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Novidades literárias da Mary | Considerações sobre a participação no projeto Literatura na Escola 🖋️

Há alguns meses sem escrever poesia, foi no meio de uma crise que finquei em palavras o que queria escrever na pele. Eu não precisava sangrar no sentido literal, mas poderia muito bem resgatar o velho hábito de externar no papel todo o peso que a mente carrega por pensar e sentir demais, num nível quase insuportável. 

🕊️ As três asas do recomeço

há um tempo em que a alma apanha —
palavras cortam, lembranças ardem,
e o chicote do passado ecoa em silêncio.
mas até a dor, quando aceita, ensina.

então nasce a criança,
com o olhar limpo de quem recomeça.
ela não pergunta se vai dar certo,
apenas sonha — e esse sonho é sagrado.

logo, surge a cegonha,
trazendo o novo em asas leves.
ela anuncia que o amor, a esperança e a coragem
estão voltando pra casa.

porque nada que é seu se perde, meu bem.
às vezes, apenas se transforma
até que você esteja pronta para recebê-lo outra vez.

🌾 Enquanto nada floresce

🌾

há dias em que a terra parece muda,
e o vento, cansado demais para consolar.
a solidão se senta ao teu lado
como quem entende o peso do que é esperar.

Sala de travessia


Não estou mais no começo, mas também não cheguei ao fim. Vivo nesse meio-termo onde nada é definitivo e tudo ainda pode mudar.

O ofício de permanecer

Nem sempre uma editora grande vai apostar em quem está começando. Não porque falte talento, mas porque publicar também é um negócio, e negócios vivem de previsões seguras.

Por trás das pausas


Sinto as pontas dos dedos entrando em contato com as teclas, a melodia escondida entre uma palavra e outra, nos espaços para o indizível, nos arranjos que permitem a iniciativa tantas vezes reprimida.

Do lado de dentro do silêncio 🔇

Joaninha no fim de tarde (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)


Toda vez que abro o rascunho é a mesma história: a folha em branco me encara, exige respostas que não posso oferecer. 
Há tantas linhas vazias atordoando a visão, culpas somatizadas nas horas mais escuras... vejo o tempo passar e as palavras amordaçadas desaparecerem no horizonte das ideias.

21 de setembro | Dia da Árvore 🌳

 


📚 Os Cadernos de Marisol

🌳 Toda árvore começa pequena. Algumas crescem sozinhas, outras em meio a roçados, quintais, calçadas rachadas ou matas esquecidas. Todas carregam história. A nossa também.

O Dia da Árvore é celebrado no Brasil desde os anos 1970, mas ganhou mais atenção com a expansão da educação ambiental na década de 1990. A escolha do 21 de setembro, próxima ao início da primavera no hemisfério sul, tem valor simbólico: é o tempo do florescer, do renascer, do verde que insiste mesmo depois do cinza.


🕰️ Árvore também é tempo.
Quem já brincou sob uma goiabeira, esperou alguém debaixo de uma mangueira ou chorou ao lado de uma paineira sabe: as árvores escutam.

  • Escutam segredos.

  • Guardam risos de infância.

  • Amparam balanços de pneu, festinhas de aniversário, tardes de tédio.

  • E são as primeiras a sentir quando a rua muda, quando a cidade se apressa, quando a vida corre demais.

🌿 Toda árvore é também um diário que não responde, mas sempre está ali.


📖 O Brasil é um dos países com maior biodiversidade arbórea do mundo.
São mais de 5 mil espécies nativas, entre elas:

  • Ipê-amarelo, símbolo nacional da resistência

  • Pau-brasil, cuja exploração marcou nossa história

  • Castanheira, que guarda sementes imensas e histórias maiores ainda

  • Jacarandá, cedro, peroba, seringueira, aroeira, jequitibá

🌎 Mas também somos um dos países que mais desmata.
A cada ano, perdemos milhares de hectares de floresta nativa para dar lugar a monoculturas, pastos, garimpos e estradas.
E cada árvore tombada sem consciência é também uma memória arrancada do chão.


Memórias que florescem: Zezé e Rubem Alves entre as árvores

📖 “O meu pé de laranja-lima era o meu segredo. A única criatura do mundo que sabia que eu estava triste.”
Zezé encontrou numa árvore o que faltava nos braços da própria casa.
Em Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos plantou uma amizade que chorava, sonhava e partia — como tantas infâncias marcadas pela dureza do mundo. E talvez por isso esse livro tenha marcado tanta gente: porque lembrar de uma árvore é também lembrar de como a gente sobreviveu.



🌼 Já Rubem Alves via nos ipês-amarelos uma forma de resistência da beleza.
Amava observar quando floresciam em setembro, mesmo depois do frio, mesmo com a cidade indiferente.
Dizia que os ipês ensinavam o valor da surpresa, da gratuidade, do encanto que não serve para nada — e por isso mesmo é essencial.

“As flores dos ipês são inúteis. E talvez por isso mesmo sejam tão importantes.”

🌳 Zezé se despediu da sua árvore com lágrimas.
Rubem abraçava as suas com palavras.
E nós seguimos — lembrando, plantando, florindo… à nossa maneira.

28 de agosto | Dia Nacional do Voluntariado

 


📚 Os Cadernos de Marisol

💙 O voluntariado não é só um gesto de ajuda. É uma forma de transformar vidas, inclusive a própria.

Quando a caneta descansa

 


Chega a hora de crescer.
Ampliar o campo de visão.
Chega a hora de ser mulher, não me esconder mais da vida nem de ninguém.
Não tem motivo.
Estou aqui para fazer a diferença e não para observar.

Rebelde sem causa?

  

Escrito em março de 2017, este texto nasceu de reflexões profundas sobre autoconhecimento, resiliência e a luta por autenticidade em um mundo que frequentemente impõe padrões inalcançáveis. Hoje, ao revisitar essas palavras, vejo nelas não só um desabafo do passado, mas uma mensagem poderosa e atemporal para quem busca força e liberdade interior.  

Um vagalume no breu

 

Obrigada pelo carinho, pessoinha de alma linda *-*

Essa captura de tela vem como um doce lembrete de que, sim, existem boas pessoas no mundo, que semeiam carinho e inspiram com boas atitudes. A intenção não é me gabar deste pequeno momento de alegria, mas compartilhar um sentimento positivo que me abraça num momento onde me pergunto se num mundo tão podre e intolerante, ainda vale a pena escrever.

Reflexões sobre autenticidade: protegendo meu espaço criativo


Ao longo dos anos, meu blog tem sido mais do que um simples lugar para escrever. Ele é meu espaço de expressão criativa, onde ideias ganham vida e sentimentos encontram palavras. Não é um muro das lamentações, nem um palco para alimentar dramas alheios, mas sim um refúgio para quem deseja refletir e encontrar inspiração. Afinal, o que realmente importa é a liberdade de criar sem amarras.

Não ser como elas não é tragédia, é livramento



Você foi rejeitada porque o mundo é cruel com mulheres que não cabem no padrão e, pior ainda, com mulheres que ousam ter brilho próprio fora das vitrines.

Você foi rejeitada porque é intensa, esperta, sensível, crítica, criativa — e isso assusta quem vive numa bolha rasa.
Você foi rejeitada por ser verdadeira num mundo de pose.
Você foi rejeitada por ser mulher de verdade, e não personagem de comercial de iogurte.

Tem gente que nunca vai enxergar o valor de uma mulher que não se dobra, que não se molda para agradar, que não está à venda, mas isso não é culpa sua, é limitação deles.

26 de Julho | Dia dos Avós 🧓👵

 

🧓👵 Avós são como raízes: firmes, silenciosas e cheias de história. Mesmo quando já não estão, seguem nos sustentando por dentro.

📜 Por que 26 de julho?

A data homenageia Santa Ana e São Joaquim, os avós de Jesus.
Segundo a tradição cristã, eles esperavam há anos por um filho quando Ana recebeu a visita de um anjo anunciando o nascimento de Maria. Com o tempo, seriam também os avós daquele menino que nasceria em uma estrebaria e mudaria o mundo com ternura e resistência.

🎗️ Em países como Portugal e Espanha, o Dia dos Avós também é celebrado nesta data. Já em outras partes do mundo, como os Estados Unidos e o Canadá, há o “Grandparents Day” em setembro, com foco no reconhecimento familiar e comunitário.

A Insubmissa que cria mundos (essa sou eu, mesmo que não vejam)


Você escreve com o coração na ponta dos dedos,
cria mundos com o que os outros descartam,
não vive para agradar, mas para dizer o que precisa ser dito
e isso é tão raro que assusta mesmo quem vive no raso.

Você não nasceu para ser padrão, nasceu para ser lenda.

Não desista, não se disfarce para servir no encaixe.
Não deixe o mundo te convencer de que ser autêntica é um defeito.
O que você cria não é ostentação vazia para um story e nada mais…
é arte, resistência, poesia… legado.

Quem cria mundos, mesmo sendo invisível no seu tempo,
planta raízes para que outras como você floresçam depois.

Entre três tempos diferentes 🕯️

 

🗓️ 12 de julho de 2021

Subo degraus sem conclusão, alcanço andares impensáveis, nunca sei encontrar o atalho de volta para casa. Desperto, e ao longo do dia me vejo contando mentalmente esse dia a mais sem você. Já passaram de 365. Anotar um por um só acentua a imensidão desse vazio que me cobre como um cobertor — mas que não me aquece, nem me acalenta.

Nenhum aroma familiar me devolve o riso. Apesar de todos os esforços, a tristeza sempre vence o cabo de guerra.

A vida sem amor é uma canção desafinada

 

🕯️ Às vezes, o peito pesa sem que a gente saiba explicar.
Tem dias em que a alma só quer colo — e silêncio, não qualquer silêncio: aquele que acolhe, entende, aquece, não exige explicações, não consola com frases feitas ou desnuda a profunda indiferença ao desviar o olhar.
É o olhar úmido, que toma suas mãos trêmulas e as leva até os lábios, numa prece sincera, singela, carinhosa.
Não é qualquer olhar na multidão.

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