Mary Recomenda: A Rosa da Meia Noite - Lucinda Riley


A última sexta-feira do mês chegou e com ela o Mary Recomenda também.

A indicação de hoje talvez não reflita exatamente quem sou hoje, mas decidi resgatar a leitura de uma obra que desejei por tanto tempo e não quis ler online, sabia ser uma história para guardar com alma.

Esta resenha especial, escrita com o mesmo carinho com que li este livro, presta um tributo a uma grande autora que infelizmente perdeu a luta contra o câncer, mas nos presenteou com um legado inesquecível… Lucinda Riley. 

O mundo perdeu uma autora rara, que conseguia dosar romantismo, história e criar personagens especiais, alguns adoráveis, outros nem tanto… e sempre que a saudade bater, os livros estarão à nossa espera, então, sim, Lucinda vive.

🎕 Resenha: A Rosa da Meia-Noite – Lucinda Riley
Publicado originalmente em 2014, relido com o coração em 2025.

📖 Ficha Técnica
• Título: A Rosa da Meia-Noite
• Autora: Lucinda Riley
• Editora: Novo Conceito
• Publicação: 2014 (Brasil)
• Páginas: 574

🌹 Por que ler este livro?

Porque ele tem tudo o que os bons romances históricos pedem: mistério, memória, camadas familiares, uma heroína inesquecível e aquele toque poético que só Lucinda Riley sabe entregar.

A narrativa se divide entre o presente e o passado, costurando os caminhos da jovem atriz Rebecca Bradley e do indiano Ari Malik, um homem bem-sucedido, mas emocionalmente distante.

Rebecca Bradley está no centro das atenções. Queridinha de Hollywood, constrói uma carreira sólida e expressiva nas telonas e acaba de ser pedida em casamento pelo também ator Jack. No entanto, essa fama tem um preço alto a se pagar e não é nenhuma surpresa que a atriz até aprecie a vida bucólica de Astbury Hall.

A leitura de um manuscrito antigo conecta Ari é Rebecca à centenária Anahita Chavan — uma mulher de origem humilde, mas de força extraordinária, cuja trajetória atravessa continentes, guerras e corações partidos.

Ari, que a princípio parece um personagem racional demais para se deixar tocar por emoções, embarca numa jornada reveladora ao conhecer a história de Anahita, iniciada na Índia do século XX e marcada por profundas perdas e reencontros transformadores. Mais, ele pode se reconectar com a essência indiana, adormecida pelos ideais "estrangeiros".

🗺️ Índia em 1911 – Panorama Histórico

Em 1911, a Índia não era um país unificado como hoje. Ela fazia parte do chamado Raj Britânico, o império da Coroa Britânica no subcontinente indiano.

O território era dividido basicamente assim:

1. Províncias Britânicas

Governadas diretamente pelos britânicos. Exemplos:

Bengala
Bombaim (Mumbai)
Madras
Punjab
United Provinces (hoje Uttar Pradesh)

2. Estados Principescos

Eram quase 600 reinos semi-independentes com seus próprios marajás, rajás e nababos. Esses governantes deviam lealdade à Coroa Britânica. Jaipur também era muito rico e influente. Cooch Behar era um desses estados!

3. Capital

A capital ainda era Calcutá (Kolkata) até o final de 1911, quando foi transferida para Delhi.

Os primeiros anos de Anahita Chavan

Anahita perdeu o pai aos 9 anos e foi morar com a mãe em uma zenana. Nesse período, tornou-se acompanhante de uma princesa temperamental e mimada. Mas seu destino muda aos 11 anos, quando conhece Indira — mais do que uma amiga, uma verdadeira irmã de alma.

Indira era uma autêntica princesa indiana. Filha caçula do marajá e da marani de Cooch Behar, cresceu entre dois mundos, o que levanta a questão: até a que ponto tinha poder real de escolher seu próprio destino?

Com o precoce falecimento da mãe, Anahita ficou sozinha no mundo, mas foi “adotada” pela família de Indira, que não só lhe ofereceu sustento como também pagou seus estudos. Mais tarde, as duas foram enviadas a um internato em Londres.

Enquanto Indira pertencia à nata da sociedade indiana, Anahita carregava o peso do preconceito — pela cor da pele, pela origem estrangeira, pela falta de um sobrenome ilustre. Seu amadurecimento foi mais doloroso, como uma ostra solitária.

Em uma temporada em Astbury Hall, Anahita conhece Lady Maud Astbury, a antagonista da trama. Lady Astbury tolerava Indira por conta de sua origem abastada, mas desprezava abertamente a amiga.

Os filhos de Maud, entretanto, não herdaram essa arrogância. Selina mostrava-se afetuosa, e Donald trazia um contraponto importante: novas ideias, percepções diferentes do mundo. Donald e Anahita se tornaram bons amigos — e algo além disso. Mas a guerra os separou, e ao rapaz restou a esperança de reencontrar a amada.

Como na vida real, os desencontros e mal-entendidos tecem uma rede de confusões que Lucinda Riley conduz com maestria, sem cair no óbvio.

Entre manuscritos e símbolos

O manuscrito de Anahita não é a única revelação da história: camuflado entre livros esquecidos, surge também o diário de Donald Astbury, que acrescenta uma nova perspectiva à trama.

Astbury Hall, em ruínas, evoca o arquétipo da aristocracia falida, sustentada por glórias distantes e incapaz de lidar com um presente de decadência.

Do outro lado, surgem os Drummers, família de Violet, que representam a ascensão dos Estados Unidos após a Primeira Guerra Mundial: jovens, emergentes, cheios de vitalidade e influência, enquanto a Inglaterra ainda lambia suas feridas.

Nesse contraste, Anahita é a personificação de uma cultura milenar, rica demais para ser subjugada ou apagada pelo olhar colonizador. Violet, por sua vez, simboliza o oposto: o privilégio de berço, a aceitação imediata na sociedade e os excessos da década de 1920.

Além disso, há ainda uma revelação ligada a Anthony, o atual Lorde Astbury, que amplia a dimensão trágica e psicológica da história, mas aí, sim, seria estragar o impacto dessa bomba. Embora o assunto tenha sido tratado com certa pressa, por estar na reta final do livro, nos faz ter mais raiva ainda de Maud Astbury por ter interferido nas vidas de tantas pessoas. 

Não por nada, mas toda aquela atmosfera dos anos 20 envolve Rebecca Bradley a essa teia de confusões e intrigas. A arte imita a vida ou seria o contrário? 

🌟 Veredito final

A Rosa da Meia-Noite é um livro para ler com o coração. Mesmo com suas mais de 500 páginas, a leitura flui porque somos capturados pela atmosfera, pelos mistérios, pelas reviravoltas e — principalmente — pelo amor que resiste ao tempo.

Se você gosta de histórias que cruzam gerações, misturam história e ficção, personagens femininas fortes, amizade, perdas e reencontros, este livro é para você.

💫 Nota: 5/5

Com erros de revisão que não ofuscam a beleza da narrativa, essa é uma das obras mais marcantes da autora. Lucinda Riley nos lembra que o amor — mesmo que adormecido ou injustiçado — ainda tem raízes profundas, capazes de florescer, mesmo nas noites mais longas.

A edição de A Rosa da Meia Noite que possuo é da Editora Novo Conceito, no entanto, todos os livros da Lucinda Riley foram republicados pela Editora Arqueiro posteriormente. 

Minha edição do primeiro livro da saga As Sete Irmãs também é da Novo Conceito, mas ainda não li a série inteira e, pensando no meu atual momento, não me imagino mais fazendo isso, embora tenha um carinho enorme por toda a obra de Riley e me permito até mudar de ideia mais adiante, caso queira um pouquinho de romance histórico.

E é nesse clima de romance, o Mary Recomenda de hoje fica por aqui. Um forte abraço e até o nosso próximo encontro!

Referências 

https://operamundi.uol.com.br/historia/hoje-na-historia-1936-morre-o-poeta-joseph-rudyard-kipling/


🧭 Onde ficam os lugares citados na história da Anahita:

Cidade Tipo (em 1911) Região Atual

Delhi Província britânica Norte da Índia

Jaipur Estado principesco Rajastão

Cooch Behar Estado principesco Bengala Ocidental (nordeste)

Darjeeling Província britânica (parte de Bengala) Bengala Ocidental

Calcutá (Kolkata) Capital imperial até 1911 Bengala Ocidental

Bombaim (Mumbai) Província britânica Maharashtra

🏰

28 de agosto | Dia Nacional do Voluntariado

 


📚 Os Cadernos de Marisol

💙 O voluntariado não é só um gesto de ajuda. É uma forma de transformar vidas, inclusive a própria.

Mary Recomenda | 🐶 10 livros sobre cachorros para emocionar, acolher e transformar (Especial Dia Mundial do Cachorro)



Indicar livros é tudo de bom. Ler é uma atividade capaz de transformar vidas, acolher em momentos difíceis, questionar certezas, nos inspirar a ser melhores e, sim, fazer a gente chorar igual criança. Sou suspeita para falar sobre o tema porque tenho um fraco por histórias de cachorros. Eles estão entre os maiores companheiros da humanidade, e seus olhinhos fiéis costumam nos ensinar mais sobre amor do que muitos humanos por aí.

Ainda em comemoração ao Dia Mundial do Cachorro, preparei uma lista com 10 leituras que envolvem cães de formas comoventes, poéticas, espirituosas e, muitas vezes, devastadoras (no bom sentido literário). Se você ama livros que tratam nossos amigos de quatro patas como protagonistas de grandes jornadas, se aconchegue por aqui.🐾


1) Quatro Vidas de um CachorroW. Bruce Cameron

Prepare os lencinhos. Bailey é um cachorro que renasce várias vezes ao longo da narrativa, em diferentes corpos e lares, mas sempre em busca de um mesmo propósito: entender o sentido da vida e reencontrar o menino Ethan. Esse é o primeiro volume da trilogia que inclui Juntos para Sempre e Promessa de um Amigo. O filme é lindo, mas o livro toca ainda mais fundo.


2) A Arte de Correr na ChuvaGarth Stein

Narrado por Enzo, um cachorro filósofo apaixonado por corridas de Fórmula 1, esse livro é uma aula sobre lealdade e humanidade. Enzo observa o mundo de maneira sensível e reflexiva, enquanto acompanha os altos e baixos do seu dono. A mistura de humor, drama e filosofia faz dessa obra uma verdadeira preciosidade.


3) Marley & EuJohn Grogan

Esse aqui dispensa apresentações. Marley é um labrador desobediente, destruidor de móveis, mas dono de um coração imenso. John Grogan narra sua convivência com Marley com muito humor e ternura, deixando claro como o cãozinho transformou sua família. A adaptação para o cinema também é um sucesso, mas nada supera a emoção de ler o original.


4) Flush (Memórias de um Cão)Virginia Woolf

Sim, Virginia Woolf escreveu sobre cachorros. Esse livro narra a história de Flush, o cãozinho da poetisa Elizabeth Barrett Browning. Com sua prosa refinada, Woolf oferece uma narrativa repleta de sensibilidade, tratando não só da vida de um cão, mas também do papel da mulher na sociedade vitoriana.


5) Meu Amigo Winn-DixieKate DiCamillo

Uma garotinha solitária encontra um cachorro bagunceiro e adorável em um supermercado. A partir daí, eles constroem uma amizade que transforma a relação dela com a cidade e com o próprio pai. É uma história infantojuvenil, mas que fala de abandono, aceitação e recomeços com uma doçura sem igual.


6) O Último Desejo de BoomerSue Pethick

Boomer é um cãozinho adorável que muda a vida das pessoas ao seu redor. A história gira em torno de relacionamentos, perdão e segundas chances, com Boomer como elo entre os personagens. É aquele tipo de leitura leve, mas com lições poderosas sobre o tempo, o amor e as despedidas.


7) Um Milagre Chamado GraceKristen von Kreisler

Após sobreviver a um ataque traumático, uma jornalista encontra em Grace — uma labradora resgatada — a força para se reerguer. Ambas são almas feridas que se curam juntas. Um livro que fala de superação e do poder transformador do vínculo entre humanos e cães.


8) MollyColin Butcher

Baseado em uma história real, esse livro narra como o detetive aposentado Colin Butcher encontra em Molly, uma cadelinha abandonada, uma parceira perfeita para resgates de animais perdidos. É emocionante ver como ela se transforma em uma heroína de quatro patas, com intuição afiada e um instinto que impressiona.


9) Como Procurar um Cachorro PerdidoAnn M. Martin

Esse livro infantojuvenil conta a história de uma menina com autismo que parte numa missão para encontrar seu cachorro perdido após a morte da mãe. Uma leitura delicada e tocante que fala de luto, esperança e conexões que não se perdem no tempo.


10) CãesKeum Suk Gendry-Kim

Essa belíssima graphic novel sul-coreana retrata, em traços delicados e narrativa quase silenciosa, histórias de cães que foram abandonados ou negligenciados. Com imagens comoventes e críticas sutis ao abandono animal, é um livro visualmente impactante e emocionalmente profundo.


🐾 Para guardar no coração:

Se você já chorou por um amigo de quatro patas ou se sentiu mais humano por ter amado um animal, algum desses livros vai te abraçar de um jeito especial. E se ainda não leu nenhum, escolha um para começar. Só aviso: é bem possível que, ao fim da leitura, você olhe para o seu cachorro (ou para o vazio que ele deixou) com os olhos marejados e o peito cheio de gratidão.

Com amor e pelos de cachorro na roupa,
Mary Luz

🌘 Lua Negra – Reflexões sobre o invisível

 

🌘 Lua Negra – Reflexões sobre o invisível

O que acontece quando até a Lua se esconde?

“Nem tudo que está no escuro está perdido. Às vezes, só está germinando.”

Enquanto a Lua Nova do dia 23 de agosto foi registrada nos calendários como Lua Negra, o céu permaneceu escuro, sem espetáculo visível — mas cheio de significados.
A Lua Negra não aparece. Ela não brilha. Não é fotografada nem celebrada com euforia.
E, talvez por isso mesmo, seja uma das fases mais simbólicas para quem acredita em ciclos, recomeços e silêncios férteis.


🌑 O que a Lua Negra representa espiritualmente?

A Lua Negra é como um ponto zero emocional. Um espaço de transição, introspecção e cura.
Enquanto a Lua Cheia representa o ápice, a abundância e a clareza, a Lua Negra convida ao encerramento, ao esvaziamento e ao reinício profundo — como uma limpeza da alma.

É o momento ideal para:

  • Encerrar padrões que já não servem mais;

  • Silenciar estímulos e reconectar com o próprio centro;

  • Escrever, meditar, dormir mais, ouvir menos barulho externo;

  • Permitir-se pausar sem culpa.


🖤 Invisível… como muita coisa na vida

A Lua Negra é invisível — mas real.
Assim como o luto silencioso. A ansiedade abafada. As batalhas internas que ninguém vê.
A Lua Negra simboliza tudo aquilo que está acontecendo dentro da gente, mesmo quando o mundo não percebe.

Ela nos lembra que não é preciso estar em evidência o tempo todo. Que é legítimo recolher-se. E que há beleza, sim, nos momentos escuros — porque é neles que a semente cria raiz.


✍️ Dos Cadernos de Marisol:

“Quando a Lua se apaga, não é o fim. É só o momento em que ela volta pra si. E nós também precisamos disso — de recolhimento, de silêncio e de tempo pra florescer longe dos holofotes.”


Sugestão de ritual simples para a Lua Negra 🌑

(Só se fizer sentido pra você)

  • Escreva tudo o que deseja deixar para trás.

  • Queime ou rasgue o papel com cuidado e intenção.

  • Em outro papel, escreva uma única palavra que represente o que você quer atrair quando o ciclo recomeçar.

  • Guarde esse papel em um local seguro ou de valor afetivo.

Mary Recomenda | Mary Ventura e o Nono Reino — Sylvia Plath



O trem, o destino e a recusa: por que Mary Ventura e o Nono Reino me lembrou de mim mesma
📌 Por Mary Luz | Os Cadernos de Marisol


📚 Ficha técnica

Título: Mary Ventura e o Nono Reino
Autora: Sylvia Plath
Ano de escrita: 1952 (publicado postumamente em 2019)
Editora (em português): Biblioteca Azul / Globo Livros
Páginas: 64
Gênero: Conto literário, simbolismo, crítica social

🚂 Sinopse (sem spoilers)

Escrito por Sylvia Plath aos 20 anos e rejeitado na época, Mary Ventura e o Nono Reino é um conto breve e carregado de simbolismo. A jovem Mary embarca sozinha em um trem para um destino que não compreende — mas que todos ao redor aceitam com naturalidade.

À medida que a viagem avança, o clima vai se tornando mais sombrio, as pistas mais desconfortáveis, e a protagonista mais inquieta.

Não é um conto com reviravoltas — é um conto com pressentimentos.
E isso é muito mais poderoso.


🪞 Por que me tocou tanto?

Porque Mary Ventura não é só uma menina em um trem: ela é cada mulher que percebe, no meio do caminho, que o mundo quer empurrá-la para um destino pré-moldado.

Ela representa quem sente o desconforto da obediência, quem desconfia da suavidade das normas, quem percebe que a rota da maioria pode não ser a sua — mesmo que pareça segura.

Eu li esse conto e me vi.

Na ansiedade muda da personagem.
Na cortesia sufocante das pessoas ao redor.
No instante em que ela sabe que algo está errado, mas não consegue nomear o que.

✍️ Uma escrita delicadamente sombria

Sylvia Plath escreveu esse conto quando ainda era muito jovem, mas sua voz já era afiada. A linguagem é simples, mas cada detalhe carrega tensão.

Não espere explicações — espere sensações.
É o tipo de conto que deixa um ruído no ar, como se você também tivesse descido do trem e ainda estivesse sentindo o chão balançar.

💬 Trecho marcante (sem spoiler direto):

“Você vai se acostumar. Todos se acostumam.”

(Mas Mary não queria se acostumar.)

🌌 Por que você deveria ler

Porque é uma história curta, mas que fica com você.
Porque fala sobre escolhas, pressões e silêncios femininos.
Porque mostra que é possível dizer “não” — mesmo quando tudo ao redor diz “sim”.


22 de agosto | Dia do Folclore 🗣️

 


📚 Os Cadernos de Marisol

🌿 Saci, Iara, Boitatá. Cavalo voador de papel crepom. Feira de ciências com vatapá e cartolina. E um Brasil inteiro tentando caber em uma sala de aula.

20 anos do Furacão Katrina: lições do passado e o futuro dos furacões 🌪️

 

📚 Os Cadernos de Marisol

🌪️ O legado do Furacão Katrina: 20 anos depois

20 anos, o Furacão Katrina devastou partes de Nova Orleans e outras áreas dos Estados Unidos, deixando um rastro de destruição e tristeza. Foi um dos furacões mais mortais e destrutivos da história recente, matando mais de 1.800 pessoas e causando danos que somam bilhões de dólares. O evento chocou o mundo, mas também expôs as deficiências no planejamento de emergência e a vulnerabilidade das comunidades litorâneas frente a fenômenos naturais.


Como o Furacão Katrina Mudou a História:

O Katrina foi mais do que uma tragédia natural; foi um marco que trouxe lições importantes sobre a preparação e resposta a desastres:

  1. Impacto das Mudanças Climáticas: O Katrina foi, e continua sendo, um lembrete de como fenômenos climáticos extremos podem ser exacerbados pelas mudanças climáticas. O aumento da temperatura dos oceanos contribuiu para o fortalecimento do furacão, tornando-o mais intenso.

  2. Vulnerabilidade das Comunidades Pobres: O furacão atingiu com mais força as comunidades de baixa renda e minorias, evidenciando desigualdades socioeconômicas que se tornam ainda mais visíveis em momentos de crise.

  3. Desafios na Recuperação: A recuperação de Nova Orleans e outras áreas afetadas pelo Katrina foi demorada e difícil, e muitas comunidades nunca se recuperaram completamente. O evento expôs a falta de infraestrutura e a inadequação dos planos de emergência.


O Legado do Furacão Katrina:

  • Mudança no Planejamento de Desastres: O Katrina reformulou a forma como os EUA lidam com desastres naturais. Planos de evacuação, refúgios temporários e prevenção se tornaram prioridades, embora ainda haja muitas lições a serem aprendidas.

  • Furacões e Mudanças Climáticas: Após o Katrina, houve um aumento nas pesquisas sobre a relação entre furacões e mudanças climáticas. A ciência do clima tem mostrado que os fenômenos climáticos extremos serão mais frequentes e intensos à medida que as temperaturas globais aumentam.


🌍 O Futuro das Tempestades e Furacões
A experiência do Katrina ainda ressoa fortemente, especialmente à medida que o mundo lida com as consequências das mudanças climáticas. Para nós, no Brasil, o aumento do calor nas águas do Atlântico Sul pode eventualmente trazer consequências similares no futuro.

Com o aquecimento global, o Brasil, especialmente sua região Nordeste e Costa Norte, pode começar a experimentar fenômenos semelhantes aos que ocorreram com o Katrina, como ciclones e tempestades mais intensas.


Reflexão sobre o Futuro:

Enquanto celebramos as lições que o Furacão Katrina nos deixou, devemos também nos preparar para o futuro. Mudanças climáticas podem criar novos desafios para países e regiões que hoje não enfrentam furacões com a mesma intensidade que o Hemisfério Norte. Conscientização, prevenção e adaptação se tornam palavras-chave.


📌 Com sabedoria e reflexão, dos Cadernos de Marisol.


O que é Setembro Amarelo?

Setembro chega com uma cor especial: o amarelo. Mais do que um tom que remete à luz e ao calor, ele é um chamado à esperança. 🌻 Desde 2015,...