Por Tita | Os Cadernos de Marisol
Se você nunca foi odiada só pelo fato de existir, considere-se uma pessoa abençoada.
Porque boa parte das pessoas — dentre as quais me incluo — nunca teve o direito de viver em paz.
Por Tita | Os Cadernos de Marisol
Se você nunca foi odiada só pelo fato de existir, considere-se uma pessoa abençoada.
Porque boa parte das pessoas — dentre as quais me incluo — nunca teve o direito de viver em paz.
Por Mary Luz
“Eis o lado ruim de ser escritora: estar vulnerável a todo tipo de leitor, alguns olhares completamente alheios ao que realmente foi dito.”
Já encheu a paciência essa história de pedir desculpas por existir, por pensar assim ou assado. Com licença, o mundo não gira ao redor de estrelas falsas e prepotentes, pilhas não são eternas.
A simples ação de fazer login naquele aplicativo remetia ao ato desmedido de embriagar-se de veneno à medida que o feed mostrava as atualizações. Cada linha lida insuflava a torrente de lágrimas, que molhavam as costas da mão, a tela do celular, a visão, mais facas imaginárias terminavam de estraçalhá-la, ateando fogo àquela alegria de menina.
Começar e nunca terminar… será só descompromisso? Irresponsabilidade? Falta de força de vontade?
Somos as fases que vivemos. Sinto certo desejo de correr alguns riscos. Soltar aquele grito preso na garganta por tanto tempo que devo ter perdido a conta e a noção dele. Nem me lembro quando foi a última vez que rasguei a mortalha e pus-me a obedecer meus próprios instintos, naquela época eu ainda sabia me defender. Bons tempos, mas o orgulho impedia-me de admitir, apreciava-me perseguir trevos-de-quatro-folhas e delegar aos astros a responsabilidade de fazer-me feliz.
Os tantos benefícios acessíveis por meio da fama são fatalmente sedutores. Pode ser aquele distinto cavalheiro que a convida para dançar sem olhar as horas, aquele instante em que a sua versão de 10 anos se senta na primeira fileira para acompanhar o seu discurso com os olhinhos úmidos e ternos, orgulhosa dessa jornada que te conduziu até a glória, no entanto, a exposição que consagra o talento e a dedicação carrega um punhal nos ombros, sempre à espera de um momento de descuido para entrar em cena.
Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...