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Remasterização de um desenho original de fevereiro de 2011 (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary) |
Tita queria que aquele Dia das Mães fosse especial.
Com o coração cheio de esperança, planejou tudo nos mínimos detalhes: pediu ajuda ao padrasto Horácio para montar o café da manhã, caprichou num cartão com palavras doces e sinceras, e colocou todo o carinho do mundo naquele gesto. Era sua maneira de tentar se conectar, de mostrar à Meire o quanto ela era importante, apesar de tudo.
Mas, em vez de um agradecimento, o que Tita recebeu foi uma rejeição dolorosa.
— Essas são suas loucuras, Tita. Só você para pensar em algo assim! — disse Meire, com desdém. O brilho nos olhos da menina apagou naquele instante.
O cartão, que antes carregava afeto, ficou sem destino.
Foi então que, sem saber o que fazer com aquela tristeza, Tita buscou acolhimento onde sabia que seria vista. A professora Daniela era mais do que uma educadora: era uma presença firme e gentil, quase materna.
Tita decidiu entregar a ela o segundo cartão. E Daniela, com ternura, acolheu o gesto. Sorriu. Abraçou a menina. E fez Tita entender que seus sentimentos tinham valor.
Às vezes, os laços mais sinceros não nascem do sangue, mas da empatia.
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