacubaca em 25 de agosto de 2017. 
Eduardo Meirelles e Bilu discutem corrupção de uma maneira única: com malas, tarântulas e, claro, muito humor ácido. 
Prepare-se para uma viagem no tempo até o universo da Malacubaca, onde até os bastidores guardam momentos icônicos!

🎥🎬📺🎤

O relógio marcava 19h50, e a redação da Malacubaca estava um misto de correria e descontração. A equipe de produção ajustava os últimos detalhes freneticamente, enquanto Eduardo Meirelles e Bilu estavam sentados na bancada, à espera do início do jornal. A conversa entre eles, como de costume, era uma mistura de humor e críticas afiadas, sem perceber estarem sendo transmitidos ao vivo.
Eduardo assistia ao vídeo sobre malas de propina pela enésima vez, tamborilando os dedos na bancada. Com uma expressão pensativa, ele desabafou:
— Será que se dentro daquela mala tivesse uma aranha-marrom, eles pegariam o dinheiro?
Bilu, ao lado, ajeitava o batom com calma e respondeu sem hesitar:
— Do jeito que são, morrem com a picada, mas da bufunfa não abrem mão!  
Eduardo balançou a cabeça em concordância, mas parecia absorto. Ele insistia:
— Tinha que ter uma tarântula dentro dessas malas… Para meter aquele medo.
— Você é vingativo, Meirelles! — provocou Bilu, arqueando as sobrancelhas e passando pó compacto.
Eduardo, sem se intimidar, continuou:
— Queria ver quem aguenta o tranco… Quer a bufunfa? Tá bom! Abre a mala e, puf! Dá de cara com a grana, a tarântula e com a Polícia Federal à espreita na portaria.
Bilu soltou uma gargalhada, respondendo com um tom teatral:
— Talvez as tarântulas façam os meliantes confessarem até o que não foi perguntado! Mas isso não se caracteriza como método de tortura?
Eduardo riu e sacudiu os papéis à sua frente:
— As aranhas podem morrer intoxicadas pelo óleo de peroba desses caras…
Nesse instante, o técnico do switcher, completamente distraído com um jogo de paciência no computador, soltou acidentalmente o sinal de bastidor ao vivo. A redação ficou em choque ao ver a conversa transmitida na tela para os telespectadores, enquanto Eduardo e Bilu seguiam despreocupados.
Para aumentar o caos, o técnico murmurou alto:
— Ah, meu jogo de paciência vai salvar… O quê? Estamos ao vivo? Corta o sinal antes que o chefe descubra!
Os produtores correram para resolver o problema, enquanto Eduardo e Bilu finalmente se davam conta da situação. A sempre séria âncora soltou uma gargalhada ao perceber o erro, enquanto o colega, visivelmente desconcertado, tentava compor-se. Ele deu um tapa rápido nos papéis à frente, fingindo que estava revendo notas.
— Relaxa, gente. Vocês ganharam a atenção do público antes mesmo do jornal começar, parabéns! — disse o diretor, colocando a mão na cabeça, num misto de exasperação e resignação.
Ela, com um brilho de diversão nos olhos, ergueu as mãos teatralmente:
— Olha, Edu, a Polícia Federal pode estar atrás de você.
Eduardo, apressado para se defender, protestou:
— Nem estou envolvido nesses escândalos de dólar na cueca, na meia, nem em fundo falso de mala nenhuma. Isso é coisa de outros!  
Bilu não deixou passar:
— Vai ver, eles anotaram sua sugestão das tarântulas… Boa sorte, Meirelles.  
Eduardo tentou disfarçar, mas só conseguiu deixar a redação em gargalhadas. Finalmente, o diretor irrompeu na sala, esbaforido:
— Genial, pessoal, genial. Agora alguém explica isso para a audiência porque o jornal começa em cinco minutos!

7 de abril | Dia do Jornalista 📰✨

 

Feliz Día do Jornalista (Imagem gerada por IA)

Hoje, 7 de abril, é celebrado o Dia do Jornalista aqui no Brasil. A data surgiu para homenagear Giovanni Battista Líbero Badaró, médico e jornalista italiano radicado no Brasil, que foi um defensor incansável da liberdade de imprensa. Sua morte em 1830, em um contexto de luta por justiça e pela independência do Brasil, marcou simbolicamente a importância do jornalismo como pilar da democracia e da liberdade.
Muito mais do que uma profissão, o jornalismo é uma vocação que carrega consigo um compromisso ético com a sociedade, fortalecendo os pilares da democracia e promovendo mudanças por meio da informação. 📜🖋️

Orgulhosamente, o OCDM preparou uma homenagem a esses profissionais, dentre os quais esta autora se inclui, para não nos esquecermos do valor do nosso ofício. Afinal, vai muito além de dar opinião e criticar sem contexto porque isso é fácil, qualquer um faz, mas produzir algo de valor exige tempo, esforço, dedicação, conhecimento e técnica.

Mary Recomenda | As boas mulheres da China - Xinran



Hoje tem edição especial do Mary Recomenda e com um livro que há muito tempo eu queria trazer para vocês, uma obra densa, profundamente realista, necessária e dolorosa. Aqui não queremos trazer romances de banca e seus clichês ridículos, queremos questionar, nos transformar e conhecer mais do mundo do que apenas a superfície, por isso, se você prefere se iludir com capas de caras sem camisa e enredos previsíveis, o OCDM não é para você.

Por que escolhi esse livro?

Sempre tive curiosidade de entender como vivem as mulheres chinesas. Queria ir além dos estereótipos, mergulhar no cotidiano de quem sobreviveu às repressões políticas, familiares e sociais de um país que mudou radicalmente em poucas décadas. As Boas Mulheres da China, de Xinran, me ofereceu muito mais que isso. Foi uma leitura que me marcou para sempre — e me acompanhou em um momento pessoal difícil, quando eu mesma enfrentava perdas e dores.


Quem é Xinran?

Xinran nasceu na China em 1958 e cresceu durante a Revolução Cultural. Foi uma das primeiras mulheres a conseguir espaço no rádio nacional com um programa noturno chamado “Palavras na Brisa Noturna”, em que ouvia relatos de mulheres comuns — donas de casa, camponesas, intelectuais, operárias. A cada ligação, desabava um universo de sofrimento, resiliência e silêncio.

Após imigrar para o Reino Unido nos anos 1990, Xinran começou a escrever sobre essas histórias. As Boas Mulheres da China foi seu primeiro livro e se tornou um marco na literatura de denúncia social e de gênero.


📻 O poder do rádio como espaço de escuta

Na China dos anos 1980 e 1990, dominada por censura e silêncio, o rádio era um dos únicos canais onde as pessoas se sentiam seguras para contar suas histórias. Xinran, com sua escuta acolhedora e cuidadosa, transformou as ondas sonoras em um abrigo para a dor — especialmente das mulheres, que muitas vezes nunca haviam tido permissão para falar.


🌧️ Histórias que marcaram a leitura

Uma das mais impactantes é a da menina e da mosca — dolorosa, simbólica e quase insuportável. Há também o relato de uma mulher que acreditava que o silêncio e a obediência seriam recompensados, mas descobriu que a dor podia ser eterna.

"Minhas esperanças foram completamente destruídas. Minha própria mãe me dizia que tolerasse os abusos de meu pai. Onde estava a justiça disso?"

Essas vozes atravessam as páginas como gritos abafados que, enfim, ganham eco.


🏯 Contexto histórico: antes, durante e depois da Revolução Cultural

A leitura ganha ainda mais força quando compreendemos o que se passava na China:

  • Antes de 1966: o fracasso do Grande Salto Adiante deixou milhões mortos por fome.

  • Durante a Revolução Cultural (1966–1976): perseguições, prisões, humilhações públicas e campos de “reeducação”.

  • Após 1976: com a morte de Mao Tsé-Tung, inicia-se um processo lento de reconstrução social, econômica e institucional.

As mulheres foram as mais afetadas: perderam direitos, carreiras, filhos, identidade.


🇨🇳 E a China atual?

Desde as reformas de Deng Xiaoping, a China passou por uma explosão econômica. Mas questões de gênero continuam marcadas por:

  • Controle estatal sobre corpos (como a política do filho único até 2015)

  • Patriarcalismo profundo, mesmo com leis de igualdade

  • Pressão estética, econômica e familiar sobre as mulheres

Mesmo hoje, feministas são perseguidas, e a liberdade de expressão ainda é limitada. Xinran nos ajuda a perceber que a luta continua, sob outras formas.


💔 A leitura e meu momento pessoal

Quando li esse livro, eu enfrentava desafios no trabalho e havia perdido meus hamsters — criaturas pequenas que faziam parte do meu cotidiano e do meu afeto. As histórias de Xinran, paradoxalmente, me acolheram. Me fizeram entender que há dores universais e que ouvir o outro também pode ser uma forma de sobreviver.

"Eu costumava sonhar que encontraria um jeito de lavar a minha dor, mas será que posso lavar a minha vida?"


🌿 Conclusão: uma leitura que transforma

As Boas Mulheres da China não é só um livro de histórias. É um arquivo de memórias que quase foram apagadas. Um grito por justiça, por empatia, por memória.

"Quando alguém mergulha nas próprias recordações, abre uma porta para o passado; a estrada lá dentro tem muitas ramificações, e a cada vez o trajeto é diferente."

✊ Reflita comigo:

Quais vozes estão sendo silenciadas hoje, aqui, ao nosso redor? Afinal de contas, tanto aqui quanto na China, ainda estamos muito distantes de um mundo seguro para nós, mulheres.

Em clima de reflexão, o Mary Recomenda de hoje chega ao fim, mas você pode acompanhar nossas análises anteriores, caso queira. Obrigada por chegar até aqui, um forte abraço e até sempre!

Mary Recomenda | De frente para o amor - Emely Luiza Curcio

 


Um clichê romântico homoafetivo foi uma proposta interessante e não deixou a desejar nesse sentido porque tivemos muitas cenas fofas e quentes do nosso OTP. Às vezes, no entanto, as ações ficavam mais lentas e dava certo cansaço de ler, mas segui firme no propósito.

Arquivo Malacubaca | Boletim Extraordinário: barraco de Lulu na convenção do partido 📺📹🎤


28 de julho de 2018.

Esta era uma tarde comum de sábado, completamente esquecível, se não fosse pela entrada da vinheta do Boletim Extraordinário no meio da programação da Malacubaca. 
O BE é o nome dado ao plantão de notícias da emissora e está no ar desde os primórdios dela, logo, quando a trilha rouba a cena, vai parar nos assuntos mais comentados das redes sociais, destacando-se até mais do que a própria notícia.

Chamada atual do Vinte Horas

Se você já acompanha este blog há muito tempo ou pelo menos já leu algo da Família RPN, sabe que o principal telejornal da emissora é o famigerado Vinte Horas. Hoje compartilho a primeira ideia de chamada institucional do noticiário fictício.

Editorial WNBM | Meu direito de resposta



A indignação ferve quando tenho o desprazer de ler conteúdos de baixíssimo aproveitamento, cheios de lugares-comuns que atestam a mais profunda ignorância. Pessoas sem bagagem intelectual e sem entendimento acerca de comunicação, ainda assim, almejam um lugar de fala — muitas vezes alinhadas a ideais que contrariam o entendimento democrático. 

Por maiores que sejam as falhas da democracia, ainda é melhor vivermos com seus defeitos do que sob um regime ditatorial, onde a oposição é silenciada e a censura dita as regras. A liberdade, mesmo com seus desafios, é sempre a melhor escolha.


A evolução dos meios de comunicação


Desde os primórdios, os livros foram demonizados, assim como o cinema, o rádio, a televisão e, mais recentemente, a internet. Disseram que o rádio morreria com o surgimento da televisão, mas ele se adaptou, mostrando sua incrível capacidade de reinvenção. 
Da mesma forma, a televisão enfrenta desafios em tempos de plataformas digitais, que democratizam o acesso à informação e ao conteúdo audiovisual. O que vemos é uma convergência de mídias, cada uma encontrando sua forma de coexistir e evoluir.

Reflexões sobre a televisão


Gostaria de convidar aqueles que culpam a televisão por todos os males do mundo a refletir: será que esse é o caminho para promover o diálogo? Não gostar de TV é um direito seu, irrevogável. Mas julgar quem consome televisão não agrega valor à conversa. Se a TV aberta não te representa, busque outros meios de informação e entretenimento. Livros são uma ótima escolha! Só não caia na armadilha do ego de se considerar superior a quem acompanha novelas ou o jornalismo televisivo.

Se você discorda da abordagem de uma emissora, há sempre opções. Controle remoto existe para isso. Mas, por favor, não seja aquele que dissemina notícias falsas, deturpa reputações e semeia ódio, pois isso é tão ou mais prejudicial que uma cobertura sensacionalista.

Jornalismo: profissão e compromisso


Admito não tolerar quando subestimam a minha profissão. Ser jornalista exige anos de estudo, dedicação, sacrifícios e, acima de tudo, um olhar humano para com o próximo. Por mais que o jornalismo tenha interesses comerciais, seu propósito é servir à sociedade. 

Trabalhamos para cumprir prazos apertados, criar novos ângulos para notícias e equilibrar razão e emoção ao cobrir tragédias. O que para alguns pode parecer "apenas um repórter", para nós é fruto de esforço constante e sintonia de uma equipe que se dedica dia e noite. 

Não, não sinto alegria ao ver jornalistas sendo agredidos no exercício da profissão. Pelo contrário, sinto dor, porque sei o que significa estar ali, sacrificando tempo, família e segurança para informar o público.

Televisão, respeito e reflexão


É fácil culpar a televisão por alienação, mas será que o problema não está em nós mesmos? 

O mundo vai mal desde sempre, com ou sem televisão, e continuará assim enquanto não aprendermos o verdadeiro significado do respeito e da tolerância. Certo e errado são conceitos subjetivos, baseados em nossas experiências pessoais.

Por isso, se você quer que respeitem suas escolhas — sejam elas não assistir televisão, não consumir carne ou seguir um estilo de vida mais espiritualizado —, ofereça o mesmo respeito a quem pensa e vive de forma diferente. Respeite aqueles que ainda usam a TV como fonte de informação e entretenimento.

Por que amo ser jornalista


Estudar jornalismo abriu minha mente e me mostrou a importância do meu papel na sociedade. Meus professores compartilharam conhecimentos que carrego com zelo, ética e respeito pelo público. Eu amo o que faço e tenho muito orgulho da minha profissão. Quero contar boas histórias, dar voz a quem precisa e manter a ética e a idoneidade em tudo que faço.

Se isso faz de mim uma pessoa alienada, então sou com gosto, com orgulho e com vontade. Pois acredito que, ao respeitarmos as diferenças e trabalharmos com paixão e dedicação, podemos fazer do mundo um lugar mais tolerante.

P.S. — Antes de criticar a minha profissão, estude pelo menos um ano de comunicação social. Talvez assim a palavra "empatia" deixe de ser banalizada e se torne prática.

Mary Recomenda | A Pindonga Azarada

Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...