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15 de Junho | Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa 🗓️

 


👵🏽👴🏼 Quando a velhice vira alvo, toda a sociedade envelhece mal.

Criado pela ONU em 2006, o 15 de junho nos lembra de uma realidade muitas vezes escondida atrás das cortinas da casa, das piadas em tom de desdém, ou da pressa que cala vozes experientes: a violência contra pessoas idosas.

Essa violência não é só física. Ela se manifesta na negligência, no abandono emocional, no desrespeito à autonomia, na violência patrimonial e até na forma como falamos, tratamos e destratamos quem já viveu tanto.


🧓 “Ela é velha, nem sabe o que fala.”
Quantas vezes frases como essa foram ditas sem culpa, como se envelhecer fosse um defeito?
Quantos avós passam dias sem visita?
Quantas senhoras são forçadas a cuidar de netos sem apoio?
Quantos idosos têm seus cartões tomados por filhos ou netos em nome de um “cuidado” que, na prática, é roubo?


📣 Envelhecer não deveria ser castigo.

Deveria ser conquista.
E conquistar uma velhice digna significa construir hoje uma cultura de respeito, de escuta, de valorização.
Uma sociedade que teme e despreza seus velhos não é moderna — é cruel.


🎗️ Sinais de violência contra idosos que não podem ser ignorados:

  • Medo ou silêncio repentino ao falar de familiares

  • Má higiene ou desnutrição

  • Feridas sem explicação

  • Isolamento forçado

  • Alterações bancárias incomuns

Feliz Aniversário, Carol! 🍰🩷

 

Maninha numa ilustração estilo Studio Ghibli 

Uma das maiores satisfações da vida está em construir laços com as pessoas e celebrar as conquistas delas na mesma intensidade que faríamos com as nossas próprias realizações. Ter com quem contar nas tardes calmas olhando o mar e nas noites geladas e longas. Ser você mesma sem tolher trejeitos, piadas internas e olhares cúmplices.

15 de maio | Dia Internacional da Família 👪🎈

 


👪 Houve um tempo em que “família” era sinônimo de retrato na estante, almoço de domingo e fita cassete com vozes antigas. Mas a verdade é que família nunca coube numa só moldura. Nem ontem, nem hoje.

Terças com Tita | Não sou um cabo-de-guerra

 

Félix e Tita (Arquivo pessoal da Mary)

Existem barreiras invisíveis que ninguém vê, mas todos sentem.


Na última sexta-feira (25), foi o Dia Internacional de Conscientização sobre a Alienação Parental. Celebramos a luta por mais justiça, bem como a necessidade de ouvir as crianças, entender seus silêncios e abraçar seus corações quebrados que, muitas vezes, são confundidos pelos adultos ao redor. Tita, nossa pequena heroína, cresceu com uma dor difícil de explicar, muito além de não entender por que seu pai não estava lá quando ela mais precisava.

“Eu só queria que ele me explicasse. Mas ela falava tantas coisas contra ele, e eu... eu ficava perdida. Eu não sabia mais o que acreditar.”
Tita, aos 8 anos

25 de Abril | Dia Internacional de Conscientização sobre Alienação Parental 🧠💔

 


Existem datas que não pedem celebração, mas sim reflexão. O Dia Internacional de Conscientização sobre Alienação Parental, lembrado em 25 de abril, é uma dessas ocasiões. Um lembrete doloroso, porém necessário, de que o amor entre pais e filhos não deveria ser vítima de disputas emocionais, jurídicas ou vaidades. Em tempos de discursos inflamados, é preciso escutar o silêncio das crianças que têm seus laços afetivos cortados — não pela vida, mas por decisões adultas.


O que é a Alienação Parental?

Alienação parental é um termo utilizado para descrever a manipulação psicológica feita por um dos responsáveis (ou ambos, em alguns casos), visando afastar a criança do outro genitor. Isso pode ocorrer por meio de falas, atitudes, mentiras ou omissões que distorcem a imagem de um dos pais, avós ou qualquer figura de afeto.

🧷 Exemplos comuns incluem:

  • Impedir ou dificultar visitas;

  • Desvalorizar ou ridicularizar o outro genitor na frente da criança;

  • Criar falsas memórias ou histórias negativas;

  • Manipular sentimentos com chantagens emocionais.

O impacto disso na saúde mental da criança pode ser devastador: insegurança, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade de estabelecer vínculos duradouros e até depressão.


O Caso da Meire em Simplesmente Tita

Pode parecer só ficção, mas a história de Simplesmente Tita é, infelizmente, o retrato de muitas famílias. Meire, a mãe de Tita, impede o pai, Félix, de manter qualquer contato com a filha, mesmo quando a menina deseja vê-lo. Ao longo da história, a criança cresce envolta em meias-verdades, ressentimentos e dúvidas sobre o próprio valor — como se o amor tivesse sido cancelado por decreto.

A série propõe uma reflexão não somente sobre o sofrimento dos pais alienados, mas sobre o impacto disso nas crianças, que crescem com buracos na alma que nem sempre o tempo cura.


Curiosidades e informações importantes

📜 No Brasil, a alienação parental é crime. A Lei 12.318/2010 prevê punições para quem comete esse tipo de conduta.

🧠 A psicologia infantil reconhece a alienação parental como uma forma de abuso emocional. Especialistas alertam para os danos psicológicos a longo prazo.

📈 Cresce o número de processos relacionados ao tema. Muitos casos são judicializados, o que torna ainda mais difícil a solução amigável.

💬 Frases comuns da alienação parental disfarçam abuso:

  • “Seu pai te abandonou!”

  • “Sua mãe não quis saber de você.”

  • “Se você gostar do seu pai, vai me magoar.”


Como ajudar ou agir em casos de alienação parental?

🔍 Informe-se: conhecimento é a melhor forma de prevenção.
👂 Escute: Crianças não têm culpa nem devem ser escudos emocionais.
📣 Denuncie: Se você conhece um caso, acione o Conselho Tutelar ou o Ministério Público.
💜 Apoie projetos que incentivem a guarda compartilhada com respeito e diálogo.
📝 Incentive narrativas como a de Tita, que trazem esse debate de forma sensível e realista.


Conclusão

No dia 25 de abril, não se trata somente de lembrar a existência de um problema, mas de olhar para as consequências que ele deixa nas almas pequenas. A alienação parental é uma ferida invisível, mas com efeitos profundos. Que este dia nos inspire a sermos adultos melhores, mais conscientes e menos egoístas — para nenhuma criança crescer acreditando que o amor pode ser sequestrado.


Referências (ABNT)

BRASIL. Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 ago. 2010.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Alienação Parental: Uma Visão Psicológica. Brasília, 2016. Disponível em: https://site.cfp.org.br/publicacao/alienacao-parental-uma-visao-psicologica/. Acesso em: 23 abr. 2025.

33 primaveras

Um dia vi um bolo assim no tumblr, hoje eu pude experimentá-lo.


Bolo de aniversário da Mary (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Como deu para perceber, hoje foi o meu dia, o dia mais especial do ano, aquele em que uma bebê de três quilos e cem gramas e medindo 48 centímetros, às 14:55 pelo horário de verão, veio ao mundo de parto normal. Os pulmões aspiraram o sopro da vida e, chorando, sentiu o primeiro baque: deixar a barriga da mamãe, onde era nutrida, protegida e crescia sendo muito aguardada e amada. Afinal de contas, seria a daminha das bodas de ouro dos avós paternos e se chamaria Bianca se dependesse dos palpites da avó materna — Yasmin era a primeira opção, papai não curtiu. Depois de muito acordo, o nome mais apropriado havia sido encontrado.


Luke, o cãovidado vip (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Ela aprenderia a enxergar também o lado bom das mudanças, porque logo que pôde estar nos braços da mãe, preencheu a casa com alegria, com ainda mais amor. Por três anos foi a caçula, mas outra mudança lhe despertou angústia e medo por nem sequer entender os próprios sentimentos. Era preciso tempo e também paciência para acolher com carinho o presente que a vida ofereceu: uma irmã. Uma menina com quem brincar, sangue do seu sangue, que, como toda boa caçula que se preze, sempre amou e admirou os irmãos mais velhos, tendo a do meio como uma heroína.

Ela foi manhosa, ora, mas que criança num dado momento não é? E foi precoce, afinal de contas, parecia muito maneiro ir à escola, queria porque queria ter uma lancheirinha. Até teve uma das Tartarugas Ninjas, rabiscou parede, solado de tênis, mas não importa que uma garota invejosa tenha chutado areia no cantinho do parquinho em que ela escreveu o próprio nome com um graveto — não se apagam memórias dessa forma.


agenda ♥

Ela dançou lambada e ganhou um disco do Beto Barbosa, foi a um bailinho infantil de carnaval, não aguentou cinco minutos, saiu chorando, porém, quando entrou no mar pela primeira vez, sentiu-se em casa. Com a caneta, fazia tatuagens nas bonecas — a Bilu-Bilu ficou com a cara toda tatuada. Júlia, a Barbie noiva, deixou Jorjão esperando. Um dia encontraram a dita cuja jogada no telhado, toda riscada, mas de tanto sol que tomou, os riscos de caneta sumiram.

Menina espevitada, sincera até demais, fazia os adultos rirem. Botava na boca aquele batonzinho de moranguinho, colocava a mão na cintura e saía por aí. Tinha uma companheira inseparável: a Ciça, a boneca de pano. Dançava meio desajeitada as músicas dance que os vizinhos da frente curtiam e levava o dogão junto, sendo ele muito maior que ela, derrubando-a, mas rendendo-se aos cafunés da "psicóloga canina".


amei demais da conta os cartões e o skate

De início achou a escola um pouco chata, muito do que a professora ensinava ela já sabia porque tinha aprendido com a mãe. Depois da bronca que tomou, ficou toda disciplinada. Na hora do Jornal Nacional já estava de dente escovado e de pijama azul, pronta para dormir. Nunca se esquecerá da alegria do pai quando lhe mostrou uma provinha de matemática na qual tirou 100, e ele quis mostrar aos amigos.

A menininha sorridente teve momentos de muita angústia e dor, na qual não sabia como lidar, mas o apoio das pessoas queridas foi essencial para que pudesse voltar a sorrir. Foi nesse entremeio de tantas mudanças que olhar para o céu despertou em seu coração um encanto ímpar. Havia aprendido na aula de Ciências sobre o Sistema Solar e nunca se esqueceu daquela musiquinha que a professora ensinou como macete para decorar a ordem dos nove planetas (Plutão ainda era considerado planeta), as fases da Lua e a vista que tinha do céu era privilegiada, ali podia encantar-se e sonhar.


Baby Mamá queria desejar feliz aniversário (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

O pai foi diagnosticado com um tumor no rim. Nunca sentiu tanto medo de perdê-lo como naqueles dias, tudo era muito incerto. Se por um lado a mãe não quis mentir que estava tudo bem, por outro, com oito anos apenas, câncer significava morte. Naquele dia em que a mãe estava como acompanhante no hospital e o pai numa mesa de cirurgia, compreendeu que ninguém jamais a amaria como eles.

Quando o telefone tocou e a mãe disse que a cirurgia havia sido um sucesso, o coração aliviou-se. Três dias depois, o pai recebeu alta do hospital e se recuperaria da cirurgia em casa. O tumor era benigno, mas pelos próximos cinco anos seria prudente fazer exames periódicos para certificar-se de que tudo estava bem.


e andar de skate também

Ela era aquela menina de quem as outras gostavam de excluir, sobrando a companhia dos meninos. A professora reclamava, como se fosse crime uma menina gostar de brincar no meio dos moleques. Ela andava de mãos dadas com um amigo, não havia maldade, mas fraternidade, conversas em comum. De qualquer forma, ele foi o primeiro menino que segurou na mãozinha dela.

Assistia a "Maria do Bairro" e adorava a Maria porque também se chamava Maria. Nunca gostou de "Chiquititas" e não vai pedir desculpas por isso — ela não é obrigada. Desde o tempo da boquinha da garrafa já odiava axé, mas bem que curtiu o som dos Mamonas Assassinas. Amava mesmo era dance music.

Sabia o que queria ser: mocinha do tempo do jornal. Tinha até nome artístico e assinatura.

Começou a carreira num quartinho em que tinha um mapa-múndi numa parede ao fundo, pegava emprestado o aparelho de som do irmão para colocar a fita do Top Surprise 3. Seus telespectadores eram os brinquedos, mas um dia o primogênito, que odiava as músicas que ela amava, arrebentou a fita, fez uma bola e atirou no telhado do vizinho ao lado.


dispensa legendas

Quis tanto usar batom que conseguiu, também quis um diário, mas o irmão lia e comentava tudo. Ter um diário fazia com que ela parecesse mais adulta, mas o fraco dela por bonecas e bichos de pelúcia entregava a menininha que havia dentro dela. Com a irmã pequena, brincava de novela. De noite, já deitada na cama, mesmo sem livro nenhum, contava histórias para a pequena.

Num Natal sonhou com a Boneca da Eliana, mas no caso precisariam ser duas. A prima rica a ostentou e, como era de praxe desde que se entendia por gente, ela foi humilhada e maltratada pelo trio de loirinhas encapetadas, descobrindo ali que não precisava aguentar desaforo, não merecia calúnias e insultos, merecia estar cercada de crianças que, como ela, gostavam de brincar, imaginar, fazer amizades.

Quando assistiu a "Fantasia", virou fã da Valéria Balbi e cortou o cabelo igualzinho ao dela. Nunca se esqueceu da primeira vez que viu a Lisa Simpson: foi naquele episódio em que Lisa completava 8 anos e, no final, o Bart cantou uma musiquinha pra ela. Lisa era inteligente, tinha oito anos, não tinha amigas — não teria como não amá-la.



Cesta de chocolates da maninha, que delícia!

Na Copa de 1998, superentrou no clima, organizava até os brinquedos para acompanharem as partidas, estava tão confiante que ia dar Brasil que chorou copiosamente diante daquela humilhação para a França na final, por isso não se empolgou muito a princípio na Copa de 2002.

Gostava de videogame — ah, como gostava. Levou semanas para zerar o Super Mario World, mas quando conseguiu, foi só alegria. Sempre teve medo de contar que, de tanto jogar, teve pesadelos com aquele olho vermelho do Mario quando ele morria que, até hoje, se ver muito, tem pesadelo. Tem certeza de que nunca vai amar tanto um jogo quanto Donkey Kong 3. Nunca zerou Mortal Kombat. Poderia jogar Top Gear só pela trilha sonora. Nunca se esquece daquele feriado de Tiradentes no qual, na locadora onde o irmão alugava os cartuchos, não sobrou nem o jogo do Beethoven — só aqueles que ninguém queria mesmo.

Na escola, a mobilidade social era nula. Lembrava aquela hierarquia norte-americana: a popular com mais cinco asseclas dominando as fileiras da frente, mas influenciando a turma; meninos andando com meninos e a gente avulsa que, se não pertencia à realeza, também não queria estreitar laços com outras peças avulsas. Ao menos conheceu meninas legais que estavam no sexto ano. Elas gostavam de Spice Girls, eram superdescoladas, e tudo que ela sempre quis foi ser descolada, bem desencanada.


Esses gestos de amor mostram o quanto vale a pena viver e cultivar o amor no coração de quem me ama

Lembra com carinho da professora Danielle e do quanto um abraço no décimo aniversário pode ser um presente muito repleto de significados. Ganhou um kit do Ma Chérie. Todo final de tarde, como uma boa "pré-adolescente", ligava o som para ouvir a Jovem Pan — tinha que ser antes de o irmão voltar da escola, porque ele não iria gostar disso. "Presente de um beija-flor" é uma das suas músicas preferidas.

Curtiu uma formatura muito especial no Parque da Mônica e, naquela tarde, a alegria foi tremenda, não cabia no peito — era um sentimento muito bonito.

Um Natal depois de ser trollada com uma Barbie horrorosa pela prima malvada, conheceu Teresa, a boneca mais linda do mundo. Ao som do CD de "Torre de Babel", penteou as mechas coloridas da nova melhor amiga. Aquele Réveillon foi o primeiro que passou acordada para ver a virada.

Altas expectativas para a quinta série. No primeiro dia, conheceu a linda e doce Patrícia — tinha certeza de que a amizade delas seria eterna. Até soltou essa:

— Eu sou a Pérola e você vai ser a Eva!
— Mas eu não quero morrer que nem ela não! — respondeu Patrícia.

O spoiler triste é que Patrícia morreu como Eva, mas não era intenção da amiga. Nunca foi. Tratava-se apenas de um exemplo de melhores amigas.

Patrícia e ela eram uma combinação perfeita: uma era loira, a outra era morena; uma gostava de português, a outra de matemática. Mas, na ânsia de socializar com as outras meninas da classe, acabaram sendo lideradas por uma garota egocêntrica, mimada, materialista, cujo foco de ir à aula era arranjar namorado.

Paty veio de outra escola. Era uma menina ajuizada e muito estudiosa, sensível. Logo, os pais dela preferiram colocá-la de volta no antigo colégio para que não se corrompesse. O problema é que não restou oportunidade para as melhores amigas trocarem endereços, número de telefone e marcarem de se ver, porque sempre que o primo dela mandava recados, o contato era restrito a isso. E elas tinham tanto em comum... Nunca se esqueceram uma da outra. E se Paty soubesse da falta que fez... Quando saiu da escola, a amiga a esperou por muitos dias sentada naquele morrinho que tinha vista para o portão, aguardou o retorno que jamais aconteceu.


de skate eu vou olhar as estrelas

Com o passar dos meses, as intrigas volta e meia a faziam chorar. Ela nunca tinha em quem confiar, e de tanto ser ridicularizada, nem mesmo a amizade com a professora Regina fez com que suportasse permanecer por lá até a 8ª série.

O presente de 11 anos foi uma ida ao parque de diversões — ah, bons tempos aqueles em que os parques itinerantes montavam as estruturas na Avenida Paraná. Bons tempos aqueles... Logo de cara, encarou a montanha-russa sem choro nem medo. Chorou mesmo foi quando chegou a hora de ir embora, isso sim.

Nas férias de verão, o pai deu um jeito de levar a criançada à praia, como vivia prometendo todo ano. Mas o carango pifou e, quando todos chegaram a Matinhos, o carro passou algumas horas no mecânico, enquanto as crianças contemplavam admiradas o lindo sábado de sol. Almoçaram camarão com batata-frita, beberam água de coco. Na volta, o carro enguiçou de novo na estrada, e a volta para casa foi em cima de um caminhão de guincho — a hora era de tirar onda com os carangos que também ficaram pelo caminho.

Na escola nova, sentiu vontade de ser uma nova garota. E logo chamou a atenção de todos sendo ela mesma: simpática, sorridente, comunicativa. Mas, pensando que não era o bastante, incorporou a protagonista da novela infantil que queria escrever — e é claro que as outras meninas a achavam maneira. Logo, receber a notícia de que teria de sair daquela escola para recomeçar noutra era mais do que uma tragédia anunciada. Ainda mais quando até os meninos curtiam passar o intervalo junto com ela, quando o pessoal mais descolado da turma a tinha em alta conta...

Mas algo que ela descobriria um tempo depois, ao insistir para voltar, é que nada é como antes.


Ameeeeei o mimo

Ela teria deixado saudades de verdade se tivesse partido e ninguém mais tivesse conhecimento do paradeiro dela. Voltar foi um tiro no pé, porque aos poucos a escolha escancarou o fracasso disso: mesmo saindo cedo de casa, chegava atrasada, voltava tarde também, estava focando menos nos estudos — de certo modo, não conseguia acompanhar o ritmo porque empenhava mais tempo tentando sustentar as mentiras. E quando as outras descobriram os fios soltos da narrativa, a exclusão não era novidade.

A greve dos professores a permitiu recomeçar na antiga nova escola. Ao menos lá estaria mais perto de casa e poderia recomeçar a vida. Apesar dos percalços de novata, encontrou pessoas legais que gostaram dela sem que ela precisasse contar mentiras. Assim, de brincadeira, deu o primeiro beijo. Tinha uma amiga que a apoiava a ser mocinha do tempo. Conheceu até um menino que queria não só ficar, mas namorar. Porém, a timidez atrapalhou tudo. Os amigos supertorciam pelo casal. Ele comprou as alianças, era todo romântico, até topou estudar à tarde no outro ano só para dar um jeito de estar com ela.

Ela amava aquele canal que passava previsão do tempo o dia todo. Eram os melhores momentos do dia, quando podia passar horas vendo boletins do tempo, curiosidades e, claro, curtindo as músicas de fundo.


super recomendo

Essa menina, que teve uma infância única e destoante dos clichês, hoje é uma adulta que aprendeu com a vida a guardar no coração aquilo que foi bom, extrair aprendizados dos maus momentos e olhar para frente, tempo em que a vida acontece.

Ela tem muitas, muitas, muitas histórias para contar. Poderia passar a noite toda se recordando dos causos, dos dramas, dos momentos cômicos, das tantas fases... Mas o mais importante disso tudo é o que cada ciclo traz consigo na bagagem. O quanto a caminhada pode ser libertadora, transformadora e reconfortante, mesmo que não haja garantias de nada — apenas incertezas...


mais um ciclo começando, gratidão!

No dia de hoje, ela brinda a felicidade, a saúde, a paz, a alegria, o amor, a prosperidade, as boas surpresas, a família linda que tem, o teto onde mora, a comida que entra na mesa dela, a água potável que consome, as histórias que vivem no coração dela, as risadas, as saudades boas, os sonhos que ainda serão sonhados, aqueles que querem se tornar realidade.

Ela brinda segundas chances.
Ela brinda a vida que se renova.
E abre os braços para receber, com muito amor, o ciclo que começou.

Amendoboba dorminhoca


Olá… Como está sendo o primeiro domingo de 2014?

Tratei de vir me ocupar porque esfriou um pouco e eu, dorminhoca que sou, quase viro para um canto e perco a noção de tempo. Mas como o dia foi legal, decidi aproveitar o fim de semana para vir atualizar o blog.

Ontem, aproveitei o sábado indo assistir ao filme Frozen com a minha irmã. É muito legal, interessante, bem trabalhado e vale a pena colocar na lista de filmes a assistir. Eu me encantei com o boneco de neve que, ironicamente, quer conhecer o verão. Não quero dar spoiler para não estragar o encanto, mas já vou dizendo: Frozen vai muito além da história clássica de princesas e vilões.

Novidades Cinematográficas

No ano que vem, Amendobobos de plantão, é bom que se preparem! Se não adiarem, teremos Bob Esponja O Filme 2 nas telonas em 15 de fevereiro. E para os fãs de Kung Fu Panda, a saga do simpático Po ganhará uma continuação. Quem também curte os Pinguins de Madagascar (euuuuuuuuuuuu)? Eles vão ganhar um filme só deles. Lembro de quando fui assistir o Madagascar 3 em 2012, a versão 3D, e foi muito, muito legal! Por mim, teria visto novamente no cinema.

Ainda em 2014, tem Debi & Loide 2, que vai sair provavelmente lá pelo fim do ano. Uma coisa é certa: 2014 vai ser um ano cheio de filmes divertidos!

E agora, voltando ao WNBM…

Pessoal, terminei o que pude para concluir a temporada 2 do WNBM! Perceberam que dei uma pausa nas postagens durante as festas de fim de ano? Eu precisava desse tempo, assim como vocês. Mas não se preocupem, amanhã Simplesmente Tita volta às telinhas no seu horário de sempre (por enquanto). Esta temporada vai fechar com 32 capítulos e está bem mais completa do que a versão de 2012, lá no FB.

Estou reeditando e aprimorando a história, já que agora estou publicando simultaneamente no Nyah Fanfiction. Aproveitem para conferir o link:

Simplesmente Tita no Nyah Fanfiction

Marquei o início da nova temporada para 27/01. Isso dá um tempo para vocês respirarem ou ficarem em dia com a leitura. Ah, e quem não quer ver BBB, já sabe onde se esconder, né?

E só para me redimir, deixo uma perguntinha: serei a única que não suporta BBB? (Por favor, não me apedrejem!).

Beijos e até mais!

Mary Recomenda | A Pindonga Azarada

Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...