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Casal apaixonado passeia de mãos dadas (Reprodução/Canva/Mídia Mágica) |
Você é a beleza que me nego a aceitar, a semente de alegria que há muito plantei e dei por esquecida, afinal, por muito tempo foi assim que o mundo me viu. Ou melhor, não me enxergou.
Nessa correria, provavelmente você também não deve ter me dado atenção. Talvez eu não fizesse seu tipo ou nem você o meu. Eu poderia te ver e ser indiferente. Já decifrei os sinais erradamente, andei para trás, perdi a razão. Dormi com frio, sobretudo quando dentro de mim chovia tanto e eu sabia que uma tarde de sol não bastaria.
Coração sem amor, sem um nome, não um qualquer, mas o seu. Um nome que pudesse chamar e saber que você viria num instante curar meu coração, onde quer que estivesse, me colocar no seu colo quando sentir que não vou conseguir conter as lágrimas. Você cuidará de mim. Do meu coração.
Eu não choraria diante de você, porém me sinto confiante, como se nos conhecêssemos não nessa vida, como em outras, caso essa teoria faça algum sentido para você. Com você não preciso me mostrar perfeita.
Eu nunca quis isso.
Encarar o fato de ser eu com você supera quaisquer especulações e expectativas. Viver já é extremamente difícil, quanto mais para dar vida a sonhos que não são meus, no entanto, o amor é, sempre foi.
Encontrei você. Não foi um sonho. Mais do que isso. Tropeços também podem surpreender. Realmente, tenho muito a dizer e dias soam muito pouco em relação ao que dita a inspiração.
Você me ensinou a singularidade para falar de amor sem abusar de sandices, porque ouvir a voz de seu coração não te torna tolo. Compensando com a razão quando se encontra ensurdecida e sabe que, apesar de tantas opções, há apenas um caminho a seguir.
Seu medo não é errar nem se arrepender, mas imaginar o que poderia perder, ainda que ganhe muito mais, entregando-se a esse amor que já faz de você outro poeta, uma sina.
É primavera, então pode pousar sua mão sobre a minha. Pode sorrir, me dizer sem medo que é a primeira vez que ama desse jeito, sem medo nem achismos que te façam querer olhar para trás.
Para meus olhos, sim. Frente a frente. Sei… É meio estranho pisar firme com essas borboletas insistindo em viajar em outra dimensão. Tirar as mechas que cobrem meu rosto. Apoiar suas mãos em volta da minha cintura. Não mesmo…
Eu também não aceito te perder, justo agora que tenho você. O amor nos libertará, em nós habitará. Quero que seja para sempre. Quero apenas você.
Curitiba, 11 de junho de 2012
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