Antes que o tempo mude: como o vento, as aves e o Luke me avisam
Por Mary Luz
Não sou meteorologista nem climatologista, mas o assunto está sempre muito presente na minha vida. Nesta encarnação me contentarei em ser uma simples curiosa.
Curiosa do céu, do vento, das nuvens que mudam de textura e anunciam o que está por vir.
Entretanto, nos últimos tempos, acabo não fazendo mais aquela observação atenta como fazia antes. A rotina rouba o brilho do olhar. As preocupações se multiplicam como estrelas, e às vezes nem a contemplação mais pura dá conta de acalmar o coração.
Tem um fenômeno que me puxa de volta.
Quando estamos vivendo o que os meteorologistas chamam de veranico, eu percebo: vai mudar. Sinto pelo vento. Tenho vista para o oeste, e é de lá que ele vem — o vento que me avisa. O tal do sudoeste.