21 de Abril | Dia do Policial Militar 👮



Uma profissão entre a linha de frente e o coração do povo

Antes da farda, existe uma história. E por trás de cada policial militar, existe alguém que escolheu servir, proteger e enfrentar as complexidades de um mundo que nem sempre reconhece seu esforço. O Dia do Policial Militar, comemorado em 21 de abril, é uma oportunidade para refletirmos sobre a origem, o papel e os desafios dessa profissão que, para o bem ou para o mal, está sempre no centro das discussões sobre segurança pública.

A data homenageia Tiradentes, patrono das polícias do Brasil. Muito mais do que um mártir da Inconfidência Mineira, Tiradentes foi também alferes — posto militar equivalente a um oficial subalterno — e sua imagem foi adotada como símbolo de coragem e sacrifício. Assim, o dia 21 de abril passou a representar não somente sua luta por liberdade, mas também a bravura daqueles que hoje compõem a Polícia Militar.

Como surgiu a Polícia Militar?

A origem da Polícia Militar no Brasil remonta ao período imperial, quando Dom João VI criou, em 1809, a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia da Corte. O objetivo era manter a ordem pública e conter tumultos em uma sociedade que crescia desordenadamente.

Com o tempo, cada estado passou a organizar sua própria corporação, com características próprias, mas sempre subordinadas ao governo estadual. Apesar do nome “militar”, a função principal é o policiamento ostensivo e preventivo, diferentemente das Forças Armadas.

A Constituição de 1988 manteve as PMs como forças auxiliares do Exército, mas subordinadas aos governadores dos estados. Hoje, além de atuarem nas ruas, as PMs estão presentes em patrulhas escolares, policiamento ambiental, atendimento de ocorrências, defesa civil e eventos públicos.

Uma missão que exige mais do que coragem

Ser policial militar não é simples. Além do risco diário de morte, há o desafio constante de mediar conflitos em uma sociedade desigual, marcada pela violência, pela descrença e, muitas vezes, pela desinformação.

Isso não apaga os erros nem silencia as críticas necessárias ao sistema, mas nos lembra que é preciso distinguir o indivíduo da estrutura. Muitos policiais vivem com salários baixos, jornadas longas e uma pressão emocional enorme — e ainda assim seguem firmes, com ética e senso de dever.

Neste 21 de abril, Os Cadernos de Marisol presta homenagem não apenas ao uniforme, mas à humanidade de quem o veste. Porque é fácil julgar de longe. Difícil é estar ali, no calor das ruas, entre o dever e a dúvida, tentando fazer a coisa certa quando tudo ao redor parece em ruínas.

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