Mary Recomenda | A Pindonga Azarada
Os Desencontros do Cupido | 13º Capítulo
13
Edu Meirelles estava aproveitando ao máximo seu último dia em Buenos Aires. Suas malas, cuidadosamente arrumadas, repousavam próximas à porta da suíte presidencial, prontas para a viagem de volta ao Brasil. Mas o jornalista fanfarrão tinha planos de despedir-se em grande estilo. Com seu roupão azul-marinho atoalhado e chinelos de pano, ele preparava-se para o evento do ano — um pagode improvisado.
Chamando seus amigos argentinos e algumas hermanas que conheceu ao longo da estadia, Edu transformou a suíte em um verdadeiro sambódromo. Taças de champanhe tilintavam enquanto os convidados — vestidos casualmente e com um toque de descontração — ocupavam cada canto do amplo espaço. Empanadas, queijos, charcutarias e até um churrasco portátil traziam o sabor da festa, enquanto o pagode tocava ao fundo, contagiando todos com sua alegria.
Edu liderava o samba com sua energia inconfundível, enquanto tentava ensinar os amigos argentinos passos básicos, com direito a risadas e tombos.
— Qué tú haces en Brazil? — quis saber uma modelo de cabelos castanhos presos em um coque, vestindo um maiô sensual magenta que contrastava com sua pele bronzeada.
💘💘💘
Luciana Andrade já havia desembarcado em Buenos Aires, determinada a confrontar Edu. Vestida em um impressionante conjunto vermelho justo, que exibia suas curvas com elegância feroz, ela seguiu diretamente para o hotel onde ele estava hospedado. Luciana não era o tipo de mulher que recuava, e o espetáculo que ela estava prestes a causar prometia ser memorável.
💘💘💘
Enquanto o pagode na suíte presidencial rolava solto, com vozes alegres e risadas ecoando pelos corredores, um som repentino interrompeu a melodia: tum-tum-tum, pausa, tum-tum-tum-tum-tum. Era uma batida ritmada, firme e insistente, tão forte que parecia atravessar a porta. Alguns convidados congelaram no lugar, enquanto Edu levantou a cabeça, os olhos semicerrados de apreensão.
— Sujou. Deve ser o gerente! — disparou ele, gesticulando para os amigos se esconderem.
Edu Meirelles não esperava por ninguém, no entanto, caminhou calmamente até a porta e solicitou para os convidados se esconderem no banheiro até a segunda ordem.
Os Desencontros do Cupido | 12º Capítulo
Os Desencontros do Cupido | 11º Capítulo
11
Noviça pretendia ser a primeira a acordar, porém, Luciana, que entrou de penetra na reunião das amigas sem namorados, resolveu de veneta pernoitar sem nem ter sido convidada e ainda se comportar como se fosse hóspede em um hotel de luxo, exigindo café na cama e outras regalias mais.
Ao amanhecer, em casa tronco havia um desenho. O primeiro se aproximava muito da letra J, o segundo tinha a inicial E, já a terceira ficou um pouco indefinida. Noviça, ao reconhecer a letra E, comemorou alto demais.
— Eu sabia, eu sabia!
Os Desencontros do Cupido | 10⁰ Capítulo
Luciana, apavorada, jogou-se no gramado.
Lilly deu uma olhada para o interior da sala e viu os cacos do abajur.
Noviça, encabulada, acenou discretamente.
Luciana respirou fundo algumas vezes. Um escândalo àquelas alturas arranhava seriamente a reputação da novela. Havia deixado de pagar os últimos trabalhos encomendados e, para evitar maiores contratempos, modificou totalmente a postura. Noviça não era a pessoa mais indicada para se ter atritos.
Os Desencontros do Cupido | 9⁰ Capítulo
9
Os Desencontros do Cupido | 8⁰ Capitulo
Os Desencontros do Cupido | 7⁰ Capitulo
Jaqueline surrupiou discretamente um cartão da mãe, observando atentamente para garantir que ninguém a visse. Ao chegar ao colégio, encaminhou-se rapidamente até a classe de Mike, sentindo o coração bater mais rápido. Com cuidado, deixou o cartão em cima da carteira dele e retirou-se antes de ser vista por alguém.
Mais tarde, Bruno, o melhor amigo de Mike, entrou na sala sozinho, pois o outro garoto havia faltado. Curioso, o jovem notou o cartão em cima da carteira e deu uma olhadela. Não estava assinado. Ele supôs que a admiradora secreta ou era muito tímida para se identificar ou era alguma espécie de travessura.
Tão logo o sinal para o intervalo tocou, Jaqueline e Letícia desciam as escadarias do bloco onde estudavam quando encontraram Bruno as aguardando com as mãos para trás e um olhar suspeito.
Bruno ficou de frente para Letícia, que corou e sorriu timidamente.
Os Desencontros do Cupido | 6⁰ Capítulo
6
Sei de pouco, mas o que sei me basta: com você meu coração se sente em paz.— Excerto de “Não sei”, escrito em agosto de 2013.
Após dias em silêncio, sem notícias de Edu ou Luís Carlos, Christiane dos Anjos encarava o Dia dos Namorados como mais um lembrete de sua incerteza sobre o amor. Mesmo carregando essa inquietude no coração, a meteorologista seguia a rotina como se buscasse conforto na familiaridade dos dias. Recolhia-se cedo e despertava antes de o sol nascer.
Naquele período em que tudo à sua volta era silêncio, fazia a higiene matinal e cuidava do café-da-manhã antes mesmo de ler os jornais. Costumava sentar-se em uma cadeirinha de vime que ficava na área de serviço e beber uma xícara fumegante de chá.
Duas buzinadas em frente à casa significavam que o jornaleiro acabara de passar. Ainda vestindo um robe de pelúcia xadrez e calçando chinelos de tiras laterais, caminhou pelo jardim até chegar ao portão, encontrando não somente os principais jornais, como uma caixa de papelão misteriosa também.
Os Desencontros do Cupido | 5º Capítulo
5
Os Desencontros do Cupido | 4º Capítulo
4º Capítulo
Os Desencontros do Cupido | Terceiro Capítulo
Terceiro Capítulo
Balneário dos Anjos, 1º de junho de 2001.
Os Desencontros do Cupido | Segundo capítulo
📺 No capítulo anterior…
Enquanto Eduardo fugia do amor com óculos escuros e ironias, havia corações femininos batendo forte nos bastidores da Malacubaca. Era hora de conhecer as outras vozes por trás da notícia.
Tudo começou numa noite de outono 🥮
Há algo mágico em como os livros nascem. E, no meu caso, A Filha do Meio surgiu em um momento de total incerteza e dor. No silêncio de uma noite fria de outono, onde o vento parecia trazer consigo mais perguntas do que respostas, eu comecei a escrever, sem saber que aquelas páginas seriam o meu refúgio.
O outono se tornava mais frio, mas havia sempre um cobertor nas costas, um caderno no colo e uma caneta que parecia entender minha alma melhor do que eu mesma.
Foi assim que A Filha do Meio começou. Sem grandes pretensões. Apenas páginas inquietas, rabiscadas à luz das noites silenciosas. Era meu refúgio contra o caos interno, e cada folha preenchida carregava um pedaço de mim, lágrimas incluídas.
A história original seria bem mais densa e dramática, pois eu sonhava em escrever um romance rebuscado que pudesse conquistar alguma editora: intrigas, finais previsíveis e muito chororô comercial. Durante meses preparei o #TitaDay com todo carinho, divulguei cada capítulo com a empolgação de quem descobria um sonho — e, mesmo assim, as mesmas leitoras que pediam romance a plenos pulmões me abandonaram quando descobriram que Simplesmente Tita não girava só em torno de amores adolescentes. Primeiro, pressionaram por mais drama; depois acusaram meu enredo de ter perdido a graça quando o romance não era o centro de tudo; e, por fim, trocaram-me pelas autoras burguesas do Wattpad e pelo “feminismo” de Twitter, com suas sick lit, ficção aborrescente e comédias românticas cheias de clichês manjados — justamente o que o mercado exige. É curioso que quem me cobrava pautas identitárias nunca exigisse o mesmo engajamento social das patricinhas que celebravam seus best-sellers formatados. A culpa não era da Tita, mas minha: por tentar agradar a um tribunal que vendia meu espaço à primeira novidade e por me prender ao que esperavam de mim, esqueci do que eu realmente queria contar.
Foi a Jana quem me salvou. Ao segurar minha mão, ela mostrou que esses dramas forçados não eram a nossa vibe. Ela trouxe para a história — e para a minha vida — personagens de verdade, gente como a gente, que me deram apoio quando eu mais precisei. Enquanto tentava agradar um tribunal virtual, ela me ensinou a escrever sobre aquilo que pulsa no peito de cada um de nós: famílias simples, lutas diárias, sem salvar o mundo por amor de um homem.
Hoje, a Jana é aquela protagonista impossível de não amar: não vive de frases de efeito nem de finais “felizes para sempre”, mas de coragem para florescer em terreno árido. Ela me mostrou que vale muito mais criar histórias atemporais e honestas do que encaixar-me em qualquer molde comercial.
28 de abril de 2015 não foi apenas uma data; foi o início de algo que se tornaria a minha salvação. Enquanto a vida desmoronava ao meu redor, eu me agarrei àquelas palavras, àquela caneta e ao caderno, como quem encontra um farol em meio à tempestade. O que parecia ser apenas um desabafo vazio se transformou no meu porto-seguro, meu alicerce em um dos momentos mais difíceis da minha vida.
Terças com Tita | Tita e a Páscoa de 1998: Titanic, sonhos e expectativas perdidas
A Páscoa de 1998 foi marcada por sonhos, nostalgia e grandes expectativas. Para Tita, de Simplesmente Tita, aquela época parecia carregada de promessas. A maior delas? Finalmente assistir ao filme Titanic, que não só era o maior sucesso nos cinemas, mas também fazia parte das conversas, das emoções e dos suspiros de toda uma geração.
Boletim Extraordinário | Você nunca viu isso na concorrência será adaptada para o audiovisual🎬🎉
Após anos como um sucesso literário no OCDM, a Rede Malacubaca invade as telas com pagode, humor e muita nostalgia.
Em um movimento inesperado, foi anunciado hoje que Você Nunca Viu Isso na Concorrência, uma das histórias mais emblemáticas da Rede Malacubaca, ganhará uma adaptação direta para o audiovisual. Segundo fontes próximas à produção, o projeto está cercado de sigilo, mas promete trazer todos os elementos que marcaram o sucesso do conto no OCDM: humor irreverente, situações hilárias e a inconfundível essência dos anos 1990, regada a muito pagode.
“Queremos manter a autenticidade e o espírito original da obra, mas também explorar novas possibilidades narrativas para o formato audiovisual”, afirmou um dos produtores envolvidos no projeto.
Além disso, em uma decisão inédita, todas as aventuras da Malacubaca (antiga RPN) serão exibidas na íntegra. Os fãs poderão reviver cada momento icônico que ajudou a solidificar essa história como um marco cultural, com todos os detalhes que fizeram do conto um verdadeiro tesouro na memória coletiva.
Embora os nomes dos atores principais ainda não tenham sido revelados, rumores indicam que grandes talentos estão sendo considerados para dar vida aos icônicos personagens. Fontes afirmam que as aventuras hilárias da turma da Rede Malacubaca terão destaque total no enredo, prometendo arrancar risadas e despertar a nostalgia do público.
A adaptação também promete ser fiel ao clima original, trazendo trilhas sonoras com clássicos do pagode dos anos 1990 e cenas ambientadas em cenários que remetem à época dourada das redes sociais, antes do boom da internet atual.
O lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano, e os detalhes sobre a data exata, bem como o elenco completo, serão divulgados nas próximas semanas. Enquanto isso, fãs ansiosos podem se preparar para noites repletas de risos, emoção e muita memória no mundo audiovisual do OCDM.
Rá, pegadinha do Mallandro!
E para deixar a brincadeira ainda mais picante, Rubão — o inconfundível fanfarrão da Malacubaca — não deixou barato. Em meio à comoção, ele apareceu visivelmente irritado, comentando:
— Vocês acham mesmo que iam me enganar dessa maneira? Aqui não se faz pegadinha sem que o Rubão se manifeste! O Rei das Pegadinhas aqui sou eu, rapá. Que história é essa?
Mary Recomenda| Pecado Capital - Janete Clair
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Francisco Cuoco (Salviano) e Betty Faria (Lucinha), protagonistas do folhetim de Janete Clair |
O que faz a diferença é a VONTADE
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Tita é muito mais do que um amor romântico. Ela é uma celebração da independência, das descobertas e do crescimento. |
Entendo que nem todos têm o mesmo gosto ou disponibilidade, respeito isso. No entanto, não posso evitar a tristeza ao perceber que algumas pessoas têm tempo para outras histórias e ainda assim dizem que não ter para a minha. Isso não é uma acusação, mas uma reflexão sincera de como esse descaso afeta quem escreve com o coração, dia após dia.
Com a saga da Tita, quis abordar temas que vão além de entretenimento: amor-próprio, coragem, aceitação. É uma história que reflete valores reais, mostrando que amar não é sobre idealizações ou convenções. A própria Tita, ao longo da sua jornada, aprendeu que se valorizar e viver suas escolhas com força e determinação é o que realmente importa. Ela nos ensina que o verdadeiro amor pode ser encontrado em amizades sinceras, nos laços de família e na capacidade de amar a nós mesmos.
E, claro, como parte da narrativa, existem personagens e momentos que não agradam a todos. Entendo que muitas vezes o público prefere certos aspectos ou relacionamentos, mas quero deixar claro: a Tita é muito mais do que um amor romântico. Ela é uma celebração da independência, das descobertas e do crescimento.
Quero também agradecer profundamente aqueles que realmente se dedicam, que leem cada capítulo com cuidado e deixam palavras que fazem a diferença para mim como pessoa, acima de tudo. Vocês são luz em meio à escuridão, e a conexão que criamos é o que me dá força para continuar. O esforço e a dedicação de leitores como o Márcio Gabriel mostram que quem se importa faz toda a diferença, e isso nunca passa despercebido.
A quem acompanha a Tita, quero dizer que acolho cada leitor com carinho. Não importa quando ou como começaram a ler — o que importa é o desejo genuíno de se conectar com a história e os valores que ela representa. Essa jornada não é sobre perfeição ou popularidade, mas sobre autenticidade e amor verdadeiro.
Deixo aqui minhas reflexões como alguém que continua colocando o coração em cada palavra, esperando que “Simplesmente Tita” toque o coração daqueles que se permitem realmente conhecer sua essência. E para aqueles que preferem se afastar, sinceramente, não há nada a ser feito a não ser agradecer pelo momento em que nos conectamos e seguir em frente.
Mary Recomenda | A Pindonga Azarada
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"Todo mundo tem um pastel preferido. Mas ninguém esquece o cheiro que vem da barraca quando ele tá saindo do óleo."