Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda, em clima de São João. Não vou pular a fogueira, mas proponho um brinde com quentão e um punhado de paçocas.
Era para ela ser a personificação do capiroto com passos de dragão preguiçoso, honrando a piadinha “quando morrer, essa aí vai precisar de dois caixões: um para o corpo e outro só para a língua”. Se os olhos não veem, o copo na parede conta, sabe até do que nem aconteceu; aumenta, inventa e cria versões alternativas.
No entanto, meses depois, ao ganhar vida no The Sims (salvando quem os escreve), está célebre figura roubou literalmente a cena e não só entrou no coração dos leitores como ganhou a própria história.
Enquanto A Filha do Meio não ganha sua segunda chance, A Pindonga Azarada chega com tudo para mostrar que Cavicholo que é Cavicholo não faz por menos.
📝 Autoria: Mary Luz
📅 Publicação: Amazon (disponível no Kindle Unlimited)
📖 Páginas: 218
Se tem uma coisa que Graça Cavicholo não passa é despercebida. Nesta biografia não autorizada da Família Cavicholo, a autora destrincha com humor afiado a saga de uma matriarca fora da casinha.
Em A Filha do Meio víamos/veremos os Cavicholos através do olhar da doce Jana, mas em A Pindonga Azarada, as aventuras se passam no apartamento ao lado, o 43.
Tem de tudo um pouco, que nem cardápio de festa junina que se preze… menos spoiler, daí o discurso vira outro. Melhor virar o disco porque jabá não é crime.
Eu podia estar roubando, matando, induzindo o povo a apostar nos tigrinhos da vida, perseguindo gente inocente… mas estou aqui na humildade, brother, deixando a indicação do meu próprio e singelo livro. Na esperança de haver alguém do outro lado da tela que um dia me encontre no dom da vida — e me diga que essa história salvou sua tarde, sua noite, ou talvez um pedaço do seu coração.
💔 Dez anos atrás, numa manhã escura, um monstro abriu um machucado profundo na minha alma. Me deixou ao relento da dignidade, repleta de medo, culpa e crenças distorcidas sobre o amor. A vida me obrigou a ser forte. Me obrigou a levantar sozinha.
Hoje, agradeço a Deus por não ter me tornado espelho desse monstro. Por estar aqui, novamente, no meu mundinho, orgulhando aquela versão de mim que só queria uma segunda chance.
A Pindonga Azarada não foi só um flop do Wattpad, como tantos outros sonhos meus. Foi um conto escrito com carinho para minha irmã — que adorava me ouvir contar as aventuras dos Cavicholos e foi a primeira a ler a versão original. Se não fosse esse incentivo, esse livro não existiria.
✨ Obrigada, irmã.
Obrigada aos amigos que me leem, que me acolhem com palavras, orações e abraços.
Obrigada, Graça, Otto, Fabíola, Renan e Isabella, por confiarem em mim.
Obrigada, Jana, por me escolher como sua narradora.
Obrigada a quem nos lê com o coração e não com os olhos viciados em números.
Obrigada, Lorena, por me incentivar a publicar.
Obrigada, Gabriel, Luana, Thays, Carol Garcia, Anne, Mariana…
Obrigada aos meus avós, que do céu torcem por mim. A editora agiu com má-fé, mas um dia a dedicatória vai chegar até vocês. Deus está no controle.
🔥 Leitura indicada para quem:
🫣 Gosta de festa junina e narrativas bem temperadas;
🫣 Já ouviu alguém dizer “essa família é uma desgraça, mas é minha”;
🫣 Acredita que todo mundo tem um lado Graça Cavicholo;
🫣 Tem uma amiga/parente/vizinha que é meio Graça;
🫣 Concorda que o olho gordo da Valdete seca até pimenteira.
🎆 E se alguém disser que o post ficou grande, eu digo: tem texto que é desabafo, testemunho, parte importante do processo criativo. Hoje, não queria só reviver um trauma, mas mostrar que, apesar dele, ainda estou aqui.
A propósito, o Mary Recomenda de hoje fica por aqui, mas pode voltar a qualquer momento na nossa programação ou na próxima sexta-feira, sempre às 18h, só aqui no OCDM. Obrigada pela atenção de sempre e até nosso próximo encontro!
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