Campo minado com tiaras arrancadas, pulseiras improvisadas e banhos de lama
Destrinchando a Letra | Give me what you like - Avril Lavigne
1. A história da música
Lançada em 2013, no álbum autointitulado “Avril Lavigne”, a faixa "Give Me What You Like" se destaca pela sonoridade sombria e sensual. Composta por Avril em parceria com Chad Kroeger (do Nickelback) e David Hodges, a música foi uma tentativa de sair do tom pop adolescente e mergulhar em algo mais maduro e emocionalmente denso. Ela chegou a ser usada no filme “Babysitter’s Black Book” (2015), reforçando a conexão com temas como solidão, desejo e relações vazias.
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2. Possíveis interpretações
Carência emocional: A letra traz uma personagem que prefere migalhas de afeto do que o silêncio absoluto da solidão.
Relacionamento sem afeto real: Há uma troca quase mecânica — “me dá o que eu quero, que eu te dou o que você gosta” — sem envolvimento afetivo.
Autonegação: A entrega ao outro é tão desesperada que ela chega a voltar atrás nos próprios valores.
Medo do esquecimento: O verso final é o mais verdadeiro e devastador: “I’m scared you’ll forget about me."
3. Minhas impressões
Essa música me atravessa.
É como se dissesse: "Eu não quero amor, quero só apagar essa dor por algumas horas."
E há algo de muito humano nisso. Mesmo sabendo que essa relação não é boa, ela se joga — e quantas vezes a gente já não fez o mesmo, mesmo que em silêncio?
“Give Me What You Like” não fala sobre romance. Fala sobre anestesia. Sobre desespero disfarçado de sedução.
E talvez, no fim, o que ela mais queria... era alguém que enxergasse a verdade por trás do olhar dela — e ficasse.
Para quem desistiu do amor
Para quem desistiu do amor
Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol
Desistir do amor não é uma escolha fácil. É uma decisão que surge quando a dor, o cansaço ou as decepções se acumulam até o ponto de sufocar a esperança. E, se você chegou a esse lugar, saiba que não está sozinho. Muitas pessoas já sentiram esse peso e essa desconexão, mas isso não torna sua história menos única ou menos importante.
Feliz Dia dos Namorados
Terças com Tita | Escola: berço do saber ou palco de sofrimento?
Por Tita | Os Cadernos de Marisol
Nina Contra o Mundo | A mulher invisível: quando a inteligência é vista como desvantagem no amor
A mulher invisível: quando a inteligência é vista como desvantagem no amor
📌 Por Nina | Os Cadernos de Marisol
Você já se sentiu invisível?
Não por ser tímida. Nem por falta de charme. Mas por ser… inteligente.
Quando a vida nos presenteia com sensibilidade, pensamento crítico, olhar analítico e uma certa acidez bem-humorada, parece que também nos pune com a solidão. Não faltam elogios à nossa “inteligência”, “maturidade”, “brilho próprio”.
Por que esses elogios vêm sempre de pessoas que nos descartam como opção amorosa?
Esse medo de ser esquecida
Nota da autora: Nem todo texto escrito em primeira pessoa é autobiográfico. Às vezes, é apenas uma tentativa de dar voz a sentimentos que muitas pessoas já sentiram — ou que eu observei no mundo ao meu redor. Esse é um desses casos.
E esse medo de ser esquecida...
Não posso mentir não ter esse medo.
A cama parece espaçosa demais para mim.
Lençóis amarrotados e cobertores pesados são o que há de mais próximo e familiar.
O vento cortante me machuca mais aqui dentro do que lá fora, onde a chuva cai lenta e constantemente.
Os dias têm sido tristes noites há tanto tempo que já parei de contar no calendário, nesse intervalo meio indefinido que os faróis da sabedoria não conseguem iluminar.
Nenhuma mensagem nova.
Ninguém à minha procura.
E eu continuo aqui, com esse medo mudo de desaparecer da memória de quem um dia me jurou eternidade.
É possível viver sem AMIGOS?
Escrito originalmente em 2014, este texto reflete um período em que explorei de forma mais intensa os significados de amizade e solidão. Ele fez muito sucesso no meu blog Perguntas, prerrogativas e provocações, e acredito que sua mensagem ainda ressoa nos dias de hoje. Por isso, decidi compartilhá-lo novamente, intacto, para que novos leitores possam refletir e talvez se identificar com essas palavras.
Inadequada, autêntica e indomável
A menina com pulseirinha de ábaco
Não sou pedra no caminho de ninguém
Começar e nunca terminar… será só descompromisso? Irresponsabilidade? Falta de força de vontade?
Somos as fases que vivemos. Sinto certo desejo de correr alguns riscos. Soltar aquele grito preso na garganta por tanto tempo que devo ter perdido a conta e a noção dele. Nem me lembro quando foi a última vez que rasguei a mortalha e pus-me a obedecer meus próprios instintos, naquela época eu ainda sabia me defender. Bons tempos, mas o orgulho impedia-me de admitir, apreciava-me perseguir trevos-de-quatro-folhas e delegar aos astros a responsabilidade de fazer-me feliz.
Iniciativa
Bastava apenas uma palavra. Algumas palavras, perdão. Chegamos a um estágio da vida onde perdemos tudo, os queixumes do medo são tão irrelevantes quando nos encontramos diante do monte de areia acumulado pela ampulheta. Próxima linha, próximo passo. Os pés podem tocar em um campo minado, de nada valerá ser amada ou odiada se não passarei de outro dente-de-leão jogado ao vento.
Enquanto houver um sopro de vida, haverá tempo
Tudo pela ideia de alguém gostar de mim
Estou a léguas distantes de ser a maior simpatizante ao Dia dos Namorados. De fato, nunca foi minha data favorita no calendário, pelas mais diversas razões, que não vêm ao caso, embora se relacionem à hipocrisia e ao péssimo estigma da condição de “solteira” como sendo alguém que supostamente falhou no cumprimento das expectativas da sociedade e ainda não se realizou.
deserto
adversidades e provações somam-se
os amigos, por sua vez, somem
máscaras e promessas desfazem-se
não pretendo implorar para que fiquem
o caminho é pela sombra
não tem atalho de volta
se para os lados eu olhar
apenas a mim mesma irei encontrar
foi sempre assim
a quem eu tanto tentei enganar
senão a mim?
- deserto
onde estará o amor?
Do lado de dentro do silêncio 🔇
Joaninha no fim de tarde (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary) Toda vez que abro o rascunho é a mesma história: a folha em branco me encara, ...

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