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33 primaveras

Um dia vi um bolo assim no tumblr, hoje eu pude experimentá-lo.


Bolo de aniversário da Mary (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Como deu para perceber, hoje foi o meu dia, o dia mais especial do ano, aquele em que uma bebê de três quilos e cem gramas e medindo 48 centímetros, às 14:55 pelo horário de verão, veio ao mundo de parto normal. Os pulmões aspiraram o sopro da vida e, chorando, sentiu o primeiro baque: deixar a barriga da mamãe, onde era nutrida, protegida e crescia sendo muito aguardada e amada. Afinal de contas, seria a daminha das bodas de ouro dos avós paternos e se chamaria Bianca se dependesse dos palpites da avó materna — Yasmin era a primeira opção, papai não curtiu. Depois de muito acordo, o nome mais apropriado havia sido encontrado.


Luke, o cãovidado vip (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Ela aprenderia a enxergar também o lado bom das mudanças, porque logo que pôde estar nos braços da mãe, preencheu a casa com alegria, com ainda mais amor. Por três anos foi a caçula, mas outra mudança lhe despertou angústia e medo por nem sequer entender os próprios sentimentos. Era preciso tempo e também paciência para acolher com carinho o presente que a vida ofereceu: uma irmã. Uma menina com quem brincar, sangue do seu sangue, que, como toda boa caçula que se preze, sempre amou e admirou os irmãos mais velhos, tendo a do meio como uma heroína.

Ela foi manhosa, ora, mas que criança num dado momento não é? E foi precoce, afinal de contas, parecia muito maneiro ir à escola, queria porque queria ter uma lancheirinha. Até teve uma das Tartarugas Ninjas, rabiscou parede, solado de tênis, mas não importa que uma garota invejosa tenha chutado areia no cantinho do parquinho em que ela escreveu o próprio nome com um graveto — não se apagam memórias dessa forma.


agenda ♥

Ela dançou lambada e ganhou um disco do Beto Barbosa, foi a um bailinho infantil de carnaval, não aguentou cinco minutos, saiu chorando, porém, quando entrou no mar pela primeira vez, sentiu-se em casa. Com a caneta, fazia tatuagens nas bonecas — a Bilu-Bilu ficou com a cara toda tatuada. Júlia, a Barbie noiva, deixou Jorjão esperando. Um dia encontraram a dita cuja jogada no telhado, toda riscada, mas de tanto sol que tomou, os riscos de caneta sumiram.

Menina espevitada, sincera até demais, fazia os adultos rirem. Botava na boca aquele batonzinho de moranguinho, colocava a mão na cintura e saía por aí. Tinha uma companheira inseparável: a Ciça, a boneca de pano. Dançava meio desajeitada as músicas dance que os vizinhos da frente curtiam e levava o dogão junto, sendo ele muito maior que ela, derrubando-a, mas rendendo-se aos cafunés da "psicóloga canina".


amei demais da conta os cartões e o skate

De início achou a escola um pouco chata, muito do que a professora ensinava ela já sabia porque tinha aprendido com a mãe. Depois da bronca que tomou, ficou toda disciplinada. Na hora do Jornal Nacional já estava de dente escovado e de pijama azul, pronta para dormir. Nunca se esquecerá da alegria do pai quando lhe mostrou uma provinha de matemática na qual tirou 100, e ele quis mostrar aos amigos.

A menininha sorridente teve momentos de muita angústia e dor, na qual não sabia como lidar, mas o apoio das pessoas queridas foi essencial para que pudesse voltar a sorrir. Foi nesse entremeio de tantas mudanças que olhar para o céu despertou em seu coração um encanto ímpar. Havia aprendido na aula de Ciências sobre o Sistema Solar e nunca se esqueceu daquela musiquinha que a professora ensinou como macete para decorar a ordem dos nove planetas (Plutão ainda era considerado planeta), as fases da Lua e a vista que tinha do céu era privilegiada, ali podia encantar-se e sonhar.


Baby Mamá queria desejar feliz aniversário (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

O pai foi diagnosticado com um tumor no rim. Nunca sentiu tanto medo de perdê-lo como naqueles dias, tudo era muito incerto. Se por um lado a mãe não quis mentir que estava tudo bem, por outro, com oito anos apenas, câncer significava morte. Naquele dia em que a mãe estava como acompanhante no hospital e o pai numa mesa de cirurgia, compreendeu que ninguém jamais a amaria como eles.

Quando o telefone tocou e a mãe disse que a cirurgia havia sido um sucesso, o coração aliviou-se. Três dias depois, o pai recebeu alta do hospital e se recuperaria da cirurgia em casa. O tumor era benigno, mas pelos próximos cinco anos seria prudente fazer exames periódicos para certificar-se de que tudo estava bem.


e andar de skate também

Ela era aquela menina de quem as outras gostavam de excluir, sobrando a companhia dos meninos. A professora reclamava, como se fosse crime uma menina gostar de brincar no meio dos moleques. Ela andava de mãos dadas com um amigo, não havia maldade, mas fraternidade, conversas em comum. De qualquer forma, ele foi o primeiro menino que segurou na mãozinha dela.

Assistia a "Maria do Bairro" e adorava a Maria porque também se chamava Maria. Nunca gostou de "Chiquititas" e não vai pedir desculpas por isso — ela não é obrigada. Desde o tempo da boquinha da garrafa já odiava axé, mas bem que curtiu o som dos Mamonas Assassinas. Amava mesmo era dance music.

Sabia o que queria ser: mocinha do tempo do jornal. Tinha até nome artístico e assinatura.

Começou a carreira num quartinho em que tinha um mapa-múndi numa parede ao fundo, pegava emprestado o aparelho de som do irmão para colocar a fita do Top Surprise 3. Seus telespectadores eram os brinquedos, mas um dia o primogênito, que odiava as músicas que ela amava, arrebentou a fita, fez uma bola e atirou no telhado do vizinho ao lado.


dispensa legendas

Quis tanto usar batom que conseguiu, também quis um diário, mas o irmão lia e comentava tudo. Ter um diário fazia com que ela parecesse mais adulta, mas o fraco dela por bonecas e bichos de pelúcia entregava a menininha que havia dentro dela. Com a irmã pequena, brincava de novela. De noite, já deitada na cama, mesmo sem livro nenhum, contava histórias para a pequena.

Num Natal sonhou com a Boneca da Eliana, mas no caso precisariam ser duas. A prima rica a ostentou e, como era de praxe desde que se entendia por gente, ela foi humilhada e maltratada pelo trio de loirinhas encapetadas, descobrindo ali que não precisava aguentar desaforo, não merecia calúnias e insultos, merecia estar cercada de crianças que, como ela, gostavam de brincar, imaginar, fazer amizades.

Quando assistiu a "Fantasia", virou fã da Valéria Balbi e cortou o cabelo igualzinho ao dela. Nunca se esqueceu da primeira vez que viu a Lisa Simpson: foi naquele episódio em que Lisa completava 8 anos e, no final, o Bart cantou uma musiquinha pra ela. Lisa era inteligente, tinha oito anos, não tinha amigas — não teria como não amá-la.



Cesta de chocolates da maninha, que delícia!

Na Copa de 1998, superentrou no clima, organizava até os brinquedos para acompanharem as partidas, estava tão confiante que ia dar Brasil que chorou copiosamente diante daquela humilhação para a França na final, por isso não se empolgou muito a princípio na Copa de 2002.

Gostava de videogame — ah, como gostava. Levou semanas para zerar o Super Mario World, mas quando conseguiu, foi só alegria. Sempre teve medo de contar que, de tanto jogar, teve pesadelos com aquele olho vermelho do Mario quando ele morria que, até hoje, se ver muito, tem pesadelo. Tem certeza de que nunca vai amar tanto um jogo quanto Donkey Kong 3. Nunca zerou Mortal Kombat. Poderia jogar Top Gear só pela trilha sonora. Nunca se esquece daquele feriado de Tiradentes no qual, na locadora onde o irmão alugava os cartuchos, não sobrou nem o jogo do Beethoven — só aqueles que ninguém queria mesmo.

Na escola, a mobilidade social era nula. Lembrava aquela hierarquia norte-americana: a popular com mais cinco asseclas dominando as fileiras da frente, mas influenciando a turma; meninos andando com meninos e a gente avulsa que, se não pertencia à realeza, também não queria estreitar laços com outras peças avulsas. Ao menos conheceu meninas legais que estavam no sexto ano. Elas gostavam de Spice Girls, eram superdescoladas, e tudo que ela sempre quis foi ser descolada, bem desencanada.


Esses gestos de amor mostram o quanto vale a pena viver e cultivar o amor no coração de quem me ama

Lembra com carinho da professora Danielle e do quanto um abraço no décimo aniversário pode ser um presente muito repleto de significados. Ganhou um kit do Ma Chérie. Todo final de tarde, como uma boa "pré-adolescente", ligava o som para ouvir a Jovem Pan — tinha que ser antes de o irmão voltar da escola, porque ele não iria gostar disso. "Presente de um beija-flor" é uma das suas músicas preferidas.

Curtiu uma formatura muito especial no Parque da Mônica e, naquela tarde, a alegria foi tremenda, não cabia no peito — era um sentimento muito bonito.

Um Natal depois de ser trollada com uma Barbie horrorosa pela prima malvada, conheceu Teresa, a boneca mais linda do mundo. Ao som do CD de "Torre de Babel", penteou as mechas coloridas da nova melhor amiga. Aquele Réveillon foi o primeiro que passou acordada para ver a virada.

Altas expectativas para a quinta série. No primeiro dia, conheceu a linda e doce Patrícia — tinha certeza de que a amizade delas seria eterna. Até soltou essa:

— Eu sou a Pérola e você vai ser a Eva!
— Mas eu não quero morrer que nem ela não! — respondeu Patrícia.

O spoiler triste é que Patrícia morreu como Eva, mas não era intenção da amiga. Nunca foi. Tratava-se apenas de um exemplo de melhores amigas.

Patrícia e ela eram uma combinação perfeita: uma era loira, a outra era morena; uma gostava de português, a outra de matemática. Mas, na ânsia de socializar com as outras meninas da classe, acabaram sendo lideradas por uma garota egocêntrica, mimada, materialista, cujo foco de ir à aula era arranjar namorado.

Paty veio de outra escola. Era uma menina ajuizada e muito estudiosa, sensível. Logo, os pais dela preferiram colocá-la de volta no antigo colégio para que não se corrompesse. O problema é que não restou oportunidade para as melhores amigas trocarem endereços, número de telefone e marcarem de se ver, porque sempre que o primo dela mandava recados, o contato era restrito a isso. E elas tinham tanto em comum... Nunca se esqueceram uma da outra. E se Paty soubesse da falta que fez... Quando saiu da escola, a amiga a esperou por muitos dias sentada naquele morrinho que tinha vista para o portão, aguardou o retorno que jamais aconteceu.


de skate eu vou olhar as estrelas

Com o passar dos meses, as intrigas volta e meia a faziam chorar. Ela nunca tinha em quem confiar, e de tanto ser ridicularizada, nem mesmo a amizade com a professora Regina fez com que suportasse permanecer por lá até a 8ª série.

O presente de 11 anos foi uma ida ao parque de diversões — ah, bons tempos aqueles em que os parques itinerantes montavam as estruturas na Avenida Paraná. Bons tempos aqueles... Logo de cara, encarou a montanha-russa sem choro nem medo. Chorou mesmo foi quando chegou a hora de ir embora, isso sim.

Nas férias de verão, o pai deu um jeito de levar a criançada à praia, como vivia prometendo todo ano. Mas o carango pifou e, quando todos chegaram a Matinhos, o carro passou algumas horas no mecânico, enquanto as crianças contemplavam admiradas o lindo sábado de sol. Almoçaram camarão com batata-frita, beberam água de coco. Na volta, o carro enguiçou de novo na estrada, e a volta para casa foi em cima de um caminhão de guincho — a hora era de tirar onda com os carangos que também ficaram pelo caminho.

Na escola nova, sentiu vontade de ser uma nova garota. E logo chamou a atenção de todos sendo ela mesma: simpática, sorridente, comunicativa. Mas, pensando que não era o bastante, incorporou a protagonista da novela infantil que queria escrever — e é claro que as outras meninas a achavam maneira. Logo, receber a notícia de que teria de sair daquela escola para recomeçar noutra era mais do que uma tragédia anunciada. Ainda mais quando até os meninos curtiam passar o intervalo junto com ela, quando o pessoal mais descolado da turma a tinha em alta conta...

Mas algo que ela descobriria um tempo depois, ao insistir para voltar, é que nada é como antes.


Ameeeeei o mimo

Ela teria deixado saudades de verdade se tivesse partido e ninguém mais tivesse conhecimento do paradeiro dela. Voltar foi um tiro no pé, porque aos poucos a escolha escancarou o fracasso disso: mesmo saindo cedo de casa, chegava atrasada, voltava tarde também, estava focando menos nos estudos — de certo modo, não conseguia acompanhar o ritmo porque empenhava mais tempo tentando sustentar as mentiras. E quando as outras descobriram os fios soltos da narrativa, a exclusão não era novidade.

A greve dos professores a permitiu recomeçar na antiga nova escola. Ao menos lá estaria mais perto de casa e poderia recomeçar a vida. Apesar dos percalços de novata, encontrou pessoas legais que gostaram dela sem que ela precisasse contar mentiras. Assim, de brincadeira, deu o primeiro beijo. Tinha uma amiga que a apoiava a ser mocinha do tempo. Conheceu até um menino que queria não só ficar, mas namorar. Porém, a timidez atrapalhou tudo. Os amigos supertorciam pelo casal. Ele comprou as alianças, era todo romântico, até topou estudar à tarde no outro ano só para dar um jeito de estar com ela.

Ela amava aquele canal que passava previsão do tempo o dia todo. Eram os melhores momentos do dia, quando podia passar horas vendo boletins do tempo, curiosidades e, claro, curtindo as músicas de fundo.


super recomendo

Essa menina, que teve uma infância única e destoante dos clichês, hoje é uma adulta que aprendeu com a vida a guardar no coração aquilo que foi bom, extrair aprendizados dos maus momentos e olhar para frente, tempo em que a vida acontece.

Ela tem muitas, muitas, muitas histórias para contar. Poderia passar a noite toda se recordando dos causos, dos dramas, dos momentos cômicos, das tantas fases... Mas o mais importante disso tudo é o que cada ciclo traz consigo na bagagem. O quanto a caminhada pode ser libertadora, transformadora e reconfortante, mesmo que não haja garantias de nada — apenas incertezas...


mais um ciclo começando, gratidão!

No dia de hoje, ela brinda a felicidade, a saúde, a paz, a alegria, o amor, a prosperidade, as boas surpresas, a família linda que tem, o teto onde mora, a comida que entra na mesa dela, a água potável que consome, as histórias que vivem no coração dela, as risadas, as saudades boas, os sonhos que ainda serão sonhados, aqueles que querem se tornar realidade.

Ela brinda segundas chances.
Ela brinda a vida que se renova.
E abre os braços para receber, com muito amor, o ciclo que começou.

Depois dos 25 | O primeiro parágrafo pode ser o fim e ninguém sabe

 


Sempre chove no meu aniversário e esse friozinho gostoso acaba me completando mais que uma daquelas noites quentes em que nenhuma posição me conforta.

Meu apetite não é tão voraz quanto eu pensava. As borboletas no estômago me recordam isso.

Antes eu me enganava, assistia o que não gostava, cultivava “pessoas” para manter “lembranças” daquilo que nunca havia existido, mas me esforcei para que uma vez ao menos fosse especial para alguém, não sem antes me odiar um bocado por nunca corresponder às expectativas.

Ilusão de que os problemas eram pequenos e eu mais alegre. Sei que não passou disso. Outra utopia que alimentei, confundindo de novo os sinais, a exemplo daquilo que aconteceu com aquele garoto por quem pensei estar apaixonada.

Foi bom reconhecer que fiz o papel de otária porque com a dor eu teria a vergonha na cara que me faltou por tanto tempo, para discernir que eu merecia muito mais que migalhas.

Fui observadora em vez de protagonista. 
Que se foda a novela! Todas elas! 

Cobrança disfarçada de entretenimento. Arquétipos comportamentais descartáveis. 
Engoli minha opinião para ter sanidade. 
A sala de espera me torturou. 
Passei longe da prateleira onde o destaque era uma série de dicas para ser magra e linda como aquela atriz que está namorando o craque do momento. 
Mas pensei bem se precisava daquilo. 
Cheguei à conclusão de que não.

Fui me reinventando. 
Seletividade. 
Eu precisava de uma palavra-chave que adequasse àquilo que sou agora. 
Até um pouco casmurra, por que mentir? 

Eu não me sinto tão à vontade em festas de aniversário, nem promovendo nenhum tipo de hipocrisia que me obrigue a sorrir para estranhos.

Eu não tenho medo de ser diferente, mas de ser apontada como o problema. 
Porque fui condicionada a me rejeitar por não ser como todas as outras. 
Minha mãe me disse que não se planta um jardim com flores iguais.

O espelho refletia o que aquele programa imbecil de fofocas pregava. 
Puta merda! Que padrão mais chato! 
Quem faz parte dele? 
Uma minoria, sem dúvida. 
Coando, mutilando, oprimindo. 
Um padrão melancólico e abrasivo do que é certo para alguém, não para mim. 
Porque não é correto percorrer objetivos que amanhã ou mais tarde se perderão.

Tem um mundo que esperava o meu olhar. 
Porque se essa tal de verdade suprema é outra balela, descarto as mais insensatas hipóteses e percebo nitidamente que se eu pensar por mim, cabe também decidir de que lado me sentirei bem.

Quero fazer o bem, mas essa coisa de posar de santa não me faz a cabeça. 
Inha não é comigo, acorda! 
Acordei! 

Normal não sou.
É um praxe rotular. 
Sem conhecer, principalmente. 
Aquela coisinha inconsciente, displicente e tão humana. 
Nem sempre justa, nem sempre condizente.

E de louca e pecadora tenho muito, não é pouco. 

O que posso ter para brindar? 

Eu mal sei beber. 
Essa coisa de me conter, falo mesmo, é um saco!

Minha boca “suja” é mais limpa do que muitos corações ditos “puros”.

Tenho poucos amigos. 
Pouquíssimos. 
Confiar plenamente aniquilou minha paciência. 
Tem gente que abusa desse negócio de intimidade. 

Um silêncio delineado com o caderno aberto e uma caneta são o meu tesouro, bem mais que dinheiro enterrado, brindes com champanhe importado.

Vinte e cinco primaveras e nenhuma flor. 
Nem me venha com rosa-vermelha e frase feita, meu bem. 
Não me chama de “mô”, porra. 
Quero um amor que ninguém nunca me deu, um amor para chamar mesmo de meu. 
Até nas mais doidas projeções. 
Uma história confiada, polida aos mínimos detalhes pela personalidade. 

Um poema pela metade ainda vale mais que a dignidade de alguns. 
Sem ponto nem nada. 
O primeiro parágrafo pode ser o fim e ninguém sabe.


By Mary <3

*escrito no dia 16/11/2013.

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