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Tudo começou numa noite de outono 🥮

Há algo mágico em como os livros nascem. E, no meu caso, A Filha do Meio surgiu em um momento de total incerteza e dor. No silêncio de uma noite fria de outono, onde o vento parecia trazer consigo mais perguntas do que respostas, eu comecei a escrever, sem saber que aquelas páginas seriam o meu refúgio.

O outono se tornava mais frio, mas havia sempre um cobertor nas costas, um caderno no colo e uma caneta que parecia entender minha alma melhor do que eu mesma.

Foi assim que A Filha do Meio começou. Sem grandes pretensões. Apenas páginas inquietas, rabiscadas à luz das noites silenciosas. Era meu refúgio contra o caos interno, e cada folha preenchida carregava um pedaço de mim, lágrimas incluídas.

A história original seria bem mais densa e dramática, pois eu sonhava em escrever um romance rebuscado que pudesse conquistar alguma editora: intrigas, finais previsíveis e muito chororô comercial. Durante meses preparei o #TitaDay com todo carinho, divulguei cada capítulo com a empolgação de quem descobria um sonho — e, mesmo assim, as mesmas leitoras que pediam romance a plenos pulmões me abandonaram quando descobriram que Simplesmente Tita não girava só em torno de amores adolescentes. Primeiro, pressionaram por mais drama; depois acusaram meu enredo de ter perdido a graça quando o romance não era o centro de tudo; e, por fim, trocaram-me pelas autoras burguesas do Wattpad e pelo “feminismo” de Twitter, com suas sick lit, ficção aborrescente e comédias românticas cheias de clichês manjados — justamente o que o mercado exige. É curioso que quem me cobrava pautas identitárias nunca exigisse o mesmo engajamento social das patricinhas que celebravam seus best-sellers formatados. A culpa não era da Tita, mas minha: por tentar agradar a um tribunal que vendia meu espaço à primeira novidade e por me prender ao que esperavam de mim, esqueci do que eu realmente queria contar.

Foi a Jana quem me salvou. Ao segurar minha mão, ela mostrou que esses dramas forçados não eram a nossa vibe. Ela trouxe para a história — e para a minha vida — personagens de verdade, gente como a gente, que me deram apoio quando eu mais precisei. Enquanto tentava agradar um tribunal virtual, ela me ensinou a escrever sobre aquilo que pulsa no peito de cada um de nós: famílias simples, lutas diárias, sem salvar o mundo por amor de um homem.

Hoje, a Jana é aquela protagonista impossível de não amar: não vive de frases de efeito nem de finais “felizes para sempre”, mas de coragem para florescer em terreno árido. Ela me mostrou que vale muito mais criar histórias atemporais e honestas do que encaixar-me em qualquer molde comercial.

28 de abril de 2015 não foi apenas uma data; foi o início de algo que se tornaria a minha salvação. Enquanto a vida desmoronava ao meu redor, eu me agarrei àquelas palavras, àquela caneta e ao caderno, como quem encontra um farol em meio à tempestade. O que parecia ser apenas um desabafo vazio se transformou no meu porto-seguro, meu alicerce em um dos momentos mais difíceis da minha vida.

Tita e a Páscoa de 1998: Titanic, sonhos e expectativas perdidas

 


A Páscoa de 1998 foi marcada por sonhos, nostalgia e grandes expectativas. Para Tita, de Simplesmente Tita, aquela época parecia carregada de promessas. A maior delas? Finalmente assistir ao filme Titanic, que não só era o maior sucesso nos cinemas, mas também fazia parte das conversas, das emoções e dos suspiros de toda uma geração.


Eu ouvia tanta gente falar da história que aquela curiosidade crescia dentro de mim. Mariana Franco estava apaixonada pelo filme e já havia ido duas vezes ao cinema, contando que não conseguia não chorar no final, porém não me dava spoiler nenhum. (Simplesmente Tita, capítulo "Se meu chicote falasse)

Embora a protagonista não revele abertamente, Dona Neide, mãe da inesquecível Mari Franco, levaria as meninas ao famigerado Estação Plaza Show, praticamente recém-inaugurado.

Estação Plaza Show

Inaugurado em 14 de novembro de 1997, o Estação Plaza Show era um dos lugares mais vibrantes de Curitiba na segunda metade dos anos 90. Localizado em uma antiga estação ferroviária, o espaço combinava lazer e entretenimento, com salas de cinema multiplex, pistas de boliche, jogos eletrônicos e até o famoso Parque da Mônica, que foi inaugurado em 18 de julho de 1998. Era um verdadeiro símbolo do otimismo e da magia daquela época, atraindo crianças e adultos com suas cores e energia.

No entanto, apesar do apelo e da proposta inovadora, o Estação Plaza Show enfrentou dificuldades financeiras porque o modelo de entretenimento não conseguia gerar o lucro esperado. Desse modo, em outubro de 2000, o estabelecimento foi vendido para o grupo PolloShop, em parceria com Miguel Krigsner, fundador do Boticário, marcando o fim de uma era.

As propostas do Polloshop Estação eram aproveitar o espaço já disponível e ampliar as estruturas para a construção de lojas populares e mais acessíveis para atrair um público diferente, mantendo a magia do cinema e se adaptando conforme o comportamento dos consumidores. Por fim, em 2002, o estabelecimento foi rebatizado para Shopping Estação, como o conhecemos hoje.


Nunca fui muito de frequentar shoppings na infância, exceto por algumas visitas esparsas ao Shopping Mueller e ao Curitiba. No Estação Plaza Show, aquele sim tinha algo especial. As cores vibrantes, o Parque da Mônica, as salas de cinema e os detalhes que pareciam ter sido feitos para encantar a gente. 

Quando fui pela última vez, para assistir ao filme do Pokémon, ainda era aquele espaço mágico, cheio de vida e com a famosa loja da Kodak, sempre pronta para eternizar o brilho dos momentos vividos ali. Meses depois, já em 2001, tudo já estava diferente. O Parque da Mônica tinha desaparecido, e o shopping estava em construção, se adaptando a uma nova realidade que parecia ser maior, mas, ao mesmo tempo, menos especial. 

Essa mudança me deixou triste, como se estivesse vendo as cores da infância se apagarem aos poucos. Era difícil aceitar que os lugares que um dia trouxeram tanta alegria estavam mudando, e tudo parecia mais cinza, mais vazio. 

Para Tita, cada detalhe da preparação carregava um significado especial. Os trocados economizados eram mais do que simples moedas – representavam o esforço e a determinação dela em tornar aquele momento real. A bolsinha do Aladdin, guardando cuidadosamente o ingresso e a carteirinha de estudante, parecia conter também os sonhos que ela estava pronta para viver. E a escolha da roupa, pensada com tanto cuidado, refletia não só o desejo de estar à altura da ocasião, mas também a esperança de sentir, por algumas horas, a magia que a tela do cinema prometia.

O Estação Plaza Show, com sua fachada cheia de cores e energia, era mais do que um lugar; era um símbolo do otimismo dos anos 90, da promessa de um futuro onde tudo parecia possível. Porém, as barreiras que Tita enfrentava em casa eram uma constante. Por mais que ela tivesse planejado cada detalhe, algo sempre parecia prestes a interromper seus sonhos. Mesmo assim, naquela Sexta-feira Santa, ela ainda acreditava – acreditava que, por um dia, poderia deixar para trás as dificuldades e mergulhar em um mundo onde tudo parecia mais leve.

— Está febril a coitadinha? — Murmurou a D. Neide.

Meu coração quase parou por alguns segundos.

— Noutra oportunidade Renata as acompanhará. — garantiu Meire, cínica, dispensando Neide. — O médico recomendou que Renata ficasse de repouso absoluto e você sabe que gripe é um negócio que passa, ela está com a garganta inflamada, passou a noite toda com febre e eu não seria negligente de deixar a minha filha sair por aí para piorar e ainda por cima contaminar a senhora e a sua filha.

— Eu que o diga. Mariana quando pega gripe fica um farrapo. É uma pena, ela vai ficar muito triste, mas também sou mãe e entendo a sua preocupação... Que a Tita se recupere bem...

A vontade era aparecer no meio da sala e desmentir mamãe, contudo, senti as forças se esvaindo e mais uma vez a frustração abraçando-me pelas costas.

Naquela Páscoa de 1998, os cinemas de Curitiba pulsavam com histórias que marcariam para sempre a memória de quem viveu aquele momento. *Titanic*, com sua grandiosidade e o romance trágico de Jack e Rose, parecia dominar tudo – das conversas nas escolas aos comerciais da TV. Era mais do que um filme; era um fenômeno que conectava as emoções de milhões. 

Contudo, as opções nas telas no ano de 1998 iam além. O Resgate do Soldado Ryan trazia uma narrativa de guerra intensa e inesquecível, enquanto Mulan encantava as crianças com coragem e determinação. E nas produções nacionais, Central do Brasil conquistava corações, levando o Brasil a brilhar nas telonas e rendendo a icônica indicação da majestosa Fernanda Montenegro, que foi a primeira atriz latino-americana a ser indicada ao Oscar. Aliás, a segunda indicada ao prêmio de Melhor Atriz foi ninguém menos do que Fernanda Torres, que pode até não ter recebido a estatueta, no entanto, foi vencedora em todos os sentidos.

― Por que a senhorita está toda arrumada? ― Meire olhou para mim da cabeça aos pés.

— Eu… eu…

— Eu o quê, mocinha?

— Eu ia ao cinema.

— Disse muito bem… — Meire me aplaudiu com sarcasmo. — Ia. Você ia ao cinema. Não vai mais.

— Mas…

— Lembre-se: você está de atestado.

— A senhora sempre disse que é feio mentir e está fazendo isso. — Murmurei, recusando aquele abraço sorumbático de outra frustração que visava arrancar mais lágrimas do que aquelas que eu já conhecia de decepções passadas, sem saber que viriam tantas outras mais salgadas e ardidas na alma.

― A propósito, sua respondona, quem é que te deu permissão para ver aquele filme ridículo? ― Meire puxou a minha orelha esquerda.

― Marquei de ir ao cinema com a Mari Franco e as outras meninas, todas elas falam que esse filme é muito bom e a Dona Neide estará com a gente. ― Permaneci próxima à porta, como se pudesse através da telepatia chamar a D. Neide e a Mariana, mostrar-lhes que eu estava perfeitamente bem e que ainda dava tempo de chegar para a sessão das duas, que aquela tarde não estava perdida.

— E eu já disse que não, Renata!

— Por que não?

— Porque eu não quero, tá bom?


Para Tita, Titanic era um sonho não realizado. A história de amor e tragédia parecia, de alguma forma, refletir os próprios altos e baixos da vida de Tita, tornando o desejo de assistir ao filme ainda mais profundo e significativo. 

Enquanto o mundo estava em movimento com essas histórias marcantes, nossa heroína sentia que, de alguma forma, ela também fazia parte de uma delas – mesmo que a sua fosse uma história de sonhos interrompidos.

Na hierarquia das surras, as cintadas e chineladas doíam menos, não tanto quanto ser deitada de bruços na cama, ter a calcinha abaixada e levar tanta chinelada que o calçado arrebentava.

Da próxima vez que a senhorita sair marcando passeio sem me consultar, o papo vai ser com a titia vara!

A cada obstáculo, uma parte de seus sonhos parecia se desvanecer, substituída por uma realidade mais dura. 

"(...) a tristeza que eu sentia nem mil coelhinhos de chocolate curariam."

Essa frase poderosa reflete não só os sentimentos da Tita, mas também a nostalgia que muitos de nós sentimos por uma época que já não existe mais. Seja na memória das fachadas do Estação Plaza Show, na magia de entrar numa sala de cinema ou no otimismo que o terceiro milênio prometia, a Páscoa de 1998 continua viva nas lembranças – mesmo que os sonhos e expectativas de Tita tenham ficado pelo caminho.

Impacto cultural do Titanic

Para quem nasceu depois e não teve a chance de viver o fenômeno que foi Titanic, é difícil imaginar o tamanho do impacto que o filme teve em 1998. 

Não era apenas um sucesso de bilheteria – era uma febre cultural. Sua trilha sonora, com My Heart Will Go On* de Celine Dion, tocava em todas as rádios — e tocou até enjoar, casamentos, festas de debutante, telemensagem e as famosas mensagens ao vivo. Lojas vendiam pôsteres, revistas com reportagens sobre os bastidores e até cadernos escolares estampados com Jack e Rose. As conversas nas escolas giravam em torno da história de amor impossível e do final emocionante que parecia inevitável, bem como Tita ilustrou na história.

O filme não só conectava as pessoas através de suas lágrimas, mas também representava algo maior – um marco que parecia unir milhões ao redor do mundo em uma experiência compartilhada de romance, perda e esperança. Para Tita, essa conexão era ainda mais especial. Ver Titanic era, para ela, uma chance de se sentir parte desse universo grandioso, de viver, nem que fosse por algumas horas, a magia que transcendia as dificuldades do dia a dia.

Cores que permanecem: entre doces memórias e amargos contrastes

Relembrar o passado é como abrir um antigo baú de lembranças. Dentro dele, há coisas que aquecem o coração e trazem saudade – como o sabor autêntico do chocolate, as cores vivas do Estação Plaza Show e a magia de sonhar com o cinema nos anos 90. Mas também há elementos que, ao olhar com os olhos de hoje, parecem mais cinzas, e que não fazem tanta falta.

Para Tita, essa jornada de memórias é cheia de altos e baixos. Ela sente falta de alguns detalhes que tornavam o mundo mais especial, como o cuidado artesanal de um ovo de Páscoa ou a simplicidade vibrante das experiências de infância. Porém, há outras coisas que, com o tempo, foram superadas – as restrições, as barreiras e as frustrações que a cercavam. 

Embora o presente possa parecer mais padronizado, mais rápido e até mais impessoal, ela escolhe carregar consigo as cores que ainda encontra: os gestos de carinho do pai, os pequenos sonhos que se realizam e a resistência em continuar tocando, como os violinistas do Titanic, mesmo quando tudo ao redor parece menos brilhante. É na mistura de memórias e aprendizados que Tita descobre sua força e encontra uma maneira de manter a magia viva no mundo de hoje.

Enquanto olhava para o ovo de Páscoa sobre a mesa, senti um misto de saudade e aprendizado. O chocolate já não tinha o mesmo sabor e o mundo parecia ter perdido um pouco do brilho colorido da infância. No entanto, havia algo na magia da Páscoa – na expectativa de desembrulhar aquele papel brilhante e descobrir o que havia dentro – que ainda me fazia acreditar em pequenas alegrias e grandes sonhos.  Era como aquele desejo antigo de assistir Titanic, de ser parte de algo maior, de se conectar com histórias que transformam e inspiram. Para mim, a Páscoa nunca foi apenas sobre chocolates ou presentes. Era sobre redescobrir, ano após ano, as cores que permanecem, mesmo quando o mundo insiste em ser cinza.

E enquanto os sabores e os shoppings mudam, há algo que nunca se perde: a capacidade de sonhar, de celebrar os pequenos momentos e de continuar tocando a própria música, como os violinistas do Titanic, independentemente do que estiver por vir.

Se você se interessou em conhecer ou até reler Simplesmente Tita, clique aqui. Tita aguarda a todos com os braços bem abertos.


Referências 


CURITIBA CULT. Relembre o Parque da Mônica, que fez história em Curitiba. Disponível em: <https://curitibacult.com.br/relembre-o-parque-da-monica-que-fez-historia-em-curitiba/>. Acesso em: 14 abr. 2025.

FOLHA DE LONDRINA. Polloshop compra Estação Plaza Show. Disponível em: <https://www.folhadelondrina.com.br/economia/polloshop-compra-estacao-plaza-show-294682.html>. Acesso em: 14 abr. 2025.

WIKIPÉDIA. Shopping Estação. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Shopping_Esta%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 14 abr. 2025.


Boletim Extraordinário | Você nunca viu isso na concorrência será adaptada para o audiovisual🎬🎉

 Após anos como um sucesso literário no OCDM, a Rede Malacubaca invade as telas com pagode, humor e muita nostalgia.


Em um movimento inesperado, foi anunciado hoje que Você Nunca Viu Isso na Concorrência, uma das histórias mais emblemáticas da Rede Malacubaca, ganhará uma adaptação direta para o audiovisual. Segundo fontes próximas à produção, o projeto está cercado de sigilo, mas promete trazer todos os elementos que marcaram o sucesso do conto no OCDM: humor irreverente, situações hilárias e a inconfundível essência dos anos 1990, regada a muito pagode.

Queremos manter a autenticidade e o espírito original da obra, mas também explorar novas possibilidades narrativas para o formato audiovisual”, afirmou um dos produtores envolvidos no projeto.

Além disso, em uma decisão inédita, todas as aventuras da Malacubaca (antiga RPN) serão exibidas na íntegra. Os fãs poderão reviver cada momento icônico que ajudou a solidificar essa história como um marco cultural, com todos os detalhes que fizeram do conto um verdadeiro tesouro na memória coletiva.

Embora os nomes dos atores principais ainda não tenham sido revelados, rumores indicam que grandes talentos estão sendo considerados para dar vida aos icônicos personagens. Fontes afirmam que as aventuras hilárias da turma da Rede Malacubaca terão destaque total no enredo, prometendo arrancar risadas e despertar a nostalgia do público.

A adaptação também promete ser fiel ao clima original, trazendo trilhas sonoras com clássicos do pagode dos anos 1990 e cenas ambientadas em cenários que remetem à época dourada das redes sociais, antes do boom da internet atual.

O lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano, e os detalhes sobre a data exata, bem como o elenco completo, serão divulgados nas próximas semanas. Enquanto isso, fãs ansiosos podem se preparar para noites repletas de risos, emoção e muita memória no mundo audiovisual do OCDM.

Rá, pegadinha do Mallandro!

E para deixar a brincadeira ainda mais picante, Rubão — o inconfundível fanfarrão da Malacubaca — não deixou barato. Em meio à comoção, ele apareceu visivelmente irritado, comentando: 

— Vocês acham mesmo que iam me enganar dessa maneira? Aqui não se faz pegadinha sem que o Rubão se manifeste! O Rei das Pegadinhas aqui sou eu, rapá. Que história é essa?

Mary Recomenda| Pecado Capital - Janete Clair

 

Francisco Cuoco (Salviano) e Betty Faria (Lucinha), protagonistas do folhetim de Janete Clair 

Nasci no mesmo dia que Janete Clair deixou este mundo, 17 de novembro, cinco anos e alguns minutos após a grande autora de novelas perder a batalha contra um câncer. Sempre ouvi falar muito bem dos folhetins de sucesso, mas a maioria deles foi ao ar muito antes de eu nascer. Pois bem, Pecado Capital é um deles.

O que faz a diferença é a VONTADE

Tita é muito mais do que um amor romântico. Ela é uma celebração da independência, das descobertas e do crescimento.


Hoje, meu coração está carregado de sentimentos que preciso compartilhar. Escrever é algo que amo profundamente e me dedico com todo o meu ser. Porém, há momentos em que sinto o peso do descaso e da falta de reconhecimento pelo trabalho que faço com tanto amor e cuidado. “Simplesmente Tita” é mais do que uma história; é uma parte de mim, e saber que muitos que acompanham não se conectam como eu esperava acaba deixando marcas.

Entendo que nem todos têm o mesmo gosto ou disponibilidade, respeito isso. No entanto, não posso evitar a tristeza ao perceber que algumas pessoas têm tempo para outras histórias e ainda assim dizem que não ter para a minha. Isso não é uma acusação, mas uma reflexão sincera de como esse descaso afeta quem escreve com o coração, dia após dia.

Com a saga da Tita, quis abordar temas que vão além de entretenimento: amor-próprio, coragem, aceitação. É uma história que reflete valores reais, mostrando que amar não é sobre idealizações ou convenções. A própria Tita, ao longo da sua jornada, aprendeu que se valorizar e viver suas escolhas com força e determinação é o que realmente importa. Ela nos ensina que o verdadeiro amor pode ser encontrado em amizades sinceras, nos laços de família e na capacidade de amar a nós mesmos.

E, claro, como parte da narrativa, existem personagens e momentos que não agradam a todos. Entendo que muitas vezes o público prefere certos aspectos ou relacionamentos, mas quero deixar claro: a Tita é muito mais do que um amor romântico. Ela é uma celebração da independência, das descobertas e do crescimento.

Quero também agradecer profundamente aqueles que realmente se dedicam, que leem cada capítulo com cuidado e deixam palavras que fazem a diferença para mim como pessoa, acima de tudo. Vocês são luz em meio à escuridão, e a conexão que criamos é o que me dá força para continuar. O esforço e a dedicação de leitores como o Márcio Gabriel mostram que quem se importa faz toda a diferença, e isso nunca passa despercebido.

A quem acompanha a Tita, quero dizer que acolho cada leitor com carinho. Não importa quando ou como começaram a ler — o que importa é o desejo genuíno de se conectar com a história e os valores que ela representa. Essa jornada não é sobre perfeição ou popularidade, mas sobre autenticidade e amor verdadeiro.

Deixo aqui minhas reflexões como alguém que continua colocando o coração em cada palavra, esperando que “Simplesmente Tita” toque o coração daqueles que se permitem realmente conhecer sua essência. E para aqueles que preferem se afastar, sinceramente, não há nada a ser feito a não ser agradecer pelo momento em que nos conectamos e seguir em frente. 



Com o coração partido,
Mary

2 de maio | Dia Nacional do Humor

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