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SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Um por todos, todos por um

 Não entendo o que passa na mente de uma pessoa que escolhe ser professora e não se esforça o mínimo para demonstrar algum indício de humanidade.


23 de abril de 2002

Agora que Andréa e Rogério não se desgrudam, tenho conversado muito com a Priscila porque ela é das minhas, ama escrever e fazer novas amizades, sem contar que mesmo não passando todos os intervalos grudadas, somos boas amigas. 

No comecinho do ano estranhei um detalhe: o Dico e a Júlia já a conheciam. A explicação é simples: Pri era a única amiga da Deh no primário e saiu do colégio na quinta série, cursando todo o ginásio numa instituição religiosa — a família dela é protestante —, porém não gostava de lá. As pessoas eram maldosas, rolava muita fofoca, mentira, falsidade e, assim como eu, lutou pacas para passar no teste.

Passei raspando, mas passei…”, brinca ela.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | A estranha coincidência

 5 de abril de 2002.

Descobri algo que pode comprometer o encontro da Deh com o último romântico. Sem querer, ouvi uma conversa do Rodrigo e do Ricardo, que são muito amigos.

É, mano. O tempo está passando. Acredita que o Rogério, que mal saiu das fraldas, já está gamado numa mina?

Já? Quantos anos ele tem?

O pirralho fez 13 no mês passado. Foi lá no boliche e voltou todo bobo, nas nuvens. Até aí, nada de errado, mas quando ele me mostrou a mina, pensa na cilada: a mina é um tribufu!

Que menina não é um tribufu na sua opinião?

Também não sou nenhum machista, mano. Só pego mina bonita, mas o Rogério, pelo visto, gosta de mina feia porque não tem concorrência. Pior, pior ainda: ele está me convencendo a acompanhá-lo no tal encontro. Na certa, ela vai trazer uma amiga que deve ser outro tribufu, as duas desesperadas para perder o BV de qualquer jeito.

“Às vezes eu desconfio que você não gosta de mulher, não.”

“Ih, está me estranhando, é?”

“Você é pior do que mulher invejosa, depois reclama que não tem ninguém. Só coloca defeito nas minas.”

“Menina feia não rola, desculpa.”

Será que o Ricardo desconfia de que o irmão mais novo está gamado na Deh e a amiga dela sou eu?

Rodrigo, pelo que entendi, é BV. Em partes porque diz ter vocação para o sacerdócio e porque a D. Arlete é mãe linha-dura, não como a minha, claro, mas sabe castigar quando ele apronta e tem ensinado bons valores a ele, que, apesar de ser meio palhaço, trata todas as meninas com educação, por isso alguns energúmenos o acusam de ser gay, como se educação e cavalheirismo suprimisse a tal masculinidade. Nunca o vi chamar alguma guria de feia.

Deh está insegura com o corpo, não sabe o que vestir e teme ser rejeitada pelo pretendente quando ele a vir no shopping. As luzes da matinê não eram tão escuras, dava muito bem para ver a pessoa. E o último romântico gostou do que viu, não deveria ser tão inacreditável assim.

Aquilo que vivi no passado foi um sonho bom, um descanso na dor. Duvido que outro piá venha a se apaixonar por mim daquele jeito de novo; eu também não julgo ser capaz de me apaixonar outra vez. Prefiro não pensar muito nesse assunto para não chorar.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | A tristeza dói, mas já não estou mais sozinha

 

Não posso nem imaginar o que é passar por tudo isso, mas agora você não está mais sozinha.

30 de março de 2002

A primeira e última vez que uma amiga dormiu aqui em casa foi no meu aniversário de 11 anos. Em junho já serão dois anos sem a Aline e ainda é bem difícil falar dela sem chorar.

Júlia e Andréa praticamente se convidaram para dormir aqui em casa, para me fazerem companhia. Deh está no banho e Ju assistindo o noticiário da TVTV porque depois dele começam as câmeras escondidas que ela, a Deh, a Van e o Dico amam. Estou me sentindo como nas novelas, onde a protagonista tem duas melhores amigas inseparáveis e umas pousam na casa das outras, comem gostosuras, se maquiam, pintam as unhas, dançam e tiram fotos.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | A última presepada do sargentão de saias

Van definiu bem a utilidade do PEC: Mais duas matérias para a gente reprovar!
 

21 de março de 2002.

Não tive nem tempo de escrever esta semana. Começou a época de provas e usei todo tempo disponível para estudar, só agora consegui respirar um pouco e contar como foram esses últimos dias. Na prova de matemática, creio ter me saído bem por responder a todas as questões sem dificuldades, em português, idem; inglês foi tranquilo, física e química estavam um pouco difíceis.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Prova surpresa

 15 de março de 2002.

Não tivemos aula da Carmem ontem, no entanto, a Raimunda tomou conta de nós porque o sargentão de saias deixou atividades para fazer. Respondi ao questionário enquanto conversava com os meus amigos porque quem entregasse tudo direitinho já estava liberado. 

É muito fácil você cobrar da gente o que nem ensinou!

Sempre refleti sobre o motivo de Júlia e Rodrigo estarem felizes de terem caído na mesma turma de novo, mas isso tem explicação e não é nada de outro mundo. Eles se conhecem desde bebês porque nasceram na mesma época e têm poucos dias de diferença, sendo os respectivos pais amigos de longas datas. No entanto, ela reprovou o oitavo e ele o seguinte.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Frigideiras Dançantes

Minha mãe tem audição seletiva, só ouve o que lhe convém.

 

12 de março de 2002.

Ontem a Deh pediu desculpas por parar de falar comigo do nada e até comprou um cachorro-quente para mim. Hoje, a contragosto de mamãe, passei a tarde com a minha amiga, fizemos os deveres de casa e ouvimos música na sala. Júlia foi ao cinema com outras amigas, elas marcaram de ficar com uns piás. 

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | O mundo é injusto, mas às vezes se supera

 9 de março de 2002.

Minha mãe já voltou para casa e pior do que quando foi embora, com ânimo de sobra para me aporrinhar com suposições, indiretas e determinação para arranjar brigas. Tenho evitado conflitos por ora.

(mais tarde nesse mesmo dia)

Odeio-a! Odeio-a com todas as minhas forças!

Como pode alguém sentir prazer em fomentar a discórdia?

Ela sente!

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Conversas de sexta-feira à noite

 1⁰ de março de 2002.

Hoje é aniversário da Helena e meu pai organizou uma festa-surpresa para ela, então, além de termos aquela conversa difícil, batemos perna para tratar dos últimos detalhes da comemoração.

Sofrer por antecipação é uma porcaria, mas não posso evitar.

Não fui muito com a cara dos pais da Helena, eles são intragáveis e têm uma mania feia de criticar todo mundo, colocar defeito, dar palpite que ninguém pediu. Foi por pouco que não dei uma garfada na mão de ninguém, mas vontade não faltou, viu?

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Versão alternativa

    28 de fevereiro de 2002.

Sobrevivi a mais duas aulas com o sargentão de saias, mas não sem passar nervoso. Ela acrescentou algumas regras novas no quadro.

🚫 Proibido liberar gases malcheirosos em classe, sob pena de cumprir castigo após o horário de aulas.

🚫 Proibido fazer adendos enquanto a docente explica a matéria.

🚫 A quebra de todas as regras poderá culminar em retenção em classe até às 13h.

Daqui a pouco, essa mulher determinará ser proibido respirar, tossir, espirrar, canhoto escrever com a mão esquerda. Até então, aquela diretora do filme da Matilda era bizarra, mas já tem uma concorrente que promete não largar o osso.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Pimenta nos olhos do outro é colírio

 27 de fevereiro de 2002.

Estou me sentindo a pior conselheira amorosa do mundo porque ontem incentivei a Deh — tudo bem que foi por livre e espontânea pressão — a tomar a iniciativa para ficar com o Ricardo e hoje, durante o intervalo, ela foi encontrar o piá na cancha e ele deu o maior passa fora nela.

Desde quando magoar os sentimentos das pessoas é diversão?

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Sem vocação para ser conselheira amorosa

 

Como agir para evitar que uma amiga caia em cilada?

26 de fevereiro de 2002.

A Deh está gostando do Ricardo desde quando a Michelle veio com aquela história de bancar o cupido. O garoto é amigo de infância do Rodrigo e está na nossa sala.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Bronca

“Rodrigo só gosta de uma aula: a aula vaga.”

25 de fevereiro de 2002.

Na quinta-feira passei o dia respondendo ao questionário de História, tudo para aquela velha coroca ter a pachorra de dizer na minha cara que colei tudo da internet e perdi tempo escrevendo. Respirei fundo e contei até 100 para não fazer uma visitinha à diretora ainda na primeira semana de aula. 

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Filha do capiroto com a serpente do Éden


21 de fevereiro de 2002.

Ontem foi um dia muito curioso: 20/02/2002. Curiosidade boba: se ler a data ao contrário, ela continua a mesma; a Professora Paula nos falou sobre os palíndromos e deu alguns exemplos bacanas. Estou começando a enxergar a matemática com outros olhos e isso me parecia impensável até pouco tempo atrás. 

Tita quer saber se você já teve uma professora igual à Carmem. Conte-nos.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Do primeiro post a gente nunca esquece

Capa feita pela minha amiga Gabi no Photoscape para o primeiro blog.

Pensei em muitas formas de não deixar esse dia passar despercebido. Em 2013, minha forma de celebrar os 4 anos de blogueira foi publicar Simplesmente Tita aqui no blog, porém, teve aquela fase boa do Nyah, que aumentou o engajamento, embora o #TitaDay de 2014 tenha sido cancelado de última hora porque eu estava muito obcecada por militar e com uma cirurgia marcada. 
Fechei o blog meses depois, por 6 longos anos, retomei o projeto em 2021, mudando de nome. Por conta da doença da minha avó, dei um tempo de escrita, tempo esse necessário para me descontaminar de muitas coisas que estavam me prejudicando.

OCDM INAUGURA NOVA FASE

 🍀 Olá! Sejam bem-vindos ao Os Cadernos de Marisol, que recomeça hoje, em caráter definitivo, marcando também o retorno do Webnovelas by Mary (WNBM).

🍀Por enquanto, o blog está en processo de reestruturação, para oferecer um conteúdo nobre, saudável, inspirador e, sim, muito poético. Gratidão. 

Patriota de ocasião

Nesta manhã em que todos estão em ritmo de festa, queria que você estivesse aqui pra eu trocar umas ideias. Ninguém mais no mundo me entenderia.
Você nunca escondeu de ninguém que detestava copa do mundo e tanto falava sobre “pão e circo”. Eu não atinava bulhufas, queria o penta. No outro quarto estava a “do contra”, que se não desligava a tevê na hora das partidas, torcia para que a empáfia da seleção arrefecesse.
Quando menina, eu era aquela criaturinha ingênua que vibrava, chorava, torcia, assistia às partidas da Argentina pra secar os meus irmãos portenhos, amarrava a cara quando alguém me dizia não estar no clima porque achava inadmissível um brasileiro não torcer pelo Brasil.
Hoje, vinte anos depois, sou uma dessas pessoas. Desencantada com a política podre que se faz nesse país, com a roubalheira que desonra o progresso e inclusive norteia o futebol.
Sou eu um pedacinho de você, vendo o bezerro de ouro do cabelo bizarro sendo tratado como um deus, todos alienados e idiotizados em frente ao aparelho de televisão, comemorando o desempenho de uma seleção medíocre. E eu, aquela que desejaria morar em outro planeta para não ouvir falar de copa do mundo ou que em segredo torce por outro 7 × 1.
Como queria que você tivesse visto e rido daquele fiasco. Suas palavras continuam tão atuais, embora ainda representem a minoria que não segue a caravana.
O bezerro de ouro e seus coleguinhas de equipe serão os únicos beneficiados com o hexa. Dois milhões na conta de cada um, milhares de anúncios publicitários, destaque para a chegada dos produtos midiáticos, para o casamento do craque no segundo semestre.
E você, meu caro cidadão? De onde vem essa intolerância com quem não torce pela seleção? O bezerro de ouro já quitou seus boletos, garantiu seu fundo de aposentadoria e alfabetizou seu filho, garantiu uma vaga para ele na faculdade, custeia as despesas do plano de saúde?
Porque para tão inflamada defesa a quem nem sequer se importa se você respira, é a única explicação.
Enquanto a bola rola em campo, a quadrilha que nos governa dança quadrilha e rouba o nosso pão. E o circo está armado em campo, com tombos do craque, muita marra e pouca arte, muito marketing e pouca atitude, muita pompa e nenhuma humildade. 
Buzinam os tolos para o bezerro de ouro. Gritam gol, se vestem de verde e amarelo, pensam que aqueles que não gostam de copa odeiam o Brasil. Patriotas de ocasião.
Do meu lado todos comemoram, mas o cristal se quebrou dentro de mim. Torço pelo Brasil, mas não pela seleção. Me desculpe por não ter te ouvido, por não ter valorizado sua sabedoria. Vinte anos depois queria te dizer que evoluímos, todavia estamos atolados no caos, em todos os sentidos, e não vai ser uma taça de copa do mundo que vai alterar essa situação.
O futebol feminino dá um espetáculo, mas ninguém veste camiseta, assopra corneta e prepara um balde de pipoca. Ninguém vibra pela Marta, pela Formiga, ninguém apoia as meninas que jogam bola e fazem bonito.
A saúde agoniza, a educação pede extrema-unção. No entanto, todos estão contentes porque vão entrar mais tarde no trabalho, encher a cara e compartilhar memes inúteis e ridículos. Pois bem, vida que segue. Nós, que somos diferentes, sofremos porque nunca somos compreendidas da maneira que gostaríamos.
Tomara que sua profecia se cumpra de novo e a França seja bicampeã porque aí as lonas se desarmam, o circo acaba e o mesmo bezerro de ouro que hoje é aclamado, queira Deus que, amanhã ou depois, seja colocado no seu devido lugar, de um reles mortal. Sem mais.
Amem-me ou odeiem-me, a copa perdeu o sentido para mim desde 2006. Herói para mim é o pai de família que se dana com um salário mínimo para sustentar o lar, que chova ou faça sol se vira nos trinta para que a comida na mesa nunca falte e não um jogador arrogante correndo atrás de uma bola porque fazer gol é obrigação dele. A propósito, tem gente que joga muito mais, mas a mídia precisa do seu bezerro de ouro, eis que a ocasião suscitou um herói de ocasião para a nação continuar alienada.
Amem-me ou odeiem-me, essa é a minha opinião. Do contra até o fim, que venha o bi da França, sim.

Fic concluída.


Oi, amigos e amigas! Venho informar que concluí a fic especial Aline por Aline, narrada pela aquariana mais fofa de ST. 

Foram 28 capítulos e um epílogo de muita emoção, 5 dias de muito empenho, muito trabalho, muitas emoções, risadas, choros, suspiros, revelações bombásticas numa volta ao passado sob o olhar de outra personagem. 

Tenho certeza de que valeu muito a pena ter obedecido à inspiração e escrito tudo aquilo que senti que devia escrever, respeitando os meus limites e também a ideia principal. O epílogo é escrito pela Nice e esse diário da Aline vai ser mencionado em ST só nos capítulos finais que já vão se passar atualmente...

Estou querendo chorar e não sei como ainda não chorei... É de alegria e de tristeza também... Foi muito prazeroso escrever o POV da Aline sem estragar ST, então eu recomendo que se leia a fic da Aline se você já tiver lido as 5 primeiras temporadas, de preferência.

Aqui no blog, Aline por Aline será a transição da temporada 3 para a temporada 4, até porque estou recuperando o ritmo de postagens no blog e também poderei colocar as músicas no próprio capítulo para vocês escutarem.

Quem leu no Nyah aparece por lá. Se ler em dezembro tá valendo. Lendo é o que importa.

Por hoje é só, amigos! Até a próxima.

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