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Mulher e seu cão-guia (Imagem gerada por IA) |
Você sabia que anualmente, na última quarta-feira do mês de abril, é comemorado o Dia Internacional do Cão-Guia?
Há algo mágico em como os livros nascem. E, no meu caso, A Filha do Meio surgiu em um momento de total incerteza e dor. No silêncio de uma noite fria de outono, onde o vento parecia trazer consigo mais perguntas do que respostas, eu comecei a escrever, sem saber que aquelas páginas seriam o meu refúgio.
O outono se tornava mais frio, mas havia sempre um cobertor nas costas, um caderno no colo e uma caneta que parecia entender minha alma melhor do que eu mesma.
Foi assim que A Filha do Meio começou. Sem grandes pretensões. Apenas páginas inquietas, rabiscadas à luz das noites silenciosas. Era meu refúgio contra o caos interno, e cada folha preenchida carregava um pedaço de mim, lágrimas incluídas.
A história original seria bem mais densa e dramática, pois eu sonhava em escrever um romance rebuscado que pudesse conquistar alguma editora: intrigas, finais previsíveis e muito chororô comercial. Durante meses preparei o #TitaDay com todo carinho, divulguei cada capítulo com a empolgação de quem descobria um sonho — e, mesmo assim, as mesmas leitoras que pediam romance a plenos pulmões me abandonaram quando descobriram que Simplesmente Tita não girava só em torno de amores adolescentes. Primeiro, pressionaram por mais drama; depois acusaram meu enredo de ter perdido a graça quando o romance não era o centro de tudo; e, por fim, trocaram-me pelas autoras burguesas do Wattpad e pelo “feminismo” de Twitter, com suas sick lit, ficção aborrescente e comédias românticas cheias de clichês manjados — justamente o que o mercado exige. É curioso que quem me cobrava pautas identitárias nunca exigisse o mesmo engajamento social das patricinhas que celebravam seus best-sellers formatados. A culpa não era da Tita, mas minha: por tentar agradar a um tribunal que vendia meu espaço à primeira novidade e por me prender ao que esperavam de mim, esqueci do que eu realmente queria contar.
Foi a Jana quem me salvou. Ao segurar minha mão, ela mostrou que esses dramas forçados não eram a nossa vibe. Ela trouxe para a história — e para a minha vida — personagens de verdade, gente como a gente, que me deram apoio quando eu mais precisei. Enquanto tentava agradar um tribunal virtual, ela me ensinou a escrever sobre aquilo que pulsa no peito de cada um de nós: famílias simples, lutas diárias, sem salvar o mundo por amor de um homem.
Hoje, a Jana é aquela protagonista impossível de não amar: não vive de frases de efeito nem de finais “felizes para sempre”, mas de coragem para florescer em terreno árido. Ela me mostrou que vale muito mais criar histórias atemporais e honestas do que encaixar-me em qualquer molde comercial.
28 de abril de 2015 não foi apenas uma data; foi o início de algo que se tornaria a minha salvação. Enquanto a vida desmoronava ao meu redor, eu me agarrei àquelas palavras, àquela caneta e ao caderno, como quem encontra um farol em meio à tempestade. O que parecia ser apenas um desabafo vazio se transformou no meu porto-seguro, meu alicerce em um dos momentos mais difíceis da minha vida.
Para Tita, os 500 anos do Brasil não eram um motivo de celebração, mas uma oportunidade de reflexão. |
Parece que foi ontem, mas há exatos 25 anos, o Brasil se preparava para as comemorações dos 500 anos de seu descobrimento. Para quem nasceu depois disso, a terceira temporada de Simplesmente Tita traz uma reflexão profunda sobre a data, onde a personagem central se vê diante de um dilema ao questionar aspectos importantes sobre os registros históricos e os absurdos praticados pela diretora da escola, Norma, em prol do “Grande Dia”. Aos 12 anos, Tita já percebia as contradições e as marcas deixadas pela colonização, refletindo sobre o real impacto desse aniversário para o país.
Tita, com seu olhar crítico, observava a diretora Norma transformando o evento em um espetáculo. A coleta de dinheiro dos alunos e as arrecadações de chocolates e doces, que muitas vezes eram desviados para a família da diretora, aumentavam o desconforto da menina. “Como comemorar algo que começou com a destruição das culturas dos povos originários?”, essa era a pergunta que ecoava em sua mente.
Antes da chegada dos colonizadores, os povos tradicionais da região já possuíam suas próprias culturas, costumes e tradições. Tita não entendia como o Brasil poderia celebrar os impactos da colonização enquanto ainda carregava tantas cicatrizes históricas. Esse conflito entre o entusiasmo da escola e sua percepção crítica dificultava sua participação na festa com qualquer tipo de alegria.
Durante os preparativos para as comemorações, a diretora Norma anunciou com entusiasmo a realização de um concurso de beleza entre as alunas, para “valorizar a cultura brasileira e a beleza da juventude”. Para Tita, a proposta soava completamente fora de lugar.
“O que isso tem a ver com educação?”, ela se perguntava. “E como podemos falar de representatividade se todas as meninas que ganham esses concursos seguem um padrão que nem parece com a maioria de nós?”
Tita observava as candidatas e percebia que os elogios da escola recaíam sempre sobre meninas de olhos claros, cabelos lisos e traços eurocêntricos — um reflexo direto do apagamento de tantas outras belezas brasileiras. O concurso, assim como a festa dos 500 anos, parecia mais uma encenação do que uma verdadeira homenagem à diversidade do Brasil.
Para Tita, os 500 anos do Brasil não eram um motivo de celebração, mas uma oportunidade de reflexão. Ela expressava suas ideias de maneira criativa e sempre buscava formas de dar voz aos que, como os povos originários, muitas vezes ficavam à margem das celebrações.
Apesar de sua revolta silenciosa, Tita nunca perdeu a capacidade de pensar além do que estava sendo mostrado. Para ela, a festa parecia ignorar uma parte essencial da história, deixando de lado a resistência e as lutas dos povos tradicionais que já habitavam o território brasileiro. Mesmo tão jovem, sua mente estava dividida entre a inocência da infância e o despertar de um pensamento crítico.
Norma, a diretora da escola, estava determinada a tornar a celebração dos 500 anos grandiosa. Isso significava pedir contribuições financeiras para bancar a festa e até arrecadar chocolates e doces, que misteriosamente nunca chegavam à festa, mas sim à casa da própria diretora.
Tita observava tudo com desconfiança. Aos 12 anos, ela ainda não sabia exatamente como expressar sua indignação, mas algo estava claramente errado. Como alguém podia celebrar uma história marcada pela exploração e, ao mesmo tempo, reproduzir gestos tão questionáveis?
“Por que estamos comemorando, se ainda carregamos as marcas dessa colonização?”
Enquanto todos ao seu redor estavam envolvidos na euforia da celebração, Tita se via cada vez mais distante. As bandeirinhas e os sorrisos ensaiados pareciam ocultar as feridas abertas pela história. “Como podemos comemorar algo que começou com a chegada dos colonizadores, que arrancaram terras e sonhos dos povos que já viviam aqui?” ela pensava, sem encontrar respostas satisfatórias.
Tita tentou participar da festa, mas seu coração estava em outro lugar. Ela não conseguia se enganar com o que via. A comemoração parecia mais sobre os interesses pessoais da diretora do que uma verdadeira reflexão sobre o país. A pergunta “Por que estamos comemorando?” ecoava em sua mente, e ela sabia que algo estava muito errado.
Em meio ao caos, Tita encontrou formas de expressar sua revolta e sua visão crítica. Ela buscava maneiras de valorizar as vozes que ficaram à margem e de lembrar que o Brasil era muito mais do que o que estava sendo comemorado naquela festa escolar. E assim, ela continuava a refletir sobre o passado, o presente e o futuro do Brasil, questionando e desafiando as verdades que muitos estavam dispostos a aceitar sem questionar.
“O coração encontra caminhos especiais para se comunicar, mesmo nos momentos mais silenciosos.”
Saudade, um coração que bate fora dos eixos, arrancado de mim por um inexplicável vazio. Cada suspiro parece um esforço para recuperar o ar roubado por uma ausência que só se intensifica. Orbitando em um ponto sem forma, entre o desejo de saber esperar e a urgência que grita pela presença, me encontro perdida na imensidão desse sentimento.
A distância transforma o tempo em um eterno agora, enquanto as estrelas resplandecem, indiferentes, como testemunhas silenciosas daquilo que o peito não consegue conter. E a lua, que ilumina o céu e minha própria vulnerabilidade, parece sussurrar que esse amor, mesmo distante, ainda pulsa vivo, espalhando calor em um frio que só a saudade conhece. 🌸🩷✨
Foi apenas uma gota. Um pequeno instante, quase despercebido, mas que pesou como o oceano inteiro dentro de mim. Meu peito já estava cheio demais — saudade, angústia, amor. E, quando aquela gota escorreu, rompeu o equilíbrio que me mantinha de pé. As lágrimas vieram de repente, me envolvendo em um silêncio que eu não conseguia quebrar, como se o mundo inteiro tivesse parado.
A Páscoa celebra a ressurreição de Jesus Cristo, sendo o ponto central do calendário cristão. É um símbolo de renovação e vida nova, associado à primavera no hemisfério norte. Os elementos como ovos e coelhos remetem à fertilidade e ao recomeço.
O Carnaval simboliza um período de alegria e celebração que antecede a Quaresma, marcada pela reflexão religiosa. É conhecido pelos desfiles, fantasias e pela energia contagiante das festas. Historicamente, representa uma despedida dos excessos antes do período de jejum e penitência.
Calculado retrocedendo 47 dias a partir do Domingo de Páscoa, reunindo os 40 dias da Quaresma e os 7 extras da Semana Santa. Assim, o Carnaval pode ocorrer entre 3 de fevereiro e 5 de março. Essa fórmula traz uma certa flexibilidade que faz com que cada Carnaval seja único!
Celebrado 60 dias após a Páscoa, sempre numa quinta-feira, esse feriado possui seus limites entre 21 de maio e 24 de junho.
Nem sempre as datas se posicionam no meio dessa faixa; às vezes, os eventos se aproximam dos extremos, então recorri à própria memória para citar os exemplos mais recentes e busquei recordes no passado também. Como em 2285 há possibilidade de as baratas colonizarem o nosso planeta, ninguém no contexto atual testemunhará a Páscoa ocorrendo a 22 de março, mas nunca se sabe…
2005: Páscoa em 27 de março, Carnaval em 8 de fevereiro, e Corpus Christi em 26 de maio.
2008: Páscoa em 23 de março, Carnaval em 5 de fevereiro, e Corpus Christi em 22 de maio.
2024: Páscoa em 31 de março, Carnaval em 12 de fevereiro, e Corpus Christi em 30 de maio.
2027 (futuro): Páscoa em 28 de março, Carnaval em 9 de fevereiro, e Corpus Christi em 27 de maio.
1984: Páscoa em 22 de abril, Carnaval em 6 de março, e Corpus Christi em 14 de junho.
2000: Páscoa em 23 de abril, Carnaval em 7 de março, e Corpus Christi em 22 de junho.
2003: Páscoa em 20 de abril, Carnaval em 4 de março e Corpus Christi em 19 de junho.
2011: Páscoa em 24 de abril, Carnaval em 8 de março, e Corpus Christi em 23 de junho.
2017: Páscoa em 16 de abril, Carnaval em 28 de fevereiro, e Corpus Christi em 15 de junho.
2025: Páscoa em 20 de abril, Carnaval em 4 de março e Corpus Christi em 19 de junho.
Essas exceções mostram como os ciclos lunares e os fenômenos astronômicos podem, às vezes, nos surpreender, trazendo variações que enriquecem a nossa tradição.
Para ajudar você a visualizar essa dança dos dias, preparei um quadro com as datas de Carnaval, Páscoa e Corpus Christi para os próximos 10 anos:
Ano | Domingo de Páscoa | Carnaval (47 dias antes) | Corpus Christi (60 dias depois) |
---|---|---|---|
2024 | 31 de março de 2024 | 13 de fevereiro de 2024 | 30 de maio de 2024 |
2025 | 20 de abril de 2025 | 4 de março de 2025 | 19 de junho de 2025 |
2026 | 5 de abril de 2026 | 17 de fevereiro de 2026 | 4 de junho de 2026 |
2027 | 28 de março de 2027 | 9 de fevereiro de 2027 | 27 de maio de 2027 |
2028 | 16 de abril de 2028 | 29 de fevereiro de 2028 | 15 de junho de 2028 |
2029 | 1 de abril de 2029 | 13 de fevereiro de 2029 | 31 de maio de 2029 |
2030 | 21 de abril de 2030 | 5 de março de 2030 | 20 de junho de 2030 |
2031 | 13 de abril de 2031 | 25 de fevereiro de 2031 | 12 de junho de 2031 |
2032 | 28 de março de 2032 | 9 de fevereiro de 2032 | 27 de maio de 2032 |
2033 | 17 de abril de 2033 | 1 de março de 2033 | 16 de junho de 2033 |
2034 | 9 de abril de 2034 | 21 de fevereiro de 2034 | 30 de maio de 2034 |
2035 | 25 de março de 2035 | 5 de fevereiro de 2035 | 22 de maio de 2035 |
Observação: Os cálculos utilizam a tradicional fórmula do Computus, e as datas podem variar conforme as metodologias adotadas pelos diferentes ramos do Cristianismo.
Nada como um cafezinho para animar esse início de semana, não? Se servir de consolo, na próxima segunda-feira será feriado.
Você sabia que o Dia Mundial do Café é celebrado em diferentes dias ao redor do mundo?
Se você veio em busca de curiosidades, chegou a tempo: preparamos um café no capricho. Fica, vai! Tem bolo, pão de queijo e uns biscoitinhos também porque nossa viagem especial está só começando.
O caminho que o café percorre até chegar à nossa xícara é fascinante, combinando ciência, dedicação e tradição. Cada etapa é essencial para garantir a qualidade que tanto apreciamos na bebida:
Plantio Os grãos de café são cultivados em regiões de clima tropical, entre os chamados "trópicos do café", situados entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. As espécies mais comuns são o arábica, de sabor mais refinado e suave, e o robusta, conhecido pelo teor mais elevado de cafeína e sabor mais intenso. As condições de solo, altitude e temperatura definem o perfil de cada grão.
Colheita Existem duas principais formas:
Manual: Prática mais comum em plantações menores ou voltadas para grãos de alta qualidade, como no Brasil, onde a técnica de "picking" é empregada para selecionar apenas os grãos maduros.
Mecânica: Em grandes plantações, as máquinas são usadas para colher os grãos de maneira mais rápida, porém menos seletiva.
Processamento Depois de colhidos, os grãos passam por processos que definem a intensidade e os sabores:
Via seca: Os frutos inteiros são deixados ao sol para secar naturalmente, método tradicional em regiões com clima quente e seco.
Via úmida: Os frutos são fermentados e lavados, destacando os aromas e sabores mais finos do grão.
Torrefação Nesta etapa, os grãos crus passam por um processo de aquecimento controlado. A torra clara preserva notas mais suaves e florais, enquanto a torra média equilibra acidez e doçura, e a torra escura realça sabores intensos e defumados. É aqui que o café ganha suas características marcantes.
Moagem Depois da torrefação, os grãos são moídos conforme o tipo de preparo:
Espresso: Grãos moídos finamente para extração rápida.
Filtrado: Moagem mais grossa para realçar sabores sutis.
O café é uma das principais commodities agrícolas do mundo, desempenhando um papel decisivo na economia de muitos países, incluindo o Brasil.
Movimentação Econômica: O setor cafeeiro gera bilhões de dólares em exportações todos os anos, com o Brasil liderando como maior produtor e exportador mundial. Fazendas de café, indústrias de torrefação e cafeterias criam empregos e impulsionam economias locais.
Impacto Social: A cadeia produtiva do café envolve milhões de trabalhadores, desde agricultores até baristas. Iniciativas como o comércio justo promovem melhores condições de trabalho e ajudam comunidades produtoras a prosperar.
Sustentabilidade: O café também tem um papel importante na preservação ambiental. Certificações e práticas responsáveis garantem que sua produção beneficie tanto o meio ambiente quanto as pessoas envolvidas.
A primeira cafeteria do mundo foi inaugurada em 1475, na Constantinopla. O Kiva Han servia de ponto de encontro para debater questões sociais, regadas a muito café, como não poderia deixar de ser.
Estima-se que mais de 2 bilhões de xícaras de café sejam consumidas diariamente.
O Brasil exporta toneladas de café para o mundo, impulsionando nossa economia.
Graças a tecnologias inovadoras desenvolvidas para gravidade zero, os astronautas agora podem desfrutar de uma boa xícara de café durante suas missões no espaço.
Os grãos crus são verdes antes da torrefação. Sua tonalidade marrom característica resulta da reação de Maillard, um processo químico durante o aquecimento que intensifica sabores e aromas.
Napoleão Bonaparte era um fã declarado do café. Diz-se que ele utilizava o café em suas reuniões estratégicas para manter-se alerta, por acreditar que a bebida o estimulava a tomar decisões mais rápidas e eficazes.
Durante a Revolução Industrial na Europa, o café substituiu a cerveja como a principal bebida matinal, ajudando os trabalhadores a se manterem produtivos e alertas.
Métodos de preparo
Chemex: Esse método manual utiliza um filtro mais espesso para realçar sabores limpos e notas florais. Se você aprecia um café mais suave, com certeza irá gostar.
Aeropress: Um preparo rápido e versátil que permite ajustar variáveis como tempo e pressão, ideal para cafés encorpados.
Prensa Francesa: Considerado um clássico, utiliza infusão prolongada, destacando óleos naturais do café e criando uma bebida rica e intensa.
E você, como celebra o café na sua rotina? ☕✨
Especial - 2 de Maio: Dia Nacional do Humor Feliz Dia Nacional do Humor! O 2 de maio é o dia dedicado a uma das formas mais poderosas de con...