Por Mary Luz
“Eis o lado ruim de ser escritora: estar vulnerável a todo tipo de leitor, alguns olhares completamente alheios ao que realmente foi dito.”
Deixem-me ser a Mary.
Com todos os meus tiques, minhas manias, meu romantismo incurável e essa estranha mistura de melancolia e comédia que só eu entendo.
Deixem-me ser a mulher que chora escrevendo e ri de si mesma duas páginas depois.
Eu sou assim.
Tenho minha própria métrica.
Escrevo sentindo — não seguindo fórmulas.
E, por favor, pare de olhar para os meus textos procurando indiretas que não deixei.
Pare de achar que toda vírgula é sobre "você".
Eu escrevo para libertar ideias que pedem licença dentro da minha mente.
Escrevo para as dores não me explodirem por dentro.
Escrevo porque, se não escrevo, eu desapareço.
Já me disseram que escrevo demais.
Que dramatizo.
Que tenho que ser “mais leve”, “mais direta”, “mais marketável”.
Já me mandaram sorrir com menos palavras.
E me disseram que o que penso não importa porque sou “só uma mulher sensível que se magoa com tudo”.
Pois bem.
Eu sou essa mulher.
E essa mulher escreve.
Não escrevo para te agradar.
Não escrevo para massagear o ego de ninguém.
Não escrevo para caber no mural dos seus favoritos nem no molde do que você considera relevante.
Escrevo para existir.
E se você acha que minha escrita é “exagerada”, talvez seja porque nunca sentiu tão fundo quanto eu.
Se você acha que meus textos são “pesados”, talvez esteja acostumado demais com raso.
E se você acha que estou falando de você… talvez a verdade te tenha incomodado mais do que gostaria de admitir.
Não estou mais disposta a me dobrar para parecer menos intensa, menos politizada, menos romântica, menos esquisita.
Eu quero ser lida por quem respeita.
Não por quem vigia.
E se isso afasta alguns, tudo bem.
Porque enquanto eu escrever sendo eu — eu nunca estarei sozinha.
💌 Para todas as escritoras que já se calaram por medo de julgamentos vazios: você não está errada por ser intensa demais, profunda demais, honesta demais.
Você só é verdadeira.
E o mundo precisa de mais verdades assim.
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