📽️ Uma homenagem às primeiras imagens em movimento registradas no Brasil
Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol
O cinema brasileiro nasceu de um gesto quase poético: o de registrar a chegada. Em 19 de junho de 1898, Afonso Segreto, um dos pioneiros do cinema no país, filmou a entrada da Baía de Guanabara a bordo de um navio. Essas imagens, feitas com uma máquina cinematográfica recém-adquirida na Europa, são consideradas o marco inicial do nosso cinema.
O que foi registrado?
Não foi uma ficção nem um documentário elaborado. Foi uma imagem da chegada, do contato com a terra, do olhar estrangeiro que já nos atravessava, mesmo quando a câmera ainda era um objeto raro. E é curioso pensar que o nosso cinema tenha começado assim: com a tentativa de capturar um instante, de guardar uma impressão.
A magia do cinema brasileiro
Desde então, o cinema nacional passou por muitas fases — do cinema mudo à era das chanchadas, do Cinema Novo (com nomes como Glauber Rocha) à Retomada nos anos 1990, até os filmes atuais que resistem e florescem, mesmo com todos os desafios de financiamento e distribuição.
O cinema brasileiro emociona, denuncia, alegra, incomoda — ele não aceita ser ignorado, mesmo quando é sabotado.
Por que essa data ainda importa?
Porque, mais do que um registro, o cinema é ato de memória. É também resistência, principalmente num país que ainda precisa defender suas políticas públicas de incentivo à cultura. Celebrar o Dia do Cinema Brasileiro é valorizar nossas histórias, sotaques, dores e afetos.
É lembrar que, sim, a gente pode fazer cinema com qualidade — e com alma.
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