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Como nasce um post dos Cadernos de Marisol ✍️

 


✍️ Como nasce um post dos Cadernos de Marisol

Nem tudo o que você lê aqui começou com uma ideia perfeita.
Às vezes, começou com uma lembrança. Um ruído. Uma injustiça que não me desceu. Uma saudade que me cutucou. Ou um vento estranho que soprou mais forte do que devia.

Do papel para o digital — mas com o coração no mesmo lugar

 Do papel para o digital — mas com o coração no mesmo lugar

Ilustração baseada em agenda de 2005 com frase sobre o valor do meio da história.
Ilustração da minha agenda de 2005 

Por Mary Luz

Ah, as agendas. A liberdade de escrever nelas tudo que dava vontade. A letra de uma música. Um poema tocante. Frases, sempre elas. Um lampejo de lucidez. Inspiração inesperada. Idéias que jorraram do tubo de caneta para o papel, pedindo licença pela intensidade do fluxo, jamais pelo posicionamento. 

Porque pedir desculpas por ser real é um negócio que não tem fundamento.

Não escrevo para agradar, escrevo para existir 📣

 


Por Mary Luz

“Eis o lado ruim de ser escritora: estar vulnerável a todo tipo de leitor, alguns olhares completamente alheios ao que realmente foi dito.”

Destrinchando a Letra | Un buon inizio - Laura Pausini

 

Nova identidade visual de Destrinchando a Letra (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Hoje, estamos aqui com uma edição especial para reestrear o nosso querido quadro "Destrinchando a Letra", um quadro que fez muito sucesso quando esse blog se chamava Webnovelas by Mary, em 2013. E nada mais simbólico do que começarmos com uma música que, para mim, representa um marco de novos começos e uma reflexão profunda sobre a vida: "Un Buon Inizio" da talentosa Laura Pausini.

Retorno triunfal de Laura Pausini

A música "Un Buon Inizio", de Laura Pausini, foi lançada em 2023 como parte do álbum Anime Parallele (versão italiana) e Almas Paralelas (versão em espanhol) .

O single foi lançado em março de 2023 e rapidamente se tornou um símbolo de renovação e superação para a artista, especialmente após os desafios enfrentados em sua carreira. A letra reflete a busca por um novo começo, deixando para trás as dificuldades e abraçando as possibilidades do futuro. 

Destrinchando a Letra

Quando Laura Pausini falou sobre a sensação de ninguém mais acreditar nela, ela estava expressando algo muito humano e universal: o peso de momentos de crise, quando sentimos que nossa trajetória e nosso valor são questionados. 

Esse sentimento de ser desacreditada pode atingir qualquer pessoa que já tenha enfrentado obstáculos, especialmente quem trabalha com algo criativo. É como se a sua voz fosse silenciada, e isso pode ser devastador, mas, ao mesmo tempo, é uma motivação poderosa para seguir em frente e lutar pela sua verdade.

No caso da Laura, ela usou essa experiência como combustível para a música "Un Buon Inizio", transformando a dúvida alheia em força para recomeçar. Isso é muito inspirador, especialmente para quem passou por períodos de incerteza e desafios na carreira. 

Esse tipo de experiência fortalece a resiliência e acaba moldando uma nova visão de si mesma e do mundo. A música se torna um verdadeiro hino para aqueles que, apesar das adversidades, encontram dentro de si a coragem de seguir.

Essa música é de um período mais recente da carreira de Laura, refletindo a nova fase de sua vida e sua abordagem mais madura sobre recomeços e desafios. Ela traz a energia do que é deixar o passado para trás e começar algo novo, algo que muitas pessoas podem sentir e se identificar, especialmente após períodos de dificuldades.

Tradução 

Como é praxe de Laura Pausini, temos a versão original em italiano, como a do lyric video com a tradução em português, como também a versão em espanhol, ou seja, para todos os gostos.


Impressões 


"Un Buon Inizio" de Laura Pausini é muito mais do que uma simples canção. Ela consegue transformar um sentimento pessoal, que poderia ser restrito a uma experiência íntima, em um hino universal de coragem e superação. A Laura consegue dar voz àqueles momentos em que a vida parece desabar e a sensação de que ninguém mais acredita em você prevalece. E é exatamente essa universalidade que faz com que todos nós possamos nos identificar com a letra, não importa de onde viemos ou qual seja o nosso contexto.

Como jornalista e escritora, muitas vezes me vi em situações onde a dúvida sobre minha capacidade de seguir em frente se fazia presente. "Un Buon Inizio" fala diretamente sobre esses momentos de recomeço, em que precisamos encontrar forças dentro de nós mesmos para seguir adiante, mesmo diante das adversidades e da falta de apoio de quem estava ao nosso lado.

Ao ouvir essa música, não apenas me sinto compreendida, mas também motivada a continuar, sabendo que há sempre a possibilidade de recomeçar, de encontrar um novo começo, mesmo quando as circunstâncias parecem mais difíceis. A canção da Laura Pausini traz um brilho de esperança, reforçando que, mesmo quando tudo parece perdido, sempre há um caminho para seguir e uma nova chance de se reerguer.

O Destrinchando a Letra de hoje fica por aqui, mas na próxima quinta-feira, sempre às 15h, teremos mais uma edição especial. Muito obrigada pela companhia, até sempre!

Editorial OCDM | O crime de envelhecer sendo mulher e boa escritora

 


“A juventude é um aplauso fácil. A maturidade, um silêncio cheio de medo.”
– fragmento retirado de um diário anônimo (ou quase)

📺 Editorial — O crime de envelhecer sendo mulher e boa escritora

Ser mulher já é, por si só, uma sentença de vigilância.

Vivemos numa sociedade que, ainda hoje, privilegia os homens — nas oportunidades, na visibilidade, no respeito automático. Dizer isso não é vitimismo: é constatação. E este manifesto não pretende alimentar ódio nem criar inimigos imaginários, mas lançar luz sobre um padrão real e persistente: o silenciamento sistemático de mulheres que não se encaixam no papel que esperam delas.

Mulheres que se recusam a ser submissas, que questionam, que ousam destoar do ideal domesticado, são rotuladas. São acusadas de loucura, de histeria, de querer chamar atenção. E, sobretudo, são excluídas do círculo onde a criação é respeitada e a voz é ouvida.

Arquivo Malacubaca | A televisão que lia pensamentos (2020)

 


Por Marisol de Moura

26 de agosto de 2000

Eu sempre gostei de ir com o meu pai até a emissora, principalmente quando ele estava no ar com o boletim do tempo. Às vezes, passava o dia inteiro por lá e, quando não estava com ele, ficava acompanhando os jornalistas ou ouvindo histórias engraçadas. A Noviça, por exemplo, sempre tinha alguma coisa inusitada para contar. Foi ela quem me apresentou à Jaqueline, a filha dela, que também andava por lá de vez em quando. 

Uma vez, depois de um dia de gravação, a Jaque me levou ao fliperama para conversar, e foi lá que ela me contou uma história tão doida, mas tão engraçada, que eu não consegui parar de rir. Ela falou sobre a televisão da mãe dela, que tinha um chip japonês que lia pensamentos! 

Eu sei, parece coisa de filme, mas a Jacky falou sério. Disse que a mãe dela cobria a TV com um pano à noite, porque achava que os asiáticos poderiam ver tudo o que acontecia na casa e até ouvir o que ela pensava.

Quando contei essa história para a Fabiana e para a Duda, elas se divertiram tanto, que comecei a pensar que seria uma boa ideia escrever sobre isso. Fui tão inspirada por aquelas risadas que, no dia seguinte, peguei meu caderninho e comecei a escrever uma história sobre duas irmãs que ficam presas dentro de uma televisão. Elas começam a viver dentro de todos os canais e, no final, conseguem se salvar. Tudo isso, claro, por causa da tal TV que “lê pensamentos”. 

Não sei por que, mas me deu uma sensação boa escrever sobre isso, como se, de alguma forma, fosse a minha própria aventura também.

O preço de escrever com a alma



Apagando, escrevendo, apagando de novo.

Um monte de ideias e colocações embaralhadas. Um pouco de sol entre nuvens lá fora, e aqui dentro, uma inquietação silenciosa entre ser verdadeiramente quem se é — independentemente das críticas — ou se sufocar mais um pouco, como em tantos outros momentos da vida. 

Talvez seja isso que aconteça quando se abre o coração: o hábito de guardar tudo, dos sentimentos bons aos ruins, começa a se desfazer. E ao dividir um fragmento de dor, percebe-se que ela ecoa em outras pessoas — umas sentem, outras ignoram. E isso faz parte.

A escrita, no fundo, é um ato solitário. Nunca foi sobre aplausos ou seguidores, e sim sobre ter companhia nas próprias ideias. Nunca pareceu crível imaginar fãs, até porque nunca houve pretensão de ser exemplo para ninguém. Escreve-se por necessidade, por vontade de criar um mundo mais leve, um cantinho especial onde a realidade doa um pouco menos.

Ser chamada de escritora ainda soa como algo grande demais. Um título que parece pressupor uma maturidade que talvez ainda esteja sendo construída, uma responsabilidade artística que exige mais do que se pode dar agora. E mesmo assim, continua-se. Com a certeza de que nem todos vão gostar, de que o caminho é longo, de que há muito a aprender — e de que a excelência ainda está distante, mas não fora de alcance.

Se pudesse escolher um legado, seria o de contar histórias que acolham, emocionem, divirtam. Às vezes bate o medo de perder a imaginação, de não ter mais nada de bom a oferecer. Mas enquanto houver alma, haverá palavras. E com elas, o desejo de seguir criando.

Curitiba, 31 de janeiro de 2015.

Inadequada, autêntica e indomável

A menina com pulseirinha de ábaco


Era uma terça-feira amena quando Clara completou 10 primaveras. Ganhou da mãe um caderno de recordações, onde foi chamada de “menina-moça” — uma expressão que parecia capturar aquele momento de transição, entre a infância e algo que ela ainda não compreendia bem. 

Clara adorava brincar de boneca, de bola, de pique-esconde. Explorava territórios imaginários, onde era uma condessa acompanhada de um cachorrinho fiel, e se deliciava com bolachas recheadas, sorvetes, bombons e pizzas. Ela amava ganhar brinquedos e, mais do que tudo, criar histórias.

As cicatrizes




A simples ação de fazer login naquele aplicativo remetia ao ato desmedido de embriagar-se de veneno à medida que o feed mostrava as atualizações. Cada linha lida insuflava a torrente de lágrimas, que molhavam as costas da mão, a tela do celular, a visão, mais facas imaginárias terminavam de estraçalhá-la, ateando fogo àquela alegria de menina. 

Carta aberta à Mary de 2009

 Hoje, 14 de outubro de 2024, é um dia como qualquer outro, no entanto, há 15 anos, uma jovem sonhadora decidiu dar vazão às próprias ideias e enfrentar o medo do público. Críticas construtivas são importantes para lapidar um talento, não tenho dúvidas quanto a isso, mas quando as palavras amargas excedem o propósito e visam apenas desestruturar uma pessoa, como reagir?

Minha intenção não é doutrinar ninguém, nem salvar o mundo, não sou tão pretensiosa assim. Fui deixando de escrever por medo, porém não sou eterna e não tenho quaisquer certezas de acordar amanhã, nunca se sabe. Tempo é precioso, foi e não retorna. 

Posso até não ser perfeita, mas estou disposta a me dedicar para alcançar o nível de excelência pretendido. Foi a menina de 2009 que me ensinou essa lição do "vai com medo mesmo". O momento perfeito não existe e em alguns contextos, o feito é melhor do que o perfeito, porque o feito é humano.

Abaixo, a carta redigida para meu eu de 2009. 🥹✍️

Distante de ser uma obra-prima



Antigamente, eu amava muito ficar acordada até tarde da noite, tudo para ouvir música e imaginar as aventuras dos meus personagens. De tanto sonhar acordada, nem sempre me sentia disposta a transcrever tudo que se passava na minha cabeça, pelo perfeccionismo disfarçado de medo, ah, medo de não ser boa naquilo, de não ser criativa ou "normal".

É assim que a vida é

Estou me conhecendo e dispenso interferências nesse processo. Permita-me elaborar minhas próprias perguntas. Desabrochar exige sacrifício e certos elos são sagrados. Ser quem sou é doloroso. O meu melhor lado sempre sufocado e oprimido para adequar-se aos tais conformes que sempre me desviaram por tabela. Tudo bem, é assim que a vida é. 

Escritora, por uma escritora

Escritor deveria ser ressarcido pelos danos emocionais, receber o retroativo pelas férias não tiradas, um seguro de vida cuja cláusula inclui as fortes emoções, a resistência a críticas, tornando-me apta para ser ajudada pelo Bolsa Gastrite.

O que faz de mim uma escritora (ou não)?

 


Minha primeira aula na universidade foi logo de Literatura. Esses encontros semanais são muito enriquecedores em todos os sentidos e estou tendo desde então a oportunidade de expandir conhecimentos e desenvolver um pensamento mais crítico e consciente sobre o conteúdo que foi produzido antes de mim, a importância de possuir embasamento teórico para me aprofundar mais ainda em um universo vasto de vozes a serem ouvidas e outros conceitos mais que me ajudarão a ser um ser humano melhor. 

O resgate da essência

 

Os tantos benefícios acessíveis por meio da fama são fatalmente sedutores. Pode ser aquele distinto cavalheiro que a convida para dançar sem olhar as horas, aquele instante em que a sua versão de 10 anos se senta na primeira fileira para acompanhar o seu discurso com os olhinhos úmidos e ternos, orgulhosa dessa jornada que te conduziu até a glória, no entanto, a exposição que consagra o talento e a dedicação carrega um punhal nos ombros, sempre à espera de um momento de descuido para entrar em cena. 

Mary Recomenda | A ciranda da esgrimista — Clara das Ideias

 Boa noite!
Hoje compartilho uma boa e impactante sugestão de leitura. Ela está disponível gratuitamente no Wattpad e é da autoria de uma jovem escritora cujo futuro é muitíssimo promissor. De uma humildade sem igual e uma escrita de altíssimo nível, convido o respeitável público a conhecer A ciranda da esgrimista, que ganhou uma continuação. Aliás, é uma ótima sugestão de leitura para este feriado. ♥

Cada um de nós encontra no infinito o ponto de partida

Como uma amiga blogueira disse quando tudo na internet ainda era mato, blog é coisa séria
Aqui não ficamos de vitimismo, não queremos atenção a qualquer custo, não temos interesse em caluniar e difamar desafetos, temos conteúdo, não esterco a oferecer, não invejamos, admiramos e nos inspiramos, aqui agimos para fazer tudo acontecer. Não buscamos culpados, pensamos em soluções, não nos baseamos em achismos, temos instrução.
Aqui só tem amor, beleza, carinho, esperança e honestidade, integridade, valores que anúncios não pagam. Aliás, tem gente trabalhadora, de caráter e fibra, que não precisa pedir Pix para nada porque estuda e trabalha, que acorda bem cedinho e só tem um interesse: vencer na vida sem puxar o tapete de ninguém.

Mary Recomenda | A Pindonga Azarada

Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...