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1⁰ de maio | Dia da Literatura Brasileira


Enquanto o mundo lembra dos direitos trabalhistas neste feriado de 1º de maio, o Brasil tem também outro motivo de celebração: o Dia da Literatura Brasileira, uma homenagem à arte que registra a alma do nosso povo — a escrita.

A data marca o nascimento de José de Alencar, em 1829, um dos principais nomes do Romantismo brasileiro e autor de obras que ajudaram a moldar a identidade cultural do país.

José de Alencar: o romancista da brasilidade

José de Alencar não escreveu apenas histórias de amor: ele criou mitos nacionais, valorizou o indígena como herói, retratou o sertão com realismo e deu protagonismo à mulher em uma sociedade ainda conservadora.

Suas obras mais conhecidas:

  • O Guarani (1857): Aventura indígena com ares épicos.
  • Lucíola (1862): Uma cortesã com alma sensível e crítica à hipocrisia social.
  • Iracema (1865): A "virgem dos lábios de mel" tornou-se símbolo da formação do povo brasileiro.

Literatura: mais que letras, é memória viva


A literatura brasileira é o espelho da nossa história:

É onde estão os sonhos das meninas que queriam estudar, os gritos sufocados dos que foram silenciados, a beleza da nossa terra, as dores das nossas injustiças, os amores que resistem ao tempo.

Ler um autor brasileiro é ouvir o eco das vozes que ajudaram a formar o Brasil, com toda sua complexidade e beleza.

Curiosidade: o Brasil escreve sua história em várias vozes


  • Cecília Meireles, que nos ensinou a poesia do tempo.
  • Carolina Maria de Jesus, que escreveu o Brasil real com o caderno do lixo.
  • Machado de Assis, que riu da elite com ironia e genialidade.
  • Lygia Fagundes Telles, que retratou a alma feminina como ninguém.
  • Conceição Evaristo, que faz da palavra uma arma de luta e amor.

Escrever é resistir. Ler é sonhar.

A literatura brasileira é uma ponte entre o que fomos, o que somos e o que ainda podemos ser. No Dia da Literatura Brasileira, celebre lendo, escrevendo, ouvindo histórias — e valorizando cada palavra que nos aproxima da nossa própria identidade.

18 de abril | Dia Nacional do Livro Infantil


Nesta sexta-feira (18), comemoramos o Dia Nacional do Livro Infantil, uma data especial que homenageia o nascimento de Monteiro Lobato, o pai da literatura infantil brasileira. Mais do que uma celebração, este dia é um convite para mergulhar no universo mágico dos livros, que encantam, ensinam e transformam gerações.

Reconhecimento ao pai da literatura infantil 

Instituído pela Lei nº 10.402/2002, o Dia Nacional do Livro Infantil foi criado para reconhecer a contribuição de Monteiro Lobato (1882-1948) à literatura brasileira. Autor de obras icônicas como Reinações de Narizinho e O Saci, Lobato revolucionou a literatura infantil ao unir fantasia, folclore e realidade, criando histórias que continuam a inspirar crianças e adultos.

Quem foi Monteiro Lobato 

Nascido José Bento Monteiro Lobato em 18 de abril de 1882, em Taubaté, São Paulo, Monteiro Lobato é um dos maiores nomes da literatura brasileira, especialmente na literatura infantil. Escritor, editor, tradutor e empresário, foi também uma figura marcante do Pré-Modernismo. Sua obra mais conhecida é a série Sítio do Picapau Amarelo, composta por 23 volumes, que mistura fantasia, folclore e ciência, apresentando personagens icônicos como Emília, Narizinho e Dona Benta.

Lobato também foi um crítico social e político, abordando temas como nacionalismo e progresso em suas obras para adultos. Além de escritor, fundou editoras e lutou pela exploração do petróleo no Brasil, sendo uma figura polêmica e inovadora. Faleceu em 4 de julho de 1948, deixou um legado permanece vivo, especialmente no imaginário infantil.

Mestres da Literatura Infantil

O OCDM preparou uma lista especial com alguns ilustres autores brasileiros que deixaram um legado irretocável na literatura infantil brasileira e ainda conquistam jovens corações, atravessando gerações e formando novos leitores.

Maurício de Sousa

Maurício de Sousa, nascido em 27 de outubro de 1935, em Santa Isabel, São Paulo, é um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira, especialmente por meio dos seus quadrinhos. Criador da Turma da Mônica, trouxe personagens inesquecíveis como Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, que fazem parte do imaginário de milhões de crianças.

Desde a década de 1950, Maurício de Sousa transformou o universo dos quadrinhos brasileiros, unindo diversão, criatividade e mensagens educativas em suas histórias. Suas obras abordam temas como amizade, respeito à diversidade e inclusão, sempre com humor e leveza. Além disso, ele desenvolveu séries e personagens que refletem questões sociais e culturais, ampliando o alcance e a relevância de suas criações.

A Turma da Mônica também foi adaptada para livros, filmes e produtos diversos, mas sua essência permanece na simplicidade dos quadrinhos, que são portas de entrada para o mundo da leitura e da literatura infantil.

Maria José Dupré

Maria José Dupré nasceu em 1º de maio de 1898, na Fazenda Bela Vista, em Botucatu, São Paulo. Desde cedo, foi alfabetizada pela mãe e pelo irmão mais velho, e sua paixão pela literatura começou com o contato com livros clássicos portugueses e mundiais. Formou-se professora na Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo, e iniciou sua carreira literária em 1939, publicando o conto Meninas Tristes no suplemento literário do jornal O Estado de S. Paulo.

Seu primeiro romance, O Romance de Teresa Bernard, foi publicado em 1941 e rapidamente se tornou um sucesso. Em 1943, lançou sua obra mais famosa, Éramos Seis, que narra a história de uma família paulista enfrentando desafios financeiros e emocionais. O livro ganhou o Prêmio Raul Pompeia da Academia Brasileira de Letras em 1944 e foi adaptado várias vezes para cinema e televisão.

Maria José também escreveu livros infantis, como a série do Cachorrinho Samba, que encantou gerações com suas aventuras. Ela assinava suas obras como "Sra. Leandro Dupré", uma prática comum na época, incentivada por seu marido e editor, que acreditavam que isso traria maior aceitação no mercado editorial. Maria José faleceu em 15 de maio de 1984, deixando um legado literário que continua a inspirar leitores.

Ana Maria Machado

Ana Maria Machado nasceu em 24 de dezembro de 1941, no Rio de Janeiro. Desde criança, foi apaixonada por histórias, influenciada por sua família, que valorizava a educação e a literatura. Formou-se em Letras Neolatinas pela Universidade do Brasil em 1964 e fez pós-graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante a ditadura militar, foi presa e, em 1970, exilou-se na Europa, onde trabalhou como jornalista e professora na Sorbonne.

Ana Maria começou sua carreira literária escrevendo para a revista Recreio e publicou seu primeiro livro infantil, Bento que Bento é o Frade, em 1977. Desde então, escreveu mais de 100 livros, incluindo clássicos como Bisa Bia, Bisa Bel e Menina Bonita do Laço de Fita. Sua obra aborda temas como memória, diversidade e igualdade de gênero, conquistando prêmios como o Hans Christian Andersen (2000) e o Prêmio Machado de Assis (2001). Ela foi a primeira escritora de literatura infantil a integrar a Academia Brasileira de Letras.

Tatiana Belinky

Tatiana Belinky nasceu em 18 de março de 1919, em Petrogrado, Rússia, e chegou ao Brasil aos dez anos de idade, fugindo da guerra civil na União Soviética. Radicada em São Paulo, tornou-se uma das maiores escritoras de literatura infanto-juvenil do país, com mais de 250 livros publicados. 

Tatiana também foi tradutora e roteirista, sendo responsável pela primeira adaptação televisiva do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, exibida na TV Tupi nos anos 1950. Sua obra é marcada por humor, fantasia e ternura, com títulos como Limeriques e O Caso do Bolinho. Tatiana faleceu em 15 de junho de 2013, deixando um legado imenso para a literatura brasileira.

Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932, em Caratinga, Minas Gerais. Ele é um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira, conhecido por obras como O Menino Maluquinho e Flicts. Além de escritor, Ziraldo foi cartunista, chargista e ilustrador, sendo pioneiro nos quadrinhos brasileiros com a revista Turma do Pererê.

Durante a ditadura militar, Ziraldo foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, que fazia oposição ao regime. Suas obras infantis são marcadas por humor, crítica social e aventuras que encantam crianças e adultos. Ziraldo faleceu em 6 de abril de 2024, aos 91 anos, deixando um legado cultural e artístico.

Ruth Rocha

Ruth Rocha nasceu em 2 de março de 1931, em São Paulo. Formada em Ciências Políticas e Sociais, ela começou sua carreira como orientadora educacional e escritora para revistas como Cláudia e Recreio. Em 1976, publicou seu primeiro livro, Palavras, Muitas Palavras, seguido pelo clássico Marcelo, Marmelo, Martelo, que se tornou um best-seller e foi traduzido para diversos idiomas.

Ruth é conhecida por sua linguagem acessível e divertida, que estimula o questionamento e a reflexão. Com mais de 200 títulos publicados, sua obra já foi traduzida para 25 idiomas, consolidando-a como uma das maiores autoras de literatura infantil do Brasil.

Pedro Bandeira

Pedro Bandeira nasceu em 9 de março de 1942, em Santos, São Paulo. Ele começou sua carreira como jornalista e ator, mas foi na literatura que encontrou sua verdadeira vocação. Seu primeiro livro, O Dinossauro Que Fazia Au-Au (1983), abriu caminho para uma carreira brilhante. Bandeira é amplamente conhecido pela série Os Karas, que começou com A Droga da Obediência (1984). Suas histórias misturam mistério, aventura e temas relevantes para jovens, como amizade, ética e coragem.

Com uma abordagem que combina entretenimento e reflexão, Pedro Bandeira conquistou gerações de leitores e se tornou um dos autores infantojuvenis mais vendidos do Brasil. Ele recebeu prêmios importantes, como o Jabuti, e continua sendo uma referência na literatura para jovens.

Lygia Bojunga

Lygia Bojunga nasceu em 26 de agosto de 1932, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Sua trajetória é marcada por uma escrita sensível e inovadora, que explora temas como identidade, liberdade e autoconhecimento. Seu livro mais famoso, A Bolsa Amarela (1976), é um clássico que aborda os desejos e conflitos de uma menina chamada Raquel, com uma narrativa que mistura realidade e fantasia.

Lygia foi a primeira autora fora do eixo Estados Unidos-Europa a receber o Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o "Nobel" da literatura infantil. Além disso, ela fundou sua própria editora, a Casa Lygia Bojunga, para manter o controle criativo sobre suas obras. Sua escrita é um convite à imaginação e à reflexão, encantando leitores de todas as idades.

Importância da leitura na infância

A leitura é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento das crianças. Ela não apenas expande o vocabulário e estimula a criatividade, mas também ensina valores importantes, como empatia, respeito e resiliência, contribuindo fortemente para o desenvolvimento de um senso crítico aguçado e uma percepção ainda mais significativa da realidade. 

Alternativas para incentivar a leitura com baixo custo

Nem sempre é fácil adquirir livros novos, dado o aumento do custo de vida, mas há muitas maneiras de incentivar a leitura sem gastar muito:

  1. Bibliotecas Públicas: Muitas cidades possuem bibliotecas com acervos ricos e gratuitos.
  2. Trocas de livros: Organize trocas de livros entre amigos, familiares ou na escola, procure grupos de trocas de livros nas suas redes sociais, visite sebos.
  3. Feiras de livros usados: Esses eventos oferecem livros a preços acessíveis. Acompanhe as notícias da sua cidade e peça indicações a amigos e conhecidos nas redes sociais.
  4. Plataformas digitais: Alguns sites e aplicativos disponibilizam livros gratuitos ou a preços reduzidos. Fique de olho em promoções, como a Black Friday, o Dia do Consumidor, dentre outras.
  5. Contação de Histórias: Transforme a leitura em um evento familiar, onde todos participam e compartilham histórias, dedicando um tempo de qualidade com as pessoas que você ama, para fortalecer os laços e dar o exemplo aos menores.

A literatura infantil brasileira é rica e diversa, com obras que resistem ao tempo e continuam a encantar leitores de todas as idades. O Dia Nacional do Livro Infantil é mais do que uma homenagem; é um lembrete do poder transformador da leitura. Que possamos, juntos, cultivar o hábito de ler e inspirar as novas gerações a sonharem, aprenderem e crescerem por meio dos livros.

Qual foi o livro que marcou sua infância? Compartilhe nos comentários e celebre conosco o poder da literatura infantil! Vamos juntos espalhar a magia da leitura.

9 de abril | Dia da Biblioteca | Tita e o mundo dos livros 📚


Desde pequena, Tita sonhava com bibliotecas que fossem como mundos mágicos, repletos de aventuras e descobertas. Enquanto enfrentava os desafios da infância, os livros sempre foram um refúgio, permitindo que ela imaginasse novos horizontes e descobrisse a força dentro de si.

Em um mundo só meu, viajava para longínquas distâncias. O tempo era contado por palavras e não minutos. Por entre as centenas de geladas prateleiras escondiam-se pequenas doses de felicidade. Lá, eu não precisava me sentir mal por nunca conseguir ser igual às outras menininhas porque, turista de tantos mundos paralelos, minha presença era sempre bem-vinda.

De palavra em palavra, o coração se preenchia com a beleza que os olhos recriavam. Lá a solidão não me encontrava. Eu tinha um lar. Vários. Sorria, chorava, aprendia.

A imaginação da criança era a chave certa para um portal de um mundo novo, admirável. E quem via um livro fechado não entendia por essa perspectiva, não sonhava, não sabia o quanto as palavras significavam. (excerto do capítulo "Desfalque").

Talvez o primeiro livro que marcou sua história tenha sido aquele que encontrou por acaso em uma prateleira antiga, com páginas desgastadas e histórias vibrantes. Para ela, cada livro era uma porta que se abria para algo maior, e cada biblioteca era um portal para transformar sonhos em realidade.

Muitos leitores sempre se identificam com Tita nesse aspecto porque a leitura também foi e continua sendo o refúgio de muitos. Hoje, assim como Tita, podemos guardar nossas próprias bibliotecas, seja nas prateleiras de casa ou na tela de nossos dispositivos móveis. Afinal, os livros continuam sendo companheiros que nos ajudam a enfrentar o mundo e descobrir quem somos.

Nossa eterna heroína não mensura que, ao compartilhar a própria história, conquistou admiradores e fãs ao redor do Brasil, que sempre torcerão pelo final feliz, mesmo fugindo do convencional.

Seja escrevendo suas próprias histórias e vê-las entrar para a posteridade a partir do momento en que ela vai para a biblioteca, seja para fazer uma pesquisa ou buscar uma forma de entretenimento saudável e sem gastar tanto dinheiro, aquelas imensas portas de madeira estão sempre abertas para nos receber. Cada obra é um passaporte para mundos extraordinários onde o tempo não é contado por minutos, mas páginas.

Qual livro marcou sua vida? Vamos celebrar o Dia Nacional da Biblioteca em clima de Simplesmente Tita, que criou e continua a criar conexões profundas com cada leitor. 📚✨

2 de maio | Dia Nacional do Humor

Especial - 2 de Maio: Dia Nacional do Humor Feliz Dia Nacional do Humor! O 2 de maio é o dia dedicado a uma das formas mais poderosas de con...