Eu, Inútil – sobre escudos, sobrevivência e dignidade
“Eu, Inútil” é daquelas leituras que mexem com a alma — e não só pelas dores da protagonista, mas pela figura da mãe, que desperta raiva, indignação e aquela sensação amarga de reconhecer, em menor ou maior grau, o abuso disfarçado de autoridade.
A personagem-narradora, Madalena, me ensinou uma lição crucial sobre resiliência e a importância de criar um escudo emocional — não para se tornar fria, mas para não se transformar em reflexo de quem feriu.
Superar e esquecer completamente o passado é quase impossível; algumas marcas são difíceis de apagar. Nem sempre cortar laços é possível — principalmente quando a pessoa abusiva divide o mesmo teto ou carrega o mesmo sobrenome. Mas quando você entende que a culpa não é sua, e que não é definido pelos absurdos que essa pessoa espalha sobre você, começa a quebrar o ciclo silencioso de destruição.
É possível não acreditar nas chantagens, se fortalecer e manter a cabeça erguida — mesmo que não seja fácil.
Ver a evolução de Madalena ao longo da narrativa é emocionante e inspirador. Ela mostra que, apesar das adversidades, é possível encontrar força dentro de si mesma para seguir em frente e não permitir que os abusos definam quem você é.
📚 Sobre o livro
Eu, Inútil é um romance que mergulha nos impactos emocionais e psicológicos do abuso familiar. Através da narrativa intensa de Madalena, o livro aborda resiliência, autoaceitação e a difícil arte de sobreviver sem perder a essência. Também nos convida a refletir sobre os preconceitos sociais enraizados e a importância de não julgar ninguém apenas pela aparência, pela dor ou pela história contada por outros.
🌱 Lição e Reflexão
Mais do que uma história cativante, Eu, Inútil oferece uma lição difícil e necessária: que a dor pode ser real, o trauma profundo — mas a identidade que construímos por dentro ainda é nossa. Madalena nos prova que sobreviver é, sim, uma forma de vitória.
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