Luciana, apavorada, jogou-se no gramado.
Lilly deu uma olhada para o interior da sala e viu os cacos do abajur.
Noviça, encabulada, acenou discretamente.
Luciana respirou fundo algumas vezes. Um escândalo àquelas alturas arranhava seriamente a reputação da novela. Havia deixado de pagar os últimos trabalhos encomendados e, para evitar maiores contratempos, modificou totalmente a postura. Noviça não era a pessoa mais indicada para se ter atritos.
Folgada, assim que Lilly fechou a porta principal e Noviça terminou de recolher os cacos do abajur, Luciana deitou-se no sofá e pegou uma fatia de pizza que estava em cima da caixa na mesa de centro.
Ao que Noviça e Lilly não esboçaram reações, Luciana descalçou as sandálias de salto altíssimo.
Lilly e Noviça se olharam.
Lilly e Noviça disseram ao mesmo tempo:
Luciana levantou a garrafa de vinho com as mãos, Lilly e Noviça participaram do brinde para não terem mais problemas com a atriz.
Um pouco embriagada, Luciana apoiou a garrafa de vinho de volta à mesinha, limpou a boca com as costas das mãos e inclinou a cabeça para trás para eructar.
Luciana, sem modos, soltou um peido alto e despreocupado, fazendo Lilly e Noviça se entreolharem com nojo.
À meia-noite, as três mulheres saíram para a parte de trás da casa, cada uma empunhando um facão. A lua cheia iluminava o descampado, mas elas precisavam de lanternas para encontrar os pés de bananeira onde fariam a simpatia para descobrir as iniciais de seus futuros maridos.
Lilly liderava o grupo, lançando olhares cautelosos ao redor. Vestia um robe de seda roxo que reluzia à luz da lua, enquanto segurava a lanterna em uma mão e o facão na outra. Noviça, com uma expressão séria, ajustava a camiseta larga e seguia atrás. Já Luciana, com seus saltos altíssimos e uma saia justa que dificultava a caminhada, reclamava incessantemente.
Luciana, nunca perdendo a oportunidade de alfinetar, decidiu satirizar o apelido infame de Noviça.
Noviça parou abruptamente, virando-se para encarar Luciana. O apelido “Garibaldo” era uma referência a um personagem desajeitado e desastrado, algo que a irritava profundamente.
Lilly, sentindo que a situação poderia sair do controle, tentou intervir.
Noviça pensou em surrar Lulu, mas se conteve.
Elas finalmente encontraram um grupo de bananeiras e se posicionaram ao redor dos troncos. A luz das lanternas tremulava, criando sombras dançantes.
Noviça fez um biquinho engraçado, se fazendo de desentendida.
Luciana continuou desdenhando da simpatia e resmungando sobre ter que caminhar de salto alto no meio do mato.
Luciana rolou os olhos, mas antes que pudesse responder, Noviça começou a contar uma história com voz teatral:
Luciana arregalou os olhos, tentando decifrar se Noviça estava falando sério ou se era somente uma farsa para assustá-la.
Luciana, nunca perdendo a oportunidade de alfinetar, decidiu satirizar o apelido infame de Noviça.
Foi a gota d'água para Noviça, que se lançou sobre Luciana, iniciando uma briga improvisada no meio do descampado. As duas rolaram pelo chão, puxando cabelo e dando tapas, enquanto Lilly tentava separá-las.
Com muito esforço, Lilly conseguiu separá-las, e as duas se recompuseram, ofegantes e com os cabelos despenteados.
Com os ânimos acalmados, as três finalmente chegaram aos pés de bananeira. Lilly, ainda segurando o facão, deu as instruções finais:
Noviça, ainda com um biquinho engraçado, respondeu:
Luciana, por outro lado, apenas acenou com a cabeça, visivelmente assustada. Com um último olhar para o campo iluminado pela lua, voltaram para a casa, ansiosas para descobrir o resultado da simpatia na manhã seguinte.
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Edu Meirelles, sempre elegante e charmoso, aproveitava ao máximo os encantos de Buenos Aires durante sua estadia na cidade. Naquele dia especial, marcado pelo Dia dos Namorados, ele resolveu explorar os pontos turísticos mais românticos da capital argentina. Caminhou pelas ruas charmosas de Palermo, admirando a arquitetura europeia e as praças floridas. Fez uma parada no famoso Café Tortoni, onde saboreou um café e um delicioso churro, absorvendo a atmosfera histórica do local.
À medida que o dia avançava, Edu decidiu visitar a área da Recoleta. Passeou pelos belos jardins e pelos corredores do cemitério, onde descansam algumas das personalidades mais importantes da Argentina. O sol começava a se pôr, e a cidade assumia uma nova vida à noite, com suas luzes e ritmos vibrantes.
Edu, que não era exatamente um mestre na dança, decidiu se aventurar numa danceteria com alguns amigos que fizera durante a viagem. O local estava lotado, com música alta e luzes piscando, criando uma atmosfera de pura diversão. Edu, embora desengonçado, não hesitou em se juntar à multidão na pista de dança.
Ele tentou imitar os passos dos outros dançarinos, mas acabou fazendo a famosa “dança de esfregar o paletó por trás dos ombros”, arrancando risadas dos amigos e de algumas pessoas ao redor. Mesmo assim, ele estava se divertindo, e isso era o que importava. A energia do lugar era contagiante, e Edu se deixou levar pelo momento.
Os amigos de Edu, que também estavam curtindo a noite, resolveram formar um pequeno círculo ao redor dele, incentivando-o a continuar dançando. Entre uma risada e outra, eles brindavam e celebravam a noite especial. Edu aproveitava cada momento, sabendo que essas experiências faziam parte das aventuras de sua vida de jornalista.
Já de madrugada, Edu e seus amigos, exaustos de tanta diversão, voltavam ao hotel. Andavam pelas ruas desertas, rindo e conversando animadamente, lembrando das cenas engraçadas da noite. A cena lembrava um episódio de “Tom e Jerry”, onde os amigos do Tom voltam da farra, cambaleando e felizes.
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