Feliz Dia dos Namorados
Nina Contra o Mundo | A mulher invisível: quando a inteligência é vista como desvantagem no amor
A mulher invisível: quando a inteligência é vista como desvantagem no amor
📌 Por Nina | Os Cadernos de Marisol
Você já se sentiu invisível?
Não por ser tímida. Nem por falta de charme. Mas por ser… inteligente.
Quando a vida nos presenteia com sensibilidade, pensamento crítico, olhar analítico e uma certa acidez bem-humorada, parece que também nos pune com a solidão. Não faltam elogios à nossa “inteligência”, “maturidade”, “brilho próprio”.
Por que esses elogios vêm sempre de pessoas que nos descartam como opção amorosa?
É possível viver sem AMIGOS?
Escrito originalmente em 2014, este texto reflete um período em que explorei de forma mais intensa os significados de amizade e solidão. Ele fez muito sucesso no meu blog Perguntas, prerrogativas e provocações, e acredito que sua mensagem ainda ressoa nos dias de hoje. Por isso, decidi compartilhá-lo novamente, intacto, para que novos leitores possam refletir e talvez se identificar com essas palavras.
Platônico III
Platônico II
Os ímpares e a paciência
Uma virtude deveras admirável é a paciência. Não somos dados a longas esperas, vivemos na era do “é para ontem”, onde pessoas, sentimentos e tendências são descartáveis, estamos sempre na luta para não ficarmos para trás, não queremos ser piegas, uma piada sem graça.
O que diz um beijo no olho?
"Os cílios dedilhados aceitam a aproximação dos lábios inspirados. Os olhinhos estão fechados, mas as sinestesias estão mais intensas do que nunca. A revolução se dá na direção certa: atingir o coração de quem se ama."— Mary 🪻
CONFISSÕES DE LALY 10 ANOS | O REENCONTRO (a releitura do texto que inspirou a publicação da web novela)
O final feliz
O final feliz é repleto de dias registrados com distintas caligrafias, de temporais nos finais de tarde, noites sem estrelas e manhãs agradáveis de sol. Ponto final de uma história, argumento de outra, utopia para os descrentes, distante para aqueles que deixaram de enxergar com o coração em virtude das sucessivas desilusões porque o sofrimento transforma bastante a percepção que alguém tem sobre qualquer que seja o assunto em pauta.
O que dirá de um amor, de um amor chega ao fim? Era amor ou apenas medo de ser gente grande? A busca incansável por uma utopia? Constantes ciclos repetitivos nos quais a fé diminui à medida que a ferida cresce de tamanho? O inalcançável desejo de quem apenas quer encontrar uma mão para segurar quando o mundo virar-lhe as costas?
O argumento do amor está interligado com a verdade, ambos caminham de mãos dadas. Uma análise de consciência feita com sinceridade pode responder a essas (e outras) questões. O amor nasce num terreno fértil, que aceite as transformações que sobrevirão, que durante os mais duros obstáculos prevaleçam os valores edificantes. Esse amor perdura pela posteridade adentro, o restante não passa de brincadeiras de mau gosto, fazendo uso indevido do nome dele.
A eternidade, sob esse viés, é tecida conforme as linhas avançam e preenchem páginas inteiras, assim também é com a estrutura que sustenta o que quatro mãos em consenso resolveram construir, cientes de todos os entraves que poderiam enfrentar durante o referido período. Se o amor for o alicerce do empreendimento, ressignificar será um vocábulo bastante popular para dois corações dispostos a recomeçarem, reatarem, realinharem, reconsiderarem, realizarem.
Haverá o dia em que lágrimas cairão, quando o barco aportar, levando a pessoa amada embora. O amor não acaba no último beijo, no último abraço nem no último aceno, não enquanto for uma estrela a iluminar suas noites mais escuras. Do tamanho do horizonte, do céu, do universo, a grandeza fica a seu critério. Não é uma dor que se supere, mas se tolere, para manter acesa a chama do legado, porque o reencontro tem um momento certo para acontecer.
Já vi pessoas dizendo que “superaram amores” quando, na verdade, nunca amaram, nunca fariam nenhum sacrifício pelos rostinhos bonitos em quem dão match e descartam sem qualquer piedade ou empatia, posto que tabu hoje é se apaixonar, bacana é dar vácuo, seguir um monte de gurus que apenas querem enriquecer com dicas prontas, conteúdo suficiente para caber num livro onde a ilustração preencha o restante, haja um designer muito habilidoso para elaborar uma capa atraente, quando o amor não segue esses protocolos e haja vários modos de amar.
No fim de um relacionamento abusivo, busca-se reconstruir a dignidade esfarelada, a confiança perdida, superar o trauma de sofrer humilhações, essa fase ruim da vida, mas extraindo dela os referentes aprendizados para se fortalecer. Superar um amor soa incoerente, seria o equivalente a rasgar centenas de páginas escritas com tanto esmero, queimá-las, guardá-las num canto qualquer amontoado de tranqueiras.
Existe vida depois do final feliz. Existe final feliz enquanto há vida. Existe também a vontade de dizer que os compromissos mundanos delimitam as horas do dia, as estações do ano, as festividades e solenidades, mas não são hábeis para medir o amor em sua totalidade porque não há no mundo cálculo exato para encontrar um valor exato para a plenitude. Existe o meu texto, de quem acredita com todo o coração que a condição propícia para haver um final feliz é que haja um início, o restante, cada história no seu próprio ritmo, ajusta a cadência dos capítulos.
As ondas quebram durante um solitário passeio pela orla, tantos momentos felizes reduzidos agora ao silêncio. Alguns diriam que a história não teve um final feliz porque uma das partes se foi, entretanto, é justamente nesse ponto dolorido que se encontra o equívoco: o fato de ter chegado ao fim não anula a felicidade vivida, as conquistas, os aprendizados, elementos esses que tornam uma história muito mais bela do que aquelas repletas de palavras rebuscadas.
O corpo humano expira, quitação pelo grato empréstimo, entretanto, a alma que abrigamos enquanto terrenos, essa é imortal, portanto, o verdadeiro amor, esse dos finais felizes, evolui, transcende. Cumprida a missão, desafios maiores estão a caminho. Caso eu precise te lembrar, viver um final feliz foi um deles.
Curitiba, 7 de dezembro de 2020.
Às vezes sonho que tem alguém, em algum lugar desse mundo, que sonha com o mesmo que eu, alguém que gostaria de encontrar alguém como eu.
Às vezes sonho que tem alguém, em algum lugar desse mundo, que sonha com o mesmo que eu, alguém que gostaria de encontrar alguém como eu.
Diga que me ama (cap. 10) ele fala
Diga que me ama - por Ceci
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