Quando o amor chega tarde

 Quando o amor chega tarde

Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol 

Eles dizem que o amor não tem idade, e talvez seja porque o amor tem seu próprio ritmo. Para alguns, ele chega cedo, como uma brisa fresca que colore os primeiros anos da juventude. Para outros, vem mais tarde, como um pôr do sol dourado que ilumina tudo com um calor inesperado. Independentemente de quando aparece, o amor tem a habilidade de transformar nossas vidas.

Quando o amor chega em etapas mais maduras, carrega uma profundidade que muitas vezes não é percebida na juventude. Ele não é apressado nem ansioso, mas sereno e carregado de sabedoria. Entende que o tempo molda as pessoas, e aceita não apenas as partes mais polidas, como também as imperfeições que fazem parte da jornada.

Pode ser surpreendente como ele nos encontra. Talvez no sorriso de um estranho que nos oferece gentileza no meio da rotina, ou em uma amizade que, depois de tantos anos, revela um carinho diferente. Talvez ele surja quando já tínhamos desistido, quando a vida parecia confortável demais para correr riscos evitáveis, ou quando acreditávamos que certas emoções eram coisa do passado.

O amor que chega tarde não é menos intenso. Pelo contrário, ele pode ser ainda mais poderoso, porque agora entendemos o valor de compartilhar a vida com alguém. As experiências vividas nos tornaram mais pacientes, mais receptivos, mais preparados para acolher outro coração. Esse amor não exige perfeição, mas aprecia a autenticidade.

Se o amor parece "atrasado" no relógio da sua vida, lembre-se de que a melhor hora ainda está por vir. Ele chega quando você está pronto para vivê-lo com plenitude, sem pressa e sem receios. E quando vier, não importa quantos anos você tenha, será como uma faísca que reacende sonhos e descobre que o coração ainda tem espaço para mais aventuras.

Porque o amor não envelhece. Ele se renova, se fortalece e continua sendo uma das forças mais bonitas e transformadoras da vida.