Nota da autora: Nem todo texto escrito em primeira pessoa é autobiográfico. Às vezes, é apenas uma tentativa de dar voz a sentimentos que muitas pessoas já sentiram — ou que eu observei no mundo ao meu redor. Esse é um desses casos.
E esse medo de ser esquecida...
Não posso mentir não ter esse medo.
A cama parece espaçosa demais para mim.
Lençóis amarrotados e cobertores pesados são o que há de mais próximo e familiar.
O vento cortante me machuca mais aqui dentro do que lá fora, onde a chuva cai lenta e constantemente.
Os dias têm sido tristes noites há tanto tempo que já parei de contar no calendário, nesse intervalo meio indefinido que os faróis da sabedoria não conseguem iluminar.
Nenhuma mensagem nova.
Ninguém à minha procura.
E eu continuo aqui, com esse medo mudo de desaparecer da memória de quem um dia me jurou eternidade.
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