Venho de um tempo que você talvez nunca chegará a viver.
Trago-lhe boas novas...
Trago-lhe todos os segredos que você sempre quis saber e sempre teve muito medo de perguntar...
Sei do ontem e muito mais do amanhã, mas é o presente que lhe faz perder a cabeça.
Exageros à parte, pare apenas por alguns minutos para pensar: você arquiteta seu próprio destino e disso se esquece; a liberdade pode te aprisionar.
Nem sempre a doçura prevalece...
Às vezes, o amor é um veneno, na escuridão da incerteza se descobrem as artimanhas.
Mentiras à parte, da loucura se chega à realidade e não procure em ninguém o que só você pode se dar.
Pessoas podem enganar, tripudiar, te chutar quando na lama já estiver...
Cinco letras e uma perigosa condecoração. Pague o preço pelas más escolhas que fizer e tente não culpar mais ninguém por seu egoísmo...
Sua vida poderia até ser um conto de fadas, mas você quer ser sempre o centro das atenções e lhe custa muito caro admitir os próprios erros.
Enxergar o mundo além do cor de rosa dessas paredes...
Poderia ser muito mais cruel...
Talvez devesse lhe desviar o rosto ao passar, ignorar seus chiliques de quem só quer se mostrar ao mundo. Poderia ser muito menos carregado de drama e não justifique com palavras que a engolirão mais tarde.
O caminho de dor chama seu nome...
Não terá ajuda, nem álibi, nem torcida à sua espera. Ninguém além de você e seus temores imaginários, todas aquelas historinhas usadas para comover.
Como pode repudiar sua própria história?
Vergonha agora é inútil como qualquer arrependimento, sem autopiedade, sem chance de retornar à esquerda...
Ele era imperfeito e não se parecia com nenhum galã. Ele gostava de te telefonar toda a manhã.
Você queria ser uma protagonista de novela, agarrar o fugaz, viver do superficial, em busca de uma aprovação que jamais chegou.
Não passou de outro devaneio imbecil como tantos outros.
Entrada proibida em seu coração, rosas-brancas pelo chão; sinceras intenções jogadas ao vento.
Lágrimas agora são como o tempo perdido no lixo, sei que posso estar falando demais.
Nenhuma hipocrisia sobrevive ao banho da verdade.
Não canto para arrastar multidões, não sobrevivo de opiniões mal construídas.
Preciso muito mais que sua falsa melancolia a troco de algumas palavrinhas bonitas e mais nada.
Inconformada e mimada, inconsequente e dramática, no eterno holofote de frente para o espelho.
E as notícias de seu mundo não vão nada bem, como sabe...
A salvação requer um pouco mais do que tem dado, porque talvez não haja tanto tempo como se supõe...
Eu venho de um tempo que você talvez sinta muita falta. Aliás, você nunca se satisfaz com nada!
Vossa Alteza precisa de elogios...
Auto-suficiente, controversa.
A falsidade diariamente te rodeia e você odeia isso e odeia mais ainda o modo como não lhe poupo.
Acho que você já cresceu o suficiente para ouvir.
Às vezes seria ótimo que pensasse mais.
Os brinquedos já estão nas prateleiras, você já teve muito tempo para brincadeiras e a ficção não poderá lhe entregar as respostas porque nesse jogo não se anda para trás e não se vai para frente sem viver o presente.
E, por favor, tente não falar mais de amor por um tempo até que aprenda a amar de verdade. Suas idealizações lhe custam à solidão e você não percebe que, em busca da perfeição, você só encontra a dor.
Tentando ser melhor, se deixa para trás o passado. Os personagens desse roteiro não se agarram a hierarquias. Sou mais familiar do que você pode imaginar.
Estou sempre ao seu lado, do lado de um abismo muito profundo. Preciso muito que você me estenda sua mão...
Se puder me enxergar um pouco, sem ressentimentos que nos separem para sempre.
Se puder me enxergar com bons olhos...
Não preciso estender minhas considerações. Não preciso mais dizer nada. Acho que essa canção é o bastante para nós.