A vida sem amor é uma canção desafinada

 

🕯️ Às vezes, o peito pesa sem que a gente saiba explicar.
Tem dias em que a alma só quer colo — e silêncio, não qualquer silêncio: aquele que acolhe, entende, aquece, não exige explicações, não consola com frases feitas ou desnuda a profunda indiferença ao desviar o olhar.
É o olhar úmido, que toma suas mãos trêmulas e as leva até os lábios, numa prece sincera, singela, carinhosa.
Não é qualquer olhar na multidão.

Tem dias que doem devagar, como uma lembrança que não foi embora.
E a gente continua… mesmo com os olhos marejados, mesmo que o mundo não veja.
É a coragem que a maldade quer matar dentro do nosso coração.

Porque há uma força discreta em quem sente demais e ainda assim permanece.

E essa força incomoda quem é incapaz de sentir amor.
A saudade mostra que esse amor vale muito a pena.
A vida sem amor é uma canção desafinada.

🌷 Em algum lugar do mundo, tem uma menina rindo de verdade pela primeira vez em dias porque uma borboleta pousou no seu cabelo. Tem um gato que escolheu um colo novo para dormir. Tem uma senhora que sorriu ao lembrar do amor da juventude ao ouvir uma música antiga. Tem alguém recebendo uma carta, um abraço, um bilhete dizendo “eu te amo”.

🌙 E tem você, que mesmo cansada, mesmo sem forças, segue aqui.
E isso já é mágico demais.

Se o mundo anda te tratando como gata borralheira, ele que se prepare — porque até sem sapatinho de cristal, você carrega brilho nos olhos e uma vontade teimosa de existir.

Vamos passar por hoje. Depois a gente pensa no amanhã.

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