No Dia Mundial do Lúpus, celebrado em 10 de maio, é urgente lembrar que a empatia pode ser tão importante quanto o diagnóstico precoce, e que quem convive com essa doença carrega mais do que sintomas: carrega dúvidas, julgamentos e uma luta diária para ser compreendido.
💠 O que é o lúpus?
O lúpus é uma doença autoimune crônica — isso significa que o próprio sistema imunológico, que deveria defender o corpo de vírus e bactérias, passa a atacar tecidos saudáveis como se fossem ameaças.
É como se o corpo entrasse em guerra com ele mesmo, sem saber por quê.
🌿 Os diferentes tipos de lúpus
Embora o termo “lúpus” seja geralmente associado ao lúpus eritematoso sistêmico (LES) — o tipo mais comum e grave — existem quatro formas principais da doença:
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Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES):
Pode afetar múltiplos órgãos e sistemas, como articulações, pele, rins, cérebro, pulmões, coração e vasos sanguíneos. É o tipo mais complexo e imprevisível, com fases de remissão e crise. -
Lúpus Cutâneo:
Restrito à pele. Pode causar lesões avermelhadas, geralmente em áreas expostas ao sol (rosto, orelhas, pescoço). Algumas pessoas desenvolvem apenas essa forma, enquanto outras podem evoluir para LES. -
Lúpus Induzido por Drogas:
Surge como reação a medicamentos específicos (como hidralazina ou procainamida) e costuma desaparecer após a suspensão da medicação. É mais leve que o LES. -
Lúpus Neonatal:
Muito raro. Afeta recém-nascidos de mães com lúpus ou outras doenças autoimunes. Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem naturalmente após alguns meses.
⚠️ Por que é tão difícil diagnosticar?
O lúpus é chamado de “doença das mil faces”, porque seus sintomas podem mudar de pessoa para pessoa, se parecer com os de outras doenças e surgir lentamente.
Por isso, o diagnóstico costuma demorar. É feito com base em:
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exames de sangue (fator antinuclear, anti-DNA, entre outros);
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histórico clínico;
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sintomas físicos;
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acompanhamento com reumatologistas ou imunologistas especializados.
🧬 E o que causa o lúpus?
As causas ainda não são totalmente compreendidas, mas sabe-se que envolvem fatores genéticos, hormonais, ambientais e imunológicos.
Alguns gatilhos podem ser:
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exposição excessiva ao sol;
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infecções virais;
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uso de certos medicamentos;
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alterações hormonais (por isso, é mais comum em mulheres, especialmente entre 15 e 45 anos).
💬 Vozes que merecem ecoar
“O pior não é a dor. É quando dizem que é frescura.”
— Jovem diagnosticada aos 17 anos
“O lúpus me tirou muita coisa. Mas também me mostrou o quanto sou forte.”
— Trecho de campanha do Instituto Lúpus Brasil
💜 O que os pacientes enfrentam:
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descrença médica,
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falta de acesso ao tratamento,
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isolamento social,
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oscilação entre períodos bons e crises severas,
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e a sensação de que precisam “explicar a própria existência” o tempo todo.
🌿 E o que podem encontrar, quando há apoio:
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tratamentos com reumatologistas e imunologistas;
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redes de apoio com outros pacientes;
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alívio com atividades artísticas, terapias complementares, acolhimento psicológico;
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e o principal: gente disposta a ouvir sem julgar.
🤝 Como ajudar?
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Informe-se sobre o lúpus — conhecimento evita preconceito.
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Escute sem minimizar a dor alheia.
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Compartilhe campanhas de conscientização.
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Esteja presente mesmo nos dias em que o outro “parecer bem” — pode ser só máscara.
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Apoie instituições que lutam por visibilidade, como a Lúpus Brasil ou ABRAPES.
💬 Frase para compartilhar:
“Viver com lúpus é como lutar contra um inimigo invisível. Mas a empatia é uma das poucas armas que ninguém precisa pedir para usar.”
lembro me que o lúpus foi retratado numa novela, acho q foi amor à vida.
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