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Às vezes sonho que tem alguém, em algum lugar desse mundo, que sonha com o mesmo que eu, alguém que gostaria de encontrar alguém como eu.



        Às vezes, quando não consigo dormir, fecho os olhos e imagino como deve ser abraçar alguém que te faz se sentir protegida, amada, que te aquece o corpo e a alma, como deve ser beijar alguém e sentir que o coração acelera e o desejo queima, pulsa; olhar dentro dos olhos desse alguém e compreender a razão dos desencontros do passado e deixar que alguém me enxergue também, cuidar, porém também deixar alguém cuidar de mim.
        Às vezes sonho que tem alguém, em algum lugar desse mundo, que sonha com o mesmo que eu, alguém que gostaria de encontrar alguém como eu.

Diga que me ama (cap. 10) ele fala


        Você já está nos braços de outra pessoa, amando e se deixando amar. Vocês formam um belo par. Ainda assim, dói. Meus sentimentos estão bagunçados. Alegro-me por saber que depois de todas as desilusões que lhe furtaram a fé, seu coração te guiou com a razão e as portas se abriram para que alguém adentrasse e cuidasse um pouco dessa alma incrível. 
Por outro lado, não serei hipócrita: eu queria ser essa pessoa que te proporciona tantos sorrisos, com quem você imagina um futuro ao lado, ainda que não possa mudar os fatos. Te ver sem poder te tocar, te sentir, ter qualquer esperança de te provar que meu apreço sempre foi verdadeiro, me martiriza sobremaneira. Preciso aceitar que agora você é meu maior impossível.
Queria te abraçar sem pressa e deslizar as mãos pela sua cintura, deixar os dedos correrem por entre os seus cabelos e te beijar. Eu ainda me lembro do seu gosto, deixou saudades no céu da boca. Seu cheiro na fronha do travesseiro, as pontas dos dedos curando feridas que a insegurança encobria com camadas de vaidade. Hoje te enviei aquela música, talvez tenha colocado tudo a perder, porque as mágoas não são muralhas que impedem o contato. Lágrimas não choradas nos surpreendem. Somos tão francos com o papel, libertamos nossos pesos conforme as páginas avançam.
Você se lembra de quando demos nosso último beijo? Sabíamos que seria o derradeiro? Havia algum sinal que não interpretamos muito bem ou fomos vítimas de uma sucessão de desencontros?
        Não quero te constranger te perguntando a respeito da música porque ela, por si só, diria muito mais do que eu, em minhas tentativas pífias de escrevinhar uma resposta digna. Melhor acreditar que te marquei por saber que The Corrs é uma das suas bandas favoritas. Poucos têm conhecimento de que você ainda guarda com carinho os CDs e discos ganhados e comprados. Forgiven, not forgotten é um deles. 
        Ora bolas, você está comprometida. Quase dez anos se passaram desde o nosso último beijo. Seguimos o curso de nossas vidas, nos permitimos beijar outros lábios, dormir em outros braços, encarar desafios e provações. O tempo não parou. Nossas escolhas nos levaram a estar onde estamos hoje. Se decorresse o inverso, a abnegação seria sua prova mais de pura de amor. 
Você viu Yasmin nos braços de outro rapaz e mesmo com o coração quebrado por saber que eles se envolviam enquanto vocês estavam juntas, seguiu em frente e decidiu cuidar um pouco mais de você mesma, não focou sua energia em planinhos ridículos de vingança.
       Ainda me lembro dos seus longos cabelos castanhos cobrindo a cintura, daquele vestido de verão branco com estampas florais e manga ciganinha que você usava naquele happy hour de ano-novo, do colar cujo pingente era um coração vazado, de seu sorriso também. 
Você me disse uma vez não se sentir bonita. Isso ainda se dá por você nunca ter enxergado sob as lentes de quem a ama. Se fosse capaz disso, se surpreenderia. Porque me surpreendi com a intensidade das batidas do meu coração quando nossos olhares se encontraram naquela mesa cheia de gente risonha e paqueradora e nos cumprimentamos pela primeira vez.
        Você estava desacompanhada e não usava anel de compromisso. A noite era longa. Amigos se reuniam e colocavam a prosa em dia. Suas amigas estavam trocando amassos com os companheiros enquanto você conversava e parecia até um pouco deslocada, não exatamente por não ter um par, mas porque não estava em seu lugar.
        — Está esperando alguém?
        Você fez que não com a cabeça.
        — Tudo bem se eu me sentar aqui?
        Você me perguntou se eu era quem era, confirmei com um sorriso e então me lembrei de uma moça bonita a qual alguns amigos meus comentavam, que apesar do talento não ascendia na profissão porque não dormia com o patrão. Não se aborreça comigo, mas era o papo que rolava entre amigos em comum, que a Cláudia Barreto só se tornou âncora do TVTV News porque saía com o Sr. Velloso, enquanto você, que havia estudado por quatro anos, feito pós-graduação e vários cursos livres, era preterida, apesar de talentosa.
        Essa moça bonita era você, também conhecida por não dar moral a ninguém.
As línguas maldosas diziam que você almejava ser à preferida do velho Velloso e por isso não assumia nenhum relacionamento. Outros já questionavam sua orientação sexual, embora naquela época você não falasse a respeito, fosse por medo de portas fechadas ou por separar vida pessoal da profissional com a maestria que poucos de nós conseguimos.
        — Pois é, tenho que estar de pé às sete. — Você deu de ombros. — Estou de plantão, por isso não vou beber nem um golinho, só vim dar um abraço no pessoal…
        — Não vai nem acordar para ver os fogos?
        — Talvez… — Você me respondeu, sorridente, e a conversa fluiu tanto que, por mais que seus sinais não fossem tão claros, a ideia de dormir com você se agigantou dentro de mim. Se você também curtia viver intensamente sem problematizar tudo, trato feito.
        — Depois do plantão, você vai ter uma folguinha? — Arrisquei, porque tudo que poderia ouvir de você era um não e até onde sei, ouvir não faz parte da vida. Pior do que ele, o nada, o nada que poderia ter sido tudo, a teia destrutiva da suposição.
        — Não. Sigo na labuta. Não paro nunca. — Você me respondeu.
        — Nem gripe te derruba? — Brinquei.
        — Só gripe e olha lá.
        A primeira impressão nem sempre é a mais correta, mas a sua desmontou todas aquelas teorias da conspiração que pipocavam a seu respeito. 
Naquele instante, vi uma jovem jornalista focada batalhando para construir uma reputação ilibada no trabalho, dedicada, entretanto, esgotada e ferida pela total falta de reconhecimento, sem oportunidades reais de ascensão.
Gozei desse privilégio, não posso negar; só agora me dou conta disso, de que o caminho que você trilhou para estar onde está, foi muito mais repleto de buracos, trechos íngremes e curvas perigosas. No entanto, para a felicidade geral, você nunca se intimidou nem com a pior das tempestades.
        — Me passa seu número?
        Meus planos para 2009 eram os de sempre, comuns a todos nós, os clichês que repetimos para que se tornem verdades. Aquele que brotou quando 2008 já se aproximava do derradeiro fim, foi te ver naquele novo ano, te ver nem que fosse uma só vez, quiçá a última.
        E você me passou seu número, aproveitando o ensejo também para se despedir da turma. Provavelmente até hoje você pensa que flertei com outra moça e passei a virada do ano acompanhado.
       Pouco depois que você saiu, eu poderia, sim, ter entornado vários drinques e me divertido com outra. Em vez disso, voltei para casa e passei a virada vendo televisão, olhando para o seu número gravado na minha agenda e pensando se seria muito atrevimento te deixar uma mensagem de feliz ano-novo.
        O tal do “escrevi, mas não tive coragem de enviar”.

Esse brilho no olhar... ♥



Uma pessoa que te faz bem se percebe no olhar. Ele não tem lábios, tampouco um idioma que traduza o que diz porque é preciso dotar de uma sensibilidade ímpar para compreender o que um olhar que sorri quer dizer. 
Porque o olhar sorri. 
Às vezes você está distraída e nem nota que as pessoas ao redor andam comentando que não te viam tão feliz havia tanto tempo, que há algo diferente nesse olhar. Talvez você responda que seja o novo truque de maquiagem que aprendeu num tutorial no Youtube, mas quem te conhece como ninguém sabe que a maquiagem realmente pode elevar a autoestima, no entanto não se trata apenas disso. 
Esse brilho no olhar reacende quando você sorri. Ele se irradia do lado de dentro, eu sei, como se o sol emprestasse um punhado dele pra iluminar e aquecer todos os recantos do coração. Uma pessoa que te faz bem é aquela que te faz rir, que a presença traz alegria, que te faz agradecer a Deus todos os dias por tê-la por perto, que te faz orar todas as noites pedindo ao Pai Amado para cuidar dessa pessoinha como você queria poder cuidar e nem sempre pode, para que Ele coloque todos os anjos para protegê-la. 
Uma pessoa que te faz bem é aquela que te faz encarar seus piores medos e correr atrás dos seus sonhos mais loucos. Essa pessoa faz uma falta imensa quando está distante, mas mesmo quando não está por perto, ela é como gotas de perfume que impregnaram no travesseiro, você a sente e se conforta porque cada lágrima de saudade que cai significa que algo muito bonito está acontecendo: você está amando. Amando de verdade
Você não está mudando a aparência exterior para sair bem nas fotos. Você está se desafiando a encarar seus defeitos, seus traumas, disposta a fechar feridas do passado, a liberar o perdão como se abre as duas mãos para libertar uma pomba branca rumo a liberdade. Você no início teme muito que esse amor se vá, mas esse amor te ensina que quantidade e qualidade não são sinônimos, tampouco dizem nada. Porque quem diz tudo são as batidas do coração. 
O decreto final de que você se sente muito bem com alguém está entregue no brilho do olhar e sabe por que ele é tão bonito? 
Porque enquanto você se esforça para amar outra pessoa do jeito que ela é, sem projetar virtudes nem delegar aos ombros dela a responsabilidade de te fazer feliz como se sua vida dependesse de um ser humano para ser plena, está lutando para aprender a se amar porque caso esse alguém tão especial precise ir embora da sua vida, por mais dolorosa que seja a separação, você ainda terá a si mesma, por isso é importante perceber nos pequenos detalhes quando alguém te faz bem, te incentiva a querer crescer espiritualmente, sair da zona de conforto.
E você nunca mais será a mesma. Você nem mais é. E não adianta esconder de ninguém, dizer que do amor já desencanou porque seu olhar irá te desmascarar, acredite no que te digo. Mesmo que você insistentemente negue que tudo não passa de especulação, as cintilantes esferas que são um convite para conhecer sua alma entregam que ela se abriu para o amor e uma vez que as janelas foram abertas, todos os riscos colocados sobre a mesa e ponderados, é impossível voltar atrás.
Seja, também, essa pessoa que tanto faz bem. Seja alguém que outra pessoa no mundo, ao ler esse texto se identifique, muito provavelmente esse serzinho que você guarda com tanto carinho no coração ou não, pouco importa, porque se vive o agora, se sente o presente e por isso mesmo ele recebe esse nome, porque cada dia que Deus nos permite despertar é o nosso grande presente.
Por hoje, ame.
Por hoje, aceite quando disserem que seus olhos são lindos e que eles brilham como as estrelas.
Por hoje, escreva um poema e não se importe com a métrica, deixe o seu coração falar.
Por hoje, rabisque um coração no vidro embaçado.
Só por hoje não permita que seus demônios interiores tentem te persuadir com mentiras deslavadas e te façam pensar que não é merecedora de ser amada porque, sim, você é. Eu sou, todos nós somos. Todos precisamos de amor.
Só por hoje feche esses olhos cintilantes e mergulhe numa profunda prece. Porventura as palavras poderão fugir de seu repertório, mas não se importe, uma oração sincera não precisa de protocolos, Deus aprecia os puros de coração e Ele sabe o quanto você tem se esforçado para ser uma pessoa melhor, mesmo que tenha havido uma recaída e muitos dos seus avanços tenham se convertido em duros retrocessos, mas não se cobre nem se preocupe, tudo que acontece nos fortalece, nos ensina, nos prepara para o que a vida nos reserva.
Às vezes "se dar um tempo" também é uma prova de amor consigo mesma. Tudo o que a alma precisa é de um descanso onde possa se acalmar, se desintoxicar das imundícies de um mundo sem compaixão e se fortalecer, mesmo na escuridão de um quarto. Cada um se recria à sua maneira.
Sabe de uma coisa? 
Eu me inspiro no brilho dos seus olhos! Eu os amo!
Eu admiro a quem poderia desistir da vida, mas todo dia, mesmo chorando, não enxergando a luz na escuridão, não desiste, continua caminhando, se permite pedir ajuda e engole o orgulho, aceita segurar a mão que se estende em sua direção, reconhece suas imperfeições.
As pessoas mais incríveis que conheço me encantam não pela famosa "casca" atraente, mas pela sintonia que se desenvolve, por levar a vida com mais leveza e procurar, dentre todas as adversidades, enxergar o lado bom das coisas e porque elas carregam esse brilho no olhar, esse mesmo brilho que eu vejo no seu, que me encanta, me envolve, me inspira a escrever.
Uma pessoa que te faz mal rouba o brilho do seu olhar, mas os mesmos ventos que trazem a tempestade que destelha o recanto que com tanto custo você ergueu também são aqueles que aquecem seu calor no verão ou na primavera te inebriam com o néctar das flores, por isso sei que existe alguém que está te fazendo feliz, porque mesmo que você se esquive de sabatinas e ainda não se sinta pronta para falar a respeito, seu olhar não sabe mentir, ele é tão puro quanto uma criança pequena e é por isso que eu te acho tão linda, que presto atenção nos seus olhos, mesmo não tendo sensibilidade para atinar a poesia que existe em você.

(Dos tempos do WNBM) - Lava poética de um vulcão ansioso (Santa não sou!)


"Não sou santa, não tem nada a ver com moralidade ou coisa do tipo. Prender-me a um estereótipo é limitar possibilidades, beijar mentiras, ser marionete fugaz de uma idealização que no longo prazo sufoca, atormenta, não beneficia. As reticências bem que servem para não crer que tudo é definitivo além da morte que é — dependendo da sua crença — a continuação da vida em outra esfera, outra conotação a qual meu entendimento prefere não fazer observações. 

Prefiro a quietude da minha timidez explosiva, os versos que nunca foram lidos em voz alta, mas já ocuparam um grande espaço lá no alto da garganta, os choros reprimidos pelo orgulho ou pelo cansaço porque derrubar lágrimas por causas em vão é desperdiçar um valioso bem, sufocar a respiração com soluços por quem não merece um olhar. 

Vou me declarar... algum dia eu vou... É certo que quando o sol nascer de noite e as estrelas povoarem o meu dia, eu não terei por que temer. 

Encaixo-me nessa confusão de fazer o ser vir a ter mais importância que a inatingível perfeição, que tomou conta de cada uma dessas linhas que nunca te entreguei pessoalmente, no caso de meu corpo se contorcer contra o seu e nem o vento nos incomodar. Faria de você o meu melhor amigo para sussurrar ao pé do ouvido alguns segredos que não disse a mais ninguém. 

É fato que brinco de dar formas às nuvens e me distraio de vez em quando, lembrando de coisas bobas e rindo sozinha, incrédula demais para charlatanismos baratos, para afirmar que esse texto diz quem sou porque não diz, é apenas um texto escrito em primeira pessoa, ancorado em alguma baía triste por aí como aquele barco pequenino sacolejando em um mar furioso, inclemente. 

Hoje pode não ser o dia para grandes aventuras, não aquelas de exercer os efeitos da adrenalina num corpo esguio e desacostumado ao perigo. Pode ser um dia em que um abraço de surpresa valha mais que mil beijos molhados, mais que discursos bem elaborados. 

Pode ser também que eu não queira passar por todo aquele ritual tradicional aos apaixonados, tudo que quero é que meu coração bata mais forte e lembre-me que estou viva e ainda posso sentir com toda a magnitude inerente que ainda sou um vulcão ansioso, uma mulher que ama e não sabe menos do que isso, não ama menos do que antes nem mais do que pode suportar, mas ama à sua maneira, ama porque é o seu caminho, porque na rota de fuga encontrou um bom motivo para ficar. 

Estou em busca do meu, sobretudo quando digo que não. Ainda quero sentir o gosto doce de me refletir no olhar de outro, quem sabe o seu ou de alguém cujo rosto não desenhei, nem sei descrever. 

Sou um pesadelo para quem me idealiza e uma dúvida ao seu pragmatismo metódico e intransferível. Estive pensando a respeito e gostaria de um minuto da sua atenção... Quem sabe um dia... Quando o dia for noite e seu braço for o meu ancoradouro."

 By Mary <3

P.S. - Hoje estou inspirada para escrever sobre temas que não estão nas minhas fics, portanto vou aproveitar para colocar minha criatividade em ação e espero que alguém venha a ler ou até gostar. Obrigada pela atenção!

(Dos tempos do WNBM) Sonho de amor...


Sonhei que você me conduzia ao desejo. Viajando devagar aos meus lábios, os seus me tocaram, me trouxeram a paz que há tempos eu tanto procuro. 
Naveguei calmamente em você e enquanto durou, me entreguei totalmente ao que deixou de ser um capricho. O amor é cegamente poético, você vive os versos de olhos bem fechadinhos, sentindo as pinceladas de ternura e satisfação.
Poucos entendem que sanar o vazio não é colocando qualquer um no seu lugar. Eu queria você, mas não pode ser desse jeito. Só não sei o que faço com os meus sentimentos, com o gosto desse beijo que não sai da minha memória.
Um beijo e sonho, por fim acordei e ao meu lado ninguém que não seja o tédio. Só ele e não você.
Quem ama, padece à dor. Ultrajante certeza, não mais indago, também plenamente não acato, apenas ajusto as velas do meu coração em direção ao vento para poder me localizar e viajar para o mundo onde os sonhos de amor sejam livremente aptos para a realidade.

Mary Recomenda | A Pindonga Azarada

Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...