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Terças com Tita (no domingo) | Dia das Mães entre contrastes e aprendizados

Remasterização de um desenho original de fevereiro de 2011 (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)


Tita queria que aquele Dia das Mães fosse especial.

11 de maio | Dia das Mães

 


Celebrado no segundo domingo de maio no Brasil e em diversos países

Por trás de flores, abraços e almoços de domingo, existe uma história pouco contada. O Dia das Mães, que hoje movimenta o comércio e emociona famílias inteiras, nasceu de um profundo gesto de dor e memória.


🕊️ No mundo: tudo começou com o luto

A origem do Dia das Mães moderno está nos Estados Unidos, no início do século 20.
Foi Anna Jarvis, uma jovem americana, quem iniciou a campanha para homenagear sua mãe falecida, Ann Reeves Jarvis, ativista social que cuidava de soldados feridos e organizava clubes de mães pela saúde pública.

Em 1905, após a morte da mãe, Anna passou a enviar cartas a políticos e líderes religiosos pedindo a criação de um dia nacional para homenagear todas as mães — vivas e falecidas.

Sua luta deu certo:
👉 Em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o Mother’s Day nos EUA, a ser celebrado no segundo domingo de maio.

Mas ironicamente, Anna Jarvis passou os últimos anos da vida tentando cancelar a data, por vê-la transformada em uma data comercial — bem diferente da homenagem sincera que ela idealizou.


🇧🇷 No Brasil: entre flores, fé e Getúlio Vargas

Aqui, o Dia das Mães começou a ser comemorado em 1921, com iniciativas de grupos católicos que promoviam celebrações para enaltecer o papel das mães como “educadoras da fé”.

Mas foi só em 1932, no governo de Getúlio Vargas, que a data foi oficializada no calendário brasileiro — com apoio de campanhas conservadoras que exaltavam o papel da mulher como mãe e dona de casa.

Mais tarde, nos anos 40, a Igreja passou a associar o Dia das Mães à figura de Maria, mãe de Jesus, reforçando o tom devocional da comemoração.


💔 Por trás da doçura, também há contradições

Hoje o Dia das Mães é:

  • um dos dias mais comerciais do ano,

  • uma data linda para muitas famílias,

  • mas também dolorosa para quem perdeu a mãe,

  • ou nunca teve uma relação saudável com ela,

  • ou é mãe solo sem reconhecimento,

  • ou teve que abrir mão da maternidade por questões sociais, emocionais ou de saúde.

É importante lembrar que não existe uma única forma de ser mãe — e nem uma única narrativa sobre isso.


🌹 O que essa data pode (re)significar?

  • Um agradecimento verdadeiro.

  • Um abraço que diz: “eu te vejo”.

  • Uma reflexão sobre maternidade real, sem romantização.

  • Um cuidado com quem sente falta.

  • Uma homenagem às mães que não pariram, mas acolheram.


💬 Frase para compartilhar:

“Ser mãe é um verbo que se conjuga com amor, mas também com coragem, entrega e luta silenciosa.”


Terças com Tita (no domingo) | Dia das Mães entre contrastes e aprendizados

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