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Minha vida com o The Sims

Dormitório dos sonhos *-*

Sou Simmer desde 2008. Meu primeiro contato foi com o The Sims 2, instalado de fábrica no meu celular. O jogo não estava traduzido para o português, mas não havia motivo para pânico, aprendi a jogar bem rapidinho e muitas vezes a bateria chegava a acabar bem em um momento importante.
Anos depois, decidi experimentar 3 dias grátis de The Sims 4 e me apaixonei. Meu aniversário estava próximo e eu me presenteei. Para um ano turbulento como 2015, jogar era um dos poucos momentos em que minha alma encontrava algum alento. Nunca tive vontade de me criar no jogo, sempre curti imaginar meus personagens vivendo fora da minha cabeça. Naquela época, meu foco era A Filha do Meio, que estava no ar no Wattpad e, dentro do possível, tinha leitores bacanas, que me deram muita força e pelos quais possuo uma profunda gratidão, sobretudo à Lorena Gabriela, que foi uma espécie de beta e me encorajou a postar a história.
A Jana e a Tita têm propostas diferentes, mas o caminho delas, de certo modo, se estreita bastante. Em 2015, senti uma necessidade enorme de ter outros projetos, escrever outras histórias. Obviamente, errei muito, mas a intenção era fazer as pessoas conhecerem meus outros trabalhos para não ficarem sós quando a Tita fosse embora. Enfim, vamos voltar a falar do jogo.

Copa da confusão: capítulo VI

 


A imagem foi congelada na tela. Cortou para a câmera 3 do estúdio, cujo enquadramento mostrava Rubão da cintura para cima.

— Quer saber como ficou o gato borralheiro trapalhão? Só depois do intervalo! — Disse o comunicador. — Não perca, depois do intervalo, a transformação dos fados padrinhos.

Copa da confusão: capítulo V

 


Edu Meirelles foi acordado por Renata pouco depois do meio-dia. Ela abriu as janelas do aposento e ele, amargando uma enxaqueca proveniente da embriaguez na véspera, cobriu os olhos.

— Você e os caras quase botaram essa casa abaixo. Não me surpreenda que esteja de ressaca.

— Nunca mais bebo desse jeito! Nunca mais!

— Nem na terça-feira? — Renata lançou um olhar sapeca para o amado.

Copa da confusão: capítulo III

 


— Não me diga que estamos sem luz! — Desesperou-se Edu.

— Tenta o wi-fi — sugeriu Renata, irônica.

— O Meirelles proibiu wi-fi na festa… — lamentou Salamão.

— A gente cruza os braços e espera o pombo-correio chegar — debochou Kejadin. — É rapidinho!

Renata revirou os olhos.

Copa da confusão: capítulo II

 


Edu e os amigos faziam bolões futebolísticos havia décadas e todos, todos eles, mesmo os mais recentes, estavam anotados em cadernetas. Sentados em volta da mesa retangular próxima da churrasqueira, o jornalista, que cuidava daquele legado, abriu a cadernetinha e destampou a caneta esferográfica azul para anotar os palpites de todos.

— Vou anotar bem direitinho para ninguém depois vir com caô! — Edu provocou os amigos.

Copa da confusão: capítulo I

 


O som de fundo era o pagode. Uma música dançante refletia o estado de espírito de Eduardo Meirelles. Tinha todo jeito de domingo: lojas fechadas, ruas vazias, o som de um ou outro morteiro ao longe, dia de vestir o manto rubro-negro e torcer. Clássico era para os corações fortes. O empate era justo, menos na final, quando na prorrogação vencia o resistente estrategista, mas hoje não era domingo: era sexta-feira. Não uma sexta-feira qualquer. Era a sexta-feira mais aguardada do ano do que a sexta de Carnaval. O mês, dezembro.

Copa da Confusão: sinopse, personagens e playlist ⚽

2024 pode até não ser ano de Copa do Mundo, mas nesse clima de Copa América, Eurocopa e Olimpíadas, senti vontade de dividir com vocês um conto divertido, Copa da Confusão. Por falar em data de humilhação, há exatos dez anos, vimos ao vivo, em cores, HD e incrédulos a goleada da Alemanha contra o Brasil, lá no Mineirão. 

Uma década do Mineiraço

No último sábado (6), o Brasil foi eliminado pelo Uruguai nos pênaltis e está fora da Copa América. Para os antenados em futebol, não foi difícil relembrar a eliminação da nossa seleção no Mundial do Catar (2022), quando em pleno dezembro acompanhamos aturdidos o sonho do hexacampeonato ser adiado para 2026. Todavia, comemoramos a Alemanha e a Bélgica serem despachadas para casa ainda na fase de grupos.
Em 2026 teremos uma Copa do Mundo sediada por três países, o primeiro mundial com 48 equipes, divididas em 12 grupos com quatro países e o acréscimo de uma partida a mais de mata-mata, ou seja, o campeão disputará 8 partidas no lugar das tradicionais 7. Se o Brasil for o vencedor, se tornará o primeiro hexacampeão da história dos mundiais, quebrando um jejum de mais de duas décadas sem títulos e a maldição das quartas-de-final porque, com exceção de 2014, quando chegou à semifinal, o sonho do hexa fica para a edição seguinte.
Agora chega de conversa, de lembrar de dias ruins; vamos ao que interessa. O OCDM exibirá, com exclusividade, Copa da Confusão ao longo desta semana gelada. Confira a sinopse, conheça os personagens e curta a playlist, isso, claro, enquanto 2026 não chega.

ceci & edu | t r a i l e r #2


Saiu a segunda versão do trailer de ceci & edu e preparei tudo com muito carinho. O trabalho durou horas, pois requer atenção, precisão, um olhar atento para que a sincronia entre as imagens conte uma história sem precisar de palavras. Reconheço meu amadorismo, peço desculpas desde já e almejo melhorar para fazer um trabalho cada vez mais digno de quem me acompanha dentro ou fora da internet. Beijos e até mais. ♥

Ei, sumida...

Estive ausente, mas estou voltando… espero que vocês tenham um mês de setembro abençoado e com muita saúde.
Para os meteorologistas e climatologistas, nós já entramos na primavera, mas oficialmente é daqui a três semanas. Acredito que frio como aquele de julho não teremos mais neste ano (e nesse caso espero estar certa) para poder colocar aquele cobertor mais pesado de volta no guarda-roupa. 

Jacky de Puppy Love olhando as estrelas no The Sims 3

Em agosto não consegui ler livros, em partes devido à olimpíada e a outra também porque me desanimei um pouco, espero voltar… estou em falta com muitas coisas, mas espero me reorganizar…

10/08/2021

Segunda-feira eu não joguei porque estava com muita dor de cabeça e nada concentrada, então ontem decidi mudar a minha família de casa e, como estou redecorando a meu gosto, os Sims continuam se adaptando.

Lulu e Papá dias antes do desafio

Sem chance

Rubão é avesso a esse lance de puxar peso e suar em bicas para se tornar um guarda-roupa. “Dá uma agonia sem fim passar horas se revezando nos aparelhos e aqueles papos marombas, rapá”, garante o comunicador. Para ele, uma boa caminhada é bem mais proveitosa.

Edu Meirelles, por outro lado, admite ter escolhido Humanas no uni-duni-tê porque o ranço pelas exatas vem de longas datas. Passar fins de semana montando o foguete e aprimorando recursos é mais chato do que ver o Palmeiras na liderança do campeonato.

Trabalhe como uma garota

Lulu é oficialmente a Rainha das Travessuras. Após maximizar a referida habilidade, o objetivo dela é galgar uma nova promoção. Para quem pensa que o céu é o limite, nossa maluquete avisa que nem o céu é o limite para ela. Realizar um sonho significa abrir espaço para outros.

Ceci treinando a preparação de drinques
Um brinde à Ceci

Exímia mixóloga, Ceci está a um passo de tornar-se mestre das poções. Muito requisitada nos eventos sociais da cidade, nossa barista predileta já foi premiada e tem muitas histórias para contar.

Contar boas histórias sempre foi o mote de Ceci, mas até pouco tempo atrás, a ideia de escrever um livro não lhe ocorria. Entretanto, suas aventuras merecem ser eternizadas em folhas de papel (ou livros eletrônicos também) e, quem sabe, estejamos próximos de conhecer a mais nova best-seller do pedaço.




Nessa casa, a festa só tem hora para começar.

Outra casa que tive era maior e o espaço era tão grande que daria para fazer tomadas externas e até criar uma novela, mas nesse lote deu para colocar o observatório, o foguete e até aquela árvore misteriosa e uma piscina de tamanho razoável. Tendo três quartos, sendo um deles com uma pegada mais infantil, dá para pensar em ter um bebê, porém ainda não sei se é o momento.

09/08/2021

Olá, tudo bem? Espero que você esteja bem e que sua semana seja abençoada, com muita saúde e boas notícias. Céu aberto, temperatura amena e em elevação, embora o frio ainda não tenha ido embora para que se possa guardar os casacos e aquele cobertor mais pesado no guarda-roupa.

Continuo jogando com a família RPN e só parei ontem porque estava com sono e não iria acontecer nada, como uma promoção de algum deles no emprego ou um evento (banquete, festa em casa ou de aniversário, ou encontro amoroso) e eu ainda não me encorajei de mudar de lote, fico só na promessa.

06/08/2021

Olá, tudo bem por aí? Espero do fundo do coração que sim! 😍

A má notícia de hoje é sobre a crise hídrica: a SANEPAR voltará com o esquema de 36/36, ou seja, rodízio mais rigoroso de água. Não é o que gostaríamos de ouvir agora, entretanto, a medida é tomada para evitar um colapso no sistema de abastecimento, a ponto de ficarmos literalmente sem um mísero pingo nas torneiras. 

Vamos aguardar as próximas semanas para avaliar a projeção dos meteorologistas sobre o comportamento do Oceano Pacífico, pois, dependendo disso, teremos uma noção do que nos aguarda nos próximos meses. 

RPN | PROMETEU, TEM QUE CUMPRIR, MEIRELLES #deuruimpromengãomalvadão

 Que Edu Meirelles é flamenguista, todo mundo sabe. Que ele gosta de se gargantear e fazer apostas arriscadas, também. Mas, promessa é promessa, e quando dá ruim, o destino cobra sua parte.

(COISAS QUE VOCÊ SÓ VAI VER NA RPN) O CROSSOVER DA DÉCADA (spin-off especial)

Duas famílias nada convencionais estão prestes a se conhecer e viver uma experiência um tanto quanto inusitada. A proposta em si não é desconhecida no universo televisivo, no entanto, dessa vez não tem costa quente nem armação. Rubão garante que você não verá nada parecido na concorrência.
Antes da abertura do Programa do Rubão, sempre passa algum vídeo tosco e comentado pelo comunicador. 
— Olha o tipo do sujeito... — Rubão ri. — Olha... olha lá... Crise de riso. 
— O sujeito se ferrou...
Depois da abertura, o corpo de baile entra no estúdio ao som de Born to be alive — Patrick Hernández. Uirapuru entrega o microfone a Rubão, que saúda o público de casa. Ele costuma usar vestimentas extravagantes e fazer algum comentário sobre o assistente dele, para desanuviar o clima.
— Pessoal de casa, se a TV tivesse cheiro, vocês saberiam que o Uirapuru está apaixonado.
O homem cora.
— Que perfume, rapá. O Uirapuru tem essa cara de come quieto, mas é o maior pegador...
Uirapuru nega.
— O Uirapuru, depois do nosso ilustre Edu Meirelles, é o campeão de cartas aqui na RPN, arrasa corações. Esses dias, uma rapariga que não se identificou mandou uma calcinha...
A plateia cai no riso.
— Calcinha vermelha. De renda.
Rubão ri e Uirapuru devolve:
— É mentira dele, recebi nada não!
— Olha a responsa, Uirapuru. Sua admiradora secreta está te assistindo... deixa um recado para ela.
— Sacanagem, pô...
Rubão dá um tapinha nas costas do amigo e bagunça o cabelo dele:
— É brincadeira... O Uirapuru não pega nem resfriado...
— Assim também não, minha mulher está vendo o programa...
— Um beijo para você, D. Neusa. Não coloque o Uirapuru para dormir no sofá, não, ele só tem olhos para você...
Quem recebe cartas com calcinhas sensuais é Edu Meirelles, mas isso é assunto para outra ocasião.
— Boa tarde, Brasil! O Programa do Rubão está no ar comigo, o seu galã de todos os domingos... Aqui não tem desânimo, não, xará! Arranca essa carranca, que o Rubão chegou. Nem pense em trocar de canal! Hoje o Programa do Rubão promete... Se você perder, rapá, perdeu! Vai render assunto para a semana inteira. Eu recomendo que você pare o que estiver fazendo porque o programa de hoje, olha, até eu, que tenho experiência, que domino qualquer situação, estou impressionado. Você não viu nada parecido na concorrência. Vai ter cacetada, vai ter câmera escondida, nossa pausa pro futebol, nosso giro de notícias, mas...
Propositalmente, Rubão é cortado para ir ao ar um teaser do tal quadro misterioso.

— Eu sou linha dura mesmo! E com orgulho! Imponho respeito! Comigo, criança mal-educada entra nos eixos. — Apesar de Meire das Neves estar de costas, sua voz é reconhecível. — Nada que um sarrafo bem-dado no meio da cara não resolva. Não tem essa de criança mandar em pai e mãe, criança não tem querer, se quiser tem chicote, vara, cinto e pimenta-malagueta na boca, além de bicuda no traseiro.
— Ah, eu faço o que for pela minha família. Os meus eu defendo com unhas e dentes, boto a mão no fogo. Sou mãe coruja, sim, meus filhos são os mais bonitos, os mais inteligentes e, modéstia à parte, eu sou uma mãe maravilhosa. — Graça Cavicholo também não é mostrada pelas câmeras.
Corta para Rubão.
— Tô falando, não saia daí porque o programa de hoje promete... — anuncia Rubão, sensacionalista como só ele mesmo poderia ser. — Essa minha produção apronta cada uma... bateu ou não bateu uma curiosidade básica? Fala para mim, vai...

****
Meire das Neves é apresentada ao público. Foram colhidas imagens dela trabalhando em casa.
— Sou a Meire, mãe da Tita, mãe linha dura, das antigas, mãe que impõe respeito. Comigo, tem que andar na linha senão o bicho pega.
Meire confere o dever de casa de Tita, à noite desliga a televisão quando se supõe que já seja tarde demais para uma criança estar acordada.
— Educar os filhos não é para qualquer um e eu acredito que não estou falhando nessa missão. Criança precisa aprender a respeitar autoridade, ter disciplina, engajamento, não está certo esse negócio de filho mandar em pai, criança respondona tem que ser colocada no devido lugar.
Meire veste a jaqueta de tactel e Tita coloca a mochila nas costas para juntas irem até o carro. Como a garota está uniformizada, entende-se que será levada até o colégio pela progenitora.
— É, a Tita está naquela fase complicada de aborrescência, de querer ficar no quarto, de esconder tudo de mim, mas no geral, eu acredito que minha criação está sendo excelente. Eu coloco ordem, ela obedece e podemos nos considerar uma família feliz e estruturada. — Ela balança a cabeça com os olhos arregalados. — Ah, não. Bagunça é inadmissível! Cai dedo, lavar a louça que sujou e guardar no lugar? Porque pra jogar videogame e fritar o cérebro por horas a fio o dedinho está bem que é uma beleza, nunca vi igual... eu não entendo o que esses jovens tanto veem nesses videogames..., sim, é verdade que hoje em dia já não é mais que nem no nosso tempo em que a molecada podia brincar na rua, mas eu não deixo filha minha brincar na rua, sei a criação que estou dando e não quero que corrompam a Tita... não dá... não dá mesmo... ser mãe hoje em dia é pra quem tem o coração forte porque o mundo, que nunca foi lá tão bonito, está a cada dia pior... mas quem se importa? Os governantes só pensam em si, falam, falam, mas não dizem nada. No fundo, só querem mesmo é o nosso dinheirinho suado e se perpetuarem no poder com essa conversa de acabar com a corrupção. Acaba coisa nenhuma. Todo mundo rouba. Não tem santo, não. Eu não voto em pilantra nenhum, para se ter uma ideia, eu não torço para o Brasil nem em copa do mundo. Não sou mulher que se dobra fácil e sei que minha filha deve me admirar mais do que tudo no mundo.

****
É mostrada a fachada de um simpático prédio residencial do outro lado da cidade onde vive a fofoqueira Graça Cavicholo. Numa tomada ela está ajeitando o topete de Renan, seu filho mais novo, e beijando a testa de Isabella, sua neta. Em outra passagem, a família Cavicholo está degustando uma refeição e Fabíola, a primogênita e mãe de Isabella, até usa o guardanapo de pano para causar uma boa impressão.
— Ah, minha família é tudo para mim.
Vários álbuns de fotografias estão espalhados pela mesinha de centro e Graça os folheia enquanto fala sobre os dois filhos e a neta.
— A Fabíola, minha querida Fabi, sofreu um grande golpe da vida e foi mãe muito cedo, o Otto e eu não esperávamos ser avós assim tão cedo, pois apostávamos todas as nossas fichas de que nossa Fabi seria doutora ou então se casaria com um médico, mas a Isa foi um presente de Deus e uma família com F maiúsculo se apoia em todos os momentos. A Isa veio ao mundo para compensar os anos de sofrimento e tristeza que os Cavicholos passaram depois que o meu sogro, o pai do Otto, morreu, e tudo que restou foi esse prédio onde moramos. Somos donos, mas com o que ganhamos com os aluguéis está quase difícil de sobreviver, e esse desemprego... a pobre Fabíola até tenta arranjar ocupação, mas só ouve não... eles querem quem tem experiência, mas como ela vai ter experiência se não dão oportunidade? Meu pobre Otto sofreu um acidente de trabalho e está aposentado por invalidez, faz um bico aqui, outro lá, o danado até tem uns tostões para sobreviver, mas ficar parado em casa não é a praia dele. Ah, meu Renan, meu Renan é um comunicador nato, é o melhor aluno de toda a escola, tem um carisma sem fim que faz a meninada cair de amores por ele, mas focado como é, só quer saber de estudar, quer ser bombeiro esse piá, sem falar que é meu companheiro de novela, a gente assiste a todas as novelas. Os Cavicholos são muito noveleiros. Final de novela é final de copa do mundo: a gente prepara aperitivos, bebidinhas e até o coração. Na hora da novela pode estar caindo o maior toró, o mundo acabando, eu detesto ser perturbada.

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Corta para Rubão, que esfrega as mãos.
— Essas duas mães não se conhecem, não sabem uma da outra, nem imaginam o que nossa produção armou para cima delas... não, você não pode perder essa.
Rei da enrolação, Rubão chama o intervalo comercial, depois faz um giro de notícias, tudo para manter a audiência lá nas alturas.
— Essas duas mães estão prestes a trocar de lugar uma com a outra... — narra Rubão quando a matéria que apresenta as mães ao público volta a ser exibida dentro do programa. — Essas mães nem imaginam que estão sendo entrevistadas pela RPN para participarem desse quadro do nosso programa, elas acham que a matéria sairá em algum noticiário...
Rubão dá uma risadinha fina e sussurra: 
— Vamos ver como elas irão reagir quando souberem...

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Meire a princípio não reage muito bem, pois estar no controle de tudo lhe dá a sensação de segurança que na realidade nunca teve, embora seu zelo acabe por sufocar Tita.
— Um fundo para a faculdade da minha filha? Desejo que a Renata entre numa federal, mas a gente sabe que a concorrência é grande e muito desleal. Filha minha, haverá de ser alguém na vida sem depender de homem. Eu não quero que minha filha dependa do casamento para ser alguém na vida. Na realidade, não importa. Quem faz o profissional é ele mesmo, não é? Também acredito que será uma experiência enriquecedora colocar ordem em outras casas e adotar meu sistema disciplinar que, modéstia à parte, é um sucesso absoluto. Topo esse desafio com a certeza de sair dele fortalecida.

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No apartamento dos Cavicholos, choradeira total.
— Ficar longe dos meus pimpolhos? Mas quem vai cuidar deles? — Graça chora. — Eu não suporto ficar nem um dia longe dos meus pimpolhos, mas se eu ganhar essa bolada de dinheiro, quero ajudar a Fabi a abrir um negócio próprio. A coitadinha precisa de um apoio financeiro para trazer o pão de cada dia para casa, mas vai ser um sacrifício para mim... 
A fofoqueira gesticula, dramática como só ela poderia ser.
— Uma mãe é capaz dos sacrifícios mais extraordinários pela felicidade de um filho, portanto, lá vou eu, para um lar desconhecido, com pessoas desconhecidas, abrir as portas da minha mansão para uma desconhecida tomar conta dos meus filhos, mas, por amor, eu poderia muito mais!..
Graça assoa o nariz.
— Desculpa, mas não posso conter a emoção. Sou de câncer, a matriarca da família. Não faço a menor ideia de como será passar tanto tempo sem contato com meus pimpolhos, sem saber o que se passa aqui. Pensando nisso, escrevi uma lista de tudo que considero essencial para a outra mãe saber sobre os meus pimpolhos.
Graça prega uma lista na geladeira.
— Com essa lista, a desconhecida poderá se adaptar mais depressa ao ritmo dos Cavicholos. Agora, se me permitem, preciso contar essa triste notícia aos herdeiros!

****
Rubão interrompe a matéria.
— E isso é só o começo! Mas o Programa do Rubão fará uma pausa para o futebol e voltará em seguida com essa e muitas outras atrações para espantar a carranca do seu rosto...

RPN | A SAIDEIRA É POR CONTA DO MEIRELLES

 

Mascote da RPN veste o manto rubro-negro (Reprodução: criação pessoal da Mary)

É a primeira vez que um vídeo motivacional da Lulu não dá zica. Sim, ela preparou um vídeo especial para motivar o Flamengo a voltar a uma final de Libertadores após 38 anos — motivo de alegria para qualquer flamenguista que se preze e para esta flamenguista que os escreve.

Diga que me ama (cap. 10) ele fala


        Você já está nos braços de outra pessoa, amando e se deixando amar. Vocês formam um belo par. Ainda assim, dói. Meus sentimentos estão bagunçados. Alegro-me por saber que depois de todas as desilusões que lhe furtaram a fé, seu coração te guiou com a razão e as portas se abriram para que alguém adentrasse e cuidasse um pouco dessa alma incrível. 
Por outro lado, não serei hipócrita: eu queria ser essa pessoa que te proporciona tantos sorrisos, com quem você imagina um futuro ao lado, ainda que não possa mudar os fatos. Te ver sem poder te tocar, te sentir, ter qualquer esperança de te provar que meu apreço sempre foi verdadeiro, me martiriza sobremaneira. Preciso aceitar que agora você é meu maior impossível.
Queria te abraçar sem pressa e deslizar as mãos pela sua cintura, deixar os dedos correrem por entre os seus cabelos e te beijar. Eu ainda me lembro do seu gosto, deixou saudades no céu da boca. Seu cheiro na fronha do travesseiro, as pontas dos dedos curando feridas que a insegurança encobria com camadas de vaidade. Hoje te enviei aquela música, talvez tenha colocado tudo a perder, porque as mágoas não são muralhas que impedem o contato. Lágrimas não choradas nos surpreendem. Somos tão francos com o papel, libertamos nossos pesos conforme as páginas avançam.
Você se lembra de quando demos nosso último beijo? Sabíamos que seria o derradeiro? Havia algum sinal que não interpretamos muito bem ou fomos vítimas de uma sucessão de desencontros?
        Não quero te constranger te perguntando a respeito da música porque ela, por si só, diria muito mais do que eu, em minhas tentativas pífias de escrevinhar uma resposta digna. Melhor acreditar que te marquei por saber que The Corrs é uma das suas bandas favoritas. Poucos têm conhecimento de que você ainda guarda com carinho os CDs e discos ganhados e comprados. Forgiven, not forgotten é um deles. 
        Ora bolas, você está comprometida. Quase dez anos se passaram desde o nosso último beijo. Seguimos o curso de nossas vidas, nos permitimos beijar outros lábios, dormir em outros braços, encarar desafios e provações. O tempo não parou. Nossas escolhas nos levaram a estar onde estamos hoje. Se decorresse o inverso, a abnegação seria sua prova mais de pura de amor. 
Você viu Yasmin nos braços de outro rapaz e mesmo com o coração quebrado por saber que eles se envolviam enquanto vocês estavam juntas, seguiu em frente e decidiu cuidar um pouco mais de você mesma, não focou sua energia em planinhos ridículos de vingança.
       Ainda me lembro dos seus longos cabelos castanhos cobrindo a cintura, daquele vestido de verão branco com estampas florais e manga ciganinha que você usava naquele happy hour de ano-novo, do colar cujo pingente era um coração vazado, de seu sorriso também. 
Você me disse uma vez não se sentir bonita. Isso ainda se dá por você nunca ter enxergado sob as lentes de quem a ama. Se fosse capaz disso, se surpreenderia. Porque me surpreendi com a intensidade das batidas do meu coração quando nossos olhares se encontraram naquela mesa cheia de gente risonha e paqueradora e nos cumprimentamos pela primeira vez.
        Você estava desacompanhada e não usava anel de compromisso. A noite era longa. Amigos se reuniam e colocavam a prosa em dia. Suas amigas estavam trocando amassos com os companheiros enquanto você conversava e parecia até um pouco deslocada, não exatamente por não ter um par, mas porque não estava em seu lugar.
        — Está esperando alguém?
        Você fez que não com a cabeça.
        — Tudo bem se eu me sentar aqui?
        Você me perguntou se eu era quem era, confirmei com um sorriso e então me lembrei de uma moça bonita a qual alguns amigos meus comentavam, que apesar do talento não ascendia na profissão porque não dormia com o patrão. Não se aborreça comigo, mas era o papo que rolava entre amigos em comum, que a Cláudia Barreto só se tornou âncora do TVTV News porque saía com o Sr. Velloso, enquanto você, que havia estudado por quatro anos, feito pós-graduação e vários cursos livres, era preterida, apesar de talentosa.
        Essa moça bonita era você, também conhecida por não dar moral a ninguém.
As línguas maldosas diziam que você almejava ser à preferida do velho Velloso e por isso não assumia nenhum relacionamento. Outros já questionavam sua orientação sexual, embora naquela época você não falasse a respeito, fosse por medo de portas fechadas ou por separar vida pessoal da profissional com a maestria que poucos de nós conseguimos.
        — Pois é, tenho que estar de pé às sete. — Você deu de ombros. — Estou de plantão, por isso não vou beber nem um golinho, só vim dar um abraço no pessoal…
        — Não vai nem acordar para ver os fogos?
        — Talvez… — Você me respondeu, sorridente, e a conversa fluiu tanto que, por mais que seus sinais não fossem tão claros, a ideia de dormir com você se agigantou dentro de mim. Se você também curtia viver intensamente sem problematizar tudo, trato feito.
        — Depois do plantão, você vai ter uma folguinha? — Arrisquei, porque tudo que poderia ouvir de você era um não e até onde sei, ouvir não faz parte da vida. Pior do que ele, o nada, o nada que poderia ter sido tudo, a teia destrutiva da suposição.
        — Não. Sigo na labuta. Não paro nunca. — Você me respondeu.
        — Nem gripe te derruba? — Brinquei.
        — Só gripe e olha lá.
        A primeira impressão nem sempre é a mais correta, mas a sua desmontou todas aquelas teorias da conspiração que pipocavam a seu respeito. 
Naquele instante, vi uma jovem jornalista focada batalhando para construir uma reputação ilibada no trabalho, dedicada, entretanto, esgotada e ferida pela total falta de reconhecimento, sem oportunidades reais de ascensão.
Gozei desse privilégio, não posso negar; só agora me dou conta disso, de que o caminho que você trilhou para estar onde está, foi muito mais repleto de buracos, trechos íngremes e curvas perigosas. No entanto, para a felicidade geral, você nunca se intimidou nem com a pior das tempestades.
        — Me passa seu número?
        Meus planos para 2009 eram os de sempre, comuns a todos nós, os clichês que repetimos para que se tornem verdades. Aquele que brotou quando 2008 já se aproximava do derradeiro fim, foi te ver naquele novo ano, te ver nem que fosse uma só vez, quiçá a última.
        E você me passou seu número, aproveitando o ensejo também para se despedir da turma. Provavelmente até hoje você pensa que flertei com outra moça e passei a virada do ano acompanhado.
       Pouco depois que você saiu, eu poderia, sim, ter entornado vários drinques e me divertido com outra. Em vez disso, voltei para casa e passei a virada vendo televisão, olhando para o seu número gravado na minha agenda e pensando se seria muito atrevimento te deixar uma mensagem de feliz ano-novo.
        O tal do “escrevi, mas não tive coragem de enviar”.

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Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...