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Mary Recomenda | A voz que ninguém escutou - Renan Silva

 

Alguns livros nos arrebatam de maneira silenciosa, mas profunda. A voz que ninguém escutou é um desses casos. Trata-se de uma narrativa densa e pungente, que atravessa décadas de história brasileira — do Estado Novo à Ditadura Militar — com coragem e sensibilidade. Mais do que uma ficção, é uma memória coletiva transfigurada em arte.

Mary Recomenda | O Natal Mágico de Carolina — Milla Souza

 


Carolina é uma empresária bem-sucedida, determinada e, à primeira vista, parece ter tudo sob controle. No entanto, a narrativa de Milla Souza nos mostra que o sucesso profissional, por si só, não garante a plenitude da vida.

Mary Recomenda | Flamengo é puro amor - José Lins do Rego ❤️🖤

Alô, alô, torcida do Flamengo — aquele abraço. 🎵

Hoje o Mary Recomenda entra em campo de uniforme completo, microfone em punho, e coração acelerado feito Maracanã lotado aos 45 do segundo tempo.

Mary Recomenda | A Hora da Estrela — Clarice Lispector



Hoje a indicação é de um livro curto no tamanho, mas enorme no impacto. Um daqueles que a gente lê em poucas horas, mas que fica ecoando na cabeça, como se Clarice tivesse soprado perguntas que não querem calar.

Mary Recomenda | Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki — Baek Se-hee

O Mary Recomenda de hoje presta tributo a uma autora que partiu recentemente, cuja perda nos deixou em estado de choque, consternação e profunda tristeza. Na última semana, recebemos a notícia da precoce morte da escritora sul-coreana Baek Se-hee, com apenas 35 anos.

Mary Recomenda | Azar do amor: ou como eu sobrevivi a um manipulador — Sophie Lambda

O Mary Recomenda de hoje pode não ser adequado a todos os públicos, mas trata a literatura com a seriedade que ela merece. A obra desta semana não esconde, nem no título, a que veio.

Mary Recomenda | Memórias de um Cão - Peter Mayle

 


Se os cachorros falassem, talvez eles somente abanassem o rabo. Mas o cão de Peter Mayle faz muito mais: ele observa, critica e ironiza a sociedade humana com uma sagacidade que falta em muitos bípedes.

Mary Recomenda | O Ditador Honesto - Mateus Peleteiro


 

Li O Ditador Honesto entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2022, mas consciente de que a obra havia sido escrita quatro anos antes. Ainda assim, permanece atual — talvez mais do que gostaríamos.

Mary Recomenda | O Último Choro das Begônias - Theos Neves

 

“Por que ela se sente derrotada?”

“Pois ela soltou a corda.”
“E quem disse que soltar a corda é realmente uma derrota?”
“As regras do jogo.”
“Pois eu discordo. Vencer o jogo significa machucar as mãos? Significa lutar contra uma causa fadada ao fracasso? Às vezes, numa luta, o lado vencedor não é aquele que tem mais força e consegue puxar a corda mais forte. O lado vencedor pode ser aquele que percebe a ausência de um motivo na luta… e simplesmente solta a corda.”

Mary Recomenda | As Virgens Suicidas - Jeffrey Eugenides


O Mary Recomenda de hoje traz a resenha de um dos romances contemporâneos mais marcantes e melancólicos que já li: As Virgens Suicidas, de Jeffrey Eugenides. Publicado originalmente em 1993, o livro ganhou adaptação para o cinema em 1999 pelas mãos da estreante (e hoje cultuada) diretora Sofia Coppola.
Falar sobre essa obra é um desafio, não só pelo tema delicado, mas também porque ela deixa uma impressão difícil de descrever, algo entre o desconforto e o fascínio. Ainda assim, vou tentar — porque esse livro merece ser sentido.

Mary Recomenda | Memórias de um sargento de milícias — Manuel Antonio de Almeida


O Mary Recomenda de hoje faz uma longa e extensa viagem no tempo para comentar uma daquelas obras que precisávamos ler na escola para fazer alguma prova ou mesmo um vestibular. Ora, pois, não estás a saber que livro hei eu de falar? Nesse livro os personagens falam desse jeito…

Publicado em folhetins entre 1852 e 1853, Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, é uma obra difícil de enquadrar. Embora pertença ao período romântico da literatura brasileira, rompe com muitas características do movimento, inaugurando algo novo: um romance de costumes com humor, crítica e personagens nada idealizados.

Mary Recomenda | Leituras de agosto

Sexta-feira é dia de acompanhar as dicas do Mary Recomenda e nada como uma boa retrospectiva das leituras de agosto para te ajudar a escolher o próximo livro do seu coração.

Mary Recomenda | A Rosa da Meia Noite - Lucinda Riley


A última sexta-feira do mês chegou e com ela o Mary Recomenda também.

A indicação de hoje talvez não reflita exatamente quem sou hoje, mas decidi resgatar a leitura de uma obra que desejei por tanto tempo e não quis ler online, sabia ser uma história para guardar com alma.

Esta resenha especial, escrita com o mesmo carinho com que li este livro, presta um tributo a uma grande autora que infelizmente perdeu a luta contra o câncer, mas nos presenteou com um legado inesquecível… Lucinda Riley. 

O mundo perdeu uma autora rara, que conseguia dosar romantismo, história e criar personagens especiais, alguns adoráveis, outros nem tanto… e sempre que a saudade bater, os livros estarão à nossa espera, então, sim, Lucinda vive.

Mary Recomenda | Mary Ventura e o Nono Reino — Sylvia Plath



O trem, o destino e a recusa: por que Mary Ventura e o Nono Reino me lembrou de mim mesma
📌 Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol


📚 Ficha técnica

Título: Mary Ventura e o Nono Reino
Autora: Sylvia Plath
Ano de escrita: 1952 (publicado postumamente em 2019)
Editora (em português): Biblioteca Azul / Globo Livros
Páginas: 64
Gênero: Conto literário, simbolismo, crítica social

🚂 Sinopse (sem spoilers)

Escrito por Sylvia Plath aos 20 anos e rejeitado na época, Mary Ventura e o Nono Reino é um conto breve e carregado de simbolismo. A jovem Mary embarca sozinha em um trem para um destino que não compreende — mas que todos ao redor aceitam com naturalidade.

À medida que a viagem avança, o clima vai se tornando mais sombrio, as pistas mais desconfortáveis, e a protagonista mais inquieta.

Não é um conto com reviravoltas — é um conto com pressentimentos.
E isso é muito mais poderoso.


🪞 Por que me tocou tanto?

Porque Mary Ventura não é só uma menina em um trem: ela é cada mulher que percebe, no meio do caminho, que o mundo quer empurrá-la para um destino pré-moldado.

Ela representa quem sente o desconforto da obediência, quem desconfia da suavidade das normas, quem percebe que a rota da maioria pode não ser a sua — mesmo que pareça segura.

Eu li esse conto e me vi.

Na ansiedade muda da personagem.
Na cortesia sufocante das pessoas ao redor.
No instante em que ela sabe que algo está errado, mas não consegue nomear o que.

✍️ Uma escrita delicadamente sombria

Sylvia Plath escreveu esse conto quando ainda era muito jovem, mas sua voz já era afiada. A linguagem é simples, mas cada detalhe carrega tensão.

Não espere explicações — espere sensações.
É o tipo de conto que deixa um ruído no ar, como se você também tivesse descido do trem e ainda estivesse sentindo o chão balançar.

💬 Trecho marcante (sem spoiler direto):

“Você vai se acostumar. Todos se acostumam.”

(Mas Mary não queria se acostumar.)

🌌 Por que você deveria ler

Porque é uma história curta, mas que fica com você.
Porque fala sobre escolhas, pressões e silêncios femininos.
Porque mostra que é possível dizer “não” — mesmo quando tudo ao redor diz “sim”.


Mary Recomenda | Só Garotos - Patti Smith

 

Hoje é dia de mais uma edição do quadro “Mary Recomenda”, aquele cantinho do blog onde compartilho uma leitura que me pegou pela mão — ou pelo estômago. E não precisa ser perfeita, nem fechada, nem “melhor livro da vida”. Basta ter me tocado de algum jeito.
O escolhido da vez é Só Garotos, de Patti Smith.

Mary Recomenda | O analista de Bagé - Luís Fernando Veríssimo


Mary Recomenda – O Analista de Bagé
Porque rir da vida também é um ato de inteligência

Se você acha que toda literatura precisa ser séria, refinada e “correta” em cada vírgula... talvez esteja perdendo uma das maiores delícias da sátira brasileira.

Hoje eu venho recomendar um livro que o Skoob vive julgando com a régua torta do puritanismo literário: O Analista de Bagé, do genial Luis Fernando Verissimo. E sim, eu já aviso de cara: ele é politicamente incorreto. O personagem é grosso, direto, espalhafatoso — um gaúcho típico do estereótipo, que mistura mate, Freud e uns bons coices verbais.

Mas antes de torcer o nariz, entenda: isso é justamente o ponto.


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Uma sátira bem dada, com chimarrão e tapa na cara

O Analista de Bagé é uma criação cômica que zomba, e não exalta, o machismo, a ignorância e o jeitão “sou macho, não preciso de terapia”. Ele é o tipo que encara os traumas de infância com frases como “teu problema é falta de surra” e acredita que uma conversa de cinco minutos resolve qualquer neurose — com uma dose de sinceridade bruta e, às vezes, um palavrão bem encaixado.

Verissimo fez desse personagem uma crítica bem-humorada à forma como parte da sociedade encara a psicanálise, a masculinidade e os afetos. O personagem existe para nos fazer rir do absurdo — e refletir depois, se for o caso.


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Por que tem gente que odeia?

Nos tempos de hoje, onde tudo vira pauta de cancelamento sem contexto, O Analista de Bagé virou alvo fácil. Muita gente lê esperando um manual de boas práticas. Mas esse livro não é um manual — é um espelho rachado, uma lente de aumento no exagero que habita o senso comum.

A função da sátira é justamente incomodar quem não quer pensar. E incomodar com bom humor é uma arte. Luis Fernando Verissimo faz isso como poucos.


Por que eu recomendo?

Porque rir com inteligência é necessário.
Porque rir de si mesmo é libertador.
Porque o texto é afiado, divertido e absurdamente atual, mesmo sendo datado.
Porque o personagem é tão caricato que quase parece real (e às vezes... é).
Porque se você ler com o filtro certo — o do bom senso — vai entender que essa caricatura é um convite à crítica, não uma apologia ao que está sendo retratado.



Mary Recomenda: O Analista de Bagé, para quem não tem medo de rir com o cérebro ligado.

Mary Recomenda | Fogo Morto - José Lins do Rêgo

 


Hoje é sexta-feira e você já sabe que no OCDM tem literatura no happy hour, tem Mary Recomenda, sempre com uma sugestão de leitura para o fim de semana ou, neste caso, para o mês.

O livro de hoje dispensa longas apresentações, a típica “leitura de vestibular”, que pode afugentar muitos leitores num primeiro momento. Essa obra-prima do escritor paraibano José Lins do Rego merece um espaço especial aqui no blog porque já esteve na lista das obras indicadas para resolver as questões de literatura do vestibular da UFPR.

Minha resenha é simples e resumida. Não sou especialista em literatura, só quero deixar minhas considerações sinceras sobre um livro que me atravessou mais do que eu esperava.

Mary Recomenda | A Redoma de Vidro — Sylvia Plath



A recomendação de hoje já estava na minha tbr fazia alguns anos, porém eu não estava certa quanto a ser o “melhor momento” para lê-la, considerando o trágico e precoce final da autora. Entretanto, decidi ler e prometi a mim mesma que redigiria minhas modestas impressões no blog. Cá estou, bastante insegura, respirando fundo antes de prosseguir… porque desistir também um verbo que me ocorre com uma frequência considerável.

Todos esses sentimentos podem ser influenciados e até certo ponto insuflados pela perspectiva da redoma, não descarto essa possibilidade, mas não foi para falar dos meus dramas que vim aqui, foi para falar de uma autora brilhante, que, infelizmente, não conseguiu suportar a própria dor e nos deixou muito cedo. 

Sim, estou falando de Sylvia Plath e sua Redoma de Vidro, a estrela do Mary Recomenda de hoje.

Mary Recomenda | Belo mundo, onde você está? - Sally Rooney

 

🌍 Mary Recomenda: Belo mundo, onde você está? – Sally Rooney

Um retrato desencantado de uma geração que sente demais — e disfarça

Autora: Sally Rooney
Gênero: Romance contemporâneo, drama existencial
Páginas: 352
Editora: Companhia das Letras


🖋️ O que esperar?

Sally Rooney escreve sobre pessoas que pensam demais, amam com dificuldade e veem a vida sem glitter.
Belo mundo, onde você está? não é exceção.
Mas, ao contrário dos livros anteriores, aqui há uma leve evolução, um passo a mais no amadurecimento narrativo — e na dor também.


🧠 Sobre o que é?

Alice é uma escritora que alcançou fama, mas não encontra sentido em nada.
Eileen é sua amiga de longa data, trabalha como editora e parece viver à sombra da própria vida.
Simon, ligado à Eileen, funciona como seu porto-seguro — sem grandiosidades, apenas sendo.
As relações são exploradas com silêncios, e-mails extensos e reflexões pesadas sobre política, fé, decadência do mundo e o que significa amar em tempos de ruína.


🎭 O que me marcou

  • Alice e Eileen são, para mim, complementares.
  • É como se cada uma carregasse uma parte da Frances, de Conversas entre Amigos.
  • Agora, no entanto, o olhar é mais maduro, mais existencial.
  • Aqui não tem ninguém correndo atrás de casamento antes dos 30.
  • Não tem disputa amorosa boba, nem personagens sonsas.
  • Tem mulheres cheias de falhas, dúvidas e autoconsciência.


📚 Estilo da Rooney (e o que pode incomodar)

  • As discussões filosóficas e políticas voltaram nas longas conversas por e-mail, praxe das obras de Rooney

  • Há um viés político evidente, especialmente à esquerda, o que pode afastar leitores de outras visões.

  • A escrita não é poética, mas visual, quase cinematográfica.

  • Não há grandes acontecimentos — mas muitos silêncios que dispensam parágrafos rebuscados.

  • É uma leitura que exige disponibilidade emocional e paciência.

  • E o mais importante: não espere romance “água com açúcar”.


💬 Um livro para quem…

  • já se perguntou se o mundo ainda vale a pena

  • sente que a maturidade chega cheia de desânimo e lucidez

  • busca personagens que não vivem pra agradar

  • está pronto pra ler sobre o amor sem maquiagem


✨ Avaliação pessoal:

📚 Rooney não escreve para ser adorada. E talvez por isso, seu trabalho me ensinou muito.
Seus livros não tentam agradar. Eles somente existem — como suas personagens: intensas, reais, um pouco tristes e muito humanas.
⭐️⭐️⭐️⭐️☆

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