📚 Os Cadernos de Marisol
🤟🏼 Ser surdo não é estar em silêncio. É viver em outra língua — e numa sociedade que nem sempre está disposta a ouvir.
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As escolas precisam de professores fluentes em Libras e material adaptado.
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Os noticiários, canais de TV e plataformas digitais precisam garantir acessibilidade real (e não só janela decorativa).
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Os espaços públicos precisam ter informação visual clara e profissionais capacitados.
🎙️ Incluir não é só aceitar. É mudar o sistema para que todos possam estar nele de verdade.
📚 Sobre a Libras:
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Em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como língua oficial da comunidade surda no Brasil (Lei 10.436/02).
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Ela tem estrutura própria, com gramática, regionalismos e expressividade — como qualquer outro idioma.
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É uma forma de resistência e de identidade cultural.
✎ Qual é correto dizer: surdo ou deficiente auditivo?
A pergunta é fundamental, pois os termos utilizados podem fazer uma grande diferença na forma como a comunidade surda é vista e respeitada.
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“Surdo” é o termo preferido pela própria comunidade, pois não carrega a ideia de “falta”. Ser surdo é ser parte de uma identidade cultural e linguística com uma língua própria (Libras), uma história coletiva e uma forma única de perceber o mundo.
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“Deficiente auditivo” pode ser visto como um termo médico, utilizado em contextos legais ou educacionais, mas é considerado capacitista por muitos, por sugerir que a surdez é algo a ser “curado” ou “corrigido”, quando, na verdade, é apenas uma diferença sensorial.
📌 Se você conhece alguém surdo, aprenda ao menos um gesto. Um “oi”, um “obrigado”, um “estou aqui”. Pode ser a ponte que faltava pra transformar a presença em afeto verdadeiro.
📌 Com respeito e escuta — mesmo quando não é com os ouvidos — dos Cadernos de Marisol.