Por Tita | Os Cadernos de Marisol
Às vezes me questiono se o mundo não passa de uma bolha. Se de bolhas em bolhas vamos deixando nossas antigas peles, bem como antigos sonhos, nossa inocência e nossas lentes cor-de-rosa
Todos nós temos sede de pertencer a alguma bolha que nos acolha tal como somos, mas quanto de nós mesmos abrimos mão em nome dessa utopia?
De bolha em bolha procurei tanto me sentir em casa, porém nunca pude passar do capacho de boas-vindas. Ninguém nunca explicava os motivos para vetar minha entrada ou aceitá-la com ressalvas.
Eu lia o que as palavras não tinham coragem de dizer. Gestos, olhares, hierarquias...
Um dia, cansada de tanto ser excluída, decidi parar de me dedicar tanto a ser aceita em lugares onde minha presença incomoda. Porque me transformar na problemática da história é artimanha daqueles que vestem a carapuça porque sabem muito bem serem os causadores das feridas que carrego.
Quando eu era semente, ninguém me regou.
Muito pelo contrário, tentaram jogar sal nesse solo, mas ninguém contava com o fato de que de bolha em bolha, aprendi a sobreviver e tenho certeza de que minha tribo de alma está por aí, talvez até lendo este texto e se identificando... numa dessas...
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