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Joaninha no fim de tarde (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary) |
Do lado de dentro do silêncio 🔇
A vida sem amor é uma canção desafinada
É o olhar úmido, que toma suas mãos trêmulas e as leva até os lábios, numa prece sincera, singela, carinhosa.
Não é qualquer olhar na multidão.
Quando a madrugada sabe o seu nome
Feliz Dia dos Namorados
Como nasce um post dos Cadernos de Marisol ✍️
✍️ Como nasce um post dos Cadernos de Marisol
E se não for como antes?
📌 Introdução
Uma cena inédita, entre o medo de amar e a coragem de tentar.Um diálogo que talvez já tenha acontecido com você — ou dentro de você.Às vezes, a história começa mesmo antes do primeiro beijo.
A chuva havia parado, mas o cheiro de terra molhada ainda flutuava no ar.
1000 cartas de amor | Para quando o aperto no peito não cabe mais dentro da gente
Tudo começou numa noite de outono 🥮
Há algo mágico em como os livros nascem. E, no meu caso, A Filha do Meio surgiu em um momento de total incerteza e dor. No silêncio de uma noite fria de outono, onde o vento parecia trazer consigo mais perguntas do que respostas, eu comecei a escrever, sem saber que aquelas páginas seriam o meu refúgio.
O outono se tornava mais frio, mas havia sempre um cobertor nas costas, um caderno no colo e uma caneta que parecia entender minha alma melhor do que eu mesma.
Foi assim que A Filha do Meio começou. Sem grandes pretensões. Apenas páginas inquietas, rabiscadas à luz das noites silenciosas. Era meu refúgio contra o caos interno, e cada folha preenchida carregava um pedaço de mim, lágrimas incluídas.
A história original seria bem mais densa e dramática, pois eu sonhava em escrever um romance rebuscado que pudesse conquistar alguma editora: intrigas, finais previsíveis e muito chororô comercial. Durante meses preparei o #TitaDay com todo carinho, divulguei cada capítulo com a empolgação de quem descobria um sonho — e, mesmo assim, as mesmas leitoras que pediam romance a plenos pulmões me abandonaram quando descobriram que Simplesmente Tita não girava só em torno de amores adolescentes. Primeiro, pressionaram por mais drama; depois acusaram meu enredo de ter perdido a graça quando o romance não era o centro de tudo; e, por fim, trocaram-me pelas autoras burguesas do Wattpad e pelo “feminismo” de Twitter, com suas sick lit, ficção aborrescente e comédias românticas cheias de clichês manjados — justamente o que o mercado exige. É curioso que quem me cobrava pautas identitárias nunca exigisse o mesmo engajamento social das patricinhas que celebravam seus best-sellers formatados. A culpa não era da Tita, mas minha: por tentar agradar a um tribunal que vendia meu espaço à primeira novidade e por me prender ao que esperavam de mim, esqueci do que eu realmente queria contar.
Foi a Jana quem me salvou. Ao segurar minha mão, ela mostrou que esses dramas forçados não eram a nossa vibe. Ela trouxe para a história — e para a minha vida — personagens de verdade, gente como a gente, que me deram apoio quando eu mais precisei. Enquanto tentava agradar um tribunal virtual, ela me ensinou a escrever sobre aquilo que pulsa no peito de cada um de nós: famílias simples, lutas diárias, sem salvar o mundo por amor de um homem.
Hoje, a Jana é aquela protagonista impossível de não amar: não vive de frases de efeito nem de finais “felizes para sempre”, mas de coragem para florescer em terreno árido. Ela me mostrou que vale muito mais criar histórias atemporais e honestas do que encaixar-me em qualquer molde comercial.
28 de abril de 2015 não foi apenas uma data; foi o início de algo que se tornaria a minha salvação. Enquanto a vida desmoronava ao meu redor, eu me agarrei àquelas palavras, àquela caneta e ao caderno, como quem encontra um farol em meio à tempestade. O que parecia ser apenas um desabafo vazio se transformou no meu porto-seguro, meu alicerce em um dos momentos mais difíceis da minha vida.
Lavanda e fúria 🪻 👁️
Lavanda e Fúria
1000 cartas de amor | Meu amor é também meu melhor amigo
Foi apenas uma gota. Um pequeno instante, quase despercebido, mas que pesou como o oceano inteiro dentro de mim. Meu peito já estava cheio demais — saudade, angústia, amor. E, quando aquela gota escorreu, rompeu o equilíbrio que me mantinha de pé. As lágrimas vieram de repente, me envolvendo em um silêncio que eu não conseguia quebrar, como se o mundo inteiro tivesse parado.
1000 cartas de amor | Saudade
A saudade é um peso invisível que prende o peito e o aperta até que só reste o vazio. Amo tanto que chega a doer, uma dor que não encontra palavras, um nó que se recusa a se desatar. A ausência dele é um eco constante, sussurrando em cada silêncio, roubando o fôlego como uma maré que nunca recua.
1000 cartas de amor | Amor incondicional
Conselho do dia: não permita que ninguém te desmereça
Seria desnecessário acrescentar minhas tolas considerações, as palavras acima sintetizam com brilhantismo a mensagem especial de hoje.
Transbordar do inominável
os propósitos do inexplicável
só as batidas do meu coração
protegem esse segredo
no entanto,
as palavras escancaram
o que a boca teme falar,
materializa o indecifrável
hoje não estou fazendo sentido
também não faço questão disso
nem sempre consigo me entender
deixo as pontas dos dedos falarem por mim,
o transbordar do pensamento inconsciente,
em linhas ajuntadas para entregar
a percepção encurralada pela rotina
e pelo velho receio de nada “ser para ser”
repousa um desejo pulsante
de quebrar determinadas normas,
sob a couraça da indiferença
dentro de mim não há espaço para ela
de mãos dadas
posso percorrer longínquas distâncias
se nas noites frias eu puder ter um beijo seu.
Ditados do orgulho ferido
Do lado de dentro do silêncio 🔇
Joaninha no fim de tarde (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary) Toda vez que abro o rascunho é a mesma história: a folha em branco me encara, ...

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