Para quem desistiu do amor

 

Para quem desistiu do amor

Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol 

Desistir do amor não é uma escolha fácil. É uma decisão que surge quando a dor, o cansaço ou as decepções se acumulam até o ponto de sufocar a esperança. E, se você chegou a esse lugar, saiba que não está sozinho. Muitas pessoas já sentiram esse peso e essa desconexão, mas isso não torna sua história menos única ou menos importante.

Talvez você tenha dado tudo de si em relações que não floresceram. Talvez tenha experimentado o vazio de tentar amar alguém que não podia retribuir. Ou talvez tenha se encontrado repetidas vezes em situações que só reforçaram a ideia de que o amor não é para você. É difícil, e humano.

Mesmo assim, quero lembrar algo que pode parecer distante agora: o amor tem muitas formas. Ele pode ser encontrado nos pequenos gestos de bondade, na companhia de amigos sinceros, no aconchego que seus pets oferecem, ou até mesmo na liberdade de ser quem você é, sem expectativas de agradar ninguém. O amor não precisa sempre vir de outro para ser sentido.

Se, agora, desistir do amor parece a única saída, dê a si o tempo necessário para se reconstruir. Permita-se a pausa que o coração precisa para se recuperar. Às vezes, o que chamamos de “desistir” é somente um intervalo, um espaço de cura, até que o amor nos encontre novamente de formas inesperadas.

Não há pressa. E não há vergonha em não querer mais buscar. Você não precisa provar nada para ninguém. Que o foco seja o autocuidado, a liberdade de viver seus dias sem peso, e quem sabe, um dia, um pequeno lampejo de esperança pode começar a iluminar novamente o espaço que parecia vazio.

Você é digno de amor, mesmo que hoje não consiga enxergar isso. E talvez, só talvez, o amor esteja esperando por você onde você menos imagina — nos detalhes sutis da vida, ou até mesmo dentro de você.