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1000 cartas de amor | Isso é tudo que tenho a dizer (2011)

 


Se você for e não mais retornar, não se culpe, não me amaldiçoe e não me renegue dentro de si. Todas as experiências, independentemente do saldo, têm sua importância.

Se quiser voltar, que seja por inteiro e por um bom tempo!

Poderia depositar minhas expectativas em uma resposta só, mas procuro entender que o fator tempo é crucial.

Não sou indiferente à dor.

Ficarei bem! Eu lhe juro!

As lágrimas varrem o ressentimento da alma.

Não se intimide com minha aparente confiança. Aprendi, desde menina, a sofrer sem fazer ruídos, embora já tenha entrado em contradição diversas vezes, o que contribuiu para solidificar meus sentimentos e não permitir que sirvam de brinquedo a quem não possui boas intenções.

Curitiba, 20 de junho de 2011.

Destrinchando a Letra | Vision of love - Mariah Carey

 

Um amor como abrigo, milagre e promessa

“I had a vision of love, and it was all that you've given to me.”

Quem nunca desejou viver um amor assim?
Não um conto de fadas — mas um lugar de paz, onde a gente pode pousar os ombros cansados, deixar cair o medo, a raiva, a defesa.
Um amor que seja mais do que paixão: um descanso depois de anos sobrevivendo.


🌫️ Uma lembrança em tons de cinza (com um raio de luz)

Tá certo... é difícil acreditar em mágica quando a vida insiste em nos provar o contrário.

Você tenta ser boa, fazer o que é certo, manter a fé viva... mas, às vezes, parece que a recompensa nunca vem. Talvez por isso, Vision of Love mexa tanto com quem já passou por noites mal dormidas, por promessas quebradas, por abraços que nunca chegaram.

É uma música sobre esperar — bem como também sobre acreditar que ainda vale a pena esperar.


💬 Letra que fala com a alma

“Prayed through the nights, felt so alone, suffered from alienation…”

Doloroso, não é? Essa parte sempre tocou fundo.
Mas logo depois vem a virada:

“And now I know I've succeeded, in finding the place I conceived…”

É como se ela dissesse: “Eu fui forte o suficiente para continuar acreditando.”
E, olha... isso já é uma vitória.


🦁 Uma canção para Laly

Essa música me marcou desde os tempos em que Confissões de Laly ainda era um esboço de coragem. E não tem como negar: ela é a trilha sonora perfeita da Leoa que sonha alto, mas também carrega feridas que ninguém vê.
Laly reza, resiste, se sente sozinha — mas segue. Porque no fundo, ela acredita que o amor certo vai encontrá-la. Um amor sem humilhação, sem meio-termo, sem máscaras.

E Mariah canta exatamente isso: o amor que te vê inteira, não importa por quantas tempestades você já passou.


✨ Reflexão dos Cadernos de Marisol:

Vision of Love não é sobre “achar um par”.
É sobre não desistir de si mesma.
É sobre imaginar um futuro onde você é cuidada com a mesma intensidade com que já cuidou dos outros.
Sobre sobreviver ao cinza e ainda assim ter fé no colorido.

Se você ainda não encontrou esse amor, talvez ele esteja se desenhando agora, nos bastidores da sua vida. Ou talvez seja esse amor que você cultiva dentro de você. Essa visão do amor. Quantos de nós sonham com isso. Um mimo do destino, um descanso na tristeza, no estresse, um amor para chamar de nosso, um lugar em que você não precise se esconder de nada nem de ninguém.

Como organizar um piquenique inesquecível

 

Piquenique no parque

Bora fazer um piquenique um dia desses?”, está aí um assunto sempre em alta entre meus amigos e eu, no entanto, o dia fica para agosto… a gosto de Deus, brincadeiras à parte

É uma missão quase impossível reunir todos no mesmo dia porque quando estou de folga, minha melhor amiga tem compromissos; quando ela tem espaço livre, tenho plantão para fazer, minha irmã vai passar o fim de semana com o namorado, outro tem semana de prova ou algum imprevisto de última hora.

Ser adulto não é fácil. Não dá mais para se jogar no chão e abrir o berreiro de raiva por ter “licença poética”, resta-nos respirar fundo e engolir uns sapos bebendo água com gás, certas coisas não valem nosso réu primário.

Os Desencontros do Cupido | 13º Capítulo

 13

Edu Meirelles estava aproveitando ao máximo seu último dia em Buenos Aires. Suas malas, cuidadosamente arrumadas, repousavam próximas à porta da suíte presidencial, prontas para a viagem de volta ao Brasil. Mas o jornalista fanfarrão tinha planos de despedir-se em grande estilo. Com seu roupão azul-marinho atoalhado e chinelos de pano, ele preparava-se para o evento do ano — um pagode improvisado.

Chamando seus amigos argentinos e algumas hermanas que conheceu ao longo da estadia, Edu transformou a suíte em um verdadeiro sambódromo. Taças de champanhe tilintavam enquanto os convidados — vestidos casualmente e com um toque de descontração — ocupavam cada canto do amplo espaço. Empanadas, queijos, charcutarias e até um churrasco portátil traziam o sabor da festa, enquanto o pagode tocava ao fundo, contagiando todos com sua alegria.

Edu liderava o samba com sua energia inconfundível, enquanto tentava ensinar os amigos argentinos passos básicos, com direito a risadas e tombos. 

Qué tú haces en Brazil? — quis saber uma modelo de cabelos castanhos presos em um coque, vestindo um maiô sensual magenta que contrastava com sua pele bronzeada.

Soy un actor de mucha fama en Brasil. Faço muchas novelas. — mentiu o cinegrafista Edson, que passava bem distante de ter o físico dos atuais galãs da Malacubaca, usando somente o roupão atoalhado para cobrir o corpo, segurando na mão roliça uma taça de champanhe.

💘💘💘

Luciana Andrade já havia desembarcado em Buenos Aires, determinada a confrontar Edu. Vestida em um impressionante conjunto vermelho justo, que exibia suas curvas com elegância feroz, ela seguiu diretamente para o hotel onde ele estava hospedado. Luciana não era o tipo de mulher que recuava, e o espetáculo que ela estava prestes a causar prometia ser memorável. 

💘💘💘

Enquanto o pagode na suíte presidencial rolava solto, com vozes alegres e risadas ecoando pelos corredores, um som repentino interrompeu a melodia: tum-tum-tum, pausa, tum-tum-tum-tum-tum. Era uma batida ritmada, firme e insistente, tão forte que parecia atravessar a porta. Alguns convidados congelaram no lugar, enquanto Edu levantou a cabeça, os olhos semicerrados de apreensão.

— Sujou. Deve ser o gerente! — disparou ele, gesticulando para os amigos se esconderem.

Edu Meirelles não esperava por ninguém, no entanto, caminhou calmamente até a porta e solicitou para os convidados se esconderem no banheiro até a segunda ordem.  

— Não vai me convidar para entrar, não?  

Os Desencontros do Cupido | 12º Capítulo

 — Qual é a sua aposta, Chris? Nossa amiga Carmen Angélica achou ou não achou o medalhão? — perguntou Vespúcio.
— Ah, meu amigo, saberemos quando ela retornar. Mas sei que você achou o santinho no ano passado e desencalhou — respondeu Christiane.
— Mesmo assim, quero meu bolinho. Posso até ser casado, mas de bolo não abro mão.
— E nesse clima descontraído com cheirinho de café e bolo, o Malacubaca Meio-dia fica por aqui. Obrigada pela companhia de sempre. Tenha uma boa tarde e até amanhã!
— Até amanhã, amigos! Com ou sem santinho no bolo! — despediu-se Vespúcio.

1000 cartas de amor | Meu coração encontrou repouso 💌

 


É um alívio inexplicável matar a saudade de quem amamos. A espera parecia um deserto sem fim, mas sua volta foi como o florescer de um oásis. Ao vê-lo, meu coração ficou leve, como se, de repente, o mundo tivesse voltado a vibrar em cores e melodias.

No instante em que me abraçou forte, senti que a distância se dissipava. Ali, no calor daquele abraço, toda inquietude se desfez. Voltei a me sentir segura, amada, completa. É esse tipo de presença que ilumina a vida: alguém que você admira com todo o coração. Alguém que não apenas inspira, mas acolhe e guia, como uma âncora em dias tempestuosos.

Com ele, não há barreiras no diálogo, nem melindres que transformem conversas em armadilhas de desconfiança. Há apenas troca, calma e respeito. O tipo de vínculo onde as palavras fluem como um rio tranquilo, e até mesmo os silêncios são confortáveis.

Mais do que matar a saudade, seu retorno me trouxe paz. E isso, para mim, é o maior presente que alguém pode oferecer.

Quando a madrugada sabe o seu nome

No silêncio da noite, ela sentiu o cheiro dele como se a ausência tivesse perfume.
De banho tomado e roupa limpa.
De tranquilidade e ternura, carinho compartilhado a quatro mãos.
Aquele cheiro invisível de jornal recém-impresso, de café passado no início da redação, da saudade de algo que nem sequer aconteceu.
Não tinha toque nem som.
Ela o sentia.

Se estivesse ali, ele deitaria devagar, respeitando o espaço dela como quem aprende os limites de um país estrangeiro... curioso, gentil, fascinado.
Aproximaria o rosto, murmurando qualquer coisa sobre o longo dia, só para quebrar o gelo, para ver se ela ria.

Ela não responderia com palavras, mas com um beijo tímido no ombro, as mãos pequenas indo até as costas dele, como se dissesse: Fica. Não vai. Só essa noite, fica.
E ele ficaria.

Dormiriam enroscados, não como quem se agarra por desespero, mas como quem encontrou o lugar exato entre o mundo e o sonho. Com os corações sussurrando uns aos outros em código morno de pele e carinho.

Ele encostaria o queixo na cabeça dela. Um gesto sem pressa, meio distraído, entendido como "você está segura aqui".
O calor do corpo dele a envolveria devagar, e o silêncio viraria uma linguagem só deles dois.

Ela sentiria o peito dele subir e descer na mesma cadência da sua respiração. As mãos dele, entrelaçadas nas suas, ficariam quentinhas.
O polegar dele faria aquele carinho circular no dedo dela, sem motivo, só para dizer que estava ali, mesmo em silêncio.
E então viria o que ela mais esperava: o peso leve e firme do queixo dele descansando no topo da cabeça dela, como se a marcasse no mundo.
Como se dissesse, sem dizer: “Aqui é onde eu fico.”

E ela ficaria.
E quando a madrugada passasse devagar, ela abriria os olhos e veria que ele ainda estava ali.
Respirando perto.
Presente.
Delicadamente, inteiramente, absurdamente dela.

Não essa saudade arrasadora.
Não mais esse espaço vazio ocupado pela insônia.
Só as pontas dos dedos que terminariam de desenhar esse coração no vidro embaçado como quem decifra um velho enigma, antes de desenhar o contorno dos lábios dela em meio àquele olhar firme onde o tempo para de passar.


Os Desencontros do Cupido | 11º Capítulo

 

11

Noviça pretendia ser a primeira a acordar, porém, Luciana, que entrou de penetra na reunião das amigas sem namorados, resolveu de veneta pernoitar sem nem ter sido convidada e ainda se comportar como se fosse hóspede em um hotel de luxo, exigindo café na cama e outras regalias mais.  

Ao amanhecer, em casa tronco havia um desenho. O primeiro se aproximava muito da letra J, o segundo tinha a inicial E, já a terceira ficou um pouco indefinida. Noviça, ao reconhecer a letra E, comemorou alto demais.  

— Eu sabia, eu sabia!  

Mesmo antes de saber sobre você, esperei


Não foi um daqueles inícios explosivos e coloridos, nem aquela pressa emaranhada na expectativa pela chegada, tampouco uma entrega impensada. Só foi.  Sem promessas eloquentes e falaciosas, sem alardes e cobranças.

Sinto certa dificuldade de cravar um ponto exato de quando enxerguei em você mais do que uma amizade, mas meu porto-seguro. Admitir verbalmente me amedrontava deveras porque eu temia me machucar de novo, porque amar combinava tão bem com sofrimentos e ausências, impossibilidades e dramas.

Até você confessar sentir o mesmo, eu não imaginava ser possível apreciar a calmaria da presença, do olhar carinhoso, do abraço curativo, do afeto traduzido nas miudezas cotidianas. Quem passou muito tempo em tempestades carrega traumas por associar a paz ao prelúdio de uma guerra silenciosa que começa e nunca acaba e isso diz muito sobre o medo de se permitir. Porque a vida também já te machucou muito.

Nossos corpos se reconheceram de outras vidas, caminhos que se cruzaram incontáveis vezes no tempo e espaço. Talvez isso possa explicar o porquê daquela saudade silenciosa do que sabia já ter vivido, dos fragmentos de memórias pelos ares. 

Mesmo antes de saber sobre você, esperei. E não foi por pouco tempo. Penso no amanhã, se você será meu hoje lá também, não minto. Entretanto, só quero curtir seus braços fortes me envolvendo, seu queixo encostado à minha cabeça e aqueles beijos balsâmicos curando a alma de dores que nem presume existir.

Talvez essa história não precise de promessas grandiosas ou certezas absolutas. Basta o que já é: presença, afeto sem ruído, a paz de saber que — enfim — não estamos mais sós. Depois de tanta ausência, o que mais aprendemos a valorizar é o simples ato de permanecer.

Não é sobre destino, é sobre escolha



Você também já havia se machucado antes, acreditado numa história onde amou por dois e sempre esteve à sombra, figurante sem prestígio. Dormiu para aquietar os ruídos de uma mente incansável, chorou prolongando o expediente para não brindar com a escuridão, estendeu um cordão em torno de sua ilha para nenhum estranho entrar e deixar destruição por todos os cantos.

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