Mary Recomenda | O amor não é óbvio - Elayne Baeta 🌈

Para fechar o mês do Orgulho LGBTQIA+ com chave de ouro, nada como recomendar um clássico best-seller da literatura brasileira contemporânea. 🌈



O Amor não é óbvio, da Elayne Baeta, é um clássico em todos os sentidos, a grande estreia desta autora baiana, fazendo história no Wattpad, onde conquistou uma legião de fãs e admiradores. Cheguei a ler a história ainda na plataforma, mas por estar emocionalmente destruída na época, por uma amizade tóxica e abusiva, abandonei todos os livros que estava lendo.
Os fãs de Íris Pêssego e Édra Norr foram contemplados com Coisas óbvias sobre o amor, a aguardada sequência da duologia. Minhas amigas Linda Valentina Fidalgo e Gabi viviam me recomendando a leitura. 

Capa do livro (Reprodução: Galera Record)

Contexto


A narrativa da Elayne Baeta é muito envolvente, obrigando-me a valer-me do clichê: comecei a ler e não consegui mais parar. A construção dos personagens, suas motivações e relações foram bem desenvolvidas, sem deixar incoerências. Com uma linguagem rica e acessível, o texto não é rebuscado, do tipo que você lê um parágrafo, com sérias dúvidas se sua alfabetização não passou de um delírio coletivo. Bastante atual e repleto de referências, demonstra a capacidade da autora de criar um universo próprio e encantar também pelo talento de ilustradora.

Sobre Iris e Édra

Íris Pêssego é uma personagem muito fácil de se identificar por conta da descoberta da própria sexualidade, escolhas acadêmicas e seus pensamentos, concordando ou não com certas atitudes dela. Já Édra Norr é apaixonante por conta de sua personalidade forte e carismática, pela sua inteligência e firmeza de opiniões. Não gostei da Camila, também não era muito simpática ao Cadu, porém todos tiveram sua importância no desenvolvimento do enredo.

Impressões

Apesar de não ser adolescente como a Ísis e a Édra, me sinto acolhida, abraçada, feliz e emocionada por saber que há pessoas trabalhando para que outras histórias de amor deem voz a quem sempre foi silenciado. Elas saberão que sua forma de amar não é uma doença, uma anomalia, uma loucura. Isso torna tudo tão mágico.
Eu o recomendaria para garotas que estão na adolescência, descobrindo a sexualidade, buscando se sentir representada na literatura, encontrar personagens com quem possa se identificar. Quando a minha geração vivia os altos e baixos dessa fase da vida, era quase raro encontrar um livro como OANEO e a arte tem esse poder de ser o bote salva-vidas de muitas pessoas. Vejo o trabalho da autora com olhos esperançosos. A voz de Elayne Baeta ressoa e alcança um público sempre ignorado e silenciado, que se reconhece e se fortalece diante de tantos percalços.

Um obrigada à Gabi e à Linda Fidalgo pela ótima pedida de leitura. Mesmo não sendo o livro da minha vida, ele é o de muitas outras pessoas, cumpre o propósito de entreter e levantar a bandeira do amor. Que venham outros romances LGBTQI, onde todas as formas de amor sejam escritas e vividas. ♥ 🌈

O Mary Recomenda de hoje fica por aqui. Um forte abraço e até lá. ♥

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