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O universo mágico das palavras (Reprodução/Imagem criada pelo aplicativo Dall-E) |
Alterno o olhar entre o teclado e o monitor, troco de aba no navegador, no intuito de sintetizar palavras na velocidade do pensamento. A principal exigência provém da incansável prática, de mãos dadas com a disciplina.
Por vezes, a folha em branco transforma-se em um confessionário e tais palavras jamais se tornam públicas, cumprem a função de desafogar a alma e expurgar a dor. Também não é comum ocorrer o contrário, que o pronome conjugado no singular apresente-se no plural e solidões conectem-se.
Vivo uma relação de amor e ódio com o perfeccionismo. Se, sob um viés otimista, ele me permite usar e abusar do bom senso, também me castiga sobremaneira e, em busca do texto perfeito, os parágrafos soam um amontoado de incoerências.
As ideias fervilham na mente, há muitas histórias almejando serem contadas, a mim confiam tamanha honra, entretanto, o receio de não satisfazer as expectativas alheias sobrepuja a real vontade de arriscar-me um pouco mais. E outro dia se vai. Outra semana. Desvio-me do foco, encontro um meio de distrair-me e, com isso, trair-me.
O nó que me sufoca no alto da garganta é um preço ínfimo a se pagar diante de outras distintas sabotagens conscientes (ou nem tanto), guiadas pelo medo. A culpa me mantém refém das agressões cometidas por quem triunfa enquanto me mantenho acuada e em silêncio.
Maravilhosa como sempre, Marisol! S2
ResponderExcluirObrigada pelo apoio e carinho, Ezi. Desejo uma semana muito abençoada para você!
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