Uma árvore que conta como começou o Brasil — e por que precisamos preservá-lo
O pau-brasil não é uma árvore qualquer. Ele é símbolo de nascimento e de sangramento. Em 3 de maio, celebramos o Dia Nacional do Pau-Brasil, mas talvez “celebrar” nem seja o verbo mais justo. É um dia para lembrar, refletir e reparar.
Foi com a extração do pau-brasil que começou a exploração colonial em terras brasileiras. A madeira avermelhada, valiosa para a produção de tinta na Europa, se tornou moeda de troca. O nome da árvore (e do país que surgiria ali) vem do latim brasa, devido à cor intensa de sua seiva.
A partir daí, o que era floresta virou negócio. E o que era abundância virou ausência.
🪵 O ciclo do pau-brasil: da abundância à ameaça
O pau-brasil (nome científico: Paubrasilia echinata) era encontrado em abundância na faixa litorânea da Mata Atlântica, do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Com a chegada dos colonizadores portugueses em 1500, deu-se início ao primeiro ciclo econômico da história do Brasil — baseado na extração e exportação da madeira.
🌱 O que o pau-brasil ainda ensina ao Brasil?
Mais do que uma lição ecológica, o pau-brasil oferece uma lição de memória.
📚 Você sabia?
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O pau-brasil foi o primeiro produto explorado economicamente no Brasil.
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O nome “Brasil” veio antes do nome “brasileiro” —, usado no início para quem extraía e negociava a madeira.
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Em 1978, o pau-brasil foi declarado Árvore Nacional, para reconhecer seu valor histórico e ambiental.
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Hoje, a espécie é protegida por lei e seu corte é proibido, exceto com autorização específica para fins científicos ou de reflorestamento.
✏️ Reflexão final
“Se o pau-brasil foi o primeiro a cair, que seja também o primeiro a se levantar — e a nos lembrar de onde viemos, e para onde ainda podemos ir.”