Mostrando postagens com marcador escritora. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador escritora. Mostrar todas as postagens

Um vagalume no breu

 

Obrigada pelo carinho, pessoinha de alma linda *-*

Essa captura de tela vem como um doce lembrete de que, sim, existem boas pessoas no mundo, que semeiam carinho e inspiram com boas atitudes. A intenção não é me gabar deste pequeno momento de alegria, mas compartilhar um sentimento positivo que me abraça num momento onde me pergunto se num mundo tão podre e intolerante, ainda vale a pena escrever.

Reflexões sobre autenticidade: protegendo meu espaço criativo


Ao longo dos anos, meu blog tem sido mais do que um simples lugar para escrever. Ele é meu espaço de expressão criativa, onde ideias ganham vida e sentimentos encontram palavras. Não é um muro das lamentações, nem um palco para alimentar dramas alheios, mas sim um refúgio para quem deseja refletir e encontrar inspiração. Afinal, o que realmente importa é a liberdade de criar sem amarras.

O veneno também cura (manifesto de quem cansou de agradar) 🐍 🕷️ 🖋️

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."
— Clarice Lispector 


Essa história não é sobre perdão e superação, tampouco terá frases genéricas para entulhar as redes sociais de falsas pílulas de autoajuda. É sobre uma pessoa disposta a abraçar as próprias sombras, recolher as cinzas das asas quebradas e lembrar de cada pessoa que me empurrou nesse abismo — porque quero ver a queda de um por um, no alto do meu camarote.

Não tenho vocação pra ser boba alegre. Gratiluz é o caralho. Tenho ódio, raiva e mágoa pulsando na mesma frequência do amor. São apenas as duas faces da moeda tomando as rédeas da minha vida, enfim.

O mundo não evoluiu com o silêncio autoimposto. Só ficou carente de uma voz sensata e lúcida, capaz de representar os que ficam à margem da hipocrisia — onde as luzes dos holofotes nunca chegam de verdade, na incômoda penumbra dos desvalidos de popularidade.

A Insubmissa que cria mundos (essa sou eu, mesmo que não vejam)


Você escreve com o coração na ponta dos dedos,
cria mundos com o que os outros descartam,
não vive para agradar, mas para dizer o que precisa ser dito
e isso é tão raro que assusta mesmo quem vive no raso.

Você não nasceu para ser padrão, nasceu para ser lenda.

Não desista, não se disfarce para servir no encaixe.
Não deixe o mundo te convencer de que ser autêntica é um defeito.
O que você cria não é ostentação vazia para um story e nada mais…
é arte, resistência, poesia… legado.

Quem cria mundos, mesmo sendo invisível no seu tempo,
planta raízes para que outras como você floresçam depois.

🐞 O Jardim de Buba e as Estações do Silêncio




🐞 O Jardim de Buba e as Estações do Silêncio

(Uma fábula sobre florir apesar das pragas invisíveis)

Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol

Havia um jardim escondido atrás da neblina, onde nem todo mundo conseguia chegar. Era um lugar onde as flores nasciam de palavras e as árvores escutavam antes de responder. Ali vivia uma Joaninha chamada Buba, dona de um coração que escrevia antes mesmo de bater.

Mary Recomenda | Minha vida de menina - Helena Morley

Segunda versão da identidade visual do Mary Recomenda


Minha Vida de Menina é boa, sim. Você é que não tem escuta

Por Mary Luz | Resenha afetiva nos Cadernos de Marisol

Sexta-feira combina com Mary Recomenda. Por isso mesmo, caprichei na recomendação e trouxe a sugestão de uma obra que conheci meio ao acaso já faz alguns anos  Inclusive, já sofri hate por isso, mas não me importo. Sabemos bem que isso tem nome: espelhamento. A pessoa joga nas nossas costas tudo que ela é, esperando convencer.

Jedicon: meu passeio por uma galáxia que eu mal conheço (mas já considero pacas) 🌌⭐

 



⭐ Jedicon: meu passeio por uma galáxia que eu mal conheço (mas já considero pacas)

🗡️ Por Mary Luz — infiltrada no Império, mas só nas pausas do trabalho


No último sábado (31), a Jedicon aterrissou por aqui — um evento voltado a fãs de Star Wars, cultura geek, cosplay e mundos fantásticos. Todos os ingressos foram esgotados e o primeiro piso da Linha Arena se transformou em outro planeta.

Como nasce um post dos Cadernos de Marisol ✍️

 


✍️ Como nasce um post dos Cadernos de Marisol

Nem tudo o que você lê aqui começou com uma ideia perfeita.
Às vezes, começou com uma lembrança. Um ruído. Uma injustiça que não me desceu. Uma saudade que me cutucou. Ou um vento estranho que soprou mais forte do que devia.

Do papel para o digital — mas com o coração no mesmo lugar

 Do papel para o digital — mas com o coração no mesmo lugar

Ilustração baseada em agenda de 2005 com frase sobre o valor do meio da história.
Ilustração da minha agenda de 2005 

Por Mary Luz

Ah, as agendas. A liberdade de escrever nelas tudo que dava vontade. A letra de uma música. Um poema tocante. Frases, sempre elas. Um lampejo de lucidez. Inspiração inesperada. Idéias que jorraram do tubo de caneta para o papel, pedindo licença pela intensidade do fluxo, jamais pelo posicionamento. 

Porque pedir desculpas por ser real é um negócio que não tem fundamento.

Não escrevo para agradar, escrevo para existir 📣

 


Por Mary Luz

“Eis o lado ruim de ser escritora: estar vulnerável a todo tipo de leitor, alguns olhares completamente alheios ao que realmente foi dito.”

Terças com Tita | Como a escrita salvou minha infância e me ensinou a resistir


Como a escrita salvou minha infância e me ensinou a resistir
Por Tita


Hoje me peguei lembrando do dia em que alguém me ouviu pela primeira vez — de verdade. Não foi em casa. Não foi entre colegas. Foi num momento simples, numa sala de aula barulhenta, com cheiro de merenda e barulho de ventilador.
Foi a primeira vez que senti que escrever poderia me salvar.
Nem todo mundo vai entender o que isso significa. E tá tudo bem. Porque escrever, para mim, é como conversar com a menina que fui e dizer a ela: “Você não estava errada. Só nasceu num mundo que ainda não sabia como lidar com a sua força.”
Este é um pedaço da minha memória guardado com grafite, dor e alguma poesia.

Editorial OCDM | O crime de envelhecer sendo mulher e boa escritora

 


“A juventude é um aplauso fácil. A maturidade, um silêncio cheio de medo.”
– fragmento retirado de um diário anônimo (ou quase)

📺 Editorial — O crime de envelhecer sendo mulher e boa escritora

Ser mulher já é, por si só, uma sentença de vigilância.

Vivemos numa sociedade que, ainda hoje, privilegia os homens — nas oportunidades, na visibilidade, no respeito automático. Dizer isso não é vitimismo: é constatação. E este manifesto não pretende alimentar ódio nem criar inimigos imaginários, mas lançar luz sobre um padrão real e persistente: o silenciamento sistemático de mulheres que não se encaixam no papel que esperam delas.

Mulheres que se recusam a ser submissas, que questionam, que ousam destoar do ideal domesticado, são rotuladas. São acusadas de loucura, de histeria, de querer chamar atenção. E, sobretudo, são excluídas do círculo onde a criação é respeitada e a voz é ouvida.

O preço de escrever com a alma



Apagando, escrevendo, apagando de novo.

Um monte de ideias e colocações embaralhadas. Um pouco de sol entre nuvens lá fora, e aqui dentro, uma inquietação silenciosa entre ser verdadeiramente quem se é — independentemente das críticas — ou se sufocar mais um pouco, como em tantos outros momentos da vida. 

Talvez seja isso que aconteça quando se abre o coração: o hábito de guardar tudo, dos sentimentos bons aos ruins, começa a se desfazer. E ao dividir um fragmento de dor, percebe-se que ela ecoa em outras pessoas — umas sentem, outras ignoram. E isso faz parte.

A escrita, no fundo, é um ato solitário. Nunca foi sobre aplausos ou seguidores, e sim sobre ter companhia nas próprias ideias. Nunca pareceu crível imaginar fãs, até porque nunca houve pretensão de ser exemplo para ninguém. Escreve-se por necessidade, por vontade de criar um mundo mais leve, um cantinho especial onde a realidade doa um pouco menos.

Ser chamada de escritora ainda soa como algo grande demais. Um título que parece pressupor uma maturidade que talvez ainda esteja sendo construída, uma responsabilidade artística que exige mais do que se pode dar agora. E mesmo assim, continua-se. Com a certeza de que nem todos vão gostar, de que o caminho é longo, de que há muito a aprender — e de que a excelência ainda está distante, mas não fora de alcance.

Se pudesse escolher um legado, seria o de contar histórias que acolham, emocionem, divirtam. Às vezes bate o medo de perder a imaginação, de não ter mais nada de bom a oferecer. Mas enquanto houver alma, haverá palavras. E com elas, o desejo de seguir criando.

Curitiba, 31 de janeiro de 2015.

Inadequada, autêntica e indomável

A menina com pulseirinha de ábaco


Era uma terça-feira amena quando Clara completou 10 primaveras. Ganhou da mãe um caderno de recordações, onde foi chamada de “menina-moça” — uma expressão que parecia capturar aquele momento de transição, entre a infância e algo que ela ainda não compreendia bem. 

Clara adorava brincar de boneca, de bola, de pique-esconde. Explorava territórios imaginários, onde era uma condessa acompanhada de um cachorrinho fiel, e se deliciava com bolachas recheadas, sorvetes, bombons e pizzas. Ela amava ganhar brinquedos e, mais do que tudo, criar histórias.

As cicatrizes




A simples ação de fazer login naquele aplicativo remetia ao ato desmedido de embriagar-se de veneno à medida que o feed mostrava as atualizações. Cada linha lida insuflava a torrente de lágrimas, que molhavam as costas da mão, a tela do celular, a visão, mais facas imaginárias terminavam de estraçalhá-la, ateando fogo àquela alegria de menina. 

Mary Recomenda | De férias para o amor — A. K. Alves

 

Capa do livro de Anny K. Alves 

Cheguei a ter proximidade da autora alguns anos atrás e sempre tive um carinho grande por ela, logo, admiro muito a coragem e persistência para publicar este e seus outros livros.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Do primeiro post a gente nunca esquece

Capa feita pela minha amiga Gabi no Photoscape para o primeiro blog.

Pensei em muitas formas de não deixar esse dia passar despercebido. Em 2013, minha forma de celebrar os 4 anos de blogueira foi publicar Simplesmente Tita aqui no blog, porém, teve aquela fase boa do Nyah, que aumentou o engajamento, embora o #TitaDay de 2014 tenha sido cancelado de última hora porque eu estava muito obcecada por militar e com uma cirurgia marcada. 
Fechei o blog meses depois, por 6 longos anos, retomei o projeto em 2021, mudando de nome. Por conta da doença da minha avó, dei um tempo de escrita, tempo esse necessário para me descontaminar de muitas coisas que estavam me prejudicando.

Carta aberta à Mary de 2009

 Hoje, 14 de outubro de 2024, é um dia como qualquer outro, no entanto, há 15 anos, uma jovem sonhadora decidiu dar vazão às próprias ideias e enfrentar o medo do público. Críticas construtivas são importantes para lapidar um talento, não tenho dúvidas quanto a isso, mas quando as palavras amargas excedem o propósito e visam apenas desestruturar uma pessoa, como reagir?

Minha intenção não é doutrinar ninguém, nem salvar o mundo, não sou tão pretensiosa assim. Fui deixando de escrever por medo, porém não sou eterna e não tenho quaisquer certezas de acordar amanhã, nunca se sabe. Tempo é precioso, foi e não retorna. 

Posso até não ser perfeita, mas estou disposta a me dedicar para alcançar o nível de excelência pretendido. Foi a menina de 2009 que me ensinou essa lição do "vai com medo mesmo". O momento perfeito não existe e em alguns contextos, o feito é melhor do que o perfeito, porque o feito é humano.

Abaixo, a carta redigida para meu eu de 2009. 🥹✍️

Não sou pedra no caminho de ninguém


Começar e nunca terminar… será só descompromisso? Irresponsabilidade? Falta de força de vontade?

Somos as fases que vivemos. Sinto certo desejo de correr alguns riscos. Soltar aquele grito preso na garganta por tanto tempo que devo ter perdido a conta e a noção dele. Nem me lembro quando foi a última vez que rasguei a mortalha e pus-me a obedecer meus próprios instintos, naquela época eu ainda sabia me defender. Bons tempos, mas o orgulho impedia-me de admitir, apreciava-me perseguir trevos-de-quatro-folhas e delegar aos astros a responsabilidade de fazer-me feliz.

Distante de ser uma obra-prima



Antigamente, eu amava muito ficar acordada até tarde da noite, tudo para ouvir música e imaginar as aventuras dos meus personagens. De tanto sonhar acordada, nem sempre me sentia disposta a transcrever tudo que se passava na minha cabeça, pelo perfeccionismo disfarçado de medo, ah, medo de não ser boa naquilo, de não ser criativa ou "normal".

Do lado de dentro do silêncio 🔇

Joaninha no fim de tarde (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary) Toda vez que abro o rascunho é a mesma história: a folha em branco me encara, ...