Nem sempre uma editora grande vai apostar em quem está começando. Não porque falte talento, mas porque publicar também é um negócio, e negócios vivem de previsões seguras.
Autores já conhecidos trazem retorno imediato, e o que para nós parece um sonho literário, para eles é também folha de pagamento, custo de impressão, equipe de revisão, marketing e distribuição.
Mas o que isso ensina?
Que o caminho do escritor não depende apenas de ser “descoberto”, e sim de não desistir. Cada recusa, cada e-mail sem resposta, cada porta que se fecha é, no fundo, uma chance de amadurecer o olhar e reforçar o vínculo com a própria voz.
Os que “chegaram lá” têm algo em comum: continuaram escrevendo mesmo quando ninguém os lia. Podem ter se desanimado, sim — todos se desanimam —, mas voltaram. Foram fiéis ao que amavam escrever, e é por isso que se destacaram.
O público reconhece a verdade; sente quando as palavras são escritas por necessidade de expressão, não por cálculo.
O reconhecimento pode vir de um selo literário ou de um leitor anônimo que se emociona em silêncio. De um prêmio, ou de uma mensagem dizendo: “o seu texto me ajudou.”
Talvez o segredo esteja em continuar mesmo quando o mundo não aplaude. Porque, cedo ou tarde, a escrita encontra o seu lugar.
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