A casa da Lulu é um reflexo perfeito de sua personalidade extravagante e cheia de atitude. A fachada exibe cores vibrantes, com um mural pintado por um artista local que mistura elementos tropicais e uma caricatura da própria Lulu em pose de diva. O jardim da frente é decorado com estátuas chamativas, incluindo uma réplica de si mesma segurando uma bandeira do Brasil. Plantas tropicais e flores coloridas circundam o espaço, com luzes de LED estrategicamente posicionadas para brilhar à noite.
Por dentro, é uma explosão de glamour e humor. A sala de estar tem móveis de cores intensas, tapetes felpudos e quadros com fotos icônicas de Lulu, como seu “ensaio patriótico” na greve. Paredes decoradas com prêmios e manchetes marcantes de sua carreira contrastam com acessórios aleatórios, como uma cafeteira customizada com glitter dourado. O toque final é a presença de seus cães de pequeno porte, sempre vestidos a caráter para os eventos que Lulu transmite ao vivo.
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Enquanto isso, na redação da Malacubaca, o caos era o tempero da produtividade. William Bastos Marques, o editor-chefe e marido da icônica âncora Bilu Valdez, comandava tudo com a precisão de quem já enfrentou tantas tempestades jornalísticas quanto celebrações ao lado de sua brilhante esposa. De terno casual com a gravata já afrouxada, ele circulava pela sala, emitindo ordens rápidas e gesticulando com intensidade característica. Apesar do estresse evidente, mantinha um ar sereno e pragmático — o tipo de liderança que fazia o time saber que, mesmo no olho do furacão, estavam em mãos firmes.
A redação, situada em um edifício moderno, tinha grandes janelas que deixavam a luz natural inundar o espaço, contrastando com o ritmo frenético interno. Monitores transmitiam imagens ao vivo da greve, enquanto os repórteres revezavam chamadas telefônicas e apurações em ritmo incessante. Os debates ecoavam pelo ambiente, e o cheiro de café fresco parecia ser a única constante em meio à efervescência. Mesmo assim, o foco de William era inabalável, sempre buscando extrair do caos a próxima grande manchete.
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Enquanto a redação fervilhava com a cobertura da greve, Edu Meirelles vivia seu próprio capítulo de drama. Após os incidentes envolvendo sua urticária amorosa e o fiasco do sósia desastrado, a implacável Noviça decidiu “punir” o âncora com escalas que iam de eventos obscuros, como rinhas de galo no interior, até coberturas complexas e exaustivas. E agora, lá estava ele, em pleno domingo, designado a reportar a greve dos caminhoneiros — um teste de resistência tanto para sua paciência quanto para sua reputação.
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Com o semblante sério, mas carregado de resignação, Edu estava ao vivo em um dos pontos de concentração mais movimentados, tentando equilibrar a pressão de narrar os acontecimentos com a necessidade de mostrar profissionalismo. Sua expressão deixava claro que, apesar de tudo, ele estava determinado a dar o seu melhor, mesmo que isso significasse lidar com buzinaços ensurdecedores e uma multidão de caminhoneiros e curiosos.
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Lulu sentia-se a própria Joana D'Arc, mas na versão brasileira e cheia de glamour. Com sua bandeira do Brasil esvoaçando nas costas e o biquíni fio dental patriótico marcando presença, ela subiu em um pequeno palanque improvisado — na verdade, uma caixa de frutas — e começou seu discurso inflamado para a multidão de caminhoneiros, guincheiros e curiosos.
— Heróis do Brasil! Vocês carregam a nação nas costas, enfrentam sol, chuva, buracos nas estradas e agora estão aqui, lutando por um futuro melhor! Eu, Lulu, estou com vocês! Juntos, vamos derrotar esse sistema corrupto e criar uma nova era de esperança!
E, como esperado, ela aproveitou para atualizar sua live ao vivo no YouTube, alternando entre olhar para a câmera e gesticular dramaticamente para o “público”.
— Eu sou a Joana D'Arc dos caminhoneiros, a voz de vocês, a cara da resistência! Levantem suas buzinas como espadas e sigam-me para a revolução! — exclamou, erguendo o punho fechado ao céu, enquanto um caminhão de guincho passava buzinando em apoio.
Os vizinhos, meio confusos, espiavam pela janela, enquanto Lulu gritava ao vento:
— FORA TEMEEEEERRRRRR! LULU PRESIDENTE! LULU PELOS CAMINHONEIROS!
Claro, não podia faltar a cereja do bolo: Lulu virou-se dramaticamente para a câmera e completou:
— Quem sabe, daqui a alguns anos, meu rosto estará estampado nos livros de história como a mulher que mudou o Brasil… e com muito estilo, claro.
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