Havia uma distinta razão para refrear o pranto. Honrar a promessa a partir do instante em que soltar sua mão seria inevitável. Não me resguardo numa abnegação cega, nem me trajo com o véu do egoísmo.
Esse entendimento consistente e maduro não existe na totalidade, só aquela percepção de que meu amor sempre almejou ser conforto, não cárcere.
A digna plenitude impressa em seu olhar se mostra um consolo agridoce enquanto a tarde cai e a noite vai chegando devagarinho, como quem pede licença antes de um abraço apertado, sem pressionar por discursos eloquentes e fórmulas baratas de superação.
Lutar pela vida nem sempre significa invencibilidade plena, mas cada dia vencido é um farol para quem segue atrás de uma direção, às vezes hesitante, quando a morosidade dos passos perde de vista o entusiasmo.
O que fica de quem precisou partir é a semente a ser cultivada pelo mesmo amor que uniu nossas trajetórias.
Curitiba, 1⁰ de dezembro de 2025.
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