⭐ Jedicon: meu passeio por uma galáxia que eu mal conheço (mas já considero pacas)
🗡️ Por Mary Luz — infiltrada no Império, mas só nas pausas do trabalho
No último sábado (31), a Jedicon aterrissou por aqui — um evento voltado a fãs de Star Wars, cultura geek, cosplay e mundos fantásticos. Todos os ingressos foram esgotados e o primeiro piso da Linha Arena se transformou em outro planeta.
Eu? Estava lá a trabalho. Entramos às 8h e sairíamos às 19h30. Quando chegamos ao nosso posto, atravessamos o corredor repleto de estandes e barraquinhas onde os expositores arrumavam tudo, correndo contra o relógio para que quando o público chegasse, tudo estivesse na mais perfeita ordem.
Pudemos acompanhar a chegada dos fãs, admirar as fantasias e a criatividade de cada um, ver que dentro desse universo, todos podem ser quem são, sem discriminação de qualquer natureza. Neste lugar, ser nerd é motivo de orgulho, não de galhofa.
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Quem disse que capivaras não são intergalácticas? (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary) |
Vimos equipes de reportagem fazerem suas entradas ao vivo para mostrar a feira, cães de treinamento ao lado de seus humanos, pessoas de todas as idades entusiasmadas, se encontrando, se abraçando, casais e todas as suas formas de amor, uma liberdade bonita que transformou uma longa e difícil jornada numa oportunidade de descobrir que, sim, existem pessoas como eu, que gostam de cultura pop, de fazer coleções, que encontram nas suas aventuras preferidas um local de pertencimento que o mundo real nem sempre nos dispõe e menos ainda com gentileza.
Sim, gostamos de livros, de Funko Pop, de videogame, chaveiros, miniaturas, papelaria, meias fofas, repetir frases de nossos personagens favoritos e camisetas maneiras. Nem por isso deixamos de trabalhar, pagar as contas, priorizar outras necessidades, nossos gostos não são deméritos, não nos afastam em nada da realidade, só a tornam mais colorida e bonita.
Durante o intervalo para o almoço, dei uma olhadinha nuns estandes antes de voltar ao trabalho, porém lá pelo meio da tarde, nossa equipe teve o privilégio de passear pela feirinha. Mesmo os que não estão inseridos nesse universo se renderam.
Meus colegas brincaram se eu não tinha sido abduzida, pois caminhei por uma galáxia distante.
De Star Wars, eu só sei o essencial:
- Que Darth Vader é do mal (e respira alto);
- Que Luke Skywalker e Princesa Leia são do bem (e, surpresa, irmãos!);
- E que existe o Baby Yoda (que não se chama Baby Yoda, mas Grogu — e é tão fofo que merecia um quadro no meu quarto).
Mesmo sem entender patavinas da saga, mergulhei no clima. Havia um estande de videogame disputado, muitos eventos acontecendo no campo ao ar livre, sabres de luz em todas as direções, e cosplayers com mais presença de cena que ator global.
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Um dos momentos mais especiais para mim |
Surpresa boa
Comprar livros físicos nos últimos anos tem se tornado cada vez mais difícil porque os eles estão cada vez mais caros. No entanto, só quem ama livros entende o deleite de tirar o livro daquele plástico que o envolve e cheirar.
Havia estandes de livros de fantasia, sci-fi, poesia e contos. Não escrevo por jabá, mas a verdade é que, se eu tivesse condições, gostaria de levar vários exemplares para também conhecer gêneros que ainda não me são familiares.
Mas o que me pegou de surpresa foi outra coisa: conheci escritores curitibanos pessoalmente.
Gente que, como eu, ama escrever, inventar mundos e transformar ideias em histórias. Trocar palavras ali, cara a cara, foi especial. Não eram celebridades distantes — eram autores daqui, com sotaque daqui, com sonhos parecidos com os meus.
Saí de lá com mais leveza do que quando entrei de manhãzinha, alguns souvenires e marcadores, ah, como amo um marcador. Nunca teremos "marcadores demais". Gostamos de colecionar. Além disso, a galera capricha muito na arte do marcador porque ele conta visualmente o que podemos esperar daquela obra.
Ver outros escritores pessoalmente, cada qual com sua arte, suas batalhas e determinação para continuar seguindo, sonhando e fazendo arte nos é um lembrete de que tem, sim, espaço para todo mundo, o sol brilha para todos, exceto para aqueles que se ressentem com a alegria alheia e tentam destruir o que não podem copiar.
Para todos os que trilham o caminho do bem, independentemente de serem best-sellers ou não, a mensagem já está publicada: vocês são/serão os autores preferidos de alguém.
Continuem produzindo, inspirando, sorrindo. Muitos universos precisam dessa profusão de palavras para sobreviver.
✨ Mesmo quando o dia começa com frio, cansaço e 11 horas de jornada, às vezes a vida coloca uma galáxia no seu caminho. Nem que seja só por alguns minutos.
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Mary e a Capivader (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary) |
📸 PS: Tirei foto com uma capivara Darth Vader. Isso realmente aconteceu. E foi maravilhoso.
E a partir de agora vou expandir meus conhecimentos sobre Star Wars. Ser produtivo também é parar um pouco para se divertir e viajar para galáxias distantes, nem que seja mediante as páginas de um livro.
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