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Quando a caneta descansa

 


Chega a hora de crescer.
Ampliar o campo de visão.
Chega a hora de ser mulher, não me esconder mais da vida nem de ninguém.
Não tem motivo.
Estou aqui para fazer a diferença e não para observar.

A vida sem amor é uma canção desafinada

 

🕯️ Às vezes, o peito pesa sem que a gente saiba explicar.
Tem dias em que a alma só quer colo — e silêncio, não qualquer silêncio: aquele que acolhe, entende, aquece, não exige explicações, não consola com frases feitas ou desnuda a profunda indiferença ao desviar o olhar.
É o olhar úmido, que toma suas mãos trêmulas e as leva até os lábios, numa prece sincera, singela, carinhosa.
Não é qualquer olhar na multidão.

Esse medo de ser esquecida

Nota da autora: Nem todo texto escrito em primeira pessoa é autobiográfico. Às vezes, é apenas uma tentativa de dar voz a sentimentos que muitas pessoas já sentiram — ou que eu observei no mundo ao meu redor. Esse é um desses casos. 



E esse medo de ser esquecida...

Não posso mentir não ter esse medo.

A cama parece espaçosa demais para mim.

Lençóis amarrotados e cobertores pesados são o que há de mais próximo e familiar.

O vento cortante me machuca mais aqui dentro do que lá fora, onde a chuva cai lenta e constantemente.

Os dias têm sido tristes noites há tanto tempo que já parei de contar no calendário, nesse intervalo meio indefinido que os faróis da sabedoria não conseguem iluminar.

Nenhuma mensagem nova.

Ninguém à minha procura.

E eu continuo aqui, com esse medo mudo de desaparecer da memória de quem um dia me jurou eternidade.

Ilusões destruídas

 

Uma vida promissora corre o risco de passar em vão se não houver um entendimento lúcido acerca do passado. Muralhas não encobrirão tardios arrependimentos, castelos erguidos com areia padecerão na primeira ventania.

Murmúrios prolongam as noites escuras, reflexões auxiliam no processo de cura e perdão, permitem um contato íntimo com a realidade, favorecendo o amadurecimento, indicando o caminho a se seguir, que nunca é para trás, porque as lembranças mais doces e queridas estão guardadas num precioso baú para serem acessadas sempre que necessário, as desagradáveis são cicatrizes, algumas bem intensas, outras invisíveis, outras perceptíveis quando se olha de muito perto.

Algumas feridas não cicatrizam tão depressa, maltratam a alma até ensinarem que o atalho mais breve para o sofrimento é o desejo incansável de estar no controle de tudo... por puro medo. O fardo não seria tão pesado se houvesse um lampejo de consciência a indicar que o conceito da felicidade pode variar, mas uma certeza se tem nessa infinidade de cogitações: permanecer com a cabeça no passado é desperdiçar a chance de transformar o presente — por mais difíceis que sejam as tribulações — numa memória aprazível.

Ela levou muitos anos até dar-se conta de que nunca estava deveras sintonizada ao presente, buscava o que não mais tinha — ou nunca teve, um passado utópico, inventado, a recriação de uma lembrança, portanto, nada a preenchia porque a miragem para a qual olhava refletia os anseios quase irracionais de alguém que tinha medo de crescer e desprender as mãos suadas do barbante grudento, soltando o balão para ele seguir o ritmo do vento.

O discernimento cobrou um valor exorbitante por uma conclusão que poderia ter se dado sem haver a necessidade de tanto sofrimento. Muitos deles foram criados pela mente dela, por forçar situações, usar a força para adentrar em festas cuja presença não era bem-vinda, o sacrifício sem glória de conquistar corações que nunca se empenharam em averiguar e praticar o significado de reciprocidade.

Ilusões destruídas, esse era o revestimento dos espinhos que machucavam os pés dela durante a solitária caminhada de volta para casa. Ela amava os sonhos que acalentou, não a realidade que se mostrou sem máscaras. As sequelas da rejeição são aquelas feridas que teimam em não cicatrizar nunca, mas servem para lembra-la do que pode acontecer se insistir num erro.

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