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Quando a luta pesa mais do que a balança da vida: um desabafo sobre desigualdades



Nem sempre a vida é sobre encontrar a luz no fim do túnel. Às vezes, é sobre reconhecer o peso do que estamos carregando e lidar com a tempestade antes de buscar um novo caminho. Hoje, quero compartilhar a realidade de como é lutar quando o mundo parece dar tudo de bandeja para uns, enquanto outros precisam carregar montanhas nas costas.

Já se sentiu como se a vida fosse uma corrida, onde você está se esforçando ao máximo, enfrentando subidas e obstáculos, enquanto outros simplesmente pegam carona e chegam ao topo sem nem suar?

É assim que, muitas vezes, me sinto na minha trajetória. Enquanto alguns parecem atravessar a vida em uma estrada pavimentada e sem buracos, outros de nós enfrentam subidas íngremes e terrenos acidentados. A diferença de oportunidades não é uma questão de esforço, mas de circunstâncias — e é isso que torna a corrida tão desigual.

Nem sempre há espaço para otimismo. Às vezes, é só a frustração que toma conta. É sobre isso que quero falar hoje, sobre o peso de lutar tanto e sentir que a balança nunca pende para o seu lado.

Recentemente, uma conversa no trabalho me trouxe à tona muitos gatilhos. Ouvir essa história ativou gatilhos profundos em mim, me lembrando das inúmeras vezes em que a vida me empurrou para subidas íngremes enquanto outros seguiam pelo caminho pavimentado. Essa comparação, mesmo involuntária, alimenta uma tristeza que é difícil de ignorar. É desanimador.

Minha trajetória nunca foi simples. Estudei muito, lutei mais ainda, e, mesmo assim, cada passo parece ser seguido por portas fechadas. Sempre aquele gosto amargo de ouvir “não”, enquanto outras pessoas, mais jovens, mais conectadas ou com mais “facilitadores”, simplesmente deslizam por atalhos que nunca imaginei existirem.

Sei que a vida não é justa, mas algumas desigualdades chegam a machucar fisicamente. Comparações são inevitáveis, e, mesmo sem querer, elas acionam gatilhos que me levam a questionar tudo: por que tenho que ralar tanto para tão pouco? O que há de errado comigo? Será que nunca vou ultrapassar essa barreira invisível?

Esses pensamentos não são fáceis de enfrentar, admito não ter respostas ou soluções práticas, tampouco uma mensagem otimista para deixar no final desse texto. Quero acreditar que não estou sozinha nessa luta. Há muitos de nós, correndo maratonas enquanto outros pegam carona.

Talvez minha história seja feita de subidas íngremes e obstáculos intermináveis. Talvez eu nunca veja um caminho pavimentado se abrir para mim. Entretanto, ainda assim, sigo em frente, porque sei que há muitos como eu, batalhando no silêncio e construindo seus próprios caminhos, um passo de cada vez.

Oh, Mary de 20 anos, o que a vida fez contigo?


Há 15 anos obtive uma conquista de proporções inimagináveis para uma jovem de origem modesta, passei em uma universidade federal e orgulhei minha família, no entanto, por ser Letras e não Jornalismo, subestimei o mérito e me autossabotei, erro que levei 14 anos para reparar. Quando desisti da federal, não tinha garantia nenhuma de estudar o tal curso dos sonhos, a conta veio. Paguei caríssimo.

Prestei alguns vestibulares para Jornalismo, mas nunca passei. Em 2017, decidi estudar Jornalismo a distância, sendo integrante da primeira turma daquela modalidade na instituição X por conta do preço, embora meu sonho sempre tenha sido o presencial, poder praticar, me sentir jornalista de verdade. No começo, nossa, eu estava nas nuvens, certa de que em 4 anos eu teria o sonhado diploma e poderia, enfim, me dedicar à escrita quando tudo estivesse terminado. Mal sabia que o sonho acalentado por mais de duas décadas se transformaria em pesadelo. 

Mary Recomenda | Nunca fale sobre unicórnios - Mariane Alvedal

Olá, amigos e amigas! Como vocês estão? Espero que esteja tudo bem! ♥
A indicação de leitura de hoje é Nunca fale sobre unicórnios, da Mariane Alvedal
Sou suspeita para falar por conhecer a obra quando ela foi publicada originalmente no Wattpad, entre 2017 e 2018, acompanhando também o crescimento da história até ela ser o que é hoje.

fantasmas 👻👻👻

 


setembro 14, 2022

fantasmas 👻👻👻

23:03 |

 

Era noite de sexta-feira quando senti uma angústia difícil de ignorar porque a princípio parecia tudo bem, levando em conta os critérios pessoais, aliás, a luta para ficar bem é o que me mantém porque Marte em Áries não me deixa esmorecer, no entanto, não se pode ser forte o tempo inteiro. 

Respirei fundo, mas a vontade de chorar permaneceu. Carrego saudades em meu coração, mas a maior ausência nessa fase da minha vida é de mim mesma, não é de um amigo ou um amor, embora não tenha nem um nem o outro. 

E eu, que sempre pirei só de pensar em uma rotina monótona, hoje, com conhecimento de causa, posso bradar que existe vida ao abdicar de um sonho, porém o preço a pagar é alto e as decisões tomadas com base na impulsividade são fantasmas em meu encalço.



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Cada um de nós encontra no infinito o ponto de partida

Como uma amiga blogueira disse quando tudo na internet ainda era mato, blog é coisa séria
Aqui não ficamos de vitimismo, não queremos atenção a qualquer custo, não temos interesse em caluniar e difamar desafetos, temos conteúdo, não esterco a oferecer, não invejamos, admiramos e nos inspiramos, aqui agimos para fazer tudo acontecer. Não buscamos culpados, pensamos em soluções, não nos baseamos em achismos, temos instrução.
Aqui só tem amor, beleza, carinho, esperança e honestidade, integridade, valores que anúncios não pagam. Aliás, tem gente trabalhadora, de caráter e fibra, que não precisa pedir Pix para nada porque estuda e trabalha, que acorda bem cedinho e só tem um interesse: vencer na vida sem puxar o tapete de ninguém.

Personalidade forte

 

A calúnia fere, a injúria abre a ferida, a difamação expõe numa lágrima o que nem mil palavras seriam capazes. Posso sentir o gosto amargo de ser humilhada por uma pessoa que se diz “cristã”. Diante de tanto ódio, ressentimento, recalque, inveja e falta de caráter, restou-me o silêncio. Apesar da dor, o coração bate sereno, pois na visão dela eu sou um monstro, uma víbora, um ser sem escrúpulos. Não importa o quanto eu me esmere numa retratação, serei sempre embuste na história dela, quando não me interessa encarnar nenhum tipo de papel.

Estou longe de ser a melhor pessoa do mundo, contudo, me orgulho de não arrotar santidade porque, ao falar mal de alguém, exponho as debilidades do meu caráter, não do alvo em questão. Julgando o que não me compete, demonstro total falta de empatia para com sentimentos e vivências alheios.

Ela me mostrou com toda aquela baixaria desnecessária, QUEM EU NÃO DEVO SER.

Não sou a “moça dos insultos”, tenho nome, sobrenome, apelido, uma história de vida que você não tem o direito de julgar, maldar, zombar. Não gostar de mim e da minha escrita está no seu direito, mas este é excedido quando falsos testemunhos são levantados a meu respeito e há intimidação, bem ao modo que você faz, vigiando meus passos e privando a liberdade de expressão.

Seria bem mais fácil admitir a inveja e usar os alvos do seu ódio desmedido e insano como inspiração, analisando os aspectos positivos que você gostaria de incorporar na sua carreira, no seu dia-a-dia, no lugar de usar seu espaço para disseminar a intolerância e se colocar como a eterna vítima, relativizando as conquistas alheias e ao mesmo tempo sendo incapaz de reconhecer os próprios defeitos.

Apontar o dedo em riste e me fuzilar com palavras agressivas é semear ignorando a colheita, condenar meus erros não anula os seus. Desejo-te luz, afinal de contas, cada um oferece aquilo que tem. Desmerecer-me não te engrandece, perseguir-me tampouco, humilhar-me não lava sua alma, você está em busca de atenção, mas precisa mesmo ser a um custo tão alto? Fica a dica. A “moça dos insultos” aqui é você. Tenho personalidade forte e não vou deixar de ser autêntica por sua causa. A propósito, outro conselho, se em meu blog o conteúdo te desagrada, procure outro.

Os próprios fatos me dirão

 


        Por toda a vida tive atitudes de mendicante, implorando conversas, nutrindo amizades mortas, inventando amores para não encarar a dor, a solidão, o tédio, a mim mesma. Maltratei-me, transbordei-me para almas blasé demais para retribuir o mínimo que fosse, apenas para a dignidade não se sentir humilhada.
         Pouco tempo atrás lá estava eu, dedicando atenção para uma pessoa que nunca mereceu a saudade de algo que hoje sei, eu mesma criei, para buscar num passado idealizado o alívio para o vazio num coração sem amor. Infértil sempre foi a utopia, alimentada tão somente pelo ego fragilizado, embaçando a vista para o verdadeiro propósito da existência.
          Para não tomar conta da criança desamparada inventei mil maneiras de escapar de um importante dever, o primeiro e essencial, me colocar em primeiro lugar. Hoje recebo os juros daquilo que releguei, o gosto amargo no alto da garganta, mas gosto da minha própria presença, de visualizar as lembranças sem romantizá-las, tirando pessoas dos respectivos pedestais, realocando prioridades, revisitando ambientes, redescobrindo a doce e adormecida essência, assombrada com os estragos causados pela impulsividade.
        Precioso é o dom da vida, até quando serei agraciada pelo agradável e desafiador sopro, não faço ideia, portanto, não faz sentido desperdiçar tempo, lágrimas e disponibilidade para quem não se importa e talvez nunca tenha se importado. 
        Se o que foi bom vira saudade e o que foi ruim serve de experiência, como definir então o momento presente, quando nem mais choro? Os próprios fatos me dirão...

Uma ingrata espera

 

A presunção tenciona uma ideia bastante perigosa: a de agir com o entendimento de hoje se porventura me fosse concedida a dádiva de voltar ao exato ponto onde tudo se perdeu. Divagações expostas em parágrafos polidos não consolam uma alma em frangalhos, no entanto, a projeção mais benquista de caminhos refeitos aponta para um desfecho mais agradável: nunca o ter conhecido.
O bolo na garganta acumula todas as sentenças jamais proferidas, tolhendo a livre expressão, abrindo caminho para a angústia fazer morada no peito. Pensamentos intrusivos sussurram que não passo de um erro, um acidente, sem propósito algum no livro da vida, a conjunção adversativa largamente utilizada pelos covardes para desconversarem.
Os juros cobrados pela omissão foram altos.

O que eu não faria para te ter de volta, minha doce infância?



“A infância é a melhor fase da vida e, por ironia, só nos damos conta disso depois que estamos distantes dela, quando não podemos mais regressar aos tempos mais doces de nossa existência, quando os olhos repletos de candura olham para o céu azul pálido talhado por nuvens de algodão e confiam na grandeza do mundo, na bondade das pessoas, que sonhos têm poder de se transformarem em realidade, porque não há recursos possíveis para reviver todos os momentos queridos como se fosse a primeira vez, valorizar cada instante pela grandeza dele, a grandeza contida na simplicidade. Tudo que temos são lembranças e lágrimas. De nossos sonhos, rastros da inocência que o mundo foi arrancando à medida que crescemos. E tão só.”

2 de maio | Dia Nacional do Humor

Especial - 2 de Maio: Dia Nacional do Humor Feliz Dia Nacional do Humor! O 2 de maio é o dia dedicado a uma das formas mais poderosas de con...